quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Moçambique deve introduzir taxas caras para jornalistas estrangeiros


Moçambique deve introduzir taxas caras para jornalistas estrangeiros
Numa tentativa de desencorajar as reportagens do país, Moçambique deve introduzir taxas proibitivamente caras para jornalistas estrangeiros.
A medida foi criticada por jornalistas e organizações da sociedade civil. As novas regras devem entrar em vigor no dia 22 de Agosto, um mês antes das eleições municipais, segundo o site Mail&Guardian.
Segundo o acadêmico e especialista em Moçambique, Joseph Hanlon, os correspondentes estrangeiros podem pagar 2.500 milhões de dólares por viagem para credenciamento de mídia. já, os correspondentes que vivem em Moçambique serão cobrados 8.300 dólares por ano, enquanto que, os freelancers moçambicanos que trabalham para publicações estrangeiras devem pagar 500 dólares anualmente.
A coordenadora do programa para África do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), Angela Quintal, disse que “O CPJ está preocupado com os relatórios de que as autoridades em Moçambique estão a impor taxas financeiras proibitivas contra jornalistas estrangeiros, assim como jornalistas locais a trabalhar para estrangeiros”.
Um jornalista francês, Adrien Barbier, que viveu e trabalhou em Maputo disse que as novas taxas o teriam impedido de fazer o seu trabalho.
“Isso significa que muito menos jornalistas poderão ir e relatar o que está acontecendo lá, o que é uma pena porque Moçambique tem muito a oferecer e muitas histórias”, disse Barbier.

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