domingo, 22 de maio de 2016

Drone dos EUA mata líder talebã

Akhtar Mohammad Mansur assumiu a liderança do movimento fundamentalista islâmico Talebã em julho de 2015

Por Redação, com DW – de Berlim:
O governo e o serviço secreto do Afeganistão confirmaram, neste domingo, a morte do líder máximo dos Talebãs, o mulá Akhtar Mohammad Mansur, durante um ataque com drones dos Estados Unidos no Paquistão.
talebã
Analistas preveem um adiamento por tempo indefinido das negociações de paz planejadas entre os fundamentalistas e o governo afegão
O Diretório Nacional de Segurança afegão informou que Mansur estava sendo monitorado de perto há algum tempo, “até ser alvejado, juntamente com outros combatentes, a bordo de um veículo”. O ataque fatal ocorreu na cidade de Ahmad Wal, província do Baluquistão, na fronteira afegã-paquistanesa.
O anúncio, corroborado pelo executivo-chefe do governo do Afeganistão, Abdullah Abdullah, confirmou notícias anteriores do Pentágono de que o emir talebã provavelmente fora atingido. A ofensiva com drone teria sido autorizada pelo presidente americano, Barack Obama, numa rara ingerência no território paquistanês.
Akhtar Mohammad Mansur assumiu a liderança do movimento fundamentalista islâmico Talebã em julho de 2015, após ser revelada a morte do mulá Mohammad Omar, que estivera oculta por mais de dois anos.
Mansur conseguiu consolidar o poder na organização, que nos últimos meses vinha apresentando sinais de fortalecimento. A situação poderá se reverter agora, pois espera-se que o vácuo de liderança resultante da morte do emir gere disputas internas pelo poder.
Por outro lado, analistas também preveem um adiamento por tempo indefinido das negociações de paz planejadas entre os fundamentalistas e o governo afegão. Um possível sucessor do mulá, o comandante de guerrilha Sirajuddin Haqqani, tem fama de ser inimigo ainda mais implacável das debilitadas forças do governo afegão e de seus aliados americanos.
O Talebã não comentou as notícias relativas a Mansur. No entanto um membro do conselho de liderança do movimento confirmou à agência de notícias francesa AFP que não era possível contatar o telefone celular de Mansur.

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