Cinco dias de viagem, cinco lições aprendidas
1. Para viajar de Pemba a Lichinga de carro, são necessárias 11 horas para fazer 700 km, conduzir por 130 Km literalmente no mato, no interior da Reserva do Niassa, num troço que se parece mais com um beco do que com Estrada;
2. Em Lichinga, 11 kg de gás de cozinha, custam 1 550 meticais! Sim, aquela garrafa creme que custa 665 meticais no Maputo;
3. No aeroporto de Lichinga não basta ter bilhete confirmado e chegar antes do fecho do check in. A LAM te pode tirar da sala de embarque para dar lugar a um camarada que decidiu viajar à última hora. Nem que tenha que te pagar hotel e comida mahala até ao próximo voo (48 horas depois);
4. No Niassa produz-se morango abundantemente, tal sorte que é vendido na rua aos copitos e 1 kg custa menos de 100 meticais. Mas não é permitido viajar de avião com a fruta que sombiliza amor. É preciso ter um “cunhado” no aeroporto para te permitir embarcar com os morangos de Lichinga. Ou então és sujeito a uma cansativa inspecção até desistires e deixar os morangos com os diligentes funcionários aeroportuários;
5. Não é permitido caminhar do passeio a frente da residência oficial do Governador do Niassa. Embora não haja placa de proibição, quem se mete naquele passeio arrisca-se a ser seviciado pelos agentes da Força de Protecção de Altas Individualidades. Quais robots cumpridores que se limitam a executar ordens ilegais e sem nexo.
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