quarta-feira, 3 de julho de 2013

MP legaliza prisão do jornalista “Edwin Hounnou


Dia 01 de Julho de 2013, na Beira
MP legaliza prisão do jornalista “Edwin Hounnou” (‎#canalmoz)

Charles Baptista, de seu nome próprio, está indiciado de violação de segredos militares. Ele foi conduzido à Cadeia Central da Beira onde vai aguardar pelo julgamento

Maputo (Canalmoz) – Mesmo depois de aferir que se trata de um profissional de comunicação social, a Procuradoria Provincial de Sofala l...egalizou, na última segunda-feira, a detenção do jornalista do Magazine Independente, Charles Baptista, também conhecido por “Edwin Hounnou”, preso a semana passada na Beira indiciado de crime de violação de segredos militares.
O porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala, o inspector da Polícia, Mateus Mazive, disse ontem ao Canalmoz que depois da legalização da sua prisão, o indiciado foi conduzido à Cadeia Central onde deverá aguardar pelo julgamento que ainda não tem data marcada.
O jornalista, segundo o mesmo porta-voz, foi detido no dia 27 de Junho último, por volta das 17 horas, "quando foi surpreendido a partir do terraço do edifício onde funciona o Conselho Municipal da Beira a fotografar uma parada da Polícia que estava a ser orientada pelo comandante provincial da PRM em Sofala", Joaquim Nido.
De acordo com Mateus Mazive, o jornalista estava na ocasião com outros dois indivíduos que a Polícia diz estar a procurar, dado que os considera fugitivos.
"Eram três indivíduos e os dois se escapuliram e estamos a procurar localizar o seu paradeiro", disse o porta-voz da PRM, acrescentando que "esta acção de fotografar unidades e paradas militares é uma conduta censurável e condenável nos termos da lei por violar segredos militares".
A máquina de fotografar que a Polícia qualifica de "sofisticada e que continha as imagens com os pormenores da parada, da unidade policial onde se encontrava a formatura e as viaturas da ETRAGO e militares", segundo Mateus Mazive, encontra-se em poder das autoridades e o indiciado vai responder sobre isso e explicar para que fins estava a tirar as imagens.
O advogado de Edwin Hounnou defende que ele estava no exercício das suas funções e defendeu ainda que não existe legislação que configure como um crime a matéria de que o jornalista do Magazine Independente vai ser acusado.
Com as suas imagens o jornalista acabaria por provar o envolvimento de autocarros da ETRAGO na movimentação de forças especiais da PRM. (Bernardo Álvaro)

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