quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Venezuela. 43 pessoas envolvidas no alegado atentado contra Nicolás Maduro


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Entre os 43 detidos envolvidos num atentado contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no dia 4 de agosto, está o deputado da oposição Juan Requesens.
AFP/Getty Images
O Ministério Público venezuelano anunciou esta quinta-feira que as investigações determinaram a existência de 43 pessoas envolvidas no frustrado atentado de 4 de Agosto último contra o Presidente Nicolás Maduro.
“No começo falávamos de seis detidos (…) no passado 14 de agosto falávamos de 34 e agora aumentou para 43 porque cada vez que alguém é detido, quando assume a sua responsabilidade, acrescenta mais dados para chegar a estas conclusões”, explicou o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime).
Segundo Tarek William Saab, há 18 mandados de detenção e foi solicitada a extradição de nove pessoas que estão nos EUA, Peru e Colômbia. Por outro lado, explicou que “25 pessoas” já foram acusadas e que o Ministério Público venezuelano tem pormenores dos autores materiais do atentado frustrado e de onde atuaram.
“Determinou efetivamente quais foram os autores materiais do ataque, onde atuaram, onde se alojaram e quem lhe prestou apoio logístico e financeiro”, frisou. Entre os detidos está o deputado da oposição Juan Requesens.
No dia 4 de agosto duas explosões, que as autoridades dizem terem sido provocadas por dois ‘drones’ (aparelhos aéreos não tripulados), obrigaram o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente a cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar), que estava a decorrer em Caracas.
Esta Terça-feira a Organização de Estados Americanos (OEA) apelou aos países do continente americano para que ignorem os pedidos de extradição feitos pelas autoridades venezuelanas na sequência do atentado de 4 de agosto contra o Presidente Nicolás Maduro. Em comunicado, a OEA explica que “esses pedidos, vinculados ao suposto atentado contra Nicolás Maduro, estão viciados e devem ser ignorados em uníssono pela comunidade internacional”.

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