Terça, 23 Fevereiro 2016 16:09
TROÇO NHAMAPADZA – CAIA: RENAMO ATACA COLUNA NA ZONA DO RIO FUDZA
Escrito por Redação
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Homens armados da Renamo atacam coluna na zona do rio Fudza, no troco Nhamapadza-Caia, em Sofala.
Uma viatura ficou abandonada no local por ser atingida no radiador.
O ataque aconteceu na mesma zona onde foram queimadas duas viaturas na quarta-feira da semana passada.
Trata-se da primeira coluna do dia, nesta terça-feira, no trajecto Nhamapadza-Caia na província de Sofala. Esta viatura Land Cruizer tem 2 vidros laterais quebrados, perfurações e uma bala crivada. Muitas outras viaturas foram atingidas e a coluna ficou dividida pelo meio. Os automobilistas integrantes a coluna falam do que viram durante os tiroteios entre as Forças de Defesa e Segurança e os Homens Armados da Renamo.
O ataque aconteceu no local onde na semana passada duas viaturas foram queimadas. Esta foi a realidade vivida na manha desta terça-feira na região do rio Fudza em Maringue, na província de Sofala, quando a coluna seguia ao distrito de Caia.
As forças de defesa e segurança, prosseguiu, continuam engajadas para "repelir" os ataques dos homens armados da Renamo, assegurando que está em curso um trabalho para "garantir a ordem e tranquilidade públicas nestes locais".
As forças de defesa e segurança reactivaram na semana passada as escoltas militares obrigatórias no troço Save-Muxúnguè, província de Sofala, devido uma nova vaga de emboscadas e ataques desde o dia 12 de Fevereiro que atribuem à Renamo.
No sábado foi montada um dispositivo similar num segundo troço da N1, no percurso Nhamapadza-Caia, também em Sofala, e que foi palco recente de violentos ataques a viaturas civis, segundo informou a Polícia.
Nos dois troços de cerca de cem quilómetros cada, as forças de defesa e segurança garantem escoltas em colunas com os militares distribuídos entre as viaturas, mas chegam relatos de sucessivos atrasos devido a problemas logísticos das autoridades.
Esta medida já tinha sido aplicada no troço Save-Muxúnguè, entre 2013 e 2014, na última crise política e militar entre Governo e Renamo, e, apesar disso, foram registados vários ataques que deixaram um número desconhecido de mortos e feridos, incluindo civis, e fortes danos na economia do país.
Moçambique vive uma situação de incerteza política há vários meses e o líder da Renamo ameaça tomar o poder em seis províncias do norte e centro do país, onde o movimento reivindica vitória nas eleições gerais de outubro de 2014.
Esta é a pior crise em Moçambique desde o Acordo de Cessação de Hostilidades Militares, assinado a 05 de Setembro de 2014 pelo ex-Presidente Armando Guebuza e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, colocando termo aos ataques na N1.
A violência política voltou no entanto a Moçambique a seguir às eleições, agravando-se nos últimos meses, com acusações mútuas de ataques, raptos e assassínios.
A Renamo pediu recentemente a mediação do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e da Igreja Católica para o diálogo com o Governo, que se encontra bloqueado há vários meses.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, tem reiterado a sua disponibilidade para se avistar com o líder da Renamo, mas Afonso Dhlakama considera que não há mais nada a conversar depois de a Frelimo ter chumbado a revisão pontual da Constituição para acomodar as novas regiões administrativas reivindicadas pela oposição e que só retomará o diálogo após a tomada de poder no centro e norte do país
AYAC (HB/EYAC) // EL
Lusa – 23.02.2016
Uma viatura ficou abandonada no local por ser atingida no radiador.
O ataque aconteceu na mesma zona onde foram queimadas duas viaturas na quarta-feira da semana passada.
Trata-se da primeira coluna do dia, nesta terça-feira, no trajecto Nhamapadza-Caia na província de Sofala. Esta viatura Land Cruizer tem 2 vidros laterais quebrados, perfurações e uma bala crivada. Muitas outras viaturas foram atingidas e a coluna ficou dividida pelo meio. Os automobilistas integrantes a coluna falam do que viram durante os tiroteios entre as Forças de Defesa e Segurança e os Homens Armados da Renamo.
O ataque aconteceu no local onde na semana passada duas viaturas foram queimadas. Esta foi a realidade vivida na manha desta terça-feira na região do rio Fudza em Maringue, na província de Sofala, quando a coluna seguia ao distrito de Caia.
Homens da Renamo atacam colunas de escoltas militares no centro de Moçambique
Homens armados da Renamo atacaram hoje duas colunas de viaturas escoltadas pelos militares em dois troços da N1, a principal estrada de Moçambique, ferindo uma pessoa e danificando pelo menos três veículos, disse à Lusa fonte policial.
Cerca das 10:00 (menos duas horas em Lisboa), uma coluna de 90 viaturas foi metralhada na zona de Zove, no distrito de Chibabava, quando fazia o sentido Save-Muxúnguè, tendo uma pessoa sido atingida com gravidade e a viatura em que seguia sofrido danos ligeiros, declarou à Lusa Sididi Paulo, oficial de informação no comando da Polícia da Republica de Moçambique (PRM) da província de Sofala.
Uma hora depois, na zona de Nfuza, mais de 300 quilómetros a norte de Muxúnguè, no segundo troço das escoltas militares na N1, uma coluna de 61 viaturas que fazia o trajecto Nhamapadza-Caia foi parada com tiros, tendo duas viaturas sofrido danos ligeiros.
Uma testemunha deste ataque disse à Lusa que também um blindado das forças de defesa e segurança, que fazia a escolta neste troço, ficou imobilizado pelos disparos, mas a polícia não confirma este relato.
"Estes são os primeiros ataques às colunas perpetrados por homens armados da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana)", assinalou a porta-voz da PRM.
As forças de defesa e segurança, disse Sididi Paulo, responderam "prontamente a estes ataques nos dois troços" e permaneceram no local para permitir que as escoltas decorram de forma tranquila.
Cerca das 10:00 (menos duas horas em Lisboa), uma coluna de 90 viaturas foi metralhada na zona de Zove, no distrito de Chibabava, quando fazia o sentido Save-Muxúnguè, tendo uma pessoa sido atingida com gravidade e a viatura em que seguia sofrido danos ligeiros, declarou à Lusa Sididi Paulo, oficial de informação no comando da Polícia da Republica de Moçambique (PRM) da província de Sofala.
Uma hora depois, na zona de Nfuza, mais de 300 quilómetros a norte de Muxúnguè, no segundo troço das escoltas militares na N1, uma coluna de 61 viaturas que fazia o trajecto Nhamapadza-Caia foi parada com tiros, tendo duas viaturas sofrido danos ligeiros.
Uma testemunha deste ataque disse à Lusa que também um blindado das forças de defesa e segurança, que fazia a escolta neste troço, ficou imobilizado pelos disparos, mas a polícia não confirma este relato.
"Estes são os primeiros ataques às colunas perpetrados por homens armados da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana)", assinalou a porta-voz da PRM.
As forças de defesa e segurança, disse Sididi Paulo, responderam "prontamente a estes ataques nos dois troços" e permaneceram no local para permitir que as escoltas decorram de forma tranquila.
As forças de defesa e segurança, prosseguiu, continuam engajadas para "repelir" os ataques dos homens armados da Renamo, assegurando que está em curso um trabalho para "garantir a ordem e tranquilidade públicas nestes locais".
As forças de defesa e segurança reactivaram na semana passada as escoltas militares obrigatórias no troço Save-Muxúnguè, província de Sofala, devido uma nova vaga de emboscadas e ataques desde o dia 12 de Fevereiro que atribuem à Renamo.
No sábado foi montada um dispositivo similar num segundo troço da N1, no percurso Nhamapadza-Caia, também em Sofala, e que foi palco recente de violentos ataques a viaturas civis, segundo informou a Polícia.
Nos dois troços de cerca de cem quilómetros cada, as forças de defesa e segurança garantem escoltas em colunas com os militares distribuídos entre as viaturas, mas chegam relatos de sucessivos atrasos devido a problemas logísticos das autoridades.
Esta medida já tinha sido aplicada no troço Save-Muxúnguè, entre 2013 e 2014, na última crise política e militar entre Governo e Renamo, e, apesar disso, foram registados vários ataques que deixaram um número desconhecido de mortos e feridos, incluindo civis, e fortes danos na economia do país.
Moçambique vive uma situação de incerteza política há vários meses e o líder da Renamo ameaça tomar o poder em seis províncias do norte e centro do país, onde o movimento reivindica vitória nas eleições gerais de outubro de 2014.
Esta é a pior crise em Moçambique desde o Acordo de Cessação de Hostilidades Militares, assinado a 05 de Setembro de 2014 pelo ex-Presidente Armando Guebuza e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, colocando termo aos ataques na N1.
A violência política voltou no entanto a Moçambique a seguir às eleições, agravando-se nos últimos meses, com acusações mútuas de ataques, raptos e assassínios.
A Renamo pediu recentemente a mediação do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e da Igreja Católica para o diálogo com o Governo, que se encontra bloqueado há vários meses.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, tem reiterado a sua disponibilidade para se avistar com o líder da Renamo, mas Afonso Dhlakama considera que não há mais nada a conversar depois de a Frelimo ter chumbado a revisão pontual da Constituição para acomodar as novas regiões administrativas reivindicadas pela oposição e que só retomará o diálogo após a tomada de poder no centro e norte do país
AYAC (HB/EYAC) // EL
Lusa – 23.02.2016
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