O Ministro da Defesa, Filipe Nyusi, afirma que o governo está preocupado com a situação que aflige os residentes do distrito de Homoíne, província de Inhambane, onde centenas de famílias abandonaram as suas casas por temerem ataques de homens armados da Renamo.
Em Homoíne, particularmente nas localidades de Fanha-Fanha e Pembe, reina um clima de agitação desde o fim-de-semana último, com a população a abandonar as suas residências para procurar refúgio seguro na vila sede do distrito. Parte considerável dessas famílias – incluindo crianças e idosos - passou a noite de sábado ao relento na vila sede, junto com os seus bens.
O clima de tensão começou a deteriorar-se quando a população apercebeu-se da presença de homens armados da Renamo a circular nestas localidades, onde o antigo movimento rebelde já teve bases militares durante a guerra dos 16 anos terminada em 1992.
Falando ontem a imprensa no distrito de Chókwè, província de Gaza, a margem da cerimónia de lançamento do recenseamento militar edição 2013, o Ministro da Defesa disse ter conhecimento dessa informação de “grito da população”.
“Vocês todos reportaram o povo com os seus objectos na cabeça a abandonar as suas machambas. Estamos preocupados com essa situação e estamos tudo a fazer para que isso não signifique necessariamente uma guerra”, disse o Ministro, citado pela AIM.
Segundo o governante, a população tem estado a denunciar “constantemente” este movimento de homens armados.
A situação de Homoíne constitui o primeiro caso de relato de presença de homens armados na região sul de Moçambique, depois das regiões norte e sobretudo centro, onde registam-se confrontos entre homens armados da Renamo e das Forças de Defesa de Segurança, que já resultaram em dezenas de mortos e diversos danos materiais.
Os confrontos intensificaram-se no centro do país, particularmente na província de Sofala, depois da tomada, em Outubro último, pelo exército, da base onde se encontrava a viver o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, em Satungira, distrito de Gorongosa.
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