domingo, 12 de agosto de 2018

“Aumentar o preço do jornal para o povo não ler”


“Aumentar o preço do jornal para o povo não ler”
O Presidente Samora Machel disse, certa vez, que a escola deve ser a base para o povo tomar o poder, consentâneo, para mim, do acesso à informação como base, também, para o povo tomar o poder. Onde ao Estado cabe o papel de as promover.
Porque “refém” das várias teorias da sua actuação, o Estado, este tem a “ingrata” missão de reduzir assimetrias, entre outros, no acesso à educação e informação, promovendo as respectivas políticas de acesso.
No caso pátrio, concretamente na parte referente a informação, diverso p. ex. das públicas oferendas de carteiras escolares, o Estado parece apostado em dificultar o acesso à informação com o recente agravamento de taxas para a “constituição” de empresas de comunicação e de “acreditação” de repórteres/jornalistas estrangeiros! Malgrado atentado, também, ao constitucional princípio da iniciativa privada!
Essa actuação “demonstra” uma particular “paixão” pela informação nesta era do novo ciclo e da ciência, não fossem os céleres julgamentos e os gratuitos espancamentos de jornalistas e comentadores a insinuar o contrário!
Quanto aos estrangeiros, quem promoveu a referida subida devia ter o cuidado de não vender uma má imagem do país, estamos à escasso mês e alguns dias das eleições, pois paira no ar a ideia de dificultar a cobertura internacional do próximo pleito autárquico. Basta recordar da recorrente ladainha de fraude...
Mas mais do que isso, compromete-se o Estado de Direito jurado construir pedra a pedra, para conspirar uma “ditadura” dia-a-dia...
p.s. disciplina não é tirania...
Gosto
Comentar
Comentários
Ce Henriques Art 48 da constituição da República.... O teu primeiro parágrafo se encaixa perfeitamente.
Gerir
Dario Faquir Muito bem dito camarada.
Gerir
Franklin Murera Nem mais. O agravamento de taxas vai, de facto, dificultar o acesso a informação.
Gerir
Sílvio Fortes Regressemos as vitrinas com o jornal do povo😂😂😂😂, assim até poderiam subir o preço às vezes que quisessem, que o povo teria sempre acesso a informação 😂😂😂😂
Gerir
Responder1 dia(s)Editado
Isalcio Mahanjane Se assim for, concordo...
Gerir
Jessemusse Cacinda Mas mesmo o jornal de vitrina encaixa-se no conceito de jornal comunitário, deve submeter-se as taxas sob pena de ser imprensa clandestina e os promotores da iniciativa serem punidos
Gerir
Responder4 h
João Carlos Uma boa e oportuna reflexão
Gerir
Benjamim Nhumaio Triste cenário. A verdadeira ditadura a emergir.
Gerir
Herminio Jose Bem dito Isalcio Mahanjane! Quem quiser entender a reflexão entenderá.
Gerir
Sérgio Gimo Disse exactamente aquilo que ocorre no intelecto de muitos moçambicanos.Tiro certo ilustre Isalcio.
Gerir
Responder23 h
Elson Guila Há quem não vê assim. Na verdade, não vem nada [de] errado. Estou preocupado!
Gerir
Responder19 h
Belarmino A. Lovane E há quem vê tudo como errado. Na verdade, estou muito mais preocupado com esses porque enfraquecem os que lutam a cada dia por um País melhor e vendem uma imagem irrealista do País.
Gerir
Responder19 h
Elson Guila Belarmino A. Lovane, o que vê tudo certo também. Faz com que quem deve fazer certo se acomode. Todos nós temos que entender que o certo é o normal ou pelo menos deveria ser. Conheço facebookers que no mural só há propaganda. Quando há exposição factual daquilo que é errado, esquivam-se e não põe comentários.
Gerir
Responder19 h
Ana Maria Sicandar A escrever...
Gerir
Responder12 h
Dino Foi Patético
Gerir
Responder6 h
Jessemusse Cacinda Samora Machel temia que a liberdade de imprensa fosse uma mera ilusao da burguesia. Com as iniciativas privadas e comunitárias, muitos mocambicanos nao burgueses tentaram a todo vapor contribuir para este direito, mas agora, os novos capitalistas do poder voltam a impor condicoes burguesas de exercicio da liberdade de imprensa. Obrigado por teres sido um jurista a ajudar-nos a refletir porque dizem que nós estamos a falar a toa porque criamos jornais nos nossos computadores
Gerir
Responder4 h

Sem comentários: