domingo, 5 de agosto de 2018

Savana 03-08-2018

Primeiras palavras de Nini Satar à sua chegada à B.O. Acesso à ponte Maputo-Katembe comprometido Pág. 2 Savana 03-08-2018 2 SOCIEDADE Depois de enfrentar a resistência dos cerca de 300 vendedores do vulgo “Mercado Nwakakana”, próximo à Praça 16 de Junho, que exigiam “justas indemnizações” pela sua retirada daquele local para dar lugar à construção de uma das rampas do viaduto norte da Ponte Maputo-Katembe, o projecto enfrenta, agora, a resistência de uma única família na Malanga, que se recusa a ceder o espaço para a conclusão das obras da “rampa A. Preferindo equacionar o obstáculo em termos políticos, o Estado continua a não accionar o direito à expropriação que lhe assiste, arriscando-se a ter de pagar pesadas indemnizações ao empreiteiro da obra, pelos atrasos incorridos. Descrita como o “assunto crítico”, nesta fase do projecto, pela Empresa de Desenvolvimento de Maputo Sul, a família, muito reservada à imprensa, é tida como o último obstáculo no processo de reassentamento, não havendo previsões de quando a situação será resolvida. Ao SAVANA, o responsável da referida família afirma que se nega abandonar aquele local, devido aos “atropelos legislativos” cometidos pela Maputo Sul, enquanto que a empresa gestora da Estrada Circular de Maputo diz que esta propõe números superiores aos estipulados pela legislação. O caso vem reportado no relatório da Maputo Sul, elaborado, em Julho, para actualizar o ponto de situação de todas as obras geridas por aquela empresa, nomeadamente, as estradas da circular de Maputo, a Katembe-Ponta do Ouro, Boane- -Bela Vista e a Ponte Maputo- -Katembe. No documento, a empresa refere que, até Maio último, as obras da Ponte Maputo-Katembe encontravam-se a 98% de execução. Ao que o SAVANA apurou, na ponte, falta a conclusão da iluminação e sinalização, bem como a retirada de equipamento e estruturas de apoio. Mas nas rampas de acesso na margem norte (na cidade de Maputo), registam-se atrasos na ordem dos 61%. Porém, uma fonte ligada ao projecto fez notar que, em adição, um dos desafios adicionais está na renovação dos acessos na margem norte, sobretudo, na Avenida 24 de Julho, na zona da praça 16 de Junho e na ligação da ponte e a Estrada Nacional Nº1 (Brigada Montada), onde, para já, se vai adoptar uma solução temporária. Nas estradas de ligação sul (Katembe-Ponta do Ouro, Bela Vista- -Boane e Zitundo Vila da Ponta do Ouro) as obras encontram-se a 98%. Pontos críticos Na opinião dos responsáveis pela obra, o ponto mais “crítico” prende- -se com a retirada da única família ainda resistente no bairro da Malanga, que impede a conclusão, com sucesso, do projecto. Devido à situação, a reportagem do SAVANA deslocou-se ao local para, junto da família, perceber as razões da sua recusa. Numa conversa conseguida a “ferro e fogo”, o proprietário da residência, que não se quis identificar, disse que se recusa a abandonar aquele local, devido à forma como o processo está a ser conduzido pela Maputo Sul, pois, não obedece o Decreto 31/2012, de 8 de Agosto, que regula o processo de reassentamento resultante de actividades económicas. A fonte conta que, para além de negociar uma compensação capaz de melhorar a vida da sua família, a empresa gestora da Estrada Circular de Maputo está a impor as suas condições, que não beneficiam a sua deslocação para Katembe, local definido para o seu reassentamento. “O Regulamento diz que a compensação deve melhorar a vida dos afectados, mas a empresa só quer nos desgraçar. A promessa parte dos 130 mil meticais e termina nos 269 mil meticais. Não concordamos porque não compensa”, disse aquele citadino, revelando que o espaço em causa tem duas casas (uma do tipo dois e outra do tipo três) e um estabelecimento comercial, onde vende produtos alimentares e sopa, um negócio muito concorrido. Fontes contactadas sobre os preços avançados pelo proprietário do espaço, disseram-nos que “são uma grande mentira”. Ainda segundo as nossas fontes, a avaliação espaço não atinge os 900 mil Meticais. O proprietário colocou a fasquia nos cinco milhões de meticais. No terreno, que não ultrapassa os 450 m2, estão erguidas duas casas e um pequeno estabelecimento comercial, feitos de bloco e cimento, com uma cobertura de chapas de zinco. “A minha casa é do tipo dois, a outra é do meu irmão”, afirmou, acrescentando que não exige nenhum valor específico, apenas uma compensação justa. “A empresa apenas mediu as infra- -estruturas e disse que irá nos compensar de acordo com as dimensões aqui existentes. Não aceitamos isso. E o nosso negócio, quem nos irá compensar?”, questionou, referindo-se ao negócio da sopa. Aliás, em relação a este negócio, durante os cerca de 30 minutos que permanecemos naquela residência, testemunhámos a entrada e saída de muitas pessoas, na sua maioria comerciantes do Mercado Malanga, que estavam ali para entreter o estômago. O proprietário, que aparenta pouco mais de 40 anos de idade, diz ser “natural” daquele bairro e custa-lhe sair sem garantias de uma “vida estável ou melhor” no seu local de destino. “Muitos vizinhos estão a reclamar das condições de vida nos bairros onde foram reassentados. Por isso, não aceito sair sem me garantir que vou viver bem para onde vou”, frisou. A Maputo Sul, para além de pagar compensações aos ocupantes dos assentamentos informais, transporta todos os seus haveres, incluindo chapas de zinco, aros de portas e janelas para o local de reassentamento, com direito a um espaço de construção. Nas habitações precárias da encosta da Malanga, o SAVANA conseguiu apurar que a empresa pagou preços que variaram entre cerca de 260 mil meticais por casebres de cartão, a 1,4 milhões, por casas de alvenaria tipo quatro. Questionado sobre os factores que ditaram a saída dos seus vizinhos, o nosso interlocutor respondeu que estudou o caso e concluiu que o processo não era transparente e muito menos vantajoso para as famílias, pelo que optou por ficar. A nossa reportagem quis saber daquele cidadão o estágio das negociações com a Maputo Sul, tendo dito que as mesmas não registam nenhum avanço, pois, “a empresa não quer entender a nossa preocupação”, porém, mostrou-se confiante com o desfecho positivo do dossier. Um reputado jurista ouvido SAVANA disse-nos que o estado deveria ter accionado o direito de expropriação dos terrenos abrangidos pela construção das estradas e ponte por se tratarem de obras de utilidade pública. Ele deu como exemplo o que se fez para os terrenos abrangidos pela construção da estrada N4, entre a Matola e Ressano Garcia. “Os ocupantes dos terrenos ou proprietários de imóveis são compensados de acordo com a lei e se não estiverem de acordo têm o direito de recorrer aos tribunais”, disse. O mecanismo de expropriação, segundo o advogado, deveria ter sido accionado no início da obra com a publicação de um decreto do Conselho de Ministros. Mesmo do ponto de vista comercial, seria mais económica uma “compensação negociada”, comparado com os valores da potencial indemnização que o Estado terá de pagar ao empreiteiro por incumprimento dos prazos. Um outro jurista, que corroborou esta opinião, considera que as entidades oficiais preferiram equacionar em termos políticos um problema que tem claro suporte legal. “Acho que os envolvidos estão a olhar para 10 de Outubro (eleições autárquicas)”, lamentou. “Seguimos os instrumentos legais”, Silva Magaia Contactado pelo jornal para dar a sua versão dos factos, o PCA da Maputo Sul, Silva Magaia, disse que a empresa que dirige define as compensações de acordo com os instrumentos legais existentes no país para a avaliação dos imóveis. Assim, Magaia afirmou que a Maputo Sul não fez nenhuma oferta porque “não estamos a comprar nada”, mas “estamos a compensar a família pela perda dos imóveis no local”. Sem revelar os valores propostos por ambas partes, o PCA daquela empresa afirmou que a sua equipa mostrou à família como chegou ao valor que propõe, facto que não aconteceu da outra parte. “A família não concorda com o resultado da avaliação e apresenta um valor que não consegue nos explicar como chegou a ele”, disse, sublinhando que, neste momento, não há previsão de quando o processo irá terminar. “Era nossa expectativa que a família já não estivesse ali. Mas, continuamos a manter a mesma postura de falar com as pessoas até elas compreenderem como fazemos os cálculos e que tudo aquilo que inventam só atrasa o país e não a Maputo Sul. Caso a gente não se entenda teremos de ir por outros caminhos”, garantiu Magaia, sem, no entanto, apontar os referidos caminhos. O responsável da Maputo Sul escusou-se a revelar os números envolvidos nas várias transacções com os moradores informais dos espaços ocupados pela ponte e seus viadutos. De referir que esta não é a primeira resistência que a Maputo Sul enfrenta no processo de construção da Ponte Maputo-Katembe. A primeira verificou-se no mesmo local (mercado “Nwakakana”), onde centenas de vendedores daquele local recusavam-se a ceder o espaço, reivindicando compensações pela sua transferência para o mercado Malanga. O atraso provocado pelo assentamento informal de Nwakakana, segundo outras fontes escutadas, coincidiu com uma negociação difícil com entidades chinesas, para um aumento do financiamento da obra. O acordo só foi alcançado, em Dezembro último, quando a Maputo Sul decidiu pagar compensações por cada banca com valores nunca revelados publicamente. De acordo com vendedores no local, “os preços foram variáveis” e andaram entre os 100 mil e os 200 mil meticais por banca, de acordo com a estrutura montada. Para além destas resistências, o projecto enfrentou também, em Julho último, a greve dos trabalhadores do empreiteiro chinês CRBC (China Road and Brigde Corporation), reivindicando o pagamento de uma indemnização pelo fim da obra e do subsídio de risco, que não recebem desde que começaram as obras. É habitual os trabalhadores “chantagearem” os donos das grandes obras exigindo próximo do fim das mesmas, indemnizações que não estão previstas contratualmente, uma vez que as empresas se encontram sobre pressão para cumprir as empreitadas nos prazos acordados com os donos das obras. A inauguração da Ponte Maputo- -Katembe esteve agendada para o dia 25 de Junho. Porém, devido aos atrasos na obra, foi adiada para uma data ainda por anunciar. Acesso à ponte Maputo-Katembe comprometido Uma família mantém o Estado em sentido - Estado poderia impor expropriação do terreno Por Abílio Maolela Na imagem a casa que deve dar espaço à rampa do acesso à ponte ilec Vilanculos Savana 03-08-2018 3 SOCIEDADE Z Wj >/ DK D /Yh D/E/^d Z/K K^Z hZ^K^D/E Z /^ E Z'/ O Governo de Moçambique, através do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, pretende seleccionar o Presidente do Conselho de Administração (PCA) para Autoridade Reguladora de Energia (ARENE), criada pela Lei No. 11/2017, de 8 de Setembro. A ARENE é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa, financeira, patrimonial e técnica, tutelada pelo Ministro que superintende a área de energia. A principal actividade é regular os subsectores de electricidade, incluindo a resultante de qualquer fonte de energias renováveis, de combustíveis líquidos, de distribuição e comercialização de gás natural. É igualmente responsabilidade da ARENE garantir a observância rigorosa dos princípios e normas aplicáveis ao sector de energia, em conformidade com a legislação nacional e os padrões e boas práticas internacionais, promover a concorrência leal entre os operadores públicos e privados do sector de energia, bem como contribuir para a segurança energética nacional. Responsabilidades do PCA da ARENE O PCA será responsável pela criação de uma equipa eficaz de gestão, e que assegure a prossecução dos objectivos da instituição no âmbito das suas atribuições, designadamente: x Protecção dos direitos e interesses dos consumidores em particular os clientes finais, economicamente vulneráveis em relação a preços, à forma e qualidade da prestação de serviços, promovendo a sua educação e informação bem como a promoção de tecnologias energéticas eficientes; x Exercício de funções de conciliação, mediação e de arbitragem em matéria de diferendos relativos a questões surgidas entre diferentes concessionários e entidades licenciadas entre si, ou entre os concessionários e entidades licenciadas e os seus consumidores, quando solicitados, nas matérias definidas; x Estabelecer a cooperação com reguladores de outros países, com vista ao prosseguimento de objectivos e interesses comuns incluindo a implementação dos tratados e/ou acordos internacionais no âmbito das suas atribuições; x Instruir e tramitar os processos de concurso público para a atribuição de concessões de produção, transporte, distribuição e comercialização de energia eléctrica e de distribuição e comercialização de gás natural, emitir o respectivo parecer, bem como dos pedidos de transmissão de concessões; x Estabelecer e aprovar tarifas e preços de energia, gás e produtos petrolíferos regulados nos termos da lei e garantir a sua aplicação; x Emitir pareceres e recomendações sobre propostas de políticas e legislação respeitantes ao sector de energia, incluindo o respectivo Plano de Expansão; x Propor a formulação, alteração ou ajustamento de políticas e legislação sobre o sector de energia; x Promover a livre concorrência na prestação dos serviços energéticos bem como prevenir e tomar medidas necessárias contra práticas anti-concorrenciais e abusos de posição dominante; e x Recolher, sistematizar e gerir informação relevante informações relevantes sobre os operadores e prestadores. Qualificações do Candidato Dentre várias qualificações, o Candidato no mínimo deverá reunir as seguintes: x Nacionalidade moçambicana; x Ter formação superior preferencialmente em Engenharia, Economia, Direito com MBA ou qualificação relevante na Gestão de Negócios sendo que a experiência na negociação de contratos de energia constituirá uma vantagem; x Possuir um mínimo de 10 anos de experiência relevante como gestor sénior numa organização de reputação ou em operações similares; x Ter conhecimentos básicos do funcionamento de entidades reguladoras, e na gestão de mercados de empresas de energia, fixação de tarifas, gestão de processos de reclamações, experiência na gestão de comunicação com o público e as partes interessadas; x Ter tido envolvimento tangível em ambientes desafiantes bem como ter liderado uma organização de negócios, ou pelo menos, ter sido membro da equipa sénior de gestão preferencialmente no sector de energia; x Possuir boas habilidades executivas e de relacionamento com Instituições Públicas e Privadas para além de habilidades de interagir com pessoas singulares, e participação em processos negociais; x Ser fluente na fala e escrita da língua portuguesa e inglesa. O mandato do PCA da ARENE é de cinco anos, renovável por uma única vez. Os interessados para a vaga acima indicada, deverão, até as 23:59 horas do dia 20 de Agosto de 2018 concorrer através do endereço https://mireme.talentos.co.mz que está sob a gestão do Secretário Permanente do Ministério dos Recursos Minerais e Energia. Pedidos de esclarecimentos adicionais devem ser remetidos para suporte@talentos.co.mz ou alternativamente através telefone No. 85 079 7283 de Segunda à Sexta-feira no período das 7:30 às 17:30 horas. Maputo, 1 de Agosto de 2018 Anúncio de Vaga para Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Reguladora de Energia PUBLICIDADE DESPORTO Savana 03-08-2018 4 SOCIEDADE Opresidente do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique (EDM), Mateus Magala, foi nomeado vice- -presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para o pelouro dos Serviços Corporativos e de Recursos Humanos, devendo deixar a função no topo da companhia estatal de electricidade no mês de Outubro. Um comunicado do BAD indica que a nova posição, o número três do banco, marca o regresso de Mateus Magala à principal instituição financeira africana. O ainda presidente da EDM deixou o BAD em 2015, a convite do Governo moçambicano para ocupar o cargo de presidente do Conselho de Administração da companhia pública de electricidade, numa altura em que a companhia estava na iminência de tocar o fundo do poço. A sua contratação foi negociada directamente entre o Presidente Filipe Nyusi e o então Presidente do BAD, Donald Kaberuka, quando representava o banco no Zimbabwe. Magala, com um mestrado em Economia e Econometria pela Universidade de Sydney (Austrália) e um doutoramento em Economia pela Universidade de Victória (Austrália), deve assumir formalmente o novo posto no BAD a 01 de Setembro, mas o gestor assegurou ao executivo moçambicano que deixará a EDM em Outubro. Magala, tal como Nyusi, fez os estudos de licenciatura em engenharia mecânica na Checoslováquia. A administração Magala na EDM tem sido marcada por reformas radicais na empresa, tendo introduzido concursos internacionais para o recrutamento de gestores da empresa e uma limpeza no sistema de procurement como forma de estancar a máfia que dominava a empresa, conectada a alguns sectores mafiosos próximos do partido governamental. Magala também mexeu nos preços da energia como forma de viabilizar a empresa. No comunicado em que faz o anúncio, o BAD salienta que a EDM viu as suas receitas dispararem de 150 milhões de dólares para 500 milhões de dólares, projectando-se que subam para um bilião de dólares em 2020, apesar de a empresa se encontrar altamente endividada. “É uma grande honra ter sido nomeado vice-presidente de serviços institucionais e recursos humanos do Banco Africano de Desenvolvimento. Irei empenhar-me no sentido de ajudar a fomentar uma cultura de elevada produtividade, de desempenho e de responsabilidade pelos resultados, atraindo, recompensando e mantendo os melhores talentos na equipa”, sublinhou Magala em reacção à sua nomeação. Magala, que durante a sua administração na EDM incutiu uma cultura de trabalho virado para os resultados, sublinhou que o BAD é a quarta empresa mais atractiva entre os empregadores em África, fazendo notar que anseia trabalhar com Akinwumi Adesina, presidente do BAD, “nas suas ousadas reformas, bem como ajudar a acelerar os sistemas e processos institucionais com vista a tornar o banco mais ágil para dar uma resposta mais célere às necessidades dos nossos parceiros e acelerar a execução das operações do banco”. Entre 2008 e 2015, Mateus Magala trabalhou no BAD, como economista principal para a área de planeamento estratégico e de representante do BAD no Zimbabue. No entanto, a administração Nyusi considera que ter um moçambicano no topo da hierarquia do BAD será importante para a fluidez da cooperação com o país, uma vez que a instituição é uma das que mais financiam projectos em Moçambique, principalmente na área de energia. No mês passado, Filipe Nyusi reuniu-se com o actual presidente do BAD, o nigeriano Akinwumi Adesina, durante a cimeira da CPLP em Cabo Verde e na qual ficou acordado o regresso de Magala ao BAD. Ao que apurámos, Nyusi sempre esteve hesitante em libertar Magala, mas teve de ceder perante as pressões de Adesina, que, em comentários à indicação de Magala, recordou que o PCA da EDM realizou reformas institucionais com grande sucesso “e traz com ele ideias inovadoras, criatividade, paixão e determinação para a implementação de reformas”. Adesina, uma “antiga estrela” no pelouro da Agricultura do governo nigeriano de Goodluck Ebele Jonathan, espera produzir uma “pequena revolução no BAD, por pressão dos seus investidores de referência. Magala recebeu a notícia da nomeação no Japão, onde se encontra em férias com a família. Desfalque na EDM Magala regressa ao BAD como vice-presidente E ntraram em vigor, a partir desta terça-feira, as novas tarifas de água potável no país. Tal como aconteceu no ano passado, o processo que culminou com o reajuste do custo da água não teve direito à publicitação, daí que, para muitos consumidores, o reajuste é novidade. Para já, um dado é certo. O precioso líquido vai continuar mais caro nas capitais provinciais, tal como vinha acontecendo à luz da última actualização feita pelo Conselho de Regulação de Águas (CRA), aprovada a 1 de Setembro de 2017, que começou a vigorar a 1 de Outubro do mesmo ano. O CRA, entidade tutelada pelo Conselho de Ministros, fundamentou a sua decisão de voltar, cerca de 10 meses depois, a mexer nas tarifas do precioso líquido baseando-se no argumento dos “custos operacionais e de manutenção”. Nisto, destaca, a título de exemplo, os custos com energia, produtos químicos, custos financeiros relacionados com os investimentos e operações financeiras diversas. O agravamento das tarifas foi solicitado pelo Fundo de Investimento do Património de Abastecimento de Água (FIPAG), responsável pelos sistemas de abastecimento de água das capitais provinciais (designados por sistemas primários), e pela Administração de Infra-estruturas de Água e Saneamento (AIAS), encarregue pelo abastecimento do precioso líquido nas vilas municipais e sedes distritais, designados por sistemas secundários. O Conselho Regulador de Águas deliberou favoravelmente aos dois pedidos, em sessão plenária, realizada a 4 de Julho. O FIPAG e a AIAS justificaram a pretensão, na altura do pedido, com o fundamento de que a mesma (revisão das tarifas) tinha em vista mitigar uma possível degradação do serviço devido ao agravamento da estrutura de custos na prestação do serviço público de distribuição de água e permitir o cumprimento das obrigações financeiras das empresas para com terceiros, tendo em conta a função social que a água desempenha na saúde e bem-estar da população. Assim, a fatura a partir de 7 metros cúbicos/mês vai subir entre 90.40 e 100 MT nos sistemas principais, e entre 34, 57 e 45.78 MT nos sistemas secundários. Em termos práticos, tomando como exemplo a cidade de Maputo, que se enquadra nos sistemas primários, se à luz do último ajustamento o valor da factura era de 216. 20 MT agora passará a ser de 306, 97 MT por mês, isto para um consumo de exactos 7 metros cúbicos de água. Para o caso de Alto Molocué, incluso no grupo dos sistemas secundários, tomando como base uma factura de 7 metros cúbicos, se, anteriormente, devia pagar qualquer coisa como 200, 00 MT agora passará a pagar 234,59 MT por mês. Nas capitais provinciais, as tarifas para outros serviços são ajustadas em 23%, nomeadamente, o corte e religação, aferição do contador, encargos para contador danificado e/ou pela violação da instalação. Aliás, as ligações domiciliárias domésticas, com contadores avariados ou inexistentes, devem ser facturados no consumo do mês, com base em média de valores históricos disponíveis até três meses imediatamente anteriores à data da facturação, ou, não sendo possível tal procedimento, a factura do mês deve ser emitida para um consumo estimado em 5 metros cúbicos.     Magalhães Miguel, Secretário Executivo do CRA, em conversa com o mediaFAX/SAVANA, na tarde desta terça-feira, disse que a revisão não é extensiva aos consumidores domésticos que fazem parte do “escalão social”, cujo consumo termina nos 5 metros cúbicos. Explicou que em termos monetários, a factura mensal no escalão de 5 metros cúbicos (160 litros por dia/por família), nas capitais provinciais, vão continuar a pagar os 133,50 MT/mês, que vem pagando. A tarifa de água fornecida aos fontenários também não vai sofrer qualquer agravamento porque não foi contemplada na presente revisão. Para a mesma categoria, “ escalão social”, mas já nas vilas municipais e sedes distritais, cujo ajustamento não era feito desde 2014, Magalhães Miguel avançou que a factura mensal subiu entre 16,00 a 20, 00 MT. Adiante, Miguel acrescentou que a presente revisão alicerçou-se em dois Associação das Empresas Jornalísticas (AEJ) Assembleia Geral Constituinte Conforme acordado nas reuniões preparatórias, convocam-se os representantes das empresas de comunicação social registadas em Moçambique, para voluntariamente participarem na Assembleia Geral Constituinte (AGC), pelas 11 horas do dia 14 de Setembro de 2018, a ter lugar nas instalações da mediacoop SA, sita na Av. Amílcar Cabral, 1062. A AGC tem a seguinte agenda proposta: - discussão e aprovação dos Estatutos da Associação - eleição dos corpos sociais - outros assuntos de interesse dos participantes Maputo, 3 de Agosto de 2018 A Comissão Organizadora tipos de subsídios entre consumidores. O primeiro, em que a tarifa geral (cobrada aos serviços públicos, comércio e indústria) é mais elevada que a tarifa doméstica. A outra, em que uma tarifa doméstica, onde os que consomem mais pagam mais, permitido, desta forma, continuar a subsidiar o grupo que faz parte do “ escalão social”. A nossa fonte avançou, igualmente, que, do ponto de vista social, o equilíbrio encontrado no reajustamento tarifário, permite que cerca de 1.7 milhões de consumidores do “ escalão social”, sejam protegidos do agravamento da tarifa, o que representa cerca de 1/3 dos consumidores domésticos. (Ilódio Bata) Ajustamentos foram decididos pelo CRA a pedido dos fornecedores Água potável mais cara Mateus Magala Savana 03-08-2018 5 PUBLICIDADE DESPORTO SOCIEDADE Savana 03-08-2018 6 SOCIEDADE A par do que se verifica com o partido no poder, ao nível da capital do país, onde as bases queixam-se de terem sido ignoradas na escolha de cabeça-de-lista para as eleições autárquicas de 10 de Outubro próximo, a família da Renamo, na cidade da Beira, capital provincial de Sofala, também está dividida. Em causa estão as supostas manobras tendentes a contornar a vontade dos membros da base e indicar o nome de Manuel Bissopo, secretário-geral da Renamo, para cabeça de lista do partido naquela autarquia. O SAVANA sabe que, devido ao imbróglio, a direcção do partido afastou o delegado político provincial, Albano Balaunde. Balaunde era acusado de coagir as bases para desvalorizar a figura de Bissopo e elevar Geraldo Carvalho, actualmente no Movimento Democrático de Moçambique (MDM), onde é deputado da Assembleia da República, mas que já manifestou junto à família da Renamo o interesse de regressar à antiga casa. Para afastar Balaunde, do centro das operações sem frustrar as massas, a direcção da Renamo transferiu- -o para a capital onde foi indicado para o cargo de chefe do departamento de Defesa e Segurança. No seu lugar foi indicado, interinamente, um membro identificado apenas pelo nome de Castelo, uma figura aparentemente sem nenhuma influência política ao nível da cidade da Beira, mas que é próximo de Manuel Bissopo e seus fiéis seguidores. Conhecido como um mobilizador por excelência, Geraldo Carvalho foi, em 2003, um dos responsáveis pela mobilização de jovens dos bairros da periferia da cidade da Beira, a apostarem na figura de Daviz Simango, quando este foi indicado por Afonso Dhlakama para concorrer pela Renamo na presidência daquela autarquia. Em 2008, Geraldo Carvalho desafiou Afonso Dhlakama e descordou do líder da Renamo de afastar Daviz Simango da corrida pela renovação do seu mandato no município da Beira. Um ano depois, juntamente com outros dissidentes da Renamo, Carvalho teve um papel preponderante na criação do MDM onde foi indicado para a chefia do departamento de Mobilização e Propaganda. Pelo mesmo partido, que ajudou a fundar, foi eleito deputado da Assembleia da República por duas vezes, 2009 e 2014. No entanto, Geraldo Carvalho desentendeu-se com a direcção do MDM quando, em finais de 2017, exigiu que a indicação dos candidatos do partido à presidência dos Conselhos Autárquicos devia ser por eleição partir das bases. Carvalho entendia que esse era o Bases da Renamo recusam Bissopo Perdizes desavindos na Beira 'LUHFomRGDSDUWLGRH[RQHUDGHOHJDGRSURYLQFLDODFXVDGRGHFRDJLUPHPEURVDDSRVWDUHPQDÀJXUDGH*HUDOGR&DUYDOKR Por Raul Senda e Argunaldo Nhampossa modelo ideal para se evitar que figuras como Daviz Simango, com poderes bastantes no seio do partido, fossem “árbitros e jogadores ao mesmo tempo”. Também defendia a tese de que, no fim do presente mandato, Simango devia deixar a presidência do município e dedicar- -se apenas ao partido. No mesmo período, manifestou interesse de concorrer para a liderança do município da Beira, facto que não agradou a direcção do MDM. Como resultado dessa ousadia, Geraldo Carvalho não renovou a chefia de Departamento de Mobilização e Propaganda do MDM e nem foi indicado para outro cargo. Consta-nos que, Geraldo Carvalho interpretou o seu afastamento como retaliação da direcção do partido por a ter desafiando a ser mais transparente e democrática nos processos. Daí, segundo fontes, iniciou incursões à Serra da Gorongosa com vista a convencer o líder da Renamo a abrir espaço para o seu regresso ao partido, facto que, em vida, Afonso Dhlakama tinha aceite. Ao contrário dos municípios de Maputo, Quelimane e Nampula onde Afonso Dhlakama tinha indicado os nomes de Venâncio Mondlane, Manuel de Araújo e Paulo Vahanle, para Beira ainda não tinha tomado nenhuma decisão. Essa lacuna abriu espaço para que Carvalho mantivesse a sua ambição de concorrer pela autarquia e abriu a sua linha de corredores junto as bases da perdiz naquela cidade. Com a morte de Dhlakama, segundo informações em poder do SAVANA, Bissopo está a passar uma imagem de que é aposta do líder falecido para liderar a cabeça-de-lista da Renamo na Beira, o que não convence as lideranças da partido ao nível provincial. Sublinham que, na cidade da Beira, a popularidade de Bissopo é baixa, as bases não nutrem simpatias por ser uma pessoa pouco comunicativa e de difícil trato para além de elitista, visto que, poucas vezes, interage com os membros do baixo nível. Além de ser politicamente frágil, a sua passagem pelo município da Beira, como vereador de Administração e Finanças, no primeiro mandato de Daviz Simango, também não deixou saudades para os membros da Renamo no Chiveve. Os membros entendem que Bissopo quer aproveitar-se das suas funções no partido para auto-indicar- -se e, dessa forma ignorar a vontade das bases. Geraldo Carvalho também não é consensual, mas é influente junto as bases, sobretudo nas classes marginalizadas e desfavorecidas nos bairros da periferia. Por seu turno, as correntes com o pensamento mais cosmopolita, entendem que Geraldo Carvalho não possui capacidade técnica para dirigir uma autarquia do nível da cidade da Beira. Mesmo com limitações, os membros da Renamo defendem que Carvalho é o candidato capaz de ombrear com Daviz Simango e o concorrente da Frelimo porque, o voto que define o vencedor das eleições provém dos bairros da periferia e, é lá onde Geraldo Carvalho penetra com facilidade, quando comparado com Manuel Bissopo. Fernando Balaunde era conotado como sendo o rosto das bases e uma das figuras do topo da Renamo, ao nível de Sofala, que não apoiava a candidatura de Manuel Bissopo. Consta que Balaunde advertiu a direcção da Renamo, interinamente liderada por Ossufo Momade, que caso a “ Perdiz” indique Manuel Bissopo, vai perder a eleição. Recordou o que aconteceu com a Renamo, em 2008, quando ignorou a vontade das bases e na ultima hora decidiu trocar Daviz Simango por Manuel Pereira como candidato. Mutismo na ordem do dia Contactados pelo SAVANA, os rostos da confusão, sem desmentir os factos, recusaram comentar. Geraldo Carvalho disse que não tinha nenhum comentário sobre o assunto. Na mesma linha seguiu Manuel Bissopo, depois o Albano Balaunde e por fim o delegado provincial interino. Bissopo justificou a recusa referindo que na qualidade de SG do partido, qualquer declaração sua podia confundir a opinião pública. Mesmo sem confirmar nada, Carvalho não desmentiu as informações sobre a sua eventual candidatura. Contudo, em entrevista a Canal de Moçambique, Ossufo Momade assegurou que o cabeça-de-lista da Renamo no município da Beira é Manuel Bissopo que dentro de dias será apresentado publicamente. Outros candidatos Enquanto o ambiente político no seio da perdiz continua tenso na cidade da Beira, nos principais municípios do país, como Maputo, Nampula, Quelimane e Matola a Renamo já indicou os seus cabeças- -de-listas para as eleições autárquicas de Outubro próximo. O processo teve o seu momento mais alto, no passado sábado, com a indicação de António Muchanga, actual relator da Comissão de Administração Pública e Poder Local da Assembleia da República, como cabeça-de-lista para o Município da Matola. Muchanga deverá esperar uma corrida bastante renhida naquele ponto, pois deverá enfrentar o actual edil, Calisto Cossa e Silvério Ronguane, candidato do MDM. Na hora da sua indicação como cabeça de lista Muchanga prometeu acabar com brincadeiras de estradas de fraca qualidade bem como a demolição de casas sem as devidas compensações aos proprietários. Como é de conhecimento público, para o apetitoso município de Maputo a Renamo apostou em Venâncio Mondlane que aguarda a indicação do seu adversário da Frelimo, tendo já o desafiado para umdebate público sobre a governação da cidade. Mondlane foi anunciado como cabeça-de-lista depois de um acordo de “cavalheiros” que teve com o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, facto que o fez abandonar o MDM, partido pelo qual concorreu nas autárquicas de 2013 e derrotado por David Simango. Na mesma linha de Mondlane, seguiu Manuel de Araújo que já é cabeça-de-lista pela “Perdiz”, na quarta-maior cidade do país, Quelimane. Araújo deixou o MDM mesmo depois de ter sido anunciado como cabeça-de-lista e, neste momento, aguarda a indicação do seu adversário da Frelimo, mas já sabe que tem pela frente Rogério Waru-waru do MDM que vem defendendo que é candidato residente em Quelimane. Apesar desta situação, tudo indica que Araújo deverá renovar a direcção máxima daquele município. Para a chamada capital do norte, o maior partido da oposição deu um voto de confiança a Paulo Vahanle, eleito na segunda volta da intercalar no presente ano em Nampula. Ainda na semana passada, a Renamo apresentou outros cabeças-de lista a nível da província de Maputo. Trata-se de João Marisane, um antigo vogal da CNE, que vai encabeçar a lista para autarquia de Boane. Jeremias Cumbe foi indigitado como cabeça de lista para o município de Namaacha. Cumbe dirige, actualmente, o gabinete eleitoral da Renamo e é conselheiro do partido a nível daquele distrital. Para o não menos importante município da Manhiça, a escolha da Renamo recaiu em Carvalho Mendes que no preciso momento preside a liga da juventude do partido a nível distrital. Para o município de Tete, a Renamo apostou em Ricardo Tomás, que tal como Venâncio Mondlane e Manuel de Araújo abandonou o MDM para juntar se ao partido do malogrado Afonso Dhlakama. Tomás foi eleito deputado da Assembleia da República pelo MDM em 2014 e ainda não renunciou o seu mandato. CNE a espera No entanto, a Comissão Nacional das Eleições (CNE) continua refém da promulgação da lei e a consequente publicação no Boletim da República. Fonte da CNE assegurou ao SAVANA que só depois de cumprido este procedimento administrativo é que a instituição vai apresentar um novo roteiro do processo eleitoral, com destaque para as datas de submissão de candidaturas. A mediacoop, SA informa os seus clientes que, a partir do dia 10 de Agosto de 2018, poderão ler o jornal SAVANA e o diário electrónico mediaFAX no seu telemóvel, PC e tablet. Para o fazer, aceda à nossa plataforma pelo link https:// www.jornalsavana.co.mz O envio aos assinantes da cópia PDF será descontinuado nessa data. Os assinantes com contrato em dia, receberão as senhas de acesso fornecidas pelo nosso Departamento Comercial. Para mais informações contacte-nos: Avenida Amílcar Cabral n.º 1049 R/C Maputo E-mail: mediafax@mediacoop.co.mz ou dinguizwayo.chiconela@mediacoop.co.mz Cell: 84 2272591 | 82 3171100 | 21 301737 Direcção Comercial Cell: 84 2272591 | 82 3171100 | 21 301737 SAVANA e mediaFAX Membros e simpatizantes da Renamo clamando pela audição das bases Savana 03-08-2018 7 SOCIEDADE 38%/,&,'$'( Savana 03-08-2018 8 RELATÓRIO DE CONTAS (1/5) RELATÓRIO E CONTAS INTERCALAR 1º SEMESTRE DE 2018 “O BIM - Banco Internacional de Moçambique, S.A., com o intuito de manter informados os senhores Clientes e o público em geral da evolução da sua actividade, situação SDWULPRQLDOHƮQDQFHLUDHHPFXPSULPHQWRGR$YLVRQ | *%0 HGD&LUFXODUQ | 6+& GR%DQFRGH0R¦DPELTXH DSUHVHQWDGHVHJXLGD DLQIRUPD¦¢RUHIHUHQWH D GH-XQKRGH š BIM - Banco Internacional de Moçambique. S.A. Demonstração dos Resultados Consolidados e do Banco SDUDRSHU¬RGRGHVHLVPHVHVƮQGRHP GH-XQKRGH MZN’000 Notas Consolidado Banco -XQ -XQ -XQ -XQ -XURVHSURYHLWRVHTXLSDUDGRV -XURVHFXVWRVHTXLSDUDGRV 0DUJHPƮQDQFHLUD Rendimentos de instrumentos de capital - 5HVXOWDGRVGHVHUYL¦RVHFRPLVV´HV 5HVXOWDGRVHPRSHUD¦´HVƮQDQFHLUDV Outros resultados de exploração Total de proveitos operacionais Custos com pessoal 2XWURVJDVWRVDGPLQLVWUDWLYRV $PRUWL]D¦´HVGRH[HUF¬FLR Total de custos operacionais Imparidade do crédito 2XWUDVSURYLV´HV Resultado antes de impostos Impostos Correntes Diferidos Resultado após impostos 5HVXOWDGRFRQVROLGDGRGRH[HUF¬FLRDWULEX¬YHOD Accionistas do Banco - - Interesses que não controlam - - Resultado do exercício Resultado por acção 0=1 0=1 0=1 0=1 3DUDVHUOLGRFRPDVQRWDVDQH[DVŸVGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVFRQVROLGDGDV BIM - Banco Internacional de Moçambique. S.A. Demonstração Consolidada do Rendimento Integral SDUDRSHU¬RGRGHVHLVPHVHVƮQGRHP GH-XQKRGH MZN’000 -XQ -XQ ,WHQVTXHSRGHU¢RYLUDVHUUHFODVVLƮFDGRVSDUDDGHPRQVWUD¦¢RGRVUHVXOWDGRV $FWLYRVƮQDQFHLURVGLVSRQLYHLVSDUDYHQGD DOWHUD¦´HVQRMXVWRYDORU Impostos - Outro rendimento integral do período depois de impostos ,WHQVTXHQ¢RVHU¢RUHFODVVLƮFDGRVSDUDD'HPRQVWUD¦¢RGH5HVXOWDGRV 7UDQVL¦¢R,)56 - - Outro rendimento integral do período depois de impostos - Resultado consolidado do exercício Total do rendimento integral do exercício $WULEX¬YHOD Accionistas do Banco Interesses que não controlam Resultado consolidado do exercício Impostos - Total do rendimento integral do exercício BIM - Banco Internacional de Moçambique. S.A. Demonstração do Rendimento Integral do Banco SDUDRSHU¬RGRGHVHLVPHVHVƮQGRHP GH-XQKRGH MZN’000 -XQ -XQ ,WHQVTXHQ¢RVHU¢RUHFODVVLƮFDGRVSDUDD'HPRQVWUD¦¢RGH5HVXOWDGRV 5HVHUYDVGH-XVWR9DORU 7UDQVL¦¢RSDUD,)56 - Outro rendimento integral do período depois de impostos Resultado líquido do exercício Total do Rendimento integral do exercício 3DUDVHUOLGRFRPDVQRWDVDQH[DVŸVGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVFRQVROLGDGDV BIM - Banco Internacional de Moçambique. S.A. Balanço Consolidado e do Banco SDUDRSHU¬RGRGHVHLVPHVHVƮQGRHP GH-XQKRGH MZN’000 Notas Consolidado Banco -XQ 'H] -XQ 'H] Activo Caixa e disponibilidades no Banco de Moçambique 'LVSRQLELOLGDGHVHPRXWUDVLQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR $SOLFD¦´HVHPLQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR Créditos a clientes 2XWURVDWLYRVƮQDQFHLURVDRFXVWRDPRUWL]DGR $WLYRVƮQDQFHLURVDRMXVWRYDORUDWUDY¨VGHRXWUR rendimento integral ,QYHVWLPHQWRVHPVXEVLGL ULDV - - ,QYHVWLPHQWRVHPDVVRFLDGDV - - 3URSULHGDGHVGH,QYHVWLPHQWR - - $FWLYRVQ¢RFRUUHQWHVGHWLGRVSDUDYHQGD 2XWURVDFWLYRVWDQJ¬YHLV GoodwillHDFWLYRVLQWDQJ¬YHLV $FWLYRVSRULPSRVWRVFRUUHQWHV $FWLYRVSRULPSRVWRVGLIHULGRV 2XWURVDFWLYRV Total do Activo Passivo 5HFXUVRVGHRXWUDVLQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR Recursos de clientes 7¬WXORVGHG¬YLGDHPLWLGRV 3URYLV´HV 3DVVLYRVSRULPSRVWRVFRUUHQWHV - - - 3DVVLYRVSRULPSRVWRVGLIHULGRV - - 2XWURVSDVVLYRV Total do Passivo Capitais Próprios Capital 5HVHUYDVHUHVXOWDGRVDFXPXODGRV 7RWDOGR&DSLWDO3U²SULRDWULEX¬YHODR*UXSR %DQFR Interesses que não controlam - - Total dos Capitais Próprios Total dos Capitais Próprios e do Passivo 3DUDVHUOLGRFRPDVQRWDVDQH[DVŸVGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDV BIM - Banco Internacional de Moçambique. S.A. Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados e do Banco GRVSHU¬RGRGHVHLVPHVHVƮQGRHP GH-XQKRGH MZN’000 Notas Consolidado Banco -XQ -XQ -XQ -XQ Fluxos de caixa das actividades operacionais -XURVHFRPLVV´HVUHFHELGDV -XURVHFRPLVV´HVSDJDV Pagamentos a empregados e fornecedores 5HFXSHUD¦¢RGHHPSU¨VWLPRVSUHYLDPHQWHDEDWLGRV Prémios de seguros recebidos - - 3DJDPHQWRGHLQGHPQL]D¦´HVGDDFWLYLGDGHVHJXUDGRUD - - Resultados operacionais antes de alterações nos fundos operacionais 'LPLQXL¦¢R DXPHQWR GHDFWLYRVRSHUDFLRQDLV $WLYRVƮQDQFHLURVDRMXVWRYDORUDWUDY¨VGHRXWUR rendimento integral $SOLFD¦´HVHPLQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR Depósitos no Banco de Moçambique Crédito a clientes 2XWURVDFWLYRVRSHUDFLRQDLV $XPHQWRV GLPLQXL¦¢R GRVSDVVLYRVRSHUDFLRQDLV 'HS²VLWRVGHRXWUDVLQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR Depósitos de clientes e outros empréstimos 2XWURVSDVVLYRVRSHUDFLRQDLV Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais antes do pagamento de impostos sobre os lucros ,PSRVWRVSDJRVVREUHRUHQGLPHQWR SDJRV UHFHELGRV Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais Fluxos de caixa das actividades de investimento &RPSUD UHIRU¦RGHSDUWLFLSD¦´HV - - 'LYLGHQGRVUHFHELGRV - &RPSUDGHDFWLYRVWDQJ¬YHLV 9DORUHVUHFHELGRVQDYHQGDGHDFWLYRVWDQJ¬YHLV )OX[RVGHFDL[DO¬TXLGRVGDVDFWLYLGDGHVGHLQYHVWLPHQWR )OX[RVGHFDL[DGDVDFWLYLGDGHVGHƮQDQFLDPHQWR 'LYLGHQGRVSDJRV $PRUWL]D¦´HVGH'¬YLGD6XERUGLQDGD - - - )OX[RVGHFDL[DO¬TXLGRVGDVDFWLYLGDGHVGHƮQDQFLDPHQWR Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus HTXLYDOHQWHV $XPHQWR GLPLQXL¦¢R HPFDL[DHVHXVHTXLYDOHQWHV Caixa e seus equivalentes no início do período &DL[DHVHXVHTXLYDOHQWHVQRƮPGRSHU¬RGR 3DUDVHUOLGRFRPDVQRWDVDQH[DVŸVGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDV Savana 03-08-2018 9 RELATÓRIO DE CONTAS RELATÓRIO E CONTAS INTERCALAR DO 1º SEMESTRE 2018 (Continuação 2-5) BIM - Banco Internacional de Moçambique. S.A. Demonstração de Alterações do Capital Próprio Consolidado SDUDRSHU¬RGRGHVHLVPHVHVƮQGRHP GH-XQKRGH MZN’000 Total dos capitais próprios Capital Reserva Legal Outras reservas e resultados acumulados Total do Capital Próprio atribuível ao *UXSR Interesses que não controlam 6DOGRVHP GH-DQHLURGH - 7UDQVIHU©QFLDSDUDDUHVHUYDOHJDO - - - - $TXLVL¦¢RGHSDUWLFLSD¦¢RGH da SIM - - - - 'LYLGHQGRVGLVWULEX¬GRVHP - - Rendimento integral - - Outros - - 6DOGRVHP GH'H]HPEURGH 'LYLGHQGRVGLVWULEX¬GRVHP - - Rendimento integral - - Outros - - 6DOGRVHP GH-XQKRGH 3DUDVHUOLGRFRPDVQRWDVDQH[DVŸVGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDV Banco Internacional de Moçambique, S.A. Demonstração de alterações do capital próprio individual SDUDRVSHU¬RGRVƮQGRVHP GH-XQKRGH MZN’000 Total dos capitais próprios Capital Capital Reserva Legal Reserva Legal Outras reservas e resultados acumulados 6DOGRVHP GH-DQHLURGH 7UDQVIHU©QFLDSDUDUHVHUYDOHJDO - - 'LYLGHQGRVGLVWULEX¬GRVHP - - Rendimento integral - - 6DOGRVHP GH'H]HPEURGH 'LYLGHQGRVGLVWULEX¬GRVHP - - Rendimento integral - - 6DOGRVHP GH-XQKRGH 3DUDVHUOLGRFRPDVQRWDVDQH[DVŸVGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDV NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INTERCALARES CONSOLIDADAS E INDIVIDUAIS GRSHU¬RGRƮQGRHP GH-XQKRGH NOTA INTRODUTÓRIA 2%,0ś%DQFR,QWHUQDFLRQDOGH0R¦DPELTXH 6 $ ŠR%DQFRšRXŠ%,0š ¨XP%DQFRGHFDSLWDLVHVVHQFLDOPHQWH SULYDGRVFRPVHGHVRFLDOHP0DSXWR (VWDVGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVFRQVROLGDGDVV¢RFRPSRVWDVSHOREDQFRH VXDVVXEVLGL ULDV FROHFWLYDPHQWHŠ*UXSRš 2*UXSRHR%DQFRDSUHVHQWDPGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVTXHUHưHFWHPRVUHVXOWDGRVGDVVXDVRSHUD¦´HVSDUDR H[HUF¬FLRƮQGRHP GH-XQKRGH 2%DQFRWHPSRUREMHFWRSULQFLSDODUHDOL]D¦¢RGHRSHUD¦´HVƮQDQFHLUDVHDSUHVWD¦¢RGHWRGRVRVVHUYL¦RVSHUPLWLGRVDRV%DQFRVFRPHUFLDLVGHDFRUGRFRPDOHJLVOD¦¢RHPYLJRU QRPHDGDPHQWHDFRQFHVV¢RGHHPSU¨VWLPRVHP PRHGDQDFLRQDOHHVWUDQJHLUD DFRQFHVV¢RGHOHWUDVGHFU¨GLWRHGHJDUDQWLDVEDQF ULDV WUDQVDF¦´HVHPPRHGD estrangeira e recepção de depósitos em moeda nacional e estrangeira. Bases de apresentação $VGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVFRQVROLGDGDVHLQGLYLGXDLVIRUDPSUHSDUDGDVGHDFRUGRFRPDV1RUPDV,QWHUQDFLRQDLV GH5HODWR)LQDQFHLUR 1,5)ŞV $VGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVFRQVROLGDGDVHLQGLYLGXDLVDJRUDDSUHVHQWDGDVUHưHFWHPRVUHVXOWDGRVGDVRSHUD¦´HV GR%DQFRHGHWRGDVDVVXDVVXEVLGL ULDV HPFRQMXQWRŠ*UXSRš HDSDUWLFLSD¦¢RQR*UXSRQDVDVVRFLDGDVSDUDR SHU¬RGRGHVHLVPHVHVƮQGRHP GH-XQKRGH 7RGDVDVUHIHU©QFLDVGHVWHGRFXPHQWRDTXDOTXHUQRUPDWLYRUHSRUWDPVHPSUHŸUHVSHFWLYDYHUV¢RYLJHQWH As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota foram aplicadas de forma consistente a todas as entidades GR*UXSR HV¢RFRQVLVWHQWHVFRPDVXWLOL]DGDVQDSUHSDUD¦¢RGDVGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVGRSHU¬RGRDQWHULRU (VWDVGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVFRQVROLGDGDVHLQGLYLGXDLVV¢RDSUHVHQWDGDVHP0HWLFDLV TXH¨DPRHGDIXQFLRQDO GR*UXSRH%DQFR WRGRVRVYDORUHVIRUDPDUUHGRQGDGRVDXQLGDGHGHPLOK¢RPDLVSU²[LPD H[FHSWRTXDQGRLQGLFDGR Uso de julgamentos e estimativas $SUHSDUD¦¢RGDVGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVGHDFRUGRFRPDV1,5)ŞVUHTXHUTXHD&RPLVV¢R([HFXWLYDIRUPXOH MXOJDPHQWRV HVWLPDWLYDVHSUHVVXSRVWRVTXHDIHFWDPDDSOLFD¦¢RGDVSRO¬WLFDVFRQWDELO¬VWLFDVHRYDORUGRVDFWLYRV SDVVLYRV SURYHLWRVHFXVWRV $VHVWLPDWLYDVHSUHVVXSRVWRVDVVRFLDGRVV¢REDVHDGRVQDH[SHUL©QFLDKLVW²ULFDH QRXWURVIDFWRUHVFRQVLGHUDGRVUD]R YHLVGHDFRUGRFRPDVFLUFXQVW¡QFLDVHIRUPDPDEDVHSDUDRVMXOJDPHQWRV VREUHRVYDORUHVGRVDFWLYRVHSDVVLYRVFXMDYDORUL]D¦¢RQ¢R¨HYLGHQWHDWUDY¨VGHRXWUDVIRQWHV 2VUHVXOWDGRVUHDLV SRGHPGLIHULUGDVHVWLPDWLYDV $VGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVFRQVROLGDGDVHLQGLYLGXDLVDJRUDDSUHVHQWDGDVIRUDPDSURYDGDVSHOR&RQVHOKRGH Administração do Banco. 3RO¬WLFDVFRQWDELO¬VWLFDV a ) Base de consolidação $SDUWLUGH GH-DQHLURGH R*UXSRSDVVRXDDSOLFDUD,)56 UHYLVWD SDUDRUHFRQKHFLPHQWRFRQWDELO¬VWLFRGDVFRQFHQWUD¦´HVGHDFWLYLGDGHVHPSUHVDULDLV $VDOWHUD¦´HVGHSRO¬WLFDVFRQWDELO¬VWLFDVGHFRUUHQWHVGD DSOLFD¦¢RGD,)56 UHYLVWD V¢RDSOLFDGDVSURVSHFWLYDPHQWH $VGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVFRQVROLGDGDV DJRUD DSUHVHQWDGDV UHưHFWHPRV DFWLYRV SDVVLYRV SURYHLWRVH FXVWRVGR%DQFRHGDVXDVXEVLGL ULD *UXSR HRVUHVXOWDGRVDWULEX¬YHLVDR*UXSRUHIHUHQWHVŸVSDUWLFLSD¦´HV ƮQDQFHLUDVHPHPSUHVDVDVVRFLDGDV b ) Politicas contabilisticas $VSRO¬WLFDVFRQWDELO¬VWLFDVDSOLFDGDVQDHODERUD¦¢RGHVWDV'HPRQVWUD¦´HV)LQDQFHLUDV,QWHUFDODUHVIRUDPDSOLFDGDVDWRGDVDVHQWLGDGHVGR*UXSRHV¢RFRQVLVWHQWHVFRPDVXWLOL]DGDVQDSUHSDUD¦¢RGDV'HPRQVWUD¦´HV )LQDQFHLUDVGRH[HUF¬FLRƮQGRHP GH'H]HPEUR LQFOXLQGRRVUHTXLVLWRVGHƮQLGRVSHOD,$6 ś5HODWR Financeiro Intercalar. 2%DQFRHR*UXSRDGRSWDUDPDV1,5)6HLQWHUSUHWD¦´HVGHDSOLFD¦¢RREULJDW²ULDGHDFRUGRFRPDGHVFUL¦¢R DSUHVHQWDGDQRUHODW²ULRDQXDOFRPUHIHU©QFLDD GH'H]HPEURGH $VGHPRQVWUD¦´HVƮQDQFHLUDVV¢RDSUHVHQWDGDVHP0HWLFDLVDUUHGRQGDGRVDRPLOKDUPDLVSU²[LPR 0DUJHPƮQDQFHLUD MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ -XQ -XQ -XQ Juros e proveitos equiparados Juros de crédito -XURVGHGHS²VLWRVHRXWUDVDSOLFD¦´HV -XURVGHW¬WXORVGLVSRQ¬YHLVSDUDYHQGD Juros e custos equiparados Juros de depósitos e outros recursos -XURVGHW¬WXORVHPLWLGRV - - - 2XWURVFXVWRVHMXURVHTXLSDUDGRV 0DUJHPƬQDQFHLUD 3. Rendimentos de instrumentos de capital MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ -XQ -XQ -XQ 5HQGLPHQWRVGHLQYHVWLPHQWRVHPVXEVLGL ULDV - - - - $UXEULFD5HQGLPHQWRVGHLQVWUXPHQWRVGHFDSLWDOFRUUHVSRQGH SDUDR%DQFR DGLYLGHQGRVUHFHELGRVDVVRFLDGRVŸ SDUWLFLSD¦¢RƮQDQFHLUDGHWLGDQD6HJXUDGRUD,QWHUQDFLRQDOGH0R¦DPELTXH 6 $ H SDUDR*UXSR DGLYLGHQGRVUHFHELGRV GHRXWUDVSDUWLFLSD¦´HVGHWLGDVSHOD6HJXUDGRUD,QWHUQDFLRQDOGH0R¦DPELTXH 6 $ 5HVXOWDGRVGHVHUYL¦RVHFRPLVV´HV MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ -XQ -XQ -XQ 6HUYLÂRVEDQF¼ULRVSUHVWDGRV Por garantias prestadas 3RUVHUYL¦RVEDQF ULRVSUHVWDGRV &RPLVV´HVGDDFWLYLGDGHVHJXUDGRUD - - 2XWUDVFRPLVV´HV 6HUYLÂRVEDQF¼ULRVUHFHELGRV Por garantias recebidas 3RUVHUYL¦RVEDQF ULRVSUHVWDGRV &RPLVV´HVGDDFWLYLGDGHVHJXUDGRUD - - 2XWUDVFRPLVV´HV Resultados líquidos de serviços e comissões Savana 03-08-2018 10 RELATÓRIO DE CONTAS RELATÓRIO E CONTAS INTERCALAR DO 1º SEMESTRE 2018 (Continuação 3-5) 5HVXOWDGRVHPRSHUD¦´HVƮQDQFHLUDV MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ -XQ -XQ -XQ /XFURVHPRSHUDÂÐHVƬQDQFHLUDV 2SHUD¦´HVFDPELDLV 2XWUDVRSHUD¦´HV 3UHMXÈ]RVHPRSHUDÂÐHVƬQDQFHLUDV 2SHUD¦´HVFDPELDLV - 2XWUDVRSHUD¦´HV - - - - 6. Créditos a clientes MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ 'H] -XQ 'H] Crédito com garantias reais Crédito com outras garantias Crédito sem garantias Crédito ao sector público &U¨GLWRHPORFD¦¢RƮQDQFHLUD &U¨GLWRWRPDGRHPRSHUD¦´HVGH factoring - - &U¨GLWRYHQFLGR PHQRVGH GLDV &U¨GLWRYHQFLGR PDLVGH GLDV Imparidade para riscos de crédito $DQ OLVHGRFU¨GLWRD&OLHQWHVSRUVHFWRUGHDFWLYLGDGH¨DVHJXLQWH MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ 'H] -XQ 'H] $JULFXOWXUDHVLOYLFXOWXUD ,QG¹VWULDVH[WUDFWLYDV Alimentação. bebidas e tabaco Têxteis 3DSHO DUWHVJU ƮFDVHHGLWRUDV Químicas 0 TXLQDVHHTXLSDPHQWRV (OHFWULFLGDGH  JXDHJ V Construção Comércio 5HVWDXUDQWHVHKRW¨LV 7UDQVSRUWHVHFRPXQLFD¦´HV 6HUYL¦RV Crédito ao consumo &U¨GLWRŸKDELWD¦¢R Estado Moçambicano 2XWUDVDFWLYLGDGHV Imparidade para riscos de crédito $UXEULFDGH2XWURVDFWLYRVƮQDQFHLURVDRFXVWRDPRUWL]DGR¨DQDOLVDGDFRPRVHVHJXH 2XWURVDWLYRVƮQDQFHLURVDRFXVWRDPRUWL]DGR MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ 'H] -XQ 'H] 2EULJD¦´HVGRWHVRXUR Outros títulos Imparidade de títulos - - $UXEULFDGH2XWURVDFWLYRVƮQDQFHLURVDRFXVWRDPRUWL]DGRFRUUHVSRQGHHVVHQFLDOPHQWHDW¬WXORVHPLWLGRVSHOR(VWDGR GH0R¦DPELTXH GHVLJQDGDPHQWH%LOKHWHVGR7HVRXURH2EULJD¦´HVGR7HVRXUR $WLYRVƮQDQFHLURVDRMXVWRYDORUDWUDY¨VGHRXWURUHQGLPHQWRLQWHJUDO MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ 'H] -XQ 'H] $F¦´HV $UXEULFDGH$FWLYRV)LQDQFHLURVDRMXVWRYDORUDWUDY¨VGHRXWURUHQGLPHQWRLQWHJUDO¨FRQVWLWX¬GDHVVHQFLDOPHQWHSRUDF¦´HV 2XWURVDFWLYRVWDQJ¬YHLV MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ 'H] -XQ 'H] ,P²YHLV 2EUDVHPHG¬ƮFLRVDUUHQGDGRV Equipamento 0RELOL ULR 0 TXLQDV (TXLSDPHQWRLQIRUP WLFR ,QVWDOD¦´HVLQWHULRUHV 9LDWXUDV Equipamento de segurança 2XWURVDFWLYRVWDQJ¬YHLV ,QYHVWLPHQWRVHPFXUVR Amortizações e imparidade acumuladas Goodwill e activos intangíveis MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ 'H] -XQ 'H] $FWLYRVLQWDQJÈYHLV 'Software' ,QYHVWLPHQWRVHPFXUVR Amortizações acumuladas 'LIHUHQ¦DVGHFRQVROLGD¦¢RHGHUHDYDOLD¦¢R Goodwill Seguradora Internacional de Moçambique, S.A - - 5HFXUVRVGHRXWUDVLQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ 'H] -XQ 'H] Recursos do Banco de Moçambique Empréstimos a médio longo prazo 5HFXUVRVGHRXWUDVLQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR no país Depósitos a ordem 5HFXUVRVGHRXWUDVLQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWRQR estrangeiro Depósitos a ordem Empréstimos a curto prazo Empréstimos a médio longo prazo 5HFXUVRVGHFOLHQWHV MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ 'H] -XQ 'H] Depósitos à ordem Depósitos a prazo Outros Recursos 3URYLV´HV MZN’ 000 *UXSR Banco -XQ 'H] -XQ 'H] 3URYLV´HVSDUDFU¨GLWRLQGLUHFWR 3URYLV´HVSDUDULVFRVEDQF ULRVJHUDLV 3URYLV´HVSDUDRXWURVULVFRVHHQFDUJRV 3URYLV´HVW¨FQLFDVGDDFWLYLGDGHVHJXUDGRUD - - Savana 03-08-2018 11 RELATÓRIO DE CONTAS RELATÓRIO E CONTAS INTERCALAR DO 1º SEMESTRE 2018 (Continuação 4-5) &DSLWDO6RFLDO 2&DSLWDOVRFLDOGR%DQFRQRPRQWDQWHGH PLOKDUHVGH0HWLFDLV¨UHZSUHVHQWDGRSRU DF¦´HV GH YDORUQRPLQDOGH 0HWLFDLVFDGDHHQFRQWUD VHLQWHJUDOPHQWHVXEVFULWRHUHDOL]DGR $HVWUXWXUDDFFLRQLVWDD GH-XQKRGH DSUHVHQWD VHFRPRVHVHJXH -XQ % participação 'H] % participação 1|$F¦´HV capital 1|$F¦´HV capital %&3€IULFD 6*36 Estado de Moçambique ,166 ,QVWLWXWR1DFLRQDOGH6HJXUDQ¦D6RFLDO EMOSE - Empresa Moçambicana de Seguros, SARL )'& )XQGD¦¢RSDUD'HVHQYROYLPHQWRGD Comunidade *HVWRUHV 7¨FQLFRVH7UDEDOKDGRUHV *77V 5HVHUYDVHUHVXOWDGRVDFXPXODGRV *UXSR Banco -XQ 'H] -XQ 'H] 5HVHUYDOHJDO 2XWUDVUHVHUYDVHUHVXOWDGRVDFXPXODGRV Resultado do exercício 3DUDƮQVGDGHPRQVWUD¦¢RGRVưX[RVGHFDL[D DOLQKD&DL[DHHTXLYDOHQWHVGHFDL[D ¨DVVLPFRPSRVWD &DL[DHHTXLYDOHQWHVGHFDL[D *UXSR Banco -XQ -XQ -XQ -XQ Disponibilidades em caixa 'LVSRQLELOLGDGHVHP,QVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR no país 'LVSRQLELOLGDGHVHP,QVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR no estrangeiro 'LYXOJD¦¢RGHFDSLWDO MZN’ 000 -XQ 'H] FUNDOS PRÓPRIOS DE BASE Tier &DSLWDO Capital realizado 5HVHUYDVHUHVXOWDGRVUHWLGRV $FWLYRV,QWDQJ¬YHLV ,QVXƮFL©QFLDGHSURYLV´HV Tier 1 Capital total Tier &DSLWDO Outros Tier 2 Capital total Dedução aos fundos próprios totais )XQGRVSU²SULRVHOHJ¬YHLV Activos ponderados pelo risco 1REDODQ¦R Fora de balanço Risco operacional Risco de mercado 5 FLRGHDGHTXD¦¢RGHIXQGRVSU²SULRVGHEDVH Tier 1 5 FLRGHDGHTXD¦¢RGHIXQGRVSU²SULRV Tier 5¼FLRGH6ROYDELOLGDGH $1(;26&,5&8/$51| 6+& '2%$1&2'(02†$0%,48( 02'(/2,,,ś%DODQ¦R &RQWDV,QGLYLGXDLV $FWLYR Milhares de MZN Rubricas -XQKR 1RWDV 4XDGURV anexos Valor antes de provisões. imparidade e amoritzações Provisões. imparidade e amortizações Valor Líquido 'H] Activo Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras LQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR $FWLYRVƮQDQFHLURVGHWLGRV para negociação - - - 2XWURVDFWLYRVƮQDQFHLURV DRMXVWRYDORUDWUDY¨VGH resultados - - - $FWLYRVƮQDQFHLURV GLVSRQ¬YHLVSDUDYHQGD $SOLFD¦´HVHP LQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR Crédito a Clientes ,QYHVWLPHQWRVGHWLGRV até à maturidade $FWLYRVFRPDFRUGRGH recompra - - - 'HULYDGRVGHFREHUWXUD - - - $FWLYRVQ¢RFRUUHQWHV GHWLGRVSDUDYHQGD Propriedades de LQYHVWLPHQWR 2XWURVDFWLYRVWDQJ¬YHLV $FWLYRVLQWDQJ¬YHLV ,QYHVWLPHQWRVHP ƮOLDLV DVVRFLDGDVH empreendimentos FRQMXQWRV $FWLYRVSRULPSRVWRV correntes $FWLYRVSRULPSRVWRV diferidos 2XWURV$FWLYRV Total de activos 3DUWHDSOLF YHOGRVDOGRGHVWDVUXEULFDV $UXEULFD GHYHU VHULQVFULWDQRDFWLYRVHWLYHUVDOGRGHYHGRUHQRSDVVLYRVVHWLYHUVDOGRFUHGRU 2VVDOGRVGHYHGRUHVGDVUXEULFDV H V¢RLQVFULWRVQRDFWLYRHRVVDOGRVFUHGRUHVQRSDVVLYR 02'(/2,,, 3$66,92 ś%DODQ¦R &RQWDV,QGLYLGXDLV 3DVVLYR Milhares de MZN Rubricas 1RWDV 4XDGURV anexos -XQ 'H] Passivo Recursos de bancos centrais 3DVVLYRVƮQDQFHLURVGHWLGRVSDUDQHJRFLD¦¢R - - 2XWURVSDVVLYRVƮQDQFHLURVDRMXVWR YDORUDWUDY¨VGHUHVXOWDGRV - - 5HFXUVRVGHRXWUDVLQVWLWXL¦´HVGH crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos 'HULYDGRVGHFREHUWXUD - - 3DVVLYRVQ¢RFRUUHQWHVGHWLGRVSDUD YHQGDHRSHUD¦´HVGHVFRQWLQXDGDV - - 3URYLV´HV 3DVVLYRVSRULPSRVWRVFRUUHQWHV - - 3DVVLYRVSRULPSRVWRVGLIHULGRV - - ,QVWUXPHQWRVUHSUHVHQWDWLYRVGHFDSLWDO - - 2XWURVSDVVLYRVVXERUGLQDGRV - - 2XWURVSDVVLYRV Total de Passivo Capital Capital Prémios de emissão - - Outros instrumentos de capital - - $F¦´HVSU²SULDV - - 5HVHUYDVGHUHDYDOLD¦¢R 2XWUDVUHVHUYDVHUHVXOWDGRVWUDQVLWDGRV Resultado do exercício 'LYLGHQGRVDQWHFLSDGRV - - Total de Capital Total de Passivo + Capital Savana 03-08-2018 12 RELATÓRIO DE CONTAS RELATÓRIO E CONTAS INTERCALAR DO 1º SEMESTRE 2018 (Continuação 5-5) MODELO IV – Demonstração de Resultados - Contas Individuais Milhares de MZN Rubricas 1RWDV 4XDGURV anexos -XQ -XQ -XURVHUHQGLPHQWRVVLPLODUHV -XURVHHQFDUJRVVLPLODUHV 0DUJHPƮQDQFHLUD Rendimentos de instrumentos de capital 5HQGLPHQWRVFRPVHUYL¦RVH FRPLVV´HV (QFDUJRVFRPVHUYL¦RVHFRPLVV´HV 5HVXOWDGRVGHDFWLYRVHSDVVLYRV DYDOLDGRVDRMXVWRYDORUDWUDY¨VGH resultados - - 5HVXOWDGRVGHDFWLYRVƮQDQFHLURV GLVSRQ¬YHLVSDUDYHQGD 5HVXOWDGRVGHUHDYDOLD¦¢RFDPELDO Resultados de alienação de outros DFWLYRV Outros resultados de exploração Produto bancário Custos com pessoal *DVWRVJHUDLVDGPLQLVWUDWLYRV $PRUWL]D¦´HVGRH[HUF¬FLR 3URYLV´HVO¬TXLGDVGHUHSRVL¦´HVH DQXOD¦´HV ,PSDULGDGHGHRXWURVDFWLYRV ƮQDQFHLURVO¬TXLGDGHUHYHUV´HVH UHFXSHUD¦´HV ,PSDULGDGHGHRXWURVDFWLYRVO¬TXLGD GHUHYHUV´HVHUHFXSHUD¦´HV - Resultados antes de impostos Impostos Correntes Diferidos Resultados após impostos 'RTXDO 5HVXOWDGRO¬TXLGR DS²VLPSRVWRVGHRSHUD¦´HV descontinuadas 3DUWHDSOLF YHOGRVDOGRGHVWDVUXEULFDV 02'(/29%DODQ¦R &RQWDV&RQVROLGDGDV$MXVWDGDV $FWLYR Milhares de MZN Rubricas -XQ 'H] Activo Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras LQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR $FWLYRVƮQDQFHLURVGHWLGRVSDUD negociação - - 2XWURVDFWLYRVƮQDQFHLURVDRMXVWR YDORUDWUDY¨VGHUHVXOWDGRV - - $FWLYRVƮQDQFHLURVGLVSRQ¬YHLV SDUDYHQGD $SOLFD¦´HVHPLQVWLWXL¦´HVGH crédito Crédito a Clientes ,QYHVWLPHQWRVGHWLGRVDW¨Ÿ maturidade $FWLYRVFRPDFRUGRGHUHFRPSUD - - 'HULYDGRVGHFREHUWXUD $FWLYRVQ¢RFRUUHQWHVGHWLGRVSDUD YHQGD 3URSULHGDGHVGHLQYHVWLPHQWR - - 2XWURVDFWLYRVWDQJ¬YHLV $FWLYRVLQWDQJ¬YHLV ,QYHVWLPHQWRVHPƮOLDLVH[FOX¬GDV de consolidação, associadas e HPSUHHQGLPHQWRVFRQMXQWRV - - )LOLDLVQ¢RVXMHLWDVŸVXSHUYLV¢RGR %DQFRGH0R¦DPELTXH $FWLYRVSRULPSRVWRVFRUUHQWHV $FWLYRVSRULPSRVWRVGLIHULGRV 2XWURV$FWLYRV Total de activos 3DUWHDSOLF YHOGRVDOGRGHVWDVUXEULFDV $UXEULFD GHYHU VHULQVFULWDQRDFWLYRVHWLYHUVDOGRGHYHGRUHQRSDVVLYRVVHWLYHUVDOGRFUHGRU 2VVDOGRVGHYHGRUHVGDVUXEULFDV H V¢RLQVFULWRVQRDFWLYRHRVVDOGRVFUHGRUHVQRSDVVLYR 5HFRQKHFLPHQWRSHORP¨WRGRGHHTXLYDO©QFLDSDWULPRQLDO 02'(/29%DODQ¦R &RQWDV&RQVROLGDGDV$MXVWDGDV 3DVVLYR Milhares de MZN Rubricas -XQ 'H] Passivo Recursos de bancos centrais 3DVVLYRVƮQDQFHLURVGHWLGRVSDUD negociação - - 2XWURVSDVVLYRVƮQDQFHLURVDRMXVWRYDORU DWUDY¨VGHUHVXOWDGRV - - 5HFXUVRVGHRXWUDVLQVWLWXL¦´HVGHFU¨GLWR Recursos de clientes e outros empréstimos $QH[RŸ&LUFXODUQ| 6+& Responsabilidades representadas por títulos 'HULYDGRVGHFREHUWXUD - - 3DVVLYRVQ¢RFRUUHQWHVGHWLGRVSDUDYHQGD HRSHUD¦´HVGHVFRQWLQXDGDV - - 3URYLV´HV 3DVVLYRVSRULPSRVWRVFRUUHQWHV - - 3DVVLYRVSRULPSRVWRVGLIHULGRV - - ,QVWUXPHQWRVUHSUHVHQWDWLYRVGHFDSLWDO - - 2XWURVSDVVLYRVVXERUGLQDGRV - - 2XWURVSDVVLYRV Total de Passivo Capital Capital Prémios de emissão - - Outros instrumentos de capital - - $F¦´HVSU²SULDV - - 5HVHUYDVGHUHDYDOLD¦¢R 2XWUDVUHVHUYDVHUHVXOWDGRVWUDQVLWDGRV Resultado do exercício 'LYLGHQGRVDQWHFLSDGRV - - ,QWHUHVVHVPLQRULW ULRV - - Total de Capital Total de Passivo + Capital MODELO VI Demonstração de Resultados - Contas Consolidadas Ajustadas Milhares de MZN Rubricas -XQ -XQ -XURVHUHQGLPHQWRVVLPLODUHV -XURVHHQFDUJRVVLPLODUHV 0DUJHPƮQDQFHLUD Rendimentos de instrumentos de capital 5HQGLPHQWRVFRPVHUYL¦RVHFRPLVV´HV (QFDUJRVFRPVHUYL¦RVHFRPLVV´HV 5HVXOWDGRVGHDFWLYRVHSDVVLYRVDYDOLDGRV DRMXVWRYDORUDWUDY¨VGHUHVXOWDGRV 5HVXOWDGRVGHDFWLYRVƮQDQFHLURV GLVSRQ¬YHLVSDUDYHQGD 5HVXOWDGRVGHUHDYDOLD¦¢RFDPELDO 5HVXOWDGRVGHDOLHQD¦¢RGHRXWURVDFWLYRV - Outros resultados de exploração Produto bancário Custos com pessoal *DVWRVJHUDLVDGPLQLVWUDWLYRV $PRUWL]D¦´HVGRH[HUF¬FLR 3URYLV´HVO¬TXLGDVGHUHSRVL¦´HVHDQXOD¦´HV ,PSDULGDGHGHRXWURVDFWLYRVƮQDQFHLURV O¬TXLGDGHUHYHUV´HVHUHFXSHUD¦´HV ,PSDULGDGHGHRXWURVDFWLYRVO¬TXLGDGH UHYHUV´HVHUHFXSHUD¦´HV - 'LIHUHQ¦DVGHFRQVROLGD¦¢RQHJDWLYDV - - 5HVXOWDGRVGHƮOLDLVH[FOXLGDVGH consolidação, associadas e HPSUHHQGLPHQWRVFRQMXQWRV HTXLYDO©QFLDSDWULPRQLDO - - 5HVXOWDGRVGHƮOLDLVQ¢RVXMHLWDVŸ VXSHUYLV¢RGR%DQFRGH0R¦DPELTXH P¨WRGRGHHTXLYDO©QFLDSDWULPRQLDO Resultados antes de impostos e de interesses minoritários Impostos Correntes Diferidos Resultados após impostos antes de interesses minoritários 'RTXDO 5HVXOWDGRO¬TXLGRDS²VLPSRVWRV GHRSHUD¦´HVGHVFRQWLQXDGDV ,QWHUHVVHVPLQRULW ULRV Resultados consolidados do exercício SOCIEDADE Savana 03-08-2018 13 INTENACIONAL A lgumas horas após as autoridades eleitorais do Zimbabwe darem vantagem ao partido no poder, Zanu-FP nas eleições legislativas de terça-feira, a capital do país, Harare, mergulhou na violência. As eleições tiveram uma taxa de participação de 70%. Até ao fecho desta edição, os resultados do apuramento da Comissão Eleitoral do Zimbabwe (ZEC) e anunciados pela televisão estatal ZBC atribuíam 122 assentos à Zanu-FP e 53 à Aliança MDC, dos 210 lugares em disputa na câmara baixa. As autoridades confirmaram a morte de três pessoas, atingidas por balas disparadas pelos militares que tomaram controlo de Harare, numa cena que parecia ser reminiscente aos acontecimentos de 14 de Novembro, que culminaram com o derrube do antigo presidente Robert Mugabe. Porém, na mente de todos paira o fantasma das eleições de 2008, marcadas por vários episódios violentos contra elementos da oposição. Os manifestantes alegaram que o partido no poder, a Zanu-PF, forjou os resultados que lhe deram uma maioria absoluta no parlamento, e impediram a vitória de Chamisa nas presidenciais. O MDC acredita que Chamisa venceu as eleições presidenciais, e que a presença dos militares nas ruas de Harare visava intimidar os seus apoiantes. “Queremos Chamisa”, gritavam militantes da oposição, na sua caminhada em fúria para uma antiga sede da Zanu-FP na capital. Pneus a arder, cenário de caos e veículos do exército e da polícia a circular pelas ruas caracterizam o cenário que se podia ver na quarta-feira na capital As escaramuças eclodiram na sequência das acusações de fraude feitas pela oposição, que reivindica vitória no escrutínio. Os militantes do MDC estavam reunidos confiantes em vários pontos de Harare, mas o optimismo deu lugar à raiva após o anúncio dos resultados que dão vitória ao rival Zanu-FP e da ausência de número oficiais da disputa presidencial. Depois de declarar os resultados das eleições parlamentares na quarta-feira, a Comissão Nacional de Eleições (ZEC) disse que não poderia anunciar no mesmo dia os resultados das presidenciais, alegando que os mandatários da maioria dos 23 candidatos Harare mergulha na violência “Queremos Chamisa”, gritam membros da oposição não se fizeram presentes para inspecionar os dados na sua posse. O líder do MDC  e candidato presidencial, Nelson Chamisa, disse que a divulgação dos resultados das legislativas antes das presidenciais serve os interesses da Zanu. “Tem o objectivo de preparar mentalmente o Zimbabwe para aceitar resultados presidenciais falsos”, escreveu Chamisa no Twitter. “Nós ganhámos o voto popular e iremos defendê- -lo”, garantiu. A oposição tem desferido várias críticas contra a Comissão Eleitoral, que acusa de estar a favorecer o partido no poder. O atraso no anúncio dos resultados das presidenciais foi alvo de críticas por parte da missão de observadores da União Europeia, organização que esteve banida de observar eleições no Zimbabwe nos últimos 16 anos. Queremos Chamisa na presidência Armados com pedras, paus e tudo que apanhassem pelo caminho, centenas de apoiantes da oposição dirigiram-se a uma antiga sede da Zanu-FP gritando: “Queremos Chamisa”. Ainda no trajecto para a sede da Zanu-FP, os manifestantes foram recebidos com canhões de água e gás lacrimogéneo pela polícia. Furiosos, os membros da oposição atiravam pedras contra os veículos das forças da lei e ordem. Numa outra zona de Harare, as forças de defesa e segurança distribuíam bastonadas pelos protestantes da oposição. Testemunhas consideram que a violência desta semana está longe de se comparar com a escalada dos resultados das presidenciais. Face à tensão, Emerson Mnangagwa apelou à paciência e à calma. O ministro da Justiça, Ziyambi Ziyambi, afirmou que o exército foi colocado nas ruas para manter “a paz e tranquilidade”. “A presença do exército não é para intimidar as pessoas, mas para assegurar a manutenção da lei e ordem. O exército está lá para ajudar a polícia”, frisou Ziyambi. Mais de cinco milhões de pessoas inscreveram-se para o escrutínio, tendo votado 70% dessa cifra. A missão de observação da União Africana considera que as eleições foram livres e justas, assinalando que o escrutínio marcou um momento importante para a transição política no Zimbabué. )RUDPSDFtÀFDV 6$'& Por seu turno, a SADC, num relatório preliminar, refere que as eleições foram, no geral, pacíficas e conduzidas de acordo com a lei. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Angola, Manuel Domingos, falando em nome da SADC, considerou as eleições um momento de viragem na história do Zimbabwe, que irá levar à consolidação da democracia. Por seu turno, a Comunidade para o Mercado Comum da África Oriental e Austral Comesa, elogiou a comissão eleitoral pelo uso do cartão eleitoral biométrico, considerando que reduziu a possibilidade da votação múltipla. As missões de observação da União Europeia e dos Estados Unidos ainda não tinham emitido as suas posições até ao fecho da presente edição. dos confrontos ocorridos no passado, em que a intimidação pelas forças de segurança estava na ordem do dia. Mas também não é o cenário de paz que muitos previam antes do escrutínio de terça-feira. Por enquanto, os confrontos parecem estar confinados à capital, que tem sido favorável à oposição em eleições. Os restantes pontos do país aguardam os resultados com calma. Resultados oficiais dão uma maioria confortável ao partido no poder, enquanto para as presidenciais ainda não havia dados sobre a disputa entre Emerson Mnangagwa, actual chefe de Estado e candidato da Zanu-FP, e Nelson Chamisa, do MDC. O Zimbabwe tenta recuperar credibilidade internacional depois de anos em que os abusos cometidos pelo regime de Mugabe tornaram o país alvo de sanções e isolamento. Aparentemente, o triunfo da Zanu foi alicerçado em vitórias esmagadoras nas zonas rurais, tipicamente bastiões do antigo movimento de guerrilha. Analistas notam que o mau desempenho do MDC se ficou a dever a divisões no seio da oposição após a morte do seu antigo líder Morgan Tsvangirai, em Fevereiro. No entanto, o principal partido da oposição diz que Nelson Chamisa, 40 anos de idade, ganhou a corrida. Observadores eleitorais da União Europeia manifestaram preocupação com a demora no anúncio Militares colocados nas ruas em Harare Apoiantes da aliança MDC protestam nas ruas de Harare 14 Savana 03-08-2018 Savana 03-08-2018 15 NO OLHO DO FURACÃO Quarta-feira, 01 de Agosto de 2018. Tarde quente em Maputo. Trinta e quatro graus centígrados. O céu está totalmente aberto. Agitação no Aeroporto Internacional de Mavalane. É o regresso do criminoso mais procurado do país. Nini Satar chega sem honra nem glória. Sob fortes medidas de segurança, o todo-poderoso, com tentáculos em quase todos os sectores, agora está no encalço dos homens do sistema da Justiça que ele próprio ultrajou. Nini Satar aterrava no Aeroporto Internacional de Maputo pouco depois das 14 horas, transportado no voo kp 740 da Kenya Airways, vindo directamente de Nairobi, depois de, na noite de terça-feira, ter sido extraditado num voo da Tailândia para Quénia. Ao que o SAVANA apurou, Satar era acompanhado por dois moçambicanos, identificados por David David e Wilson Nguane, que se acredita sejam agentes de segurança enviados à Tailândia para receber o criminoso condenado em Tribunal por envolvimento no assassinato do jornalista Carlos Cardoso. Nini foi imediatamente conduzido à Penitenciária de Máxima Segurança, vulgo B.O., sob fortes medidas de segurança. O Jornal soube que, na tarde em que Nini chegou à B.O., houve um recolher obrigatório para os reclusos ali encarcerados. Um aparato de segurança fora do comum foi montado no local. Na Penitenciária da Máxima Segurança, uma casa que bem conhece, em virtude de ter passado cerca de 12 dos 13 anos que cumpriu no “caso Carlos Cardoso”, Nini vai inaugurar uma nova cela, concebida para criminosos tidos como altamente perigosos. Trata-se duma cela com um sistema de segurança digital, equipado com câmaras de segurança e com vigilância 24 horas por dia. A nova cela inclui um sistema para banho de sol, o que significa que Nini não sairá da cela para tomar o chamado banho do sol, bastando abrir o pequeno sunnroof na cobertura. Reportam-nos as nossas fontes da B.O. que Nini chegou, aparentemente, relaxado e, dirigindo-se aos agentes penitenciários, teria dito que não sabia por que estava ali porque nada de mal fez. “Hei-de sair em breve”, terá garantido o criminoso com fortes tentáculos no sistema da Justiça, onde alguns oficiais ficaram com cheques sem cobertura emitidos por Nini, em nome de alguns estabelecimentos comerciais da praça. O SAVANA está na posse de nomes de alguns oficiais que tiveram de engolir a máfia por não terem onde reclamar cheques recebidos em esquemas comprometedores, que incluem jornalistas. Na sua chegada, Nini teria garantido ainda que submeteu um recurso contra a revogação da liberdade condicional ao Tribunal. Recorde-se que a liberdade condicional de Nini Satar foi assinada pelo juiz Adérito Mahlope, da 10ª secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo. Para o juiz, foi determinante o bom comportamento (era responsável da biblioteca e da Mesquina na BO), contra todos os protestos da Procuradoria Geral da República. Agitação em Mavalane A mega-operação de recepção de Nini, no Aeroporto Internacional de Maputo, foi feita ao detalhe, envolvendo um forte aparato de segurança, num cenário que lembra filmes de terror. Até cerca das 12h: 20 minutos, quando acampámos no local, já eram visíveis os sempre disfarçados agentes dos serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE). Uma hora depois, às 13h e 20 min, começam a chegar outras equipas de jornalistas de diversos órgãos de comunicação social, entre nacionais e internacionais, que querem documentar a chegada de “Sahime Mohammad Aslam”, o nome pelo qual Nini Satar se fazia passar quando foi preso a 25 de Julho último no Reino da Tailândia. 14h, uma viatura de guerra, os vulgos BTR, estaciona no parque situado ao lado esquerdo à entrada do Aeroporto. 14h:10 min, duas viaturas de transporte de reclusos, vulgarmente conhecidas por celulares, entram escoltadas por duas outras mahindras, todas do Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP), com agentes fortemente armados. Os repórteres de imagem ligam as câmaras e as máquinas fotográficas, começam a registar o momento até que um oficial com ares de chefia irrompe ao meio. “Estão a gravar o quê”, vai perguntar, visivelmente, nervoso. Os jornalistas estão habituados a tais ossos de ofício, por isso, dão pouca atenção ao “buffo”, até que desiste das ameaças. Era parte de um expediente para evitar que a imprensa registasse o momento. De repente, de cinco viaturas civis saem 13 agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) à paisana, embora alguns envergando colectes à prova de bala e empunhando armados de fogo. Aproxima-se a hora para a aterragem do homem das “quantias irrisórias” ao país de onde, mau grado uma Justiça “sui generes”, não devia nunca ter saído. Agitação total no Aeroporto. Trabalhadores abandonam seus afazeres para testemunhar a chegada do criminoso mais procurado do país. Duas viaturas da Polícia da República de Moçambique (PRM), uma Hyundai e outra Hardbody e uma viatura de guerra da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) seguem para a pista do Terminal Internacional. 14h e 25 min ouve-se sirene do lado de fora de Aeroporto. Desespero para a classe jornalística que já se apercebeu do plano de despiste das autoridades. “Já saíram. Estão aí. Já se foram”, grita um. Falso alarme. Eram mais duas mahindras do SERNAP, um celular e outro de escolta, que entravam no Aeroporto para se juntar à equipa. Já são 14h:28 min. O oficial que minutos antes se enervara com a presença da imprensa vem informar que a escolta de Nini já saiu do Aeroporto. Mais um expediente para abandonarmos o local. “Aos jornalistas, quero dar uma informação útil: as 16h:30 min no SERNIC terão toda a informação”, diz. A notícia é mal recebida pelos profissionais da pena. “Mesmo aqueles que o prenderam mostraram-no. Agora, nós que somos simples receptores é que andamos a escondê-lo”, desabafa um jornalista com fortes influências no sistema da Justiça, desta vez, visivelmente indignado. Mas as movimentações no Aeroporto Internacional de Maputo continuam a sugerir que “Sahime” ainda está no local, onde os agentes dos serviços secretos continuam às sondagens. Várias viaturas com vidros fumados, desses que a Polícia combate, também estão em movimentações dentro do Aeroporto de Mavalane, transportando agentes da própria corporação à paisana. Algumas ostentam chapas de inscrição fictícias, daquelas que as gangs criminosas usam nas suas incursões. Outras nem matrícula têm. 14h:38 min, os 13 agentes à paisana entram nas quatro viaturas civis, duas altezas, uma Runx e um Fun Cargo. Perfilam, juntamente, com uma Hyundai e um Hardbody da PRM, próximo da entrada que dá acesso à pista. O relógio não pára de contar. Já são 14h:54 min. Um grupo de trabalhadores duma empresa de limpeza afecta ao Aeroporto sobressai da entrada que dá acesso à pista. Interpelamos o primeiro para atestar a versão de que a escolta de Nini já havia partido. “Esses homens ainda estão lá dentro”, perguntamos, depois de nos apresentarmos. “Não sei”, responde, claramente para evitar se envolver em “problemas com jornalistas”. Não desistimos. Interpelamos o segundo. “Ainda não saíram. Estão lá”, responde. “Estão na pista internacional”, responde uma outra funcionária. São notícias que contradizem o oficial e confirmam a estratégia de despiste das autoridades, mas que sobretudo renovam as esperanças da classe. Mas também se confirmava o equívoco dos apressados repórteres televisivos que, nos habituais show offs de semi- -directos, já tinham dado como certa a saída do criminoso, faltando apenas, diziam eles, saber em que viatura Nini havia sido transportado. Enganados também estavam os repórteres que cedo abandonaram o local, convencidos com a primeira verdade dada pelos oficiais. “De qualquer das formas, aqui há uma tentativa de despiste muito forte”, sublinha um colega. 15h: 11 min, volta a se ouvir sirenes. Agora é sério, está a sair a tão aguardada escolta. Compreende a Hyundai e o Harbody da PRM, as viaturas celulares do SERNAP, o BTR da UIR e as viaturas civis, que saem a velocidade de cruzeiro. Maldita horam em que o Fun Cargo branco que transporta agentes à paisana nega arrancar. O condutor vai abrir o “campom” e acerta o que a distância não nos permite visualizar. Finalmente vai arrancar a viatura ligeira. A escolta está a sair em contra mão pela entrada do Aeroporto. De repente o Código de Estrada foi suspenso e deu lugar ao Código Militar. As viaturas particulares, que perfilam nas cancelas da entrada do Aeroporto, devem encostar para dar lugar a um delinquente por tendência. Assim que saem, as viaturas se dividem, havendo as que seguem pela Avenida Acordos de Lusaka e outras seguem o Largo da Deta, o troço que liga o Aeroporto à avenida de Angola. Não se sabe se ainda é a estratégia de despiste. Assim foi no dia em que chegou o criminoso mais procurado do país. Patética SERNIC Mais de uma hora depois, o SERNIC dava uma patética conferência de imprensa, praticamente, para dizer nada. O porta-voz do órgão, Leonardo Simbine, foi quem desempenhou o ingrato papel de dizer aos jornalistas o que já sabiam. Disse que o arguido tinha chegado ao país, que foi preso em cumprimento de um mandado de captura internacional na sequência da revogação da liberdade condicional por ter violado certas obrigações, que é indiciado na prática de outros crimes cometidos durante a vigência da liberdade condicional e que usava um passaporte falso. Confrontando sobre por que Nini não foi exibido a imprensa, contrariando a prática exibicionista da corporação, o porta-voz socorreu-se de questões de segurança. Face às insistências dos jornalistas, respondeu: “o que vos posso assegurar é que o senhor Momade Assif, mais conhecido por Nini Satar, encontra-se em território moçambicano, como disse, por questões de segurança”. Fez saber que os processos que estão em curso na procuradoria da cidade estão relacionados com associação para delinquir, roubos e raptos em que Nini é indiciado como autor moral. Sobre o possível julgamento de Nini na África do Sul, onde também é indiciado na prática de raptos, Leonardo Simbine disse que só depois de se ter comunicação oficial é que se pode tomar os passos seguintes. Quanto às circunstâncias em que foi detido na Tailândia, Simbine referiu que há informações sigilosas que não podia avançar. Confirma que o arguido passou por vários países, mas sublinhou que o caso ainda está em investigação, incluindo as circunstâncias em que obteve o passaporte falso. Tailândia não será base para criminosos Nini foi detido a 25 de Julho último na Tailândia. Falando numa conferência de imprensa, no domingo, o vice- -comissário da Polícia tailandesa de Turismo, Pol Hakpan, disse que Nini foi preso num hotel em Thonglor, em Bangkok. “Ele não mostrou o passaporte quando perguntado pela Polícia, mas a sua aparência coincidia com a de Momade Assif Abdul Satar, como mostrado no alerta vermelho da Interpol”, informou Hakpan, citado pelo bangkokpost, um jornal editado na Tailândia. As suas impressões digitais foram enviadas para o Instituto de Medicina Forense para exame e foi confirmado que ele é Momade Assif Abdul Satar. Investigações posteriores revelaram que Nini permaneceu na Tailândia por três anos. Foi inicialmente acusado de violar a Lei de Imigração e teve seu visto de entrada revogado. Nini fica permanentemente banido de voltar a entrar na Tailândia. Segundo Surachate, o criminoso tentou subornar a Polícia tailandesa quando foi preso. Estava a tentar aquele que é o seu modus operandi em Maputo, onde controla o sistema de Justiça, numa cadeia que se estende às redacções. Na verdade, Nini Satar tem sido um “mestre” em manipular os vários órgãos de Justiça e, em função disso e de muitas cartas que provavelmente terá em mãos, será interessante ver qual deles vai jogar por forma a complicar o sector judicial. Num curto vídeo feito pela Policia turística da Tailândia, reconhece usar um passaporte falso. Visivelmente desesperado, o homem que, a partir do exterior desafiou a tudo e todos, suplica as autoridades policiais para acreditarem nele, argumentando que as informações contra ele em Moçambique são totalmente falsas e prometendo fornecer toda a sua documentação. Ao confirmar a extradição, o major general disse que a Tailândia não será base para criminosos estrangeiros. “Não vamos permitir que criminosos estrangeiros usem a Tailândia como base para suas operações”, sublinhou. Nini, uma figura que representa a podridão do sistema, volta à casa depois para retomar a pena de prisão de 24 anos a que foi condenado pelo assassinado do jornalista Carlos Cardoso, depois de ter cumprido 13 anos. Para trás deixa uma vida faustosa que fazia questão de exibir nas redes sociais. O regresso de Nini acontece numa altura em que estão em vias de extinção as celas da B.O. anexas ao Comando da cidade de Maputo, onde passou mais de quatro anos. Com a medida, os reclusos que cumprem pena no chamado corredor da morte, como Aníbal dos Santos Júnior, autor material do assassinato de Carlos Cardoso, passam a partilhar as celas da B.O. com o homem que um dia considerou, publicamente, 10 mil dólares como quantias irrisórias. Nini Satar em Maputo No dia em que “quantias” regressou à B.O. ´1mRVHLSRUTXHHVWRXGHWLGR 1mRÀ]QDGD 0HWLXPUHFXUVR 9RXVDLUHPEUHYHµ DÀUPDo}HVGH1LQLDRVDJHQWHVSHQLWHQFLiULRVjHQWUDGDGDFHODHVSHFLDO Por Armando Nhantumbo O Aeroporto de Mavalane esteve debaixo de vigilância militar esta quarta-feira Até carros de assalto foram mobilizados para receber “Sahime” Parte dos agentes estava à paisana. Alguns se faziam transportar em viaturas civis. O todo-poderoso Nini Satar sem honra nem glória 16 Savana 03-08-2018 INTERNACIONAL Graça Machel foi a companheira de velhice de Nelson Mandela e a única das suas três mulheres ainda viva. Evelyn Mase e Winnie Mandela, as mães dos seus filhos, morreram, respectivamente, em 2004 e 2018. A única coisa que Nelson Mandela lamenta na vida é não ter passado mais tempo com os seus filhos, confessou em 2008, à CNN. Numa rara entrevista, na altura dedicada aos seus dez anos de casamento, a ex-primeira dama de Moçambique, que quando casou com Mandela era já viúva de Samora Machel, explicou que viver com o homem mais admirado do mundo era sinónimo de felicidade, conforto e paz. Ela foi a sua companheira de velhice. Curiosamente, quando era novo, Nelson Rolihlhla Mandela não queria casar, de tal maneira que fugiu para Joanesburgo para escapar a uma união arranjada pelo tio. Tinha 22 anos e, na altura, em 1940, não pensava em assumir tal compromisso. Mas ao frequentar a casa do amigo e mentor Walter Sisulu, no Soweto, conheceu uma rapariga sossegada, bonita, uma enfermeira quatro anos mais nova do que ele. Era Evelyn Ntoko Mase, com quem daria o nó algum tempo mais tarde, apesar de nenhum dos dois ter dinheiro para pagar uma festa ou comprar uma casa. O casal teve quatro filhos, Maki, baptizada com o nome da irmã falecida aos nove meses, Thembi, que perderia a vida num acidente de carro, em Julho de 1969, mais Makgatho, que em Janeiro de 2005 se tornou aos 54 anos mais uma das vítima do HIV-Sida a morrer na África do Sul. Mandla Mandela, filho de Makgatho e neto de Mandela, foi em 2007 nomeado chefe do Conselho Tradicional de Mvezo, numa cerimónia no Grande Palácio de Mvezo, que é o local de origem do clã Madiba a que pertence Mandela. O histórico líder sul-africano tem, segundo o Nelson Mandela Centre of Memory, 17 netos e 13 bisnetos vivos, sendo que Zenani, de 13 anos, morreu em 2010 num acidente de carro, quando regressava de um concerto no âmbito do Campeonato Mundial de Futebol. Mandela e Evelyn escolheram dedicar-se a causas diferentes quando as coisas começaram a correr mal, ele ao Congresso Nacional Africano, o ANC, ela ao Jeová. Ele passava muito tempo fora de casa, ela tinha que deixar os filhos com a avó, até que um dia decidiu dar-lhe a escolher ensul-africano no livro O Legado de Mandela: Quinze Lições de Vida, Amor e Coragem. David James Smith, jornalista britânico e autor do livro O Jovem Mandela, publicado em 2010, surgiu no entanto como uma outra versão depois de investigar o passado do ex-líder do ANC: Mandela terá tido vários casos amorosos durante a sua juventude, alguns dos quais quando ainda se encontrava casado com Evelyn. Smith baseia o início da sua argumentação numa frase que foi excluída da autobiografia A Longa Caminhada para a Liberdade. Mac Maharaj era segundo ele um dos prisioneiros responsáveis por garantir o sucesso do esquema que permitia a Mandela passar mensagens para o exterior. Num certo dia virou-se para o líder do ANC e disse-lhe que aquilo que ele estava a escrever era um mero instrumento político, que o homem e a pessoa não estavam ali reflectidos e que ele deveria falar por exemplo da primeira mulher e do divórcio de ambos. Smith, que acedeu a documentos e falou com vários amigos e familiares de Mandela, referiu no seu livro que pode ter havido traição entre Evelyn e o ex-líder do ANC. Ruth Mompati, ex-dactilógrafa do escritório de advogado que Mandela e Oliver Tambo abriram, em 1953, em Joanesburtre a família ou a vida política. Ele optou pela segunda, o casal divorciou-se 13 anos após jurar amor eterno, escreveu o histórico líder da luta anti-Apartheid na ‘Longa Caminhada para a Liberdade’, a autobiografia que começou a escrever na prisão em pedaços de papel higiénico que passava para o exterior. Richard Stengel, editor da revista Time, que ajudou Mandela a escrever a autobiografia, confirma a versão do ex-chefe do Estado go, terá sido uma das amantes do líder do ANC. Numa entrevista que deu a este jornalista de investigação há anos, não negou nem confirmou que tivesse existido esse tipo de relação entre ambos. Evelyn terá confidenciado mesmo ao jornalista britânico Ferd Bridgland, especialista nessa zona do continente africano e autor da biografia de Jonas Savimbi, que chegou a ameaçar deitar água a ferver por cima da dactilógrafa caso ela voltasse a ir à casa deles. Esta ficava no número 8115 Ngakane Street, Orlando Ocidental, Soweto, tendo hoje em dia dado lugar a um museu sobre a família do Nobel da Paz. Amina Cachalia, uma das mais antigas amigas de Mandela, disse a Smith: “Mesmo que eu pergunte ele nega e diz para não dizer disparates quando pergunto sobre Ruth”. Esta activista admite que ele gostava muito de mulheres e escolhia sempre as mais bonitas. Lilian Ngoyi, ex-membro da Liga das Mulheres do ANC, terá sido outras das amantes, tal como a actriz e cantora sul-africana Dolly Rathebe, contemporânea de Miriam Makeba. O casamento acabou em 1958 e Evelyn viria a morrer em 2004. Winnie Madikizela, ao contrário de Evelyn, vinha de uma família importante. Quando conheceu o advogado e activista Mandela, com 23 anos, tornara-se a única estudante negra de serviço social no hospital de Baragwanath. Ele via nela uma mulher apaixonada pela política e por ela própria enquanto pessoa individual. Tiveram duas filhas, Zenani e Zindzi, em 1959 e em 1960, que ela criou praticamente sozinha. Enquanto ele esteve preso, desde 1962 até 1990, ela desafiava o regime para o visitar. Mas com o tempo, as visitas e as cartas foram reduzidas, até quase não haver qualquer contacto, tendo ela sido presa, em 1967, em frente às filhas, ambas menores de dez anos. Ao longo dos anos de luta Winnie emergiu como uma forte opositora do regime branco do apartheid mas, no final, quase que se autodestruiu. Formou a equipa de futebol Mandela, não para jogar à bola, mas para eliminar os opositores. Foi o que aconteceu com Stompie Seipei, um alegado informador de apenas 14 anos, que foi raptado e posteriormente morto, ao que tudo indica, sob as suas ordens. Isso mesmo admitiu um dos seus guarda-costas, em tribunal, algo que deixou o marido muito desiludido. GuardianWashington Post Em 2010, Nadira Naipaul, jornalista e mulher do Nobel da Literatura V.S. Naipaul, publicou um artigo no jornal Evening Standard em que relatava uma conversa que tinha tido com Winnie Madikizela-Mandela na sua casa em Joanesburgo. “A única preocupação que eu tinha era pelas minhas filhas. Nunca saber o que lhes acontecia. Sinto que elas sofreram muito com tudo isto. Não eu nem Mandela. Essa angústia era insuportável para uma mãe, não saber como estavam as minhas filhas, enquanto eles me encerravam em confinamento prolongado na solitária”, terá dito na entrevista, que logo em seguida desmentiu apesar de o jornal britânico reafirmar a sua confiança em Nadira. Na tal conversa, escreveu a jornalista, Winnie terá dito também que Mandela desiludiu os sul-africanos negros com um acordo que os prejudicou. Em entrevista ao DN, em Novembro de 2017, a realizadora francesa Pascale Lamche, que realizou o documentário Winnie e venceu com ele o festival de Sundance desse ano, disse considerar que a segunda mulher de Mandela foi um pouco injustiçada. “Este filme é uma versão condensada. Não pude pôr tudo. O Nelson Mandela Football Club não era uma milícia. No Soweto houve muita violência e havia muitos clubes desses para tirar os jovens da rua. Da violência. Para tentar proteger pessoas ameaçadas. O clube de futebol era um disfarce para pessoas que vinham lutar, fazer operações, depois voltavam a sair do país. Isso tem que ver com o facto de ela ser vista como a mãe da Nação e, por isso, não ser bem-vista como líder militar”. Winnie morreu a 2 de Abril de 2018, aos 81 anos, vítima de doença prolongada e após vários internamentos por infecção nos rins. Casamento com Graça Machel O divórcio oficial entre Winnie e Mandela surgiu em 1996, altura em que líder sul-africano já era algo próximo de Graça Machel, a viúva a quem dez anos antes enviara uma mensagem de condolências pela morte de Samora. “Não foi exactamente amor à primeira vista”, disse ela, um dia, mas com o tempo descobriram que tinham muita coisa em comum e queriam partilhar a vida. Ele encontrou nela uma pessoa inteligente, dinâmica, uma mulher que cuida dele. “Quando ouço o Nelson a falar às vezes parece que é o Samora que fala”. Formada em línguas românicas, em Portugal, Graça integrou a Frelimo em 1973 e tornou-se ministra da Educação e Cultura, dois anos depois, aquando da independência. Foi então que casou com Samora, que viria a morrer na queda de um avião, ainda por esclarecer. Teve dois filhos com ele, que criou sozinha, sendo a família uma das razões pelas quais não assumiu mais cedo o seu romance com o histórico do ANC. No dia do funeral de Mandela, em Dezembro de 2013, Graça e Winnie estiveram juntas. Mas se Mandela lamentou não ter passado mais tempo com os seus filhos, também conseguiu marcar positivamente a vida dos filhos dos outros. Foi o caso de Josina Machel, filha de Graça e Samora, que tinha apenas dez anos quando o pai morreu. Em entrevista ao DN, publicada também em Novembro de 2017, Josina afirmou: “Infelizmente, o meu pai foi assassinado tinha eu dez anos. Perdi muito. Gostaria de ter tido a oportunidade de conversar com ele, de beber muito mais dos conhecimentos de quem era, do grande homem que era. DN.pt Nelson Mandela: três companheiras para uma longa caminhada Da direita para a esquerda, Nelson Mandela com Graça Machel, Evelyn e Winnie, no dia dos respetivos casamentos. PUBLICIDADE Savana 03-08-2018 17 Barclays Bank Moçambique, S.A. - Capital Social: MTn 5.538.000.000 - NUIT:400017484 - Número de Matrícula da CRC de Maputo: 8321 - Endereço: Av. 25 de Setembro, 1184 - 15º Andar - Maputo Caixa Postal 757 - Moçambique. O Barclays não será responsável por quaisquer incidentes que possam ocorrer com o seu provedor de serviços de internet. Por favor consulte a tabela de preços em vigor no Banco. Aplicam-se os Termos e Condições actualmente em vigor. Queira dirigir-se à Agência mais próxima do Barclays ou contacte-nos através do serviço de Banca Telefónica 1223. Moçambique! Vêm aí novas possibilidades. O nosso Grupo acaba de mudar o seu nome de Barclays Africa Group Limited para Absa Group Limited. Em Moçambique, continuaremos a operar com a marca Barclays, por enquanto. Para mais informações ligue 1223 ou www.gh.barclaysafrica.com/faqs 18 Savana 03-08-2018 OPINIÃO Registado sob número 007/RRA/DNI/93 NUIT: 400109001 Propriedade da Maputo-República de Moçambique KOk NAM Director Emérito Conselho de Administração: Fernando B. de Lima (presidente) e Naita Ussene Direcção, Redacção e Administração: AV. Amílcar Cabral nr.1049 cp 73 Telefones: (+258)21301737,823171100, 843171100 Editor: Fernando Gonçalves editorsav@mediacoop.co.mz Editor Executivo: Francisco Carmona (franciscocarmona@mediacoop.co.mz) Redacção: Raúl Senda, Abdul Sulemane, Argunaldo Nhampossa, Armando Nhantumbo e Abílio Maolela )RWRJUDÀD Naita Ussene (editor) e Ilec Vilanculos Colaboradores Permanentes: Fernando Manuel, Fernando Lima, António Cabrita, Carlos Serra, Ivone Soares, Luis Guevane, João Mosca, Paulo Mubalo (Desporto). Colaboradores: André Catueira (Manica) Aunício Silva (Nampula) Eugénio Arão (Inhambane) António Munaíta (Zambézia) Maquetização: Auscêncio Machavane e Hermenegildo Timana. Revisão Gervásio Nhalicale Publicidade Benvinda Tamele (82 3171100) (benvinda.tamele@mediacoop.co.mz) Distribuição: Miguel Bila (824576190 / 840135281) (miguel.bila@mediacoop.co.mz) (incluindo via e-mail e PDF) Fax: +258 21302402 (Redacção) 82 3051790 (Publicidade/Directo) Delegação da Beira Prédio Aruanga, nº 32 – 1º andar, A Telefone: (+258) 82 / 843171100 savana@mediacoop.co.mz Redacção admc@mediacoop.co.mz Administração www.savana.co.mz Cartoon EDITORIAL S ócrates, no Banquete, opunha- -se a Agatão e à ideia de que o conhecimento se transmite mecanicamente de um ser humano a outro como a água que flui através de um rego na argila, desde um recipiente cheio até outro vazio. Quem é professor observa essa impossibilidade. Hoje a este problema associa-se outra questão: até há pouco o ensino era considerado um patamar para a formação do ser humano e isso habilitava-nos para todo o tipo de competências porque, no fundo, éramos adestrados para o gosto de aprender; agora ninguém quer aprender por gosto, os âmbitos do ensino passaram a ser designados pelo impessoal “os conteúdos”, tende-se a só dar valor ao que é “útil”, àquilo que imediatamente produza renda, “lucro” - pretende confinar-se o ensino a uma transmissão aplicada. Paralelamente, o professor deixou de querer iluminar as significações para unicamente bombardear os alunos com “informações” - atitudes nos antípodas. E privilegiam-se os meios técnicos e o saber tecnológico sobre as Humanidades, como se estas fossem ferramentas “inúteis”. Dois livros recentes demonstram o erro que tal representa e prognosticam um triste fim para as sociedades que insistem em tal modelo: Sem Fins de Lucro/ Por que a democracia necessita das humanidades, de Martha C. Nussbaum, uma pedagoga e filósofa americana, e A utilidade do inútil, de Nuccio Ordine, um professor italiano. Ambos se podem consultar na net. Diz Nussbaum: “… esquecemos o que significa abordarmos o outro como uma alma, mais do que como um instrumento utilitário ou um obstáculo para os nossos próprios planos”. E lembra que para Tagore, o poeta e pedagogo indiano, a palavra alma se refere às faculdades do pensamento e da imaginação combinadas, e como este concebia os vínculos como relações humanas complexas em lugar de serem meros vínculos de manipulação e utilização. Da educação: que modelo? É neste aspecto que o rumo da educação molda o tipo de vínculos humanos que a sociedade pretende cultivar. Queremos o desenvolvimento humano e fomentar as relações humanas complexas, onde o respeito e o interesse pelo outro modelem o nosso comportamento como cidadãos, ou visamos a multiplicação de servos a quem manipular, seres imaturos e por isso mais controláveis? Neste caso optamos por um ensino meramente técnico. É evidente que o ensino técnico é igualmente necessário e que no meio estará a virtude. A manutenção das Humanidades exige coragem política. Porquê? A Filosofia ensina-nos a ser críticos e a interrogar os dogmas; a História complementa a formação da Filosofia e dá-nos uma leitura em perspectiva, que ora desarma as ilusões do presente, ora faz-nos comparar a ética dos políticos do presente com os do passado; a Literatura faz com que cada ser humano seja deveras humano, i.é: ajuda-o a sair de si mesmo e a transformar-se, mesmo que virtualmente e através da identificação com as personagens, noutro, noutros. Potenciando a empatia, a literatura ensina-nos a ampliar as nossas fronteiras físicas e psíquicas; através dela eu saio da minha tribo e torno-me cosmopolita - passo a entender melhor o outro e até o meu inimigo. E até capto melhor nessa abertura a origem de tantas coisas que supúnhamos “nossas”. Para acompanhamento na cozinha, por exemplo, é lícito usar a batata, o arroz, o milho ou a mandioca - alimentos que não têm uma origem africana e foram introduzidos? Claro que não falo de culinária, mas de identidades, ou antes de narrativas. Havendo narrativas que se esvaziam quando percebemos, através do que a literatura ou a História nos ensinam, que sempre assimilámos mais do que julgávamos. Daí que a cultura (não falo de “costumes”, embora às vezes erroneamente se confundam uns e outros) e as suas diversas modalidades, presentes nas Ciências Humanas, sejam vitais: habilitam-nos a uma leitura mais correcta do presente enquanto simultaneamente produzem os símbolos através dos quais comunicamos com as matrizes dos mitos (às quais renovamos quando dialogamos com as novas variantes compulsadas pelos inputs, vindos de fora). Sem essa porosidade os símbolos não renovam o tecido vivo dos mitos e a saúde mental das consciências colectivas debilita-se. Por isso quando criaturas de pouco fósforo intelectivo nos referem que, no mundo da funcionalidade, um martelo vale mais do que uma sinfonia, um punhal mais do que um poema, uma chave inglesa mais do que um quadro de Malangatana, dado que não se entende para que serve a música, a literatura ou a arte, devemos piedosamente explicar- -lhe que só estas coisas supérfluas é que nos dão a chave hermenêutica para enxergar um sentido no mundo, mesmo que parcelarmente muitas actividades (de martelar, de trinchar a carne…) se possam realizar alienadas de sentido. Podemos ficar pelas aparências em vez de escolhermos a essência das coisas (paradoxalmente: o seu modo relacional), mas este reducionismo (- e o nacionalismo pode ser uma narrativa de utilitarismo reducionista) equivale a alguém ter feito sexo toda a vida sem conhecer o amor. Será a mesma coisa? Não. Sabemos da importância de algo inútil como o amor, para o nosso equilíbrio. Sabemos que quem só conhece a “ginástica” sexual está emocionalmente castrado e que nunca será um adulto sem aportar a essa outra dimensão. E os instrumentos para reconhecermos a verdadeira propriedade da vida adquirimo-los na Filosofia, na História, na Antropologia, na Arte e na Literatura, tudo coisas “inúteis”. PS.- O ciclo de filmes do Bergman, que terá lugar no Teatro Avenida, passou para Setembro. O mês de Julho foi bastante rico em matéria de informação interessante a partir da Tailândia. Primeiro foi o incidente que envolveu uma equipa de futebol de adolescentes, e que só a ciência, a tecnologia e a sabedoria humana conseguiram evitar que se transformasse numa tragédia internacional. Só ao fim de três semanas, lá se conseguiu retirar os meninos que, inadvertidamente, se viram presos numa gruta completamente alagada. Mas já de interesse directo para nós, foi o heroico acto das autoridades tailandesas em desactivar o bandido mais mediático da actualidade em Moçambique. Momade Assif Abdul Satar, de seu nome, mas também conhecido por “Nini”, foi detido pela polícia turística daquele país asiático, em cumprimento de um mandado de captura emitido pelas autoridades moçambicanos, em cooperação com a Interpol. Nini, condenado a 24 anos de prisão pela sua participação na morte do jornalista Carlos Cardoso, viria a beneficiar de uma liberdade condicional, depois de ter cumprido metade da pena, em conformidade com a lei. De seguida beneficiou de uma autorização judicial para efeitos de tratamento médico na Índia. Enquanto na Índia, alegando precisar de mais tempo, obteve mais uma outra autorização. De notar que todas estas autorizações foram alvo de contestação mesmo ao nível da classe dos magistrados, por se entender que pelo seu comportamento no estabelecimento prisional, Nini não merecia beneficiar da liberdade condicional, a qual, como o título sugere, está condicionada a um comportamento exemplar, que demonstre arrependimento por parte do beneficiário. Nini violou, sistematicamente, os regulamentos internos do estabelecimento prisional onde se encontrava, tendo em diversas ocasiões sido encontrado com vários telefones celulares, em comunicação com o exterior e até mesmo acusado de envolvimento em acções criminosas, incluindo raptos e assassinatos. Já fora do país, e em flagrante violação dos termos da sua liberdade condicional, Nini lançou, através da sua página no Facebook, uma verdadeira cruzada contra o sistema judicial moçambicano, insultando a todos aqueles que nunca compactuaram com as suas actividades criminosas. Em particular, os insultos eram dirigidos a Augusto Paulino, o juiz que o condenou no caso do assassinato de Carlos Cardoso, e à Procuradora Geral da República, Beatriz Buchili. Órgãos de comunicação social e jornalistas que reportavam com objectividade as suas actividades, e que não lhe faziam as vontades de reproduzir as suas tiradas no Facebook, também não escapavam aos seus insultos. Para desviar as atenções, chegou mesmo a processar judicialmente alguns órgãos de comunicação social, sob alegação de o terem difamado, mesmo sabendo que não estaria presente para seguir tais processos. Com todo o dinheiro à sua disposição, todo ele de proveniência criminosa, e fazendo-se valer de funcionários corruptos, Nini montou uma rede de informadores que o punham ao corrente de todos os processos que fossem do seu interesse e que corriam os seus trâmites ao nível da Procuradoria Geral da República (PGR). Sempre que lhe conviesse, essa informação era vazada por este criminoso fugitivo mesmo antes do seu anúncio oficial. Advogados sem escrúpulos, movidos apenas pela ganância pelo dinheiro fácil, estavam à sua disposição para redigir todo o expediente que lhe conviesse. Um procurador que estava a trabalhar num caso de raptos e em que se alegava o envolvimento de Nini, foi brutalmente assassinado quando regressava a casa depois de um dia de trabalho. É óbvio que Nini mantinha também contactos privilegiados com oficiais superiores da polícia, que o colocavam ao corrente de todas as iniciativas visando neutralizar as suas actividades. É assim que, na verdade, o caso Nini é o espelho de todo um sistema de administração de justiça altamente corrupto, podre e permeável. Está claro que Nini nunca deveria ter beneficiado de liberdade condicional. Porque num sistema onde a integridade é o comando das instituições e dos funcionários que as servem, os serviços prisionais teriam atestado ao facto de que o seu comportamento, mesmo em condições de privação de liberdade, estava longe de ser considerado exemplar. Um juiz íntegro e agindo em estrito respeito pela lei e em consciência, nunca o teria autorizado a sair do país com tamanha facilidade, sem ponderar quanto à possibilidade de, dado o seu instinto de delinquência irreformável, haver a possibilidade de em definitivo fugir da justiça moçambicana. Mas Nini tem muito dinheiro para distribuir por todos aqueles que se predispõem a prestar-lhe serviço, na hora, sejam eles procuradores, juízes, agentes da polícia, ou funcionários penitenciários. A lição que todos estes deveriam aprender é de que com um mundo globalizado, pode levar tempo para neutralizar criminosos internacionais, mas o espaço para eles se esconderem está a tornar-se cada vez mais escasso. As peripécias de um criminoso incorrigível Tudo pronto para uma votação livre e justa Savana 03-08-2018 19 OPINIÃO 591 Email: diariodeumsociologo@gmail.com Portal: http://oficinadesociologia.blogspot.com De entre várias outras coisas, José Saramago disse que a grande chatice é a gente não saber o que fazer com a vida. Subscrevo incondicionalmente, consciente embora da minha humilde condição. Li essa opinião do Saramago quando já ia a caminho dos 45 anos de idade, mas ela arremessou- -me num golpe único e violento para uma fase da vida que considero única e irrepetível, transcorrida entre Maio e Outubro de 1975. No mês de Maio fui desmobilizado da tropa, depois de cumprir apenas 12 meses de serviço, graças ao golpe que tinha acontecido em Portugal a 25 de Abril de 1974. Não pude escapar ao remoinho em que tudo mergulhou desde então. Eu tinha 22 anos, e a possibilidade de encontrar emprego de imediato era mais que remota. Um aspecto típico Memórias da cigarra da paisagem lourenço-marquina de então eram os contentores dos chamados, na altura, «retornados», que a todo o preço e a todo custo queriam abandonar a ex-colónia, de regresso à ex-metrópole. Ninguém estava para ninguém. Eu e toda a minha criação estávamos numa vertigem tal, que mal nos podíamos concentrar para pensar no que poderia ser o nosso futuro a curto, médio ou mesmo longo prazos. Era tudo um mar de incertezas. Nesse período, deu-nos então de nos concentrarmos regularmente num casarão de madeira e zinco que se situava numa das margens da Rua da Guiné, que é uma das principais artérias da Mafalala, paralelamente à Rua de Goa, sendo que ambas, depois de uma bifurcação no começo e no fim, acabam por desaguar na Avenida Angola. A Rua da Guiné partia daquilo que é agora a Marien NGouabi e, depois de perfurar a Mafalala, contornava o emblemático estaleiro de bandeira para desaguar nas imediações da agora sede provincial do partido Frelimo, que em tempos funcionou como restaurante-prostíbulo Vasco da Gama. Nesse casarão, que era a casa paterna do Jerry, onde ele vivia, concentrávamo-nos mais ou menos na mesma situação, desculpem a comparação, em que se encontravam os discípulos de Jesus Cristo, desde a sexta-feira em que ele foi crucificado até ao domingo em que ressuscitou: juntos, paralisados pelo medo de, a qualquer momento, serem surpreendidos pelos soldados romanos e seguirem o mesmo destino que o Mestre. Víamo-nos ali sujeitos a ser presos por um motivo ou outro, desde que o secretário do grupo dinamizador ou as milícias, ou quem quer que fosse que representasse a autoridade local do partido, não fosse com a nossa cara. Podíamos ser presos só por termos frequentado o Liceu António Enes Salazar, pois isso correspondia, para eles, ao facto de sermos assimilados; podíamos ser conotados com seguidores de Salazar, uma vez que quem frequentou o liceu nessa altura tinha de frequentar necessariamente a Mocidade Portuguesa; podíamos ser conotados com o divisionismo, uma vez que, na maior parte dos casos, nos recusávamos a comunicar em língua changana, que nesse período era tida como uma língua segunda e obrigatória de todos os que tivessem nascido ou vivessem no Sul do país, fosse nas províncias de Gaza, Inhambane ou Maputo; podíamos ser presos por desobediência, uma vez que nos recusávamos terminantemente a participar nos trabalhos voluntários de limpeza ao bairro aos fins-de-semana (e a nossa argumentação era forte: é que se o trabalho era voluntário, não podia ter carácter obrigatório. Mas eles argumentavam que era trabalho voluntário obrigatório, e nós não! Nunca pusemos os pés por lá, portanto, apesar dos apitos e das ameaças); podíamos ser acusados de ser seguidores do movimento hippie, uma vez que a maior parte de nós andava de cabelo revolto e comprido, de calças jeans e camisetas; também podíamos ser acusados de ser burgueses, uma vez que alguns de nós, os que já trabalhavam, já não faziam compras de roupa no Xitolo xa Natu, no Xipamanine, mas sim na Casa Fabião do Alto-Maé ou da Baixa, e comprava o seu calçado na Sapataria Londrina. Mas, mais do que isso, o que nos poderia, de facto, servir de maldição aos olhos dos representantes do poder na altura, a nível do bairro, era o facto de sermos consumidores irredutíveis de soruma. No quarto do Jerry, com efeito, bem fechadas as janelas e a porta, cada um depositava o seu contributo de Cannabis numa peneira enorme, e um de nós – seleccionado rotativamente a cada sessão –, encarregava- -se de envolver os charros. O que era verdade era que, ao fim de uma ou duas horas, o espaço estava mergulhado numa fumarada intensa, num ruído ensurdecedor de música, de guitarras enlouquecidas e de conversas, mantidas em voz baixa e com frases resumidas ao essencialmente necessário, entre nós e as nossas namoradas, entre elas ou entre nós outros. Foram momentos de transe, de medo, mas também de muita solidariedade, pois, como se sabe, o medo faz crescer no meio daqueles que o experimentam um sentido profundo de entreajuda, de solidariedade e de compreensão. Passados, hoje, quase 40 anos, e quando todos já somos mais que sessentões, continua-se a cumprir um acordo tácito que firmámos quando, passada a tempestade, o grupo se dissolveu: o de nunca mais nos procurarmos, nunca mais tentarmos contactar-nos, mesmo em circunstâncias em que, como em casos de velórios e falecimentos de um de nós, nos encontrássemos ou cruzássemos. Coisa difícil de acontecer ou de manter, dada a impossibilidade de conter um lampejo fugaz, mas intenso, e um sorriso cúmplice que aflorava aos lábios, quando o encontro ou cruzamento casuais tinham lugar entre membros da tribo de sexos diferentes. Foram tempos, apesar de tudo, em que conseguimos ser felizes sem compromissos. Tempos que nos marcaram indelevelmente pela positiva. É douard Philippe escapou à apresentação simultânea de duas moções de censura na Assembleia Nacional ao fim de 14 meses de governação, mas o prestígio do executivo e do Presidente Emmanuel Macron acabou irremediavelmente manchado. À direita, Les Républicains alegaram confusão de poderes, incapacidade de exercício de responsabilidades e funções institucionais, enquanto socialistas e comunistas da Nouvelle Gauche, Gauche Démocrate et Républicaine e France Insoumise condenavam impunidade ao mais alto nível e obstrução a inquérito parlamentar. Só por si a maioria de La République en Marche (312 dos 577 deputados) bastava para derrotar a apresentação em simultâneo das duas moções e ultrapassar a censura parlamentar que desde a instauração da V República em 1958 se tem revelado de escassa valia. Georges Pompidou foi, de resto, o único primeiro-ministro a demitir-se, em 1962, após uma moção de censura de deputados socialistas, centristas e da direita desafecta ao Presidente Charles de Gaulle contra o desrespeito das normas constitucionais pelo chefe de Estado ao convocar um referendo para eleição presidencial directa por sufrágio universal.  Esquerda e direita em convalescença do choque provocado pela vitória de Macron em Maio de 2017, conseguiram, por fim, na terça-feira, mostrar iniciativa para explorar o Caso Benalla e aproveitar a falta de popularidade presidencial, cuja taxa de aprovação caiu para 39%, de acordo com sondagem publicada na última edição do Journal de Dimanche. Após polémicas sobre intuitos reformistas contraditórios e sem resultados tangíveis do Presidente e seu executivo, acabaram por ser os abusos de um segurança da confiança pessoal do Presidente a dar a maior machadada à imagem de homem de Estado séMolhar a sopa por conta do Presidente Por João Carlos Barradas* rio, impoluto, exemplar, cultivada por Macron. Dar-lhes porrada Alexandre Benalla pouco vale. Licenciado em Direito, filho de emigrantes marroquinos, aos 26 anos integrava o corpo de segurança pessoal de Macron, ganhava cerca de 6 mil euros limpos, e gozava de privilégios consideráveis, designadamente o usufruto de um apartamento no Palácio de L’Alma, um anexo monumental reservado a funcionários do Eliseu e seus próximos. François Mitterrand, por exemplo, alojou num apartamento do Palácio, em segredo e por conta do erário público, a amante Anne Pingeot e a filha de ambos, Mazarine, durante a sua presidência entre 1981 e 1995. Em vez de ficar pelo Palácio de L’Alma, Benalla foi às manifestações parisienses do 1 de Maio à cata de desacatos para exercitar os músculos e não hesitou em usurpar insígnias policiais e munir-se de capacete de protecção. Um vídeo apanhou Benalla a agredir dois manifestantes e soube-se logo disso no Eliseu que sigilosamente o suspendeu sem vencimento por 15 dias. As imagens de Benalla a molhar a sopa, na companhia de agentes policiais, foram, contudo, passadas ao jornal Le Monde que as divulgou a 18 de Julho e fez-se silêncio no Eliseu.  Macron só se pronunciou sobre o caso seis dias depois numa reunião em Paris com deputados do seu partido e o que transpirou a público caiu mal. O Presidente declarou-se desapontado, traído por Benalla, cuja dedicação apreciava, ironizou negando que fosse amante do segurança, lhe pagasse uma fortuna ou cedesse os códigos do arsenal nuclear gaulês e terminou apontando à imprensa intenções dúbias e falta de legitimidade para criticar um Presidente eleito pelo povo. Na sexta-feira seguinte, Macron acusou numa cerimónia pública os media de propagarem “muitos disparates” e de politizarem “um triste caso pessoal”. Um político vulgar Ante inquéritos no Senado e Assembleia Nacional, além de investigações da Procuradoria de Paris, ruía a imagem do Presidente soberano capaz de manter um relacionamento distante com os media e impor respeito. Para a gestão de imagem de político de alto gabarito importam, também, os serviços de Michèle Marchand e da sua influente agência Bestimage a quem Macron e sua senhora concederam o exclusivo da promoção nas revistas cor-de-rosa. Trivial como qualquer outro, proclama agora Macron que “a nossa imprensa já não procura a verdade”; assevera que “o poder mediático quer tornar-se um poder judiciário”.     Quanto a pormenores vai-se sabendo que Benalla não passava de um operacional influente no círculo mais próximo de Macron, “um chefe de orquestra sob a autoridade do chefe de gabinete” do Eliseu, segundo declarou à comissão de inquérito do Senado o coronel Lionel Lavergne, chefe do grupo de segurança oficial da presidência francesa.   Alexis Kohler, secretário-geral do Eliseu, por sua vez, informou a Comissão de que Benalla era coordenador de viagens presidenciais e agente de ligação do gabinete do Presidente com o corpo de segurança oficial. Nada, portanto, a ver com os abusos de serviços paralelos e clandestinos de espionagem e contra-espionagem que De Gaulle ou Mitterrand montaram no Eliseu. Com Macron e Benalla temos, de momento, apenas um trivial caso de encobrimento de abuso e de exasperação presidencial ante críticas nos media. O Júpiter do Eliseu é, obviamente, um político tão vulgar quanto a maioria dos seus confrades. “C’ est la vie.” *Jornaldenegocios.pt 591 20 Savana 03-08-2018 &DSLWDOLVPRFDPXÁDGRHVRFLDOLVPRPDVFDUDGR OPINIÃO SACO AZUL Por Luís Guevane D os principais partidos políticos de Moçambique emergem os cabeças-de-lista já confirmados ou aqueles ainda por confirmar. Os favoritos, nos seus partidos, podem gozar do mesmo crédito entre aqueles que, em última instância, decidem sobre as suas vitórias. Dito deste modo cria a percepção de fraude. Não. Neste caso referimo-nos àqueles que votam livremente, àqueles que fazem o apuramento livremente, àqueles que divulgam os resultados reais. Referimo-nos, enfim, a um processo eleitoral limpo e com um final credível. Este desejo, ao que parece, sempre esteve nublado para não dizer adiado. Há desejos à espera de concretização. Um salto de ocasião para o Zimbabwe permite-nos perceber que o eleitorado confirmou o partido no poder. Maioria Desejos à solta absoluta é coisa boa para quem vence, mas com o tempo pode corromper o seu próprio discernimento político. Moçambique tem alguma experiência nesta matéria. O verdadeiro problema não é ter disponível a maioria absoluta, mas sim servir-se da mesma, negativamente. No Zimbabwe, à primeira vista, parece que o problema nunca foi o partido no poder, mas sim Mugabe. O actual concorrente, Emmerson Mnangagwa, que quase era unha ou carne do outro, está mesmo desejoso da vitória por razões históricas. Pode ser que ele, seja confirmado. Assim, a SADC volta ao normal na sua missão política de bem respirar. Se Nelson Chamisa não vencer as presidenciais talvez o faça na segunda oportunidade. No Zimbabwe a verdadeira vitória será mesmo a do início da democracia multipartidária. Lixada pela politiquice aureolada no medo ao dito capitalismo, o Zimbabwe tem agora a oportunidade de dar voz à sua economia, na região e no mundo. Há desejos à espera de concretização. Esses desejos são incontáveis. No Sul de Moçambique, pelo menos nas cidades de Maputo e Matola, já se discute ou se conversa, com a emoção cada vez mais descontrolada, sobre os candidatos propostos pelos partidos da oposição e pelo partido no poder. Parece que vamos ter uma campanha eleitoral interessante, tendo como focos António Muchanga, que é cabeça-delista pela Renamo, Calisto Cossa, pela Frelimo e actual edil da Matola, e Silvério Ronguana, do MDM (Movimento Democrático de Moçambique). Todos eles são muito queridos e/ou odiados. Cada um deles saberá como capitalizar o seu lado bom, partindo do princípio de que não há vitórias antecipadas. Mas, entre estes três, pelo menos dois estão entre as maiores preferências do eleitorado. Descobriremos no momento certo a cor do fantasma da fraude, se por alguma inconveniência aparecer. A compreensão poderá vir a ser necessária para fundamentar a existência ou inexistência de tal fantasma. O mesmo princípio servirá para Maputo. Há mesmo desejos à espera de concretização. O desejo da maior parte dos países da SADC é que a ZANU-PF e Emmerson Mnangagwa estejam em frente dos destinos do Zimbabwe, dentro daquilo que defendem como estabilidade política. Mugabe deve estar a cuspir algum senilismo para o lado, depois do amargo rapé palaciano que lhe foi dado a consumir. Entretanto, como não tem “way” até é perceptível a sua frustração. É que ao criar o partido confundiu isso com a sua própria criação. O maior desejo é que a democracia comece a se concretizar, a sair vitoriosa. A o longo da nossa existência como país independente desde 1975, andamos balançados entre dois extremos: o capitalismo camuflado e o socialismo mascarado protagonizado pelos “camaradas”. De um lado vemos os que pululam pelo país revelando-se acima da lei: a rédea solta, o ódio à lei, à regra, à disciplina e gozando de liberdade absoluta amarrada, revelando ser Moçambique um Estado reduzido a uma série de administrações de interesses à parte e de função muito pouco semelhante à da polícia, que só aparece quando há barulho.  De facto o capitalismo ou o liberalismo que a Frelimo (com a sua actual falta de identidade) formatou, tem sido fruto da corrupção desenfreada por uma casta de personalidades que assumiu e assume posições chaves no Governo e no Estado e lá vão afirmando que o  “Bem Comum” é fruto espontâneo da liberdade, de que o Estado se deve ocupar o menos possível, sob pena de estragar tudo. Mas ao mesmo tempo na sua veia política corre o socialismo! Um socialismo todo ele geométrico com a “mania” da lei e do regulamento detestando as iniciativas privadas e livres quando na verdade é sustentado por praticantes do capitalismo selvagem como apelidava Afonso Dhlakama, o Grande Líder. E de corrupção em corrupção, aquela casta sempre entende que não há reforma possível sem funcionários que, em nome do Estado, isolados da nação, distribuam a pobreza, as doenças, os crimes, os acidentes ambientais ou seja...o que for mau para o Povo! Assim, quer se trate da família, da educação, da saúde, do trabalho e seus acidentes, quer da doença ou da morte, a Frelimo, o Governo e o Estado que dirige, entrincheirado por trás dos seus interesses, é que há-de fazer tudo! Mas vê-se logo que, num como noutro caso, é sempre a mesma escravidão e demagogia Liberdade absoluta amarrada...até quando? Por Ivone Soares* discursiva. E neste estado de coisas já lá se vão belos 43 anos, “alimentando” o povo de promessas cheias de nada.  E é justamente por isso – porque andamos tanto tempo atraídos por estes dois erros – que hoje alguns governantes não sabem bem o que seja o Estado, e muito menos o “Bem Comum”. De modo que, hoje, até os mais sensatos, são já forçados a reflectir, para rectificar a coisa e compensar a ilusão ambiente. Ora, para os sucessivos governos da Frelimo nunca lhes passou pela cabeça que todo o ser humano, independentemente da sua cor, religião, tribo, nacionalidade, sexo, orientação sexual, filiação ideológica ou partidária,  só atinge o seu pleno desenvolvimento, quando enriquece as suas relações sociais, o que de certo modo prolonga a sua própria personalidade. Estas relações, sem as quais o indivíduo nada valeria, constituem para quem as possui, uma verdadeira riqueza. Toda a sociedade e tudo quanto condiciona objectivamente a felicidade individual: o conjunto dos seres, homens, coisas, ou organizações sociais, que, pelas suas relações com o indivíduo, lhe permitem normalmente o acesso ao grau de desenvolvimento da actual civilização, tudo isto é que é considerado o “Bem” de cada um e, por sua vez, o “Bem Comum” de toda a gente. O “Bem Comum” por natureza tem de ser rigorosamente indispensável, por ser o único completo e suficiente à vida humana, ou não?  No nosso contexto sócio-político e económico, as empresas estratégicas como por exemplo a LAM, TDM, TVM, RM, Mcel, EDM, Águas de Moçambique, entre outras que o Governo gere deveriam ser parte do nosso “Bem Comum” para que cada um de nós atingisse um desenvolvimento pessoal sustentável. Todos nós deveríamos partilhar no nosso país do “Bem Comum”, ou seja, do conjunto de circunstâncias sociais indispensáveis à conservação e à boa ordenação dos bens individuais e das riquezas morais, intelectuais e materiais, comuns e indivisas. Devemos, porém, notar que esta partilha do “Bem Comum” ultimamente é muito mais desigual, podendo até dar-se como regra que quem mais tem é justamente quem mais recebe. É só reparar quando certas figuras ligadas ao Estado realizam visitas de trabalho aos distritos: recolhem todos os sacos de arroz, farinha, feijão, alho, cebolas, cocos, e mais, entulham tudo nos voos das Linhas Aéreas de Moçambique e como são Suas Excelências, muitas vezes nem sequer pagam pelo excesso de peso e esperam que a dita companhia de bandeira pratique preços razoáveis para transportar ao povo do Rovuma ao Maputo? Nem sonhar! O nosso bondoso povo doa os seus parcos produtos a quem tem mais e a quem devia criar as vias de acesso que faltam para escoar os produtos e os mercados para que os mesmos fossem comercializados... Essa tem sido a grande marca do socialismo democrático e do capitalismo de Estado corrupto que se vende aos eleitores moçambicanos. Aliás, basta lembrarmo-nos do que aconteceu na primeira República, onde todos éramos iguais: por mais defeitos que se lhe reconheçam, pelo menos Samora, assim como os nossos pais, colocava os seus filhos nas escolas públicas e a educação tinha a qualidade que hoje falta. Quem não se recorda de que naquele tempo andávamos quase todos “juntos” nas longas bichas para comprar pão nas cooperativas do povo? Aquelas bichas eram um autêntico ponto de encontro entre governados e governantes. Não que se tenha saudades de adquirir produtos fabricados em série, apenas queria mostrar que o socialismo daquela época estava muito distante do actual a que denomino socialismo das dívidas inconstitucionais. É importante que o equilíbrio social, o interior da virtude, a paz e a concórdia entre todos os moçambicanos, ou seja, a harmonia das relações humanas, seja posta justamente ao alcance de todos, tudo isso pela participação no “Bem Comum”. Retomando o caso das empresas estratégicas, importa dizer que o que tem acontecido com estas empresas estratégicas é o desenrolar de um ou de vários puro(s) egoísta(s) dirigente(s) que esquece(m) tudo e enriquece(m), recebendo os impostos do povo sem o dar nada de volta ou em troca.  Com pena, quer parecer que o objectivo de alguns dirigentes em exercício hoje é o de isolar ao povo, empobrecendo-o cada vez mais, permitindo uma crescente desordem social a custa da existência duma classe de parasitas a viver à custa dos impostos deste.  Há que substituir os sapatos que o Estado (fundado pela Frelimo em 1975) tem calçado dado que (nos últimos 43 anos de independência) todos os moçambicanos, incluindo os sensatos que são membros do partido que ainda suporta o governo, notam muitas vezes, os sapatos serem usados ao contrário mesmo em caso de extrema necessidade de bem servir ao povo. Afinal é isso mesmo que está a acontecer! O povo clama por socorro, vive mal, tem falta de praticamente tudo e os dirigentes prometem mundos e fundos, na verdade pouco ou nada fazem e acreditam que muito fizeram. Quem pode parar os tigres de papel, adversários do “Bem Comum”?  Os sensatos  dentro da própria Frelimo têm uma obrigação moral de fazer a diferença.  O povo tem a oportunidade de mudar o xadrez votando naqueles que pior do que o país está, não deixarão. Todo aquele que tinha medo da mudança, deve encher-se de energia e ser na vida verdadeiro patrão do seu destino: ignorar a todo aquele grupo que desde 1975 promete e não cumpre e ir apoiar a vitória dos que podem ser uma autêntica alternativa para o que há no círculo hoje.  *Deputada e chefe da bancada da Renamo na Assembleia da República Savana 03-08-2018 21 SOCIEDADE O Conselho de Administração da mediacoop SA comunica com consternação o falecimento da Sra. Lídia Machaieie, mãe do Sr. Agostinho Vuma, presidente da CTA, ocorrido no dia 27/7/18 e cujo funeral se realizou no dia 31/8/18 na sua terra natal, no Chókwè. Neste momento de dor, endereçamos à família enlutada as mais sentidas condolências. Lídia Machaieie ,)&)!# 55R555 ,)&)!# 5555R5555 ,)&)!# 5555R555555 ,)&)!# Visite agora e mantenha-se informado, (integridade & independência) https://www.savana.co.mz Agenda Cultural Cine-Gilberto Mendes Sextas, Sábados, Domingos e Feriados 18h30 Apresenta a peça“My Love” Maputo Waterfront Todas Sextas, 19h Jantar Dancante com Alexandre Mazuze Todos Sábados, 19h Música com Zé Barata ou Fernando Luís Chefs Restaurante Todas Sextas, 19h Música ao vivo F ace à contínua insegurança na província de Cabo Delgado, as multinacionais envolvidas na exploração de gás natural estão a avançar com iniciativas visando acautelar os seus interesses na região. Na sexta-feira da semana passada, o consórcio liderado pela italiana ENI lançou um concurso para a selecção de uma empresa de transporte aéreo, que vai operar dois helicópteros encarregues do transporte de 12 passageiros, cada. De acordo com o anúncio, além do transporte de pessoas e carga, os helicópteros devem fazer operações de busca e resgate, tanto em terra como no mar. Em Maio, a multinacional norte- -americana já tinha lançado concurso similar, assinalando que a função primária do transportador aéreo será a evacuação médica. Realçava que a transportadora vai assegurar o movimento ocasional de passageiros o Campo Pioneiro e Aeroporto Internacional de Pemba, aeródromo da Mocímboa da Praia ou o Hospital de Dar-es- -Salaam. O concurso da Anadarko foi ganho pela companhia de transporte Cabo Delgado Multinacionais adoptam medidas contra insegurança aéreo Everett Aviation, sedeado no Quénia. A Anadarko terá chegado a acordo com o Governo moçambicano para que os seus veículos e pessoal passassem a contar com protecção das Forças de Defesa e Segurança moçambicanas nas deslocações entre as suas instalações no distrito de Palma e a capital provincial de Cabo Delgado, Pemba. Testemunhas contaram à Zitamar terem visto veículos da Anadarko entre Palma e Pemba escoltados por militares. Mas um porta-voz da Anadarko limitou-se a afirmar que a empresa continua a trabalhar com o Governo para a protecção das pessoas e infra-estruturas críticas do Estado moçambicano. Negou que a empresa esteja a receber escolta militar. Mais de 100 pessoas morreram desde Outubro na onda de violência protagonizada por grupos armados supostamente de inspiração islâmica, que têm atacado vilas remotas de alguns distritos de Cabo Delgado. Os ataques têm também visado o distrito de Palma, onde multinacionais que se preparam para produzir gás natural liquefeito têm os seus acampamentos. 22 Savana 03-08-2018 DESPORTO Campeonato Nacional da Segunda Liga Ao rubro e não recomendável aos cardíacos! Por Paulo Mubalo O campeonato nacional da Segunda Divisão está ao rubro Classificação actual J V E D GM GS P Baía de Pemba 10 8 1 1 17 02 25 Fer. Lichinga 12 7 2 3 13 07 23 Fer. Pemba 11 6 2 2 18 07 20 Monapo e Benfica 12 6 2 3 15 06 20 UD Ilha de Moç. 11 2 5 3 04 10 11 Angoche 12 2 2 7 05 18 08 Desp. Pemba 11 2 1 7 09 18 07 Liga Desp. Cuamba 12 2 1 7 06 17 07 Classificação actual J V E D GM GS P Desportivo 12 8 3 1 26 01 27 AD Macuácua 12 8 3 1 16 03 27 Fer. Gaza 12 6 3 3 13 07 21 Fer. I’bane 12 6 2 4 19 13 20 Estrela Vermelha 12 5 4 3 10 07 19 Clube Gaza 12 4 7 2 07 05 19 Águias Especiais 12 4 4 5 07 12 16 Académica 12 4 3 4 13 06 15 ESFA FC 12 3 3 5 12 14 13 UP Maxixe 12 2 3 7 10 20 09 Clube da Manhiça 12 1 3 7 05 21 06 Ntumbuluco 12 0 4 8 01 21 04 Classificação actual J V E D GM GS P Têxtil de Púnguè 12 8 2 2 25 08 26 Match. de Mocuba 12 7 2 3 20 16 23 Fer. Quelimane 11 5 5 1 14 08 20 Pipeline da Maforga 11 6 2 3 12 09 20 Chingale 11 5 4 2 14 04 19 Sporting da Beira 12 5 2 4 13 08 17 Est. Verm. da Beira 11 2 4 5 05 05 10 Desp. Manica 8 2 1 5 08 21 07 Benfica do Dondo 10 1 3 6 05 10 06 Desport. Tete 11 1 2 5 02 12 05 E nquanto se espera pela tomada de medidas drásticas pela Federação Moçambicana de Futebol contra os prevaricadores nos campos de futebol, particularmente na zona norte, o campeonato nacional da Divisão de Honra está ao rubro, razão pela qual cada partida, salvo raras excepções, é à priori, de desfecho imprevisível. Aliás, fazendo fé às palavras de Alberto Simango Júnior e Ananias Coane, presidente da FMF e LMF, respectivamente, os desacatos têm dias contados. Sabe-se que a ministra da Juventude e Desportos, Nyeleti Mondlane, pediu aos actores e gestores do futebol a necessidade de observância do fair-play. Entretanto, o caso mais recente de violência teve como protagonista três jogadores do Ferroviário de Pemba, os quais chegaram a agredir a equipa de arbitragem, numa cena que não faz lembrar o diabo. Renhido e imprevisível Se na Zona Norte o Baía de Pemba caminha a passos largos para a subida ao Moçambola do próximo ano, tendo em conta o facto de ter dois jogos em atraso, nas Zonas Sul e Centro a luta é titânica. Na última ronda, isto a contar para a zona norte, o líder Baía de Pemba venceu categoricamente o Angoche Clube de Desportos, por duas bolas a zero. Na Zona Centro, as coisas não se afiguram fáceis para o Têxtil de Púnguè, líder da prova, tendo em conta a ascensão meteórica do Matchedje de Mocuba e do Pipeline da Maforga. Na Zona Sul, Sebastião Sitoe, que assumiu recentemente o comando técnico do Desportivo de Maputo teve uma estreia feliz, pois os alvinegros golearam, sem dó nem piedade, o Ntumbuluco, por seis bolas a zero. Já a Associação Desportiva de Macuácua, que partilha a liderança com o Desportivo, venceu a Académica de Maputo, por duas bolas sem concorrência. Resultados da 5ª Jornada (2ª volta) Fer. Pemba-UD Ilha de Moç (4- 0) Angoche-Baía de Pemba(0-2) Desp. Pemba-Fer. Lichinga(0-1) Liga Desp. Cuamba-Monapo e Benfica(0-2) ZONA CENTRO (1ª jornada da 2ª volta) Jogos em atraso Fer. Quelimane-Desportivo de Tete (adiado) Est. Verm. da Beira-Benfica do Dondo (adiado) Resultados da 3ª jornada (2ª volta) Pipeline da Maforga-Têxtil de Púnguè (2-1) Chingale-Sporting da Beira(2-0) Match. de Mocuba-Fer. Quelimane(3-2) Desportivo de Tete-Est. Verm. da Beira(1-1) Benfica do Dondo-Desportivo de Manica* *O Desportivo de Manica não viajou a Dondo ZONA SUL Resultados da 1ªJornada (2ª volta) ESFA-UP Maxixe (3-2) Desportivo-Ntumbuluco (6-0) Águias Especiais-Estrela Vermelha (1-0) AD Macuácua-Académica (2-0) Clube da Manhiça-Clube de Gaza (0-0) Fer. Gaza-Fer. Inhambane (2-1) A Federação Moçambicana de Xadrez está a desenvolver contactos com algumas colectividades desportivas do país para que, a curto e médio prazos, possam introduzir esta modalidade no seu seio. Entre os clubes já contactados contam-se o Ferroviário, Maxaquene, Estrela Vermelha, Munhuanense Azar, Mahafil, Matchedje, entre outros, segundo apuramos de Domingos Langa, presidente da FMX. A fonte observou, ainda, que no país existem muitos atletas que estão a precisar de clubes. “Julgo que os Clubes da capital vão introduzir xadrez clubes podem ajudar ainda mais na massificação e crescimento do xadrez”. Num outro desenvolvimento, esclareceu que a Academia de Xadrez da Matola se propõe a oferecer 500 (quinhentos) tabuleiros para os clubes, empresas ou entidades que pretenderem acolher, massificar e dinamizar esta modalidade. Sabe-se que a FMX está preocupada com a proliferação de professores que ministram aulas de xadrez nas escolas privadas, sem que tenham passado por uma formação. Através de um ofício, a federação manifestou a preocupação aos Ministérios da Juventude e Desportos, assim como da Educação e Desenvolvimento Humano, na esperança de que estas duas instituições criem meA 28ª jornada do Moçambola foi manchada por actos de violência protagonizados alegadamente por adeptos e simpatizantes do 1º de Maio, contra os jogadores do Textáfrica. Informações ainda por confirmar indicam que os prevaricadores chegaram a banhar os jogadores do Textáfrica com água suja e salgada, com a justificação de que os fabris do Planalto recorrem aos curandeiros para ganhar as partidas que disputam. Triste sina a nossa! Resultados da 28ª jornada Desportivo de Nacala, 1 - Ferroviário de Maputo,0 UP de Manica, 0 - Costa do Sol, 0 ENH,0- Ferroviário da Beira, 0 1º de Maio, 1 - Textáfrica, 0 Sporting de Nampula, 0 - Ferroviário de Nampula, 2 Incomati, 2 - Liga, 0 O Ferroviário de Maputo comanda a tabela classificativa com 38 pontos, seguido pela Liga e Textafrica, ambos com 34 pontos, e Ferroviário de Nampula e Chibuto, com 32. Moçambola Jornada manchada por actos de violência canismos de controlo e regulamentação da actividade. “Nós não os conhecemos e queremos uniformizar a formação, ao mesmo tempo que pretendemos que as escolas públicas pratiquem o xadrez e tornem-se clubes”, afirmou. Anotou que o convite para a criação de clubes é extensivo não só aos clubes tradicionalmente conhecidos, mas a outras instituições ou empresas, como bancos. De referir que a federação assinou um acordo com o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano visando a introdução, nos institutos de formação de professores, de xadrez. Savana 03-08-2018 23 PUBLICIDADE DESPORTO 24 Savana 03-08-2018 CULTURA Ofotógrafo Moçambicano Mário Macilau esteve mais uma vez em Luanda, capital Angolana, até dia 30 de Julho, a participar num projecto de autoria pessoal, a pedido da Cipro Group e de Arpino Legato. Segundo o fotógrafo “não é pela primeira vez que vou para Angola, tenho lá ido duas a três vezes por ano e quase sempre a trabalho, é uma tristeza ter de dizer que, infelizmente, tenho mais reconhecimento fora do meu país. Em Moçambique julgo que tenho pessoas que admiram o que faço, mas com ausência de consideração, respeito e reconhecimento não como favor ou uma obrigação, mas porque o que tentamos fazer merece uma força local que uma simples admiração temporária. Acredito que vai mudar um dia apesar de ter testemunhado já “Tenho reconhecimento fora do país” diversos actos relacionados com nossos artistas de grande renome e enquanto isso nós, os da nova geração, temos de aproveitar as oportunidades que nos surgem pelo mundo fora para melhor representar o nosso povo. Esta é uma oportunidade para tal”, aponta Mário Macilau. Trata-se de um processo de produção fotográfica que envolve a pré-produção, captura e a edição final de um espólio que será usado pelas duas instituições portuguesas em parceria com identidade moçambicana M consulting. A Cipro Group é uma empresa de construção civil, que inaugurou o seu complexo sede na Zona Especial Económica (ZEE) de Viana em Luanda, em 2014. A colaboração da Cipro com o fotógrafo Mário Macilau tem como motivação o respeito e a reacção internacional ao seu trabalho, que ao provocar emoções sensoriais junto do público, tem estimulando um interesse que origina oportunidades de colaboração como esta, um pouco por todo o mundo. O projecto é um processo de aprendizagem para superar limites colocados. “Este projecto é muito desafiante, gosto de aprender e ultrapassar os meus limites e os desafios que me são colocados. Este projecto permite- -me pensar num conjunto de elementos visuais que, de forma sistêmica, representem nomes, ideias, logos, marcas, produtos, a empresa ou um serviço, de uma forma colaborativa e artística”, frisa o fotógrafo. Mário Macilau é um artista multidisciplinar, nascido em Maputo, Moçambique, e, actualmente, vive entre Lisboa, cidade do Cabo e Maputo. Iniciou o seu percurso na fotografia em 2003 e profissionalizou-se em 2007, quando trocou o telemóvel da sua mãe pela sua primeira máquina fotográfica. A sua especialidade são projectos de longa duração com foco nas condições ambientais e sociais de Moçambique, bem como na complexa realidade do mercado de trabalho na região. O trabalho de Macilau tem sido reconhecido com prémios e é, regularmente, apresentado em exposições individuais e conjuntas tanto no seu país de origem como no estrangeiro tendo já viajado para mais de trinta países na África, Europa, Américas e Asia. A.S Mário Macilau A ssociação IVERCA em parceria com a AVVI - Associação Vanghano Va Infulene e as organizações italianas - Diapason e Antoniano Onlus com o apoio da Regione Emília Romagna, realiza no próximo dia 07 de Agosto de 2018, entre as 14:00 e às 17:00h, no Camões – Centro Cultural Português, em Maputo, um seminário sobre musicoterapia. O seminário está integrado no projecto Armoniosamente, uma abordagem educativa não formal que prevê a utilização da Seminário sobre musicoterapia musicoterapia e do teatro para estimular processos particulares de comunicação verbal e não- -verbal. O projecto tem em vista, por outro lado, o incremento da aprendizagem, potenciar a memória, autonomia, capacidade expressiva e consciência de si nas crianças. O projecto é desenvolvido na cidade de Maputo, concretamente no bairro da Mafalala, pela IVERCA em parceria com a AVVI - Associação Vanghano Va Infulene e duas organizações italianas - Diapason e Antoniano Onlus e apoio da Regione Emilia Romagna. O escritor Manuel Mutimucuio lançou recentemente no Centro Cultural Brasil-Moçambique (CCBM), o seu segundo livro intitulado Moçambique com Z de Zarolho. A apresentação esteve a cargo de Jorge Ferrão, reitor da Universidade Pedagógica. Trata-se de um romance que descreve o dilema de um empregado doméstico, Hohlo, que se vê desamparado em um universo de becos sem saídas, onde sua única esperança alcançar o domínio completo da língua portuguesa como possibilidade de ascender Moçambique com Z de Zarolho socialmente – se vê interrompida pela chegada de uma nova língua oficial do país, o inglês. Chancelado pela Editorial Fundza, o livro, de acordo com o autor, é inspirado na “transformação linguístico-cultural que se assiste um pouco por todos os países de língua e expressão portuguesa”. Para Mia Couto, Manuel Mutimucuio, nesta nova obra, reafirmou a sua capacidade em “ construir uma história que fala de uma nação que luta para emergir das cinzas e do caos”, colocando- -se assim entre as “ importantes vozes da nova geração de escritores moçambicanos.” Manuel Mutimucuio nasceu em Maputo, em 1985, mas teve os seus anos formativos na Beira. É doutorando em Governação e profissional de desenvolvimento, todavia, na escrita literária encontra um espaço de reflexão criativo sobre os desafios da construção do Moçambique contemporâneo. Recentemente esteve no Brasil a participar no Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços 2018), onde apresentou a sua obra de estreia “Visão” (2017), a qual disseca os contornos da ajuda internacional em Moçambique. A.S F oi lançado, recentemente, o livro intitulado “mundo grave”, de Pedro Pereira Lopes, obra vencedora da primeira edição do Prémio Literário INCM/Eugénio Lisboa, no Camões – Centro Cultural Português, pólo da Beira. Depois das duas obras distinguidas na primeira edição do Prémio Literário INCM/Eugénio Lisboa – “mundo grave”, de Pedro Pereira Lopes (obra vencedora), e Bebi do Zambeze, de António Manna (menção honrosa) terem sido apresentadas no Camões – Centro Cultural Português em Maputo, no dia 17 de Abril, a obra vencedora agora foi apresentada na cidade da Beira pela Professora Doutora Maria do Rosário Amaral. O galardão, destinado a trabalhos em prosa inéditos de autores moçambicanos, “Mundo grave” de Pedro Pereira Lopes foi instituído em 2017 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), com o apoio do Camões, dando corpo à sua missão de promoção e preservação da língua portuguesa. Além de procurar incentivar a criação literária moçambicana, através da edição das obras distinguidas e da atribuição de 5 mil euros ao vencedor, o Prémio presta ainda homenagem à figura de Eugénio Lisboa, enquanto cidadão e homem de cultura nascido em Moçambique. Pedro Pereira Lopes nasceu na província da Zambézia, em 1987, e estreia-se, assim, no romance. Venceu os prémios “Lusofonia” (2010), “Maria Odete de Jesus” (2016) e “Eugénio Lisboa” (2017). É membro da Associação dos Escritores Moçambicanos e é pesquisador e docente no Instituto Superior de Relações Internacionais, em Maputo. A.S A intervenção do projecto na Mafalala baseia-se numa abordagem preventiva em relação às drogas, abusos sexuais e outros comportamentos desviantes que crianças e adolescentes possam ser vítimas. Esta acção tem como grande inovação a abordagem de técnicas de psicologia associada ao trabalho, o facto de estar inserida pela primeira vez numa escola primária local Unidade 23 e ainda por usar instrumentos moçambicanos de base tradicional, enaltecendo o vasto património musical do país. A.S Anuncie a sua marca, produto e serviços, na SAVANA FM . Proporcionamos para si pacotes promocionais, contacte-nos através de: 84 1440048, 82 8944278 ou ainda através do e-mail: radiosavana100.2@mediacoop.co.mz SAVANA 100.2 FM Dobra por aqui SUPLEMENTO HUMORÍSTICO DO SAVANA Nº 1282 ‡ DE AGOSTO DE 2018 NOVA GAF DA FRELIMO Gala de Angariação de Fundos 2 Savana 03-08-2018 SUPLEMENTO Savana 03-08-2018 3 Incluímos os 2 gêneros para não parecermos machistas e mulheres Savana 03-08-2018 27 OPINIÃO Abdul Sulemane (Texto) Naita Ussene (Fotos) N os últimos dez anos, este foi um dos poucos em que se assistiu uma migração massiva de membros de outros partidos para a Renamo. O normal era o inverso. Como continuamos na janela de transferências de inverno, algo fica por descortinar nesta conversa amena entre Ivone Soares, chefe da bancada parlamentar da Renamo, e Prakash Ratital, antigo PCA do Moza Banco. Por força de sanções aplicadas pelo Xerife de Washington, no intricado dossier que culminou com a intervenção do Moza pelo banco central, Ratilal está interdito de exercer funções de gestão em instituições de crédito e sociedades financeiras no país, por um período de dois a três anos. Com o aproximar das eleições do próximo ano, quem sabe se não seria uma mais-valia tê-lo do lado da Perdiz para ajudá-la nos serrados debates a nível da Comissão de Plano e Orçamento da Assembleia da República, nas discussões da Conta Geral do Estado ou mesmo no Orçamento do Estado. O futuro é mesmo imprevisível. A crónica de Fernando Lima, publicada na última edição do SAVANA, na qual desvenda que na sua mítica viagem a Matchedje em 1977, não encontrou nenhum vestígio que identificasse o local como palco do II Congresso dos camaradas. Sublinhou que nem sequer viu o famoso tronco da pouse de Eduardo Mondlane e Samora Machel, no decurso do congresso em 1968, entre outros o que lhe valeu título de apóstolo da desgraça. Não é de espantar que o homem que a história oficial do país atribui a autoria do primeiro tiro em Chai, Alberto Chipande, esteja a exigir explicações terra a terra perante um sorriso soslaio da Ornila Machel, filha do fundador da República de Moçambique. Apesar do regime do dia, acolitado por uma certa imprensa, insistir que o tronco é o tal de 1968, ao cidadão atento persistem dúvidas da possibilidade da sua existência num local como aquele durante mais de 50 anos, exposto a chuvas, calor, cacimba e humidade todos os dias, sem deixar de lado as populações que por lá procuram lenha. Se perguntar não ofende, qual é o tempo de vida de um tronco abandonado num espaço como aquele? A chegada de Nini Satar no solo pátrio, após a sua detenção e repatriamento em Tailândia, agitou os escribas que por nada queriam perder aquele momento no aeroporto de Mavalane. Polícias burocratas que não entendem esta nobre profissão não faltaram que pretendiam desviar os jornalistas para o SERNIC de modo que não testemunhassem o momento sua saída. Mas como o escriba só acredita vendo, graças à persistência conseguiram capturar as imagens do jovem que desafiou o Estado moçambicano. Estas situações fizeram com que Paulo Sousa, PCE do BCI, procurasse saber de Helena Khida, vice-ministra do Interior, como situações dessas acontecem. Quem aproveitou o caso para dar uma risada foi Hermenegildo Mulhovo e Caifadine Manasse. Não há explicação À HORA DO FECHO www.savana.co.mz EF "HPTUP EF t "/0 997 t /o 1282 Diz-se... Diz-se IMAGEM DA SEMANA Naita Ussene P or meio do decreto Número 40/2018 de 23 de Julho, o Governo decidiu pelo agravamento das taxas de registo, licenciamento, renovações e averbamentos nos serviços de imprensa escrita, radiofónica, televisiva incluindo as plataformas digitais, bem como na acreditação de jornalistas correspondentes nacionais, estrangeiros e freelancer. 0 EPDVNFOUP GPJ BQSPWBEP QFMP (PWFSOP B EF +VOIP EFTUF BOP F FOUSPV FN WJHPS B EF +VMIP QBTTBEP " EFDJTÍP Ï KVTUJmDBEB DPN B OFDFTTJEBEF EF BEFRVBS P TFDUPS EF DPNVOJDBÎÍP TPDJBM ËT FYJHÐODJBT NPEFSOBT 4VCMJOIB RVF P QSFTFOUF EFDSFUP BQMJDB TF ËT FOUJEBEFT QÞCMJDBT F QSJWBEBT DVKBT BDUJWJEBEFT FTUÍP FTUBUVUBSJBNFOUF TVKFJUBT BP SFHJTUP F MJDFODJBNFOUP OPT UFSNPT EB MFJ "T UBYBT EF MJDFODJBNFOUP F SFHJTUP EPT ØSHÍPT EF DPNVOJDBÎÍP EFQFOEFOEP EP UJQP EF JNQSFOTB QPEFN BTDFOEFS BPT RVBUSP NJMIÜFT EF NFUJDBJT %F BDPSEP DPN B OPWB UBCFMB QBSB P MJDFODJBNFOUP EVNB SÈEJP B FOUJEBEF SFRVFSFOUF EFWFSÈ QBHBS WBMPSFT RVF WBSJBN 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sectores empresariais. No acto da abertura nesta segunda-feira, Nyusi destacou o papel fundamental do BNI na criação de condições para o crescimento da economia e elogiou a sua actuação. “O BNI é um banco nacional. Tem estado a fazer muito bem o seu papel de financiar projectos de desenvolvimento. Continuem a evoluir, devagar, paulatinamente, mas seguros. O mais importante não é se espalharem de uma só vez, mas resolver problemas”, referiu Nyusi no seu discurso. Por seu turno, o PCA do BNI, Tomás Matola, precisou que o primeiro passo da nova agência foi estabelecer uma parceria com a Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze, da qual resultou a criação de uma linha de financiamento designada FAE – Financiamento ao Agronegócio e Empreendedorismo. O FAE tem por objectivos promover a melhoria da cadeia de valor de determinados produtos nacionais, considerados estratégicos, nomeadamente arroz, feijão, batata reno, hortícolas e produtos avícolas, de modo a permitir o reforço da disponibilidade dos mesmos ao nível da região do Vale do Zambeze em particular, bem como a nível do mercado nacional em geral; e, por outro lado, estimular o empreendedorismo na área do agronegócio. No último exercício, o BNI registou um lucro líquido de cerca de 1.071 milhões de meticais, o que permitiu ao banco pagar dividendos ao Estado nos últimos quatro anos, no valor global de 120 milhões de meticais. O banco tem um rácio de solvabilidade de 32%, contra o mínimo regulamentar de 9%. O Instituto Superior de Ciências de Saúde de Maputo (ISCISA) graduou, na passada sexta-feira, 350 técnicos superiores de saúde. Trata-se de profissionais das áreas de administração e gestão hospitalar, anatomia patológica, enfermagem geral, enfermagem pediátrica, enfermagem de saúde Materna, fisioterapia, psicologia clínica, nutrição, terapia ocupacional, terapia da fala, saúde pública e ainda da área de tecnologia biométrica e laboratorial. A cerimónia de graduação foi dirigida pela Presidente do Conselho Geral do ISCISA, Ana Rita Sithole, que apelou aos graduados Serviço de saúde ganha mais 350 técnicos superiores para a necessidade de mostrarem compromisso e amor à profissão, trabalhando com qualidade e em qualquer ponto do país onde, eventualmente, forem colocados. Na sua intervenção, Sithole apelou aos graduados para que contribuam com toda a sua capacidade de modo a garantir uma saúde cada vez mais presente e cada vez mais qualitativa a favor das populações, dignificando, deste modo, a escola na qual foram formados. Ana Rita Sithole, deputada e membro da Comissão Política da Frelimo, o partido governamental, aproveitou a ocasião para, também, felicitar o corpo docente pelo esforço empreendido durante a formação dos 350 técnicos superiores de saúde. Aliás, é também o esforço do corpo docente, associado à entrega dos graduados, que vai permitir que estes últimos sejam verdadeiros disseminadores da mensagem de prevenção de doenças e promoção da saúde. Por sua vez, o representante do Ministério da Saúde (MISAU), Paulino Rodriguez, encorajou os recém formados, solicitando-os a serem humildes no atendimento da população e prestando serviços humanizados, particularmente nos distritos. Rodriguez recordou aos licenciados que devem apresentar como foco a necessidade de assegurar saúde de qualidade às zonas recônditas do País, tendo em conta o grande défice que ainda se assiste nesses locais do extenso território nacional. Enquanto isso, o director-geral do ISCISA, Alexandre Manguele, apelou aos graduados para que dignifiquem o seu novo estatuto académico e profissional, da instituição que os formou, assim como dos familiares que ao longo do processo formativo sempre deram o seu contributo para o sucesso da caminhada. Assim, como desafios, Manguele, um antigo ministro da Saúde na administração Guebuza, apontou a necessidade de os graduados contribuírem com todo o seu saber e entrega na redução da mortalidade materna, infantil e dos riscos de desnutrição crónica, não se esquecendo ainda de ajudar na prevenção de doenças transmissíveis como o HIV-SIDA, entre outras. “Contribuam activamente para a redução da mortalidade materna, infantil e dos riscos de desnutrição crónica. Contribuam para redução das doenças transmissíveis, em particular o HIV-SIDA, e das doenças preveníveis como a tuberculose, a malária e outras doenças relacionadas”, exortou Manguele. Já a representante dos graduados afirmou que estão preparados e assumem o compromisso de cumprir todas as missões que lhes forem confiadas no respeito à profissão que escolheram, trabalhando com respeito e dignidade ao serviço da sociedade e fazer valer o Slogan do MISAU “ O NOSSO MAIOR VALOR É A VIDA”. Esta é a XI cerimónia de graduação realizada pelo ISCISA desde a sua criação no ano de 2004 e, até agora, foram colocados no mercado mais de 900 profissionais do sector da saúde, parte dos quais já em exercício. (Cléusia Chirindza) moçambicano, acaba de abrir, em Tete, a sua primeira agência fora da capital numa cerimónia dirigida por Filipe Nyusi, Presidente da República, que se encontra em visita de trabalho àquele ponto de Moçambique. O BNI, 100% estatal, está vocacionado para o financiamento de projectos apostados na inovação Savana 03-08-2018 EVENTOS 2 N ovos directores de função e regionais foram empossados nesta terça-feira na Telecomunicações de Moçambique (TDM) e Moçambique Celular (mcel), no quadro de reestruturação e fusão das duas empresas. Os novos directores passam a fazer parte da nova estrutura orgânica transitória. São, no total, treze directores, seleccionados através de um processo independente, conduzido por um painel constituído por quadros da TDM-mcel bem como por convidados provenientes de diversas empresas e instituições de renome nacionais e estrangeiras. Uma operação idêntica aconteceu na Electricidade de Moçambique (EDM), outra empresa pública que passou por reformas profundas dirigidas por Mateus Magala. Os novos directores da TDM- -mcel são Luís Pililão (director de Empossados novos directores TDM-mCel Sistemas de Informação), Pedro Gil (director Técnico), Carla Marra (directora de Contabilidade e Finanças), Samuel Mandlate (director de Planeamento e Finanças Corporativas), António Faria (director de Logística e Serviços Gerais), Nelson Chacha (director de Marketing), Guilherme Muchanga (director de Pessoal e Organização), Aurélio Matavel (director de Negócios), Alexandre Buque (director da Unidade de Procurement e Gestão de Contratos), Arnaldo Mateus (director da Unidade de Wholesale, Interligação e Roaming), Celso Ferreira (director Regional Sul), Bonifácio Raposo (director Regional Centro) e Jusab Esmail (director Regional Norte). Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração da TDM- -mcel, Mahomed Rafique Jusob, referiu que o processo de selecção dos novos directores foi conduzido em estrita observância aos princípios de transparência e abertura e em coordenação com os comités das duas empresas. Os quadros ora empossados vão dar suporte ao Conselho de Administração no processo de reestruturação e fusão da TDM e da mcel, virado para a defesa dos trabalhadores, dos interesses das duas instituições e da nação. Por isso, “identificámos quadros com qualidade, talento e outras características, não só de carácter técnico, mas também de carácter humano, com integridade e probidade reconhecidas, que vão ajudar a levar a cabo a transformação e fusão das duas empresas”. Num outro desenvolvimento, o PCA reconheceu a complexidade de um processo de reestruturação e fusão de empresas, tendo, por isso, apelado para uma incondicional dedicação e entrega por parte dos empossados. “Os desafios são grandes, mas o maior é connosco próprios. É a entrega inequívoca e incondicional ao objectivo que foi definido para a reestruturação e fusão das duas empresas. Vamos seguir o caminho de revolução e transformação permanente, dentro das boas regras de gestão, virada para a melhoria contínua da nossa eficácia”, disse o presidente do Conselho de Administração da TDM-mcel. “O compromisso deste Conselho de Administração é com a boa gestão, a liderança dinâmica e a transparência nos processos”, acrescentou Mahomed Rafique Jusob, que disse contar com quadros qualificados e empenhados em desenvolver a TDM-mcel e servir a nação. A Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação (FUNDE), através do Centro de Excelência em Comunicação para a Saúde (CECS), lançou, semana passada, a quarta edição da radionovela “Fatias da Vida”, uma série que aborda diversos temas ligados à saúde familiar, tais como o planeamento familiar, aconselhamento e testagem voluntária do HIV, nutrição, cuidados pré-natais, saúde da criança, entre outros. A radionovela, produzida pelo CECS no âmbito do projecto RUMOS, em parceria com a Johns Hopkins University e com financiamento da USAID, retrata a vida de três casais (Alfinete e Kiwanga, Juma e Fátima, Flávio e Lançada radionovela sobre saúde familiar Anita) que, juntos, enfrentam dificuldades e ajudam-se a resolver e ultrapassar problemas relacionados com a saúde familiar. Na cerimónia de lançamento, Lourenço do Rosário, presidente da FUNDE, explicou que a radionovela “Fatias da Vida”, a ser transmitida pela Politécnica Rádio (97.1FM), foi concebida para ajudar as comunidades a encontrar formas de resolver muitos dos problemas que enfrentam na área da saúde, como são os casos da desnutrição, o HIV, entre outros. “O facto de estarmos a lançar a quarta edição demonstra que estamos a atingir os objectivos para os quais nos propusemos”, considerou Lourenço do Rosário, referindo que a FUNDE tem actuado em diversas vertentes na área da saúde, com o apoio de vários parceiros, dentre os quais o Ministério da Saúde (MISAU). Na ocasião, a representante do MISAU, Natércia Monjane, afirmou que a radionovela “Fatias da Vida” vai contribuir para a educação da população moçambicana sobre vários assuntos relativos à área da saúde. Por isso, acrescentou Natércia Monjane, “contamos com a vossa colaboração na produção de mais programas sobre outros temas na área da saúde, dando maior primazia ao uso de línguas locais, que são as que mais chegam àquelas comunidades mais recônditas”. Já os representantes da USAID e da Johns Hopkins University, Júlio Machava e Patrick Devos, respectivamente, disseram esperar que a radionovela contribua para a mudança de comportamento no seio das comunidades. O projecto RUMOS, no âmbito do qual foi produzida esta novela radiofónica, visa apoiar os esforços nacionais de melhoria da capacidade de desenhar, implementar, monitorar e avaliar intervenções estratégicas de comunicação para a mudança de comportamento. A iniciativa cobre diversas áreas ligadas à saúde, nomeadamente malária, planeamento familiar, nutrição, água e saneamento, aconselhamento e testagem para o HIV, entre outras. C erca de sessenta quadros do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), provenientes de todo o País, foram capacitados esta semana, na cidade de Maputo, em matérias de contratação pública. A capacitação foi levada a cabo por quadros do Ministério da Economia e Finanças (MEF) e da Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições (UFSA). Durante a formação, que terminou na passada sexta-feira, na qual também participaram quadros do ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social MEF capacita quadros do INSS (MITESS), foram abordados, entre outros temas, os fundamentos e o quadro legal de contratação pública, o regime jurídico e modalidades de contratação, a gestão de contratos, os critérios de avaliação de concorrentes, a ética e a deontologia profissional nos actos de contratação, bem como a planificação em contratação pública. A capacitação enquadra-se no plano de actividades do INSS para o ano 2018. Intervindo na cerimónia de abertura, o chefe do Departamento Central de Recursos Humanos do INSS, Daniel Clemente, referiu que a capacitação tem em vista a melhoria, por parte dos funcionários, do desempenho no que diz respeito às acções de contratação de bens e serviços do Estado. Para o chefe do Departamento Central de Recursos Humanos do INSS, os funcionários, nas suas acções, devem guiar-se por princípios éticos e deontológicos tendo como fim a satisfação do utente do Sistema de Segurança Social Obrigatória: “A capacitação visa, igualmente, assegurar o processo de desconcentração de procedimentos de contratação do nível central para as delegações provinciais, o que irá concorrer para a simplificação de procedimentos e a racionalização dos recursos”, acrescentou Daniel Clemente. Savana 03-08-2018 EVENTOS 3 O Presidente da República, Filipe Nyusi, testemunhou, nesta terça-feira, ao lançamento da primeira pedra para a construção da agência do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), no posto administrativo de Mualazi, distrito de Chifunde, província de Tete. A acção insere-se no âmbito do Projecto “Um Distrito um Banco” lançado pelo Chefe de Estado, e que tem como objectivo dotar todos os distritos do país de cobertura bancária até ao final de 2019. O governador de Tete, Paulo BCI chega a Chifunde Auade, e o Presidente da Comissão Executiva do BCI, Paulo Sousa, simbolizaram o acto de lançamento, numa cerimónia que contou, entre outras personalidades, com a presença do ministro das Finanças, Adriano Maleiane, do ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, de membros do governo local, líderes comunitários e a população local. Para além de abranger a população do distrito de Chifunde, estimado em mais de 100 mil habitantes, devido à sua proximidade, a futura agência bancária vai também trazer melhorias na prestação de serviços às populações dos povoados de Angónia e Macanga. Refira-se que, quando esta unidade de negócios estiver operacional, o BCI apresentará o seu nono balcão no âmbito do programa “um distrito, um banco”. Deste programa fazem parte as agências do BCI, já em funcionamento, de Balama (Cabo Delgado), Chemba (Sofala), Guro (Manica), Mabote (Inhambane), Maúa (Niassa), e em construção de Muidumbe (Cabo Delgado), Cheringoma (Sofala), Molumbo (Zambézia) e esta de Chifunde (Tete). A escola secundária Mateus Sansão Muthemba, em Maputo, acolheu, no último sábado, o lançamento do projecto “Arte e Sustentabilidade”. Trata-se de uma iniciativa inserida no âmbito do programa responsabilidade do Moza Banco, com vista a promover a educação cívica ambiental, com destaque para a reutilização e reciclagem de papel e outros utensílios nas escolas. Na ocasião, o director de responsabilidade social do Moza Banco, Adam Yussof, destacou a importância de se contribuir para a preservação do meio ambiente através desta campanha de sensibilização destinada aos jovens e adolescentes. “Estamos satisfeitos em poder partilhar o conceito de sustentabilidade ambiental com esta camada. Com esta iniciativa, enquadrada na cidadania empresarial do Moza, mostramos que é possível reutilizar materiais descartados para algum fim importante”, afirmou. “O desafio é levar essa consciencialização a cada vez mais pessoas, pois acreditamos que se cada um de nós produzir menos resíduos sólidos, reutilizar e reciclar os existentes, teremos um ambiente saudável e um mundo do qual podemos orgulhar-nos” acrescentou. Por sua vez, o director da Escola Secundária Sansão Muthemba, Ernesto Ngomane, afirmou: “os nossos alunos estão satisfeitos e motivados por fazerem parte desta iniciativa, acredito que tenham assimilado os conhecimentos partilhados sobre a sustentabilidade ambiental e espero que o apliquem no seu dia-a-dia. O material produzido será afixado em diferentes áreas da escola, para servir de ensino aos actuais e futuros alunos da nossa instituição”. Os alunos, que sob orientação do artista plástico, Titos Pelembe, transformaram panfletos, cartazes e outros materiais doados pelo Moza, em obra de arte, prometem replicar o que aprenderam nas suas comunidades. “Eu sabia que era possível transformar lixo em obra de arte, mas não dava importância porque não tinha muita informação, de hoje em diante mudarei de comportamento, graças a esse workshop promovido pelo Moza”, enalteceu Inácia Cumbana, uma das alunas. “Estou emocionado porque quando convidaram-nos para Moza promove Sustentabilidade Ambiental participar do evento, disseram para dar uma mensagem aos alunos, mas eu é que acabei por receber a mensagem, que é de transmitir às pessoas a importância da preservação do meio ambiente, pois a mudança começa por nós, na nossa casa, no nosso bairro”, enalteceu Sheu Han, um dos padrinhos da iniciativa. Savana 03-08-2018 EVENTOS 4 O Governo moçambicano defende que as instituições de ensino e de investigação devem usar devidamente as capacidades técnicas e os recursos humanos que possuem para promover a transferência da tecnologia identificada para as Pequenas e Médias Empresas (PME). Trata-se de uma informação avançada nesta quarta-feira, por Celso Laice, secretário permanente do Ministério da Ciência Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional (MCTESTP), que falava no âmbito da cerimónia de abertura do Encontro Nacional sobre Capacitação Tecnológica para Uso de Informação Científica e Técnica e Lançamento de Tecnologia Apropriada. A formação enquadra-se no âmbito da implementação do acordo entre o Governo de Moçambique e a OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), assinado em Fevereiro último, em Genebra, um acordo de cooperação com vista à melhoria da gestão, administração e uso de informação técnica e científica, cujo objectivo é o desenvolvimento da capacidade tecnológica de Moçambique e o alcance das metas de crescimento e desenvolvimento do país. Instituições de pesquisa desafiadas “Acreditamos nós que desta maneira estaremos a incentivar a interacção entre as instituições de ensino, investigação e o sector produtivo de modo a promover a inovação”, referiu Laice. Laice acrescentou ainda que, no contexto da promoção do uso das TIC, o executivo aprovou a Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação de Moçambique e a Estratégia da Propriedade Intelectual. Os referidos instrumentos recomendam a promoção da inovação em duas vertentes: de um lado o apoio directo ao esforço criativo dos moçambicanos. E através do Programa de Apoio aos Inovadores já permitiu a identificação de cerca de 260 inovadores em todo o país. Por seu turno, McLean Sibanda, CEO do Bigen Group, Investments and Concessions na África do Sul, destacou a importância do uso das tecnologias de comunicação e informação para o desenvolvimento dos países. Refira-se que o evento, com duração de três, constitui espaço para reflectir sobre os seguintes pontos de agenda: Transferência de Tecnologia Apropriada, incluindo os principais conceitos e estratégias de implementação e a criação do Grupo Nacional de Especialistas que vai liderar o projecto em Moçambique. (E.C). D ecorreu, no último sábado, mais uma sessão do TEDxKampfumo, uma conferência jovem organizada para partilhar ideias e construir reflexões para mudanças sociais em Moçambique. A iniciativa tem como base discutir questões vivenciadas por moçambicanos e traçar respostas através da partilha de ideias criativas, difundidas por oradores com grande destaque na sociedade civil e que, através de suas experiências, elucidam caminhos a serem seguidos para a construção de um país cada vez mais sustentável, humanitário e unido. Depois de “(re)Definir Crescimento” na sua primeira edição, a equipa jovem desta conferência propôs-se a trazer um debate à TEDx promove debate para mudança social volta do minimalismo e potencial de desenvolvimento do país. O tema deste ano, “A Volta do Xirico”, evocando a necessidade de os moçambicanos se reunirem outra vez em volta de uma ideia ou objectivo comum que reafirme a identidade conjunta e a necessidade de traçar caminhos cada vez mais leves e sustentáveis para o futuro. Carina Capitine, parte da equipa de organização do evento revelou que o TEDxKampfumo deseja abrir espaços para que as gerações possam não só reflectir, mas promover mudanças reais. “Hoje as pessoas reclamam da não existência de espaços onde todas as gerações, mais novas e mais velhas, possam sentar para discutir e em conjunto propor soluções para o desenvolvimento do país. O TEDxKaMpfumo quer ser esse espaço”, disse. Por sua vez, Leonor Gomes, representante da seguradora Fidelidade, um dos parceiros da iniciativa, referiu que a empresa se associa, uma vez mais, a projectos que visam trazer ideias construtivas e de promoção de bem-estar dos moçambicanos. “Moçambique é um país com uma estrutura etária muito jovem e iniciativas deste tipo merecem o nosso apoio”, destacou. “A Fidelidade pretende continuar a apoiar os próximos eventos TEDx e outras acções que inspirem e incentivem a procura de soluções para a melhoria de vida de todos os moçambicanos”, comentou a responsável sobre o envolvimento nas próximas edições do evento. (E.C) O Millennium bim apoiou a digressão internacional “We Got 2 Move Tour” do agrupamento musical moçambicano Gran Mah, que representou a estreia da banda em palcos internacionais e que resultou num enorme sucesso para a cultura moçambicana além-fronteiras. A digressão começou em Portugal, com um espectáculo no Café Concerto, em Pombal, seguindo-se depois um concerto na Casa da Cultura, em Figueiró dos Vinhos. A tour terminou com concertos da Banda no LX Factory e no festival Noites dos Índicos, em Lisboa, sempre com muito público e uma recepção calorosa do público português. O agrupamento seguiu depois a sua viagem rumo aos Estados Unidos da América, onde realizou um concerto na Maryland Hall for the Creative Arts, em Anappolis Maryland, um concerto no Smithsonian Museum Millennium bim aposta na internacionalização da cultura of African Art, dois concertos no Bossa Lounge e, por fim, um concerto Pop-up no Addis Paris Café, em Washington. Infelizmente, o Festival Matapa, no Canadá, foi cancelado. Os Gran Mah fazem um balanço muito positivo desta digressão internacional e do intercâmbio cultural que esta proporcionou. De acordo com a Banda “desde o início do tour, o feedback dos espectadores foi sempre muito positivo. Em Portugal tivemos vários elogios do público no final dos concertos”, dizem. “Fomos também bem acolhidos nos Estados Unidos, onde tivemos forte apoio e elogios da Embaixada de Moçambique, pela World Artists Experiences, pelo Bossa Lounge e pelo produtor e promotor de eventos Frank O. Agbro” garante a Banda moçambicana que revela, igualmente, que “fomos convidados a regressar no próximo ano! Foi um sucesso mesmo!”. A Trans African Concessions (TRAC), concessionária da EN4, doou, recentemente, diverso equipamento médico de assistência às vítimas de acidentes de viação e de outros sinistros ao quartel do Serviço Nacional de Salvação Pública (Bombeiros) da província de Maputo. O lote, que inclui macas de utilidade diversa e outros materiais necessários para uma recomendada assistência às vítimas de sinistros, vai servir para equipar a ambulância dos bombeiros, torTRAC equipa bombeiros da província Maputo nando-a cada vez mais preparada para atender as várias solicitações. No acto de receção dos equipamentos, os beneficiários, agradeceram o gesto e garantiram que com a ambulância equipada estão em melhores condições de atender as necessidades de socorro da população por eles servida, incluindo os milhares de utentes da EN4. A doação canalizada aos bombeiros da província visa, segundo os responsáveis da TRAC, contribuir para a melhoria de vida nas comunidades atravessadas pela EN4. Actualmente, a TRAC está a investir 2.400 milhões de meticais da reabilitação e alargamento do troço entre o cruzamento da Shoprite da Matola e Praça 16 de Junho, na cidade de Maputo, bem como 808 milhões nas obras de Ressano Garcia ao cruzamento da Moamba. Importa recordar que o contrato para a construção da EN4 foi assinado a 5 de Março de 1997 entre a TRAC e os governos de Moçambique e África do Sul, cuja validade é de 30 anos renováveis. A s atletas moçambicanas Chana Paxixe e Suraya Rijal, ambas de 16 anos de idade, estão a representar Moçambique na 16ª edição do Basketball Without Borders Africa (BWB Africa), que decorre em Joanesburgo desde terça-feira até sábado próximo (4 de Agosto). O evento é promovido pela FIBA e NBA e tem como objectivo proporcionar uma preparação de elite aos atletas com maior margem de progressão e que foram seleccionados em mais de Paxixe e Rijal representam Moçambique no NBA 25 países africanos (nascidos em 2001/2002). Nos últimos três anos, o histórico da participação moçambicana neste evento é de sucesso: 2015 - Sílvia Veloso (Melhor Jogadora do Campo); 2016 - Chanaya Pinto (Melhor Jogadora do Campo); 2017 – Ester Gomes e Carla Budane (Melhor Jogadora do Campo & Jogadora Mais Valiosa do All Star Game, respectivamente). Nos exercícios de campo, as atletas serão orientadas por treinadores e jogadores da NBA, ao mesmo tempo que terão acesso a vários workshops sobre liderança, saúde, educação, entre outros. No último dia do campo terão a oportunidade de assistir ao NBA Africa Game 2018 - Team Africa Vs Team World, que irá juntar várias estrelas africanas e de outros países que actuam na melhor liga do mundo. Referir que o BWB é um programa para o desenvolvimento do basquetebol e sua disseminação pelas comunidades de vários países. Foi criado pela NBA e FIBA e desde a primeira actividade, em 2001, já alcançou mais de 2780 jovens atletas de 134 países, dos quais 46 foram indicados para a NBA (drafts).

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