terça-feira, 3 de maio de 2016

CONTABILIZADOS PELO MENOS 15 CORPOS DE PESSOAS BRUTALMENTE ASSASSINADAS

Ano XVI Nº 4813 Terça-feira 03/05/2016 Editor: Refinaldo Chilengue Primeiro jornal ilustrado transmitido por FAX, E-mail e entregue por estafeta no endereço desejado (só cidade de Maputo), de 2ª a 6ª-feira. Propriedade da SOJORNAL Sociedade Jornalística, Avenida Filipe Samuel Magaia, 528-3º Flat 6, Maputo Moçambique - C.P. 1756 E-Mail: correiodamanha@tvcabo.co.mz – Tel.: Redacção: 21305322/3 - Editor: 21305326 - Fax: 21305321/8 Os artigos de opinião inseridos nesta edição são da inteira responsabilidade dos respectivos autores e não reflectem necessariamente o ponto de vista nem a linha editorial deste jornal FUNDADO EM 10 DE FEVEREIRO DE 1997 Correio da manhã Publicidade PREVISÃO DO TEMPO Frase: Ler mais na pág. 4 MAPUTO Terça-feira Máxima 30 – Mínima 20 Quarta-feira Máxima 27 – Mínima 18 Quinta-feira Máxima 26 – Mínima 16 Sexta-feira Máxima 28 – Mínima 18 Fonte: Canal do tempo Cont. na pág. 2 “A maior das homenagens que podemos prestar à verdade é utilizá-la”. – Ralph Waldo Emerson (1803- 1882), escritor norte-americano NA BUSCA DE UMA SOLUÇÃO NEGOCIADA PARA A CRISE MOÇAMBICANA Presidente português escalou Comunidade de Santo Egídio Pelo menos 15 corpos estão visíveis, espalhados na região da Gorongosa, perto de uma vala comum denunciada por camponeses, numa zona fortemente vigiada por militares do Governo de Moçambique, conforme testemunhou este fim-de- -semana a Lusa no local. A presença dos militares não permite o acesso à vala comum onde, segundo camponeses, se encontram mais de cem corpos, mas é visível uma dezena e meia de cadáveres nas imediações, espalhados pelo mato e alguns deles despidos. Dos 15 corpos encontrados por um pequeno grupo de jornalistas no local, quatro foram largados numa pequena savana, a cerca de 200 metros do cruzamento de Macossa para o interior, e os outros foram deixados debaixo de uma ponte próxima da Estrada Nacional 1, a principal estrada de Moçambique. O local onde foram depositados estes corpos fica a seguir à ponte sobre o rio Muare, no sentido Gorongosa-Caia, e onde se tem feito, ainda que de forma tímida, extracção ilegal de ouro. Os cadáveres são de mulheres e homens jovens, uns deixados recenCONTABILIZADOS PELO MENOS 15 CORPOS DE PESSOAS BRUTALMENTE ASSASSINADAS Ódio de bradar aos céus temente no lugar e outros sem roupa, entre a presen- ça de abutres. As autoridades locais desmentiram a existência da vala comum, denunciada à Lusa por camponeses na pretérita quinta-feira. Mas as testemunhas reiteram a sua versão. “É verdade, vimos os corpos”, Terça-feira 03/05/2016 2 Correio da manhã Nº 4813 POLÍTICA Publicidade Av. Filipe Samuel Magaia, nº 582, 2º andar – 4. Contacto Cel: 829380506 – 828277750 06.30 – 18.00 Publicidade Cm POR UM MÍNIMO DE 6000 MT/DIA Cont. na pág. 1 Cm afirmou um dos camponeses, que não se quis identificar, contando que o grupo em que seguia foi atraído pelo forte cheiro a putrefacção exalado pelos cadáveres. Estavam “a deitar na cova, nós chegámos lá e vimos (os corpos) serem comidos pelos passarinhos”, descreveu o camponês, sem comentar a origem dos mortos, muitos deles também sem roupa e em diferentes estados de decomposição. Segundo os camponeses, a vala comum, com uma centena de cadáveres, localiza-se na zona 76, entre Muare e Tropa, no posto administrativo de Canda, distrito da Gorongosa, uma região que se mantém sob vigilância de militares e da Polícia e que tem sido marcada por confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado da Resistência Nacional Mo- çambicana (Renamo). O administrador da Gorongosa contrariou na sexta-feira o relato do grupo de camponeses que, no dia anterior, asseguraram à Lusa terem observado a vala comum. Segundo Manuel Jamaca, uma equipa do governo distrital foi enviada ao local, mas não encontrou nada e o Governo provincial de Sofala também negou a existência de uma vala comum na região da Gorongosa. A Polícia de Sofala anunciou, na sexta-feira, que vai iniciar uma investigação para apurar a veracidade da descoberta. Apesar do desmentido, a Comissão de Direitos Humanos de Moçambique quer apurar a veracidade dos relatos, adiantando que, a confirmarem-se, é um caso “muito preocupante” e instando o Ministério Público a investigar. Também o líder do terceiro partido moçambicano no parlamento, Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, exige o envolvimento da justiça e da Assembleia da República no esclarecimento da denúncia dos camponeses. Daviz Simango, líder do MDM, disse à Lusa que os relatos estão alinhados com as informações na posse do seu partido, mas que “as autoridades vão sempre desmentir”. O grupo de camponeses que conduziu os jornalistas disse ter medo de falar com pessoas que não são da região, à semelhança de todas as comunidades locais, que evitam falar sobre qualquer assunto com estranhos, mesmo que o assunto não seja sobre os problemas de segurança. “Com esta situação militar, as coisas mudaram”, afirmou um dos camponeses. (Redacção) Ódio de bradar aos céus Recruitment J, lda Av. Marien Ngoabi, N° 1478, Telfax: 21 400719, email: info@jprecruitment.co.mz, www.jprecruitment.co.mz Maputo - Moçambique R/c, Cell: 84 5005469, 82 9563601 Agenciamento de emprego • Mão-de-obra temporária Recrutamento e Selecção • Treinamento e Formação Terça-feira 03/05/2016 3 Correio da manhã Nº 4813 PUBLICIDADE Terça-feira 03/05/2016 4 Correio da manhã Nº 4813 POLÍTICA & INTERNACIONAL Cm Cont. na pág. 5 Publicidade OPresidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que inicia hoje uma visita a Moçambique, termina esta segunda-feira uma visita a Roma, ondese reuniu com representantes da Comunidade de Santo Egídio, para falar sobre Moçambique, e com o NA BUSCA DE UMA SOLUÇÃO NEGOCIADA PARA A CRISE MOÇAMBICANA Presidente português escalou Comunidade de Santo Egídio OPartido dos Combatentes pela Liberdade Econó- mica (EFF, sigla em inglês), de JuliusMalema, reitera a sua intenção de expropriação da terra e nacionalização do sector mineiro e das empresas estratégicas sem indemniza- ção aos respectivos donos na África do Sul. A intenção está escrita no manifesto do EFF para as eleições municipais de 3 de Agosto próximo, apresentado neste sábado a mais de 40 mil membros e simpatizantes do partido no estádio de Orlando West, bairro do Soweto, em Joanesburgo. Membros e simpatizantes do Partido dos Combatentes pela Liberdade Económica encheram o majestoso estádio de futebol de Orlando West, com capacidade para 40 mil pessoas sentadas, situado no Soweto, zona de grande influência do ANC. Os jovens vestidos a vermelho querem mudanças Mesmo com o atraso de mais de uma hora da chegada do seu líder, Julius Malema, os jovens estavam motivados a ouvirem as orientações do autoproclamado comandante- -chefe do EFF. Julius Malama chegou e falou duro contra o ANC, seu líder, Jacob Zuma, e contra o monopólio da economia sul- -africana pelos brancos. Disse que o EFF não faz promessas, mas sim cometimentos e assina contrato com o povo. Revelou que nos municípios a serem governados pelo EFF qualquer projecto de investimento externo como constru- ção de centro comercial deve pagar 40 por cento dos seus rendimentos aos locais. Os membros dos conselhos municipais a serem eleitos pela bandeira do EFF devem estar disponíveis e contactá- veis 24 horas por dia. “Este não é o manifesto de Malema. É um manifesto do povo com exigências do povo” – afirmou Malema e acrescentou que o seu partido, “com 25 deputados, mudou a dinâmica de funcionamento no parlamento de 400 deputados. Já ninguém dorme no parlamento sul-africano” – disse Malema muito aplaudido pelos seus apoiantes e acrescentou que o EFF acabou com o caso de Nkandla e forçou a valoriza- ção das funções constitucionais de provedora pública, que eram desprezadas pelo ANC. Segundo Julius Malema, 70 por cento dos negócios nos municípios a serem governados pelo EFF devem ser dos residentes locais e todas as obras municipais devem ser executadas pelos locais. É a primeira vez que o EFF vai concorrer às eleições municipais, mas a mensagem radical do seu líder, Julius Malemaja, é conhecida por muitos dos membros e simpatizantes do partido, mesmo quando interpelados sem aviso prévio. Um jovem membro do EFF disse ao Correio da manhã no estádio de Orlando West que acreditam que o comandante-chefe vai recuperar a terra usurpada dos “nossos antepassados e trazer de volta a nossa dignidade como africanos”. O EFF é o terceiro maior partido sul-africano depois do ANC no poder e da Aliança Democrática. Tem três anos de existência, mas mostra sinais de rápido crescimento entre a camada jovem, a mais prejudicada pela falta de emprego na economia formal sul-africana. Inspira-se no socialismo radical para solução dos problemas do povo sul-africano. No topo do palco montado no estádio de Orlando flutuavam as bandeiras da Palestina e de Cuba ao lado da bandeira da nação arco-íris de Nelson Mandela. Malema e membros do Comando Central do seu partido gritaram muitos vivas a Fidel Castro, Julius Nyerere, Che Guevara e Patrice Lumumba. (Tw Tiyani) NO LANÇAMENTO DO MANIFESTO PARA ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE AGOSTO Partido de Julius Malema paralisa Soweto, “do ANC” seu homólogo italiano, Sergio Mattarella. Terça-feira 03/05/2016 5 Correio da manhã Nº 4813 FLASH POINTS, OPINIÃO & POLÍTICA SUPER DESCONTO NA INSERÇÃO DE NA INSERÇÃO DE PUBLICIDAE PUBLICIDAE 40% 40% ATÉ Para mais informações, favor contactar os nossos serviços comerciais através do telefone 21305326 ou email: correiodamanha@tvcabo.co.mz Publicidade Flash Points Cont. da pág. 4 O encontro com a Comunidade de Santo Egídio não constava da agenda oficial, mas o padre Angelo Romano, daquela organização católica, disse que visa procurar “um caminho para o diálogo” que ponha fim à crise político- -militar em Moçambique. Trata-se do segundo encontro do Presidente da República com a Comunidade de Santo Egídio em menos de dois meses, depois de uma reunião a 16 de Março, durante uma visita ao Vaticano. O encontro aconteceu horas antes de Marcelo Rebelo de Sousa partir para uma visita de Estado a Moçambique, onde permanecerá até sábado. A Comunidade de Santo Egídio teve um papel considerado fundamental nas negociações do acordo de paz entre a Frelimo e a Renamo, assinado em Roma, a 04 Outubro de 1992, após 16 anos de guerra civil. Um dos principais mediadores desse acordo, o italiano Mario Raffaeli, reuniu-se recentemente com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi. (Redacção) Presidente português escalou Comunidade de Santo Egídio Mais uma advertência O ANÚNCIO, FEITO EM Novembro pelas três operadoras móveis presentes em Moçambique – mcel, Movitel e Vodacom – de bloqueio de cerca de um‎ milhão de cartões SIM não registados volta agora a ser reforçado pelas três operadoras, que, em conjunto, no dia 2 de Maio, irão proceder ao bloqueio e cancelamento definitivo de um milhão de subscritores que não tenham ainda concluído o registo. Destaca-se que com esta operação de bloqueio as três‎ operadoras vão completar três milhões de subscritores bloqueados. Dívida: Governo/CTA O GOVERNO DA REPÚBLICA de Moçambique partilhou a situação económica do país, com ênfase para a dívida pública, particularmente a externa, bem como as acções que pretende tomar para inverter a actual situação. Na sua comunicação, o Governo mencionou o problema estrutural e crónico de o país gastar mais do que produz internamente, aliado à queda acentuada dos preços dos principais produtos de exportação, redução do investimento directo estrangeiro e da ajuda externa como consequência de causas conjunturais a nível internacional e, finalmente, as secas e cheias aliadas à tensão político-militar. R de: Adelino Buque eflexão (291) Continuar a exigir transparência e o cumprimento dos ditames da Constituição da República de Moçambique – deputada e chefe da bancada par� lamentar da Renamo, Dr.ª Ivone Soares. Esta reflexão não tem a ver com a senhora Ivone Soares, pessoa que admiro e respeito no seu trato “fino e educado” com terceiros. Não está em causa a Dr.ª Ivone Soares como tal, está em causa a forma como os nossos políticos olham o país e a sociedade, que se resume em hipocrisia pura! Devo confessar que, nesta reflexão, tanto o partido Frelimo, quanto a Renamo, e outros, entram na mesma linha de hipócritas. Quando no distrito de Chemba, mais concretamente, no posto administrativo de Chiramba, a Renamo militar “festejava” a tomada do posto administrativo, através dos seus militares armados, na capital do país, a chefe da bancada parlamentar da mesma Renamo denunciava a violação da Constituição da República de Moçambique, nos seguintes termos: “Nós, deputados da Renamo, não vamos cruzar os braços e esquecer os desmandos e inconstitucionalidades praticados pelo Governo da Frelimo”, para mais adiante reforçar que “continuar a exigir a transparência e o cumprimento dos ditames da Constituição da República de Moçambique” disse, citada pelo Canal de Moçambique de 27 de Abril de 2016. Ora, será que a deputada não sabia o que se estava a passar em Chemba? Se sabia, a questão é: con� forma-se com os ditames da Constituição da República? Mas a deputada e chefe da bancada parlamen� tar da Renamo disse mais: “Não irá demitir-se das suas responsabilidades de representação do povo e fiscalização do executivo” e nesta perspectiva apela: “Devemos todos gritar, para todo o mundo ouvir, que exigimos a reposição do bom nome da nossa pátria e a responsabilização dos cérebros desses créditos malparados, sobre cujo montante nenhum de nós foi informado até hoje”, numa reportagem cujo subtítulo é “A Frelimo só respeita quem lhe dá dinheiro” – palavras de Ivone Soares. É preciso recordar que depois de a Comunicação Social internacional despoletar a questão da dívida País de hipócritas! Cont. na pág. 6 Cm Cm Terça-feira 03/05/2016 6 Correio da manhã Nº 4813 OPINIÃO & DIVULGAÇÃO  EFEMÉRIDES  Correio da manhã Preencha este cupão de assinatura e devolva-o através do fax 21305328 Maputo SIM, desejo assinar o Correio da manhã, por fax ou e-mail, por um período de ----------------------- meses. Assinatura mensal Instituições: USD35; Embaixadas ou ONG estrangeiras USD50. O valor pode ser pago em METICAIS, EURO ou ZAR, ao câmbio oficial do dia da assinatura do contrato. O pagamento pode também ser efectuado através de depósito bancário nas contas abertas em nome da SOJORNAL Nome/Entidade: ...................................................................................................................................................................................... Morada: .........................................................................................................................Telefone: ......................................................... ____ / ____ /2016 ............................................................................................... Fax:................................................................. Assinatura não declarada da ProIndicus pelo Governo de Moçam� bique, a bancada parlamentar da Renamo, através de um ofício, solicitou e com carácter urgente a presença do Governo na Assembleia da Repú � recimento da dívida referida. No entanto, a bancada parlamentar da Frelimo votou contra a ida do Governo ao Parlamento. Pelas mesmas razões, o Governo de Moçambique deslocou-se a Washington para esclarecer ao FMI – Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e às autoridades americanas. Ora, onde está a razoabilidade desta atitude? Quem elegeu o Governo de Moçambique? Creio que foi o povo moçambicano representado pelos deputados na Assembleia da República. A adicionar a essa dívida, viria a saber-se que existem mais duas dívidas não declaradas, que são referentes à Base Logística de Pemba e ao Ministério do Interior. Se nos detivermos aqui, sem dúvidas que a bancada parlamentar da Renamo agiu em conformidade com a Lei nas suas res� ponsabilidades de representação do povo e fiscalizadora do Governo, como referiu Ivone Soares, chefe da bancada parlamentar da Renamo, ao votar contra a presença do Governo na Assembleia da Republica, a bancada parla� mentar da Frelimo violou a Constituição e negou o direito à informação ao povo moçambicano que elegeu o Governo e os deputados. Existe melhor forma de hipocrisia?! Para um ambiente político de “cortar à faca”, a terceira força política não aparece com nenhum po� sicionamento que mereça a atenção dos moçambica� nos. Quando aparece fá-lo para aproveitar os deslizes ocasionais de um e outro partido. No caso da dívida, por exemplo, diz que “o Governo está disposto a explicar a Bruxelas e a enviar equipas para os Estados Unidos da América. Muito bem. Mas a nossa soberania exige que o Governo se explique aos moçambicanos na tribuna do Parlamento” – Daviz Simango, igualmente ao Canal de Moçambique e mais adiante explica-se: “Em democracia, os assuntos de Estado discutem-se nos órgãos de soberania e não nas salas de escolas de qualquer partido”. Nesta abordagem, em nenhum momento se referiu a quem teve a autoria de solicitar a presença do Governo no Parlamento. Diga, caro leitor, como chamar a isto? Repare, caro leitor, não critico o partido MDM, es� tou a dizer que tem oportunidade de “ouro” que não aproveita, somente isso. Mas há mais, no quadro da actual tensão militar, em que se registam ataques a viaturas e pessoas impedindo a circulação normal, face à tomada de um posto admi� nistrativo por militares da Renamo a referida terceira força fica “muda” e, quando se pronuncia sobre isto, diz: “O MDM defende a eleição dos governadores”. Isto revela ou a falta de preparação e estudo dos casos, ou que o partido é desafiado para uma situação a que não esperava e não revela capacidade de reacção. São estes políticos que o país tem, são estes que legislam, fiscalizam e nos representam! Posto isto, quero recordar as palavras do secretário� -geral do partido Frelimo quando desembarcou em Pem� ba para um trabalho político. Disse e cito de memória: “existem analistas que dizem que as partes devem encontrar a solução, não condenam os ataques e assassinatos de pessoas por parte da Renamo, a isso chama-se cobardia”. Concordo, mas a atitude e os posicionamentos das diferentes pessoas nos órgãos que representam a Frelimo devem ser articulados e vincular-se na defesa dos interesses do povo. Ao impedir a presença do Governo na Assembleia, a bancada da Frelimo quer ser diferente da Renamo! Aos olhos das pessoas diz-se “são todos iguais”, a diferen� ça é que uns estão no poder e outros não, sentenciam as pessoas. Perante isto, algumas pessoas dizem “que dividam o poder e deixem-nos em paz”. Esta visão popular, este raciocínio, revela que a po� pulação não encontra nos políticos pessoas com alguma serenidade e visão para a solução dos problemas do país. As pessoas vêem nos políticos as reivindicações da razão, agindo como juízes em causa própria. Estamos no país de hipócritas! PS: Dedico esta reflexão ao comum cidadão, aquele que, longe de simpatias políticas, nota que a sua vida está a ficar “desgraçada” por políticos que, na defesa das suas “damas”, esqueceram-se do povo, esse povo que quer liberdade, para ir à machamba, à pesca e à caça procurar o sustento para si e os seus dependentes. Esses cidadãos merecem respeito dos vossos partidos políticos. País de hipócritas! Cont. da pág. 5 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS REGISTADOS NO DIA 3 DE MAIO Dia Mundial da Liberdade de Imprensa Dia Internacional do Sol do Programa das Nações Unidas para o Ambiente & Dia Mundial da Asma 1979 – Pela primeira vez, uma mulher, a conservadora Margaret Thatcher, 53 anos, conquista a liderança do Governo, no Reino Unido. 1986 – A URSS atribui a falha humana o desastre na central nuclear de Chernobyl. 

PRM NEGA EXISTÊNCIA DA VALA COMUM EM SOFALA


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Vala2A Polícia da República Moçambique (PRM) desmentiu hoje notícias postas a circular a partir da semana passada, por alguma imprensa e redes sociais, sobre a existência de uma vala comum contendo mais de uma centena de corpos, na zona 76, posto administrativo de Canda, distrito de Gorongosa, província central de Tete.
A referida vala teria sido encontrada por um grupo de camponeses perto de uma mina de ouro ilegal e abandonada.
Falando em Maputo, durante um briefing sobre as principais ocorrências da semana passada, o porta-voz do Comando-geral da PRM, Inácio Dina, disse que uma comissão de inquérito criada para investigar o caso não encontrou nenhuma evidência. 
A comissão de trabalho que foi criada para se deslocar ao suposto local, (zona 76) não encontrou nenhuma evidência, não localizou a tal vala comum que se fazia referência, não conseguiu localizar, falar com os supostos camponeses que teriam mostrado o local aos jornalistas, afirmou.
Dina convidou os órgãos de comunicação na posse de informações sobre a alegada vala comum a colaborar com as autoridades, bem como indicar as suas fontes para facilitar a investigação.

Essa é uma informação de grande interesse para a Polícia e estamos interessados em apurar a veracidade dessas informações, disse o porta-voz, para de seguida sublinhar que os camponeses não conseguiram identificar a alegada vala comum.
Dina também refutou imagens veiculadas através das redes sociais que ilustram numa vala comum. 
O porta-voz deplorou o facto insistindo que estas imagens carecem de uma confirmação da sua autenticidade. Contudo, disse que as mesmas poderão servir como base para uma investigação. 
Apelou à imprensa para colaborar com a PRM na busca da verdade sobre as referidas notícias. 
Acácio Chirrinzane (AC) /SG
AIM – 03.05.2016

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