Na carta, publicada em inglês no site do jornal britânico "The Guardian", o ex-agente afirmou que "existem poucos líderes mundiais que se arriscariam a defender os direitos humanos de um indivíduo contra o governo mais poderoso do planeta, e a coragem do Equador e de seu povo é um exemplo para o mundo".
Com a carta, Snowden rompeu o silêncio que perdurava desde que saiu de Hong Kong rumo a Moscou.
"Devo expressar meu profundo respeito por seus princípios e meu sincero agradecimento pela ação de seu governo (do Equador) ao considerar minha solicitação de asilo político", disse Snowden.
Também acusou o governo dos EUA de ter montado "o maior sistema de vigilância do mundo" que grava, analisa e submete a um "escrutínio secreto cada membro do público internacional", em uma grave violação dos direitos humanos universais.
Snowden afirmou que o apoio que recebeu do público por ter revelado esse programa fez com que o governo dos EUA respondesse com uma "caçada extrajudicial" que custou o direito de uma vida pacífica para todos os seus familiares.
Snowden denunciou o "silêncio" de governos "que temem o governo dos EUA e suas ameaças".
"O Equador, entretanto, se levantou para defender o direito do pedido de asilo", ressaltou. O ex-agente da CIA afirmou que o Cônsul equatoriano em Londres, Fidel Narváez, teve "ação decisiva" para proteger seus direitos e sua saída de Hong Kong, sem o que "nunca poderia ter me arriscado a viajar".
Edward Snowden concluiu sua carta dizendo que está "livre e é capaz de divulgar informações que são de interesse do público."
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