Baleado com gravidade Faruk Ayoob, da família "Ayoob Comercial" |
Destaques - Newsflash |
Escrito por Redação em 14 Outubro 2016 |
Segundo relatos, o empresário de de ascendência asiática terá visto a sua viatura de Marca Range Rover bloqueada por indivíduos não identificados que se faziam transportar numa viatura de marca Toyota Conquest com chapa de inscrição sul-africana. Faruk Ayoob vinha na companhia da sua neta que não sofreu nenhum ferimento e, de momento, se encontra hospitalizado na clínica da Sommerschield. Pelo menos cerca de cinco tiros foras disparados e um deles atingiu um veiculo parqueado na embaixada norte-americana. |
Até neste preciso momento não se sabe qual é o seu quadro clínico mas o mesmo já se encontra internado para receber a devida assistência.
As testemunhas que presenciaram o sinistro só lamentam e rezam pra que o mesmo melhore o mais rápido possível e apelam a PRM mais vigilância visto que este é mais um dos casos a fazer parte das estatísticas de assaltos a mão armada em plena luz do dia.
Só de lembrar que no passado sábado quem não teve a mesma sorte foi o Jeremias Pondeca, ex-deputado e membro da Renamo na equipa do diálogo político, assassinado por desconhecidos na zona da Costa do Sol.
In http://www.portalmoznews.com/2016/10/foi-baleado-o-empresario-ayoob-comercial.html
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Ano XIX • Nº 4928 •14/10/2016 • Editor:
Refinaldo Chilengue
www.correiodamanhamoz.com
redaccao@correiodamanhamoz.com / editor@correiodamanhamoz.com
O líder da Renamo, Afonso
Dhlakama, diz que a delega
-
ção do seu partido na Comis
-
são Mista está pronta para re
-
tomar as sessões de diálogo
com a contraparte do Gover
-
no em Maputo, apesar do ho
-
micídio do seu representante
nessas conversações, Jere
-
mias Pondeca Munguambe.
“Estamos à espera de poder
-
mos continuar com as nego
-
ciações a partir de segunda
-
-feira, em Maputo”, disse
Dhlakama, em declarações à
agência Lusa, lembrando que
todas as partes devem acei
-
tar que “a paz é sagrada para
o povo de Moçambique”.
“Vamos continuar em pé, va
-
mos continuar a lutar para a
democracia, para que haja de
facto alternância governativa”
Pág 2
Dhalakama sem
alternativa ao diálogo
Ajuda externa
reduzirá 0,1%
em 2017
PáG 4
Já são quatro
os mortos da
tragédia de
Soweto
PáG 5
O Professor é o
“cultivador” do
Homem
-
A. Matabele
PáG 6
economia
SOCIEDADE
opinião
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O líder da Renamo,
Afonso
Dhlakama
, diz que a de
-
legação do seu partido na
Comissão Mista está pronta
para retomar as sessões de
diálogo com a contrapar
-
te do Governo em Maputo,
apesar do homicídio do seu
representante nessas con
-
versações,
Jeremias Ponde
-
ca Munguambe
.
“
Estamos à espera de poder
-
mos continuar com as nego
-
ciações a partir de segunda
-
-feira, em Maputo
”, disse
Dhlakama, em declarações
à agência Lusa, lembrando
que todas as partes devem
aceitar que “
a paz é sagrada
para o povo de Moçambi
-
que
”.
Alguns analistas consideram
que a posição de Dhlakama
reflecte a “
pressão
” em que
está submetida a Renamo
em diversas vertentes, sen
-
do a mais “
pesada
” de todas
a liquidação física e selecti
-
va de membros influentes
seus, executada por supos
-
tos “
esquadrões da morte
”
sem rosto, activos à escala
nacional.
A mais recente e preponde
-
Agora a única maneira de agir “é continuar a lutar até chegarmos ao objectivo
de devolvermos a paz e a democracia em Moçambique
rante vítima desses supos
-
tos “
esquadrões da morte
”
é Jeremias Pondeca, mem-
Jeremias Pondeca, mem
-
bro do Conselho de Estado,
da delegação da Renamo
no diálogo político com o
Governo da Frelimo
e anti
-
go deputado da Assembleia
da República (1995-2004),
cruelmente abatido numa
zona nobre de Maputo, na
manhã de 8 de Outubro, por
indivíduos desconhecidos
que terão sobre si disparado
três vezes, quando a vítima
fazia a sua ginástica de roti
-
na no “
calçadão
”.
Agora a única maneira de
agir “
é continuar a lutar até
chegarmos ao obje
ctivo de
devolvermos a paz e a de
-
mocracia em Moçambique
”,
com as instituições judiciais
a funcionarem de modo a
fazer “
vingar a nossa demo
-
cracia
”, disse Dhlakama.
O líder da Renamo, Afonso
Dhlakama, considerou uma
“
tragédia
” o homicídio de
Pondeca, antigo membro da
Renamo desde a clandesti
-
nidade.
“
Era um homem forte do
partido e um grande ho
-
mem
”, disse Afonso Dhlaka
-
ma, considerando que o as
-
sassinato de Pondeca “
foi
uma tragédia triste
” para os
familiares mas também para
o partido, onde era “
um pi
-
lar
”.
Dhlakama lembrou que
vários membros do seu
partido têm sido execu
-
tados nos últimos meses,
acusando o partido gover
-
namental desde a inde
-
pendência de Moçambique
em 1975, Frelimo, de estar
a tentar fazer fracassar as
negociações.
“
Vamos continuar em pé,
vamos continuar a lutar
para a democracia, para que
haja de facto alternância
governativa
”, disse Afonso
Dhlakama, sublinhando que
seria “
cobardia
” desistir
agora, prometendo a conti
-
nuação da luta “
pela demo
-
cracia
” e para “
reformar o
regime
”.
Com “
a Frelimo no poder,
situações como estas vão
continuar. Não estou a fazer
propaganda, é a realidade
que vivemos no nosso país
”,
mas “
queremos trabalhar
no sentido de fazer com que
o regime se reforme e haja
uma democracia funcional
”,
disse.
Dhlakama nega “fragilida
-
des”
Afonso Dhlakama rejeitou
alegações de que esteja com
problemas de saúde, veicu
-
ladas por alguns meios em
Moçambique, de resto um
exercício não inédito.
Igualmente t
ê
m circulado
informações segundo as
quais a Renamo passa por
múltiplas e cavadas dificul
-
dades, incluindo quebra de
comunicações entre forças
no terreno, no abastecimen
-
to das suas unidades (armas,
víveres e medicamentos) e
nas ligações entre as zonas
controladas e o exterior, in
-
cluindo Gorongosa.
Sem esclarecer onde vive,
o líder da Renamo disse
que continua em contacto
permanente com o partido.
Consta, efectivamente, que
mesmo esta semana Dhlaka
-
ma falou em teleconferência
com os seus principais se
-
guidores a partir da “
parte
incerta
” para Maputo.
Dhlakama, que está em dita
“
parte incerta
” desde Fe
-
vereiro, lamentou que os
vários casos de morte “
a
sangue-frio
” dos seus mem
-
bros não tenham sido escla
-
recidos, acusando o partido
Frelimo e o regime de Mapu
-
to de estarem a encobrir os
executores.
“
Já são centenas e centenas
de pessoas que são balea
-
das em Maputo, na Beira,
em Tete, em Manica, e em
quase um pouco por todo o
país
”. E “
os autores não são
correio da manhã
• outubro
2016
2
política
Dhlakama pressionado
redacção & agências
encontrados, não são en
-
contrados porquê? Porque
têm a cobertura do próprio
Estado e do próprio partido
no poder
”, acusou Afonso
Dhlakama.
Outras vítimas/atentados
recentes de destaque
– Em 22 de Setembro foi as
-
sassinado
Armindo Nguche
,
membro da Assembleia Pro
-
vincial de Tete e delegado
político distrital da Renamo;
– No dia 8 de Setembro des
-
te 2016, a chefe da banca
-
da parlamentar da Renamo,
Maria Ivone Soares
, foi alvo
de intimidação ou atentado
falhado;
– Em Julho foi raptado em
plena luz do dia, na sua re
-
sidência na cidade de Chi
-
moio, capital da província
central de Manica,
Manuel
Francisco Lole
, quadro sé
-
nior da Renamo, então
membro da Comissão Po
-
lítica do partido e antigo
deputado da Assembleia da
República e ex-membro do
Conselho de Estado. Desde
então desconhece-se o seu
paradeiro e há fortes sus
-
peitas de que a v
í
tima terá
sido posteriormente assas
-
sinada;
– Em Abril foi assassinado,
à saída do Aeroporto Inter
-
nacional da Beira (Sofala),
José Manuel
, juntamente
com dois acompanhantes;
era quadro sénior da Rena
-
mo e membro do Conselho
de Segurança do Estado;
– Em Janeiro, na cidade da
Beira, o secretário-geral da
Renamo e deputado da As
-
sembleia da República,
Ma
-
nuel Bissopo
, sobreviveu
quase que misteriosamente
a um atentado, que vitimou
o seu segurança pessoal;
A forma espantosa como
Bissopo saiu vivo desta em
-
boscada em plena cidade da
Beira levou a presidente da
Assembleia da República,
Verónica Macamo
(Frelimo),
a dizer, em plena sessão
plenária do Parlamento, ao
secretário-geral da Renamo
para “
agradecer a Deus
”
pela protecção prestada...
Para além do próprio líder
da Renamo, Afonso Dhlaka
-
ma, alvo de ciladas
nítidas e
vi
olentíssimas (12 e 25 de
Setembro de 2015, em Ma
-
nica), haviam sido assassi
-
nados o académico e cons
-
titucionalista
Gilles Cistac
(3 de Março), que mantinha
posições próximas da Rena
-
mo em relação à descentra
-
lização/despartidarização
do Estado.
Não existem resultados das
investigações, nem suspei
-
tos em qualquer destes ca
-
sos. Tudo
indicando tratarem-se, na
maioria dos casos, de in
-
divíduos especificamente
contratados para o efeito
(“
esquadrões da morte
”).
Em ambientes reservados
alguns elementos da Rena
-
mo apontam um desertor
das suas fileiras – delibera
-
damente omitimos aqui o
respectivo nome e alcunha
– como sendo um dos di
-
rigentes dos ditos “
esqua
-
drões da morte
” que têm
andado a dizimar seguido
-
res de Afonso Dhlakama.
Argumentam as suas sus
-
peitas com “
evidências
” de
envolvimento do dito de
-
sertor em eventos de tenta
-
tivas de raptos/assassinatos
registados (e datados) em
alguns locais do país, in
-
cluindo na cidade da Beira.
O tal suspeito
é um ex-
oficial da Renamo que
teria
fugido para Malaui
quando
Dhlakama ordenou a sua
busca/detenção por ale
-
gados desmandos de vária
ordem contra civis. Poste
-
riormente, foi detido pelas
autoridades malauianas e
enviado para Maputo. Teria
sido “
recuperado
” pelas au
-
toridades/Frelimo, com as
quais hoje supostamente
colabora.
correio da manhã
• OUTUbro
2016
3
política
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