PÚBLICO
28/10/2016 - 18:58
(actualizado às 20:02)
Decisão anunciada pelo chefe da agência, James Comey, que em Setembro defendeu que o FBI se devia abster de pressionar uma acusação criminal.
AFP/JEWEL SAMAD
O caso dos e-mails de Hillary Clinton ganhou novos contornos a menos de duas semanas das eleições nos Estados Unidos. O FBI decidiu reabrir a investigação. A informação foi dada pelo director daquela agência federal de investigação, James Comey, numa carta enviada ao comité judiciário do Senado, revelou a NBC.
"Através de um caso não relacionado com este, o FBI teve conhecimento da existência de emails que parecem ser pertinentes para a investigação”, escreveu. “Concordo que o FBI deve dar os passos necessários para os investigadores avaliarem esses e-mails e determinarem se contêm informações classificadas.”
Segundo avançou o New York Times, as mensagens agora descobertas resultam da apreensão de dispositivos electrónicos pertencentes a Huma Abedin, uma assessora de Clinton, e ao seu marido, Anthony Weiner. Os agentes estavam a analisar mensagens ilícitas que teriam sido enviadas por Anthony Weiner a uma rapariga de 15 anos, residente na Carolina do Norte.
Em Setembro, James Comey defendeu que o FBI se devia abster de justificar uma acusação criminal. Só que pouco antes do fim-de-semana veio a público um conjunto de documentos relacionados com este assunto, incluindo um resumo das investigações e outro sobre o depoimento prestado pela candidata democrata.
Na carta que agora enviou ao Congresso, James Comey deixa claro que surgiram novas provas. E é por isso que o FBI decidiu reabrir o caso para apurar se Clinton pôs em perigo o Estado ao utilizar uma conta pessoal de e-mail.
A polémica arrasta-se desde 2014. Descobriu-se que Clinton não usava servidores do Departamento de Estado, nem de uma empresa comercial para trocar mensagens electrónicas durante o seu mandato como secretária de Estado, entre 2009 e 2013. Usava servidores pessoais, instalados fisicamente na sua mansão, em Chappaqua, no estado de Nova Iorque.
Hillary Clinton começou por argumentar que fez o mesmo que os seus antecessores. Demorou meses a assumir que foi um erro.
A ex-secretária de Estado não violou uma lei. As regras da Administração Obama, todavia, eram claras: os responsáveis dos departamentos deviam enviar e receber mensagens de trabalho apenas através dos seus endereços oficiais.
Só após muita pressão, em particular do seu opositor na corrida à Casa Branca, o republicano Donald J. Trump, Hillary Clinton aceitou entregar ao Departamento de Estado os e-mails de trabalho. Entregou cerca de 30 mil. Outros 30 mil foram apagados por sua ordem. Afiançou que essas mensagens eram pessoais.
"Tenho grande respeito pelo facto de o FBI e o Departamento de Justiça terem agora coragem de corrigir o erro horrível que cometeram", disse Trump, citado pelo New York Times. "Este foi um grave erro judiciário que o povo americano entender completamente. Toda a gente espera que esteja prestes a ser corrigido ".
28/10/2016 - 18:58
(actualizado às 20:02)
Decisão anunciada pelo chefe da agência, James Comey, que em Setembro defendeu que o FBI se devia abster de pressionar uma acusação criminal.
AFP/JEWEL SAMAD
O caso dos e-mails de Hillary Clinton ganhou novos contornos a menos de duas semanas das eleições nos Estados Unidos. O FBI decidiu reabrir a investigação. A informação foi dada pelo director daquela agência federal de investigação, James Comey, numa carta enviada ao comité judiciário do Senado, revelou a NBC.
"Através de um caso não relacionado com este, o FBI teve conhecimento da existência de emails que parecem ser pertinentes para a investigação”, escreveu. “Concordo que o FBI deve dar os passos necessários para os investigadores avaliarem esses e-mails e determinarem se contêm informações classificadas.”
Segundo avançou o New York Times, as mensagens agora descobertas resultam da apreensão de dispositivos electrónicos pertencentes a Huma Abedin, uma assessora de Clinton, e ao seu marido, Anthony Weiner. Os agentes estavam a analisar mensagens ilícitas que teriam sido enviadas por Anthony Weiner a uma rapariga de 15 anos, residente na Carolina do Norte.
Em Setembro, James Comey defendeu que o FBI se devia abster de justificar uma acusação criminal. Só que pouco antes do fim-de-semana veio a público um conjunto de documentos relacionados com este assunto, incluindo um resumo das investigações e outro sobre o depoimento prestado pela candidata democrata.
Na carta que agora enviou ao Congresso, James Comey deixa claro que surgiram novas provas. E é por isso que o FBI decidiu reabrir o caso para apurar se Clinton pôs em perigo o Estado ao utilizar uma conta pessoal de e-mail.
A polémica arrasta-se desde 2014. Descobriu-se que Clinton não usava servidores do Departamento de Estado, nem de uma empresa comercial para trocar mensagens electrónicas durante o seu mandato como secretária de Estado, entre 2009 e 2013. Usava servidores pessoais, instalados fisicamente na sua mansão, em Chappaqua, no estado de Nova Iorque.
Hillary Clinton começou por argumentar que fez o mesmo que os seus antecessores. Demorou meses a assumir que foi um erro.
A ex-secretária de Estado não violou uma lei. As regras da Administração Obama, todavia, eram claras: os responsáveis dos departamentos deviam enviar e receber mensagens de trabalho apenas através dos seus endereços oficiais.
Só após muita pressão, em particular do seu opositor na corrida à Casa Branca, o republicano Donald J. Trump, Hillary Clinton aceitou entregar ao Departamento de Estado os e-mails de trabalho. Entregou cerca de 30 mil. Outros 30 mil foram apagados por sua ordem. Afiançou que essas mensagens eram pessoais.
"Tenho grande respeito pelo facto de o FBI e o Departamento de Justiça terem agora coragem de corrigir o erro horrível que cometeram", disse Trump, citado pelo New York Times. "Este foi um grave erro judiciário que o povo americano entender completamente. Toda a gente espera que esteja prestes a ser corrigido ".
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