quinta-feira, 12 de maio de 2016

Ministro acusa RENAMO de dificultar envio de alimentos para Zambézia

Milhares de pessoas estão a passar fome após vários meses sem chuva na província central moçambicana. Ministro da Agricultura aponta o dedo a RENAMO, mas populares dizem que é o Governo que não apoia como deve.
Pelo menos 2.400 pessoas estão a passar fome na província da Zambézia, segundo o Instituto moçambicano de Gestão de Calamidades. Os alimentos têm de ser importados de outras províncias, e, tanto nas zonas rurais como na cidade de Quelimane, os habitantes queixam-se que produtos como a farinha, o açúcar e vegetais estão bastante mais caros. Um quilo de tomate, por exemplo, está a ser vendido a 150 meticais, o equivalente a dois euros e meio - o preço triplicou nos últimos seis meses.
O ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco, responsabiliza o maior partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), pela falta de alimentos na Zambézia. A instabilidade político-militar no país dificulta o abastecimento de produtos, diz.
Família afetada pela falta de alimentos
"Juntamo-nos às vozes que condenam a violência praticada pela RENAMO. Apelamos para o desarmamento e alinhamento com a Constituição da República de Moçambique para que os nossos camponeses possam tornar o nosso país numa fonte segura para o abastecimento de alimentos com a qualidade e quantidade que todos pretendemos", afirmou Pacheco durante uma visita à província na semana passada.

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