A pequena discussão verbal que durou poucos minutos, entre o nosso ministro dos Negócios Estrangeiros e a representante do ACNUR, no Malawi, que teve lugar no dia 13 deste mês, quando o governante se deslocou ao campo de Kapise, distrito de Muanza, naquele país do Hiterland, onde se encontram acomodados (?) os moçambicanos que se refugiaram na terra de Mutarica, afinal era um prenúncio de algo mais, para além de simples conversa.
Na verdade, a troca de palavras, que foi possível ouvir pela Rádio Moçambique circunscrevia-se no seguinte: enquanto o dirigente moçambicano sensibilizava os seus compatriotas a regressarem tanto depressa quanto possível à pátria, porque a viverem em condições precaríssimas e prometia que o seu governo tudo faria para que isso acontecesse, a representante do ACNUR insurgia-se contra essa possibilidade.
Dito doutro modo: a chefe da ACNUR no Malawi incentivava que eles continuassem ali, naquelas condições e não dessem ouvidos ao seu governante. Uma espécie de interferências nos assuntos internos de Moçambique e uma confirmação do que sabíamos, através das nossas fontes bem identificadas em reportagem que pode ter passado despercebida, publicada neste periódico a 31 de Janeiro deste ano. Mais à frente falaremos disso.
Não seria tao claro quanto o que ouvi na manha desta sexta-feira, de novo a partir do correspondente da RM no Malawi, nomeadamente, que a ACNUR estava a obrigar que o governo malawiano desse asilo aos moçambicanos ora refugiados!
O apetite do ACNUR, infelizmente reside no que na tal reportagem veio referenciado por fontes oficiais localizadas do lado de cá da fronteira, onde se diz terem saído os moçambicanos em virtude da tensão militar. Disseram, com efeito, que a situação dos refugiados moçambicanos no Malawi, desta vez tinha à sua ilharga, interesses estranhos e um aproveitamento que se quer firme para fins aparentemente obscuros.
No essencial disseram que era estranho que fossem só aquelas pessoas a (1) fugir de regiões onde não viviam sozinhas (2) que fossem maioritariamente mulheres e crianças, sem praticamente homens (3) que normalmente antes de refugiados há deslocados, aqueles que depois de não terem conseguido abrigo internamente decidem ir para a estranja e, a partir dessas constatações, tiravam as conclusões.
Diziam que elementos da Renamo (homens) é que decidiram transferir as suas famílias para além-fronteira, quando se aperceberam que seriam perseguidos e/ou passariam a uma vida errante em operações decididas pela cúpula quando chegasse a vez de tomar o poder em Março.
Desta explicação as fontes quiseram-nos fazer perceber o fenómeno de só haver mulheres e crianças no campo de refugiados de Kapise. Onde estão os homens, foi a pergunta circunstancial.
Tem graça que entre os ouvidos por nós estava um antigo oficial da ACNUR Aizque Nkande Camanga, que o conhecíamos ao longo dos anos, quando esteve ligado à crise de refugiados moçambicanos, no Malawi, Zimbabwe e Zâmbia, actuando a partir de Tete.
Fomos informados que os refugiados são um negócio para uns e uma arma de arremesso político para outros, sendo que nada indicava que da região onde dizem sair, houvesse razoes que obrigassem a uma deslocação de residentes, muito menos refugiados. A outra verdade é que se pode ser refugiado por muitas razoes…
Só nesta sexta-feira, a partir da posição corajosa e activa da representante do ACNUR no Malawi, percebi o alcance do que quiseram dizer os nossos interlocutores, quando classificaram os refugiados como negócio que enriquece a uns e arma de arremesso político para outros.
PS-1: Na mesma sexta-feira, veio a Maputo, George Chaponda, ministro dos Negócios Estrangeiros do Malawi, trazendo uma mensagem de Peter Mutarica, que trazia (também) o problema do ACNUR naquele país que obriga que se dê asilo aos refugiados. Aqui há assunto!
PS-2: A embaixada Sul-africana disse que o documento apresentado pela Renamo como confirmando que Jacob Zuma aceitara o convite para mediar as hipotéticas negociações entre aquele partido armado e o governo moçambicano, havia sido publicamente falsificado. Aqui há gato!
Pedro Nacuo
nacuo49nacuo@gmail.com
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Se somos todos irmãos, porque razão o troca-tintas do Afonso Dlhakama quando lhe deu na veneta ameaçou,que iria correr com os moçambicanos do sul aos pontapés?Ameaças e desconsiderações,impropérios, e faltas de respeito ao poder constituído, cada ofensa capaz de fazer transbordar a paciência de um santo.
Em Mocambique, vozes de indignação e revolta de cidadãos do Centro, do Norte ao Sul, de todos os recantos e quadrantes se manifestam, por sem motivo aparente a Renamo lançar ataques militares contra a cidadãos indefesos, e contra as corriqueiras diatribes do neo-tribalista líder da Renamo, em especial quando este fala em desunir a família nacional,…É que ao que parece Afonso Dlhakama desde que decidiu abandonar o diálogo com o governo, entrou em delírio absoluto.
Sempre o disse, que em política, o político honesto é aquele que faz promessas plausíveis, e não o populista, com promessas especiosas, essencialmente intangíveis em desespero de causa.
Em primeiro de tudo o país é soberano, a viver uma democracia plena,com um governo eleito democráticamente, e um parlamento onde a Renamo tem os seus deputados que diz representá-la.
Os sobressaltos causados por esquadrões da morte acionados por razões politicas pelo próprio Dlhakama, os mesmos que recusam entregar as suas AK47 às autoridades, terão sempre a resposta pronta das FDS.
Falar da Renamo é falar de uma organização, cuja génese de violência é tristemente lembrada, e manifestamente antidemocrática ao não conseguir libertar-se de uma orientação autocrática ao serviço do terrorismo, e autoflagelação imposta do seu líder, que a impede de harmonizar com a Constituição da República.Actualmente é responsável por semear a morte e destruição de bens de nacionais, raptos, de entre eles militantes de base do partido Frelimo, na zona fronteiriça.Este acto contínuo e a seca, levaram algumas famílias locais cerca de 5.mil, a viver deslocadas no vizinho Malawi, na zona de Kapisi, distrito de Muanza.Há dias a mesma Renamo ordenou vários ataques a viaturas na EN1, na zona de Muxungue,cujo único crime dos motoristas, era circular na via, em busca do ganha pão.
Sobre o assunto a governadora de Sofala,Helena Taipo fez a seguinte pergunta:Que gente é essa, que se contenta com o derramamento de sangue e o sofrimento humano?
O ministro do Interior Basílio Monteiro por seu lado instou ainda esta semana as Forças de Defesa, e Segurança (FDS) a “darem o seu melhor, para resgatar o cinturão de segurança, e recuperar a autoridade ameaçada”.E ainda que “Decorrem no terreno a perseguição e neutralização desses bandos”, acrescentando que as operações vão prosseguir para consolidar o ambiente de segurança.
Em meu entender, o neo-tribalista e vitalício lider da Renamo, Afonso Dlhakama, ao ver gorada a expectativa de governar por via eleitoral, expressa dos moçambicanos, incapaz de derrotar militarmente as FDS, decidiu atacar as populações indefesas, julgando com o gesto fazer pender o momentum político de incerteza a seu favor, no seu jogo de poder.
O cálculo de Dlhakama para esta investida politico militar, baseia-se na asserção de que o governo estaria condicionado pelos compromissos com a governação, em momento delicado devido à depreciação do metical face ao dólar americano,à redução do apoio ao OG da parte dos parceiros económicos, e à queda do investimento estrangeiro.Para Dlhakama e os seus, o governo não iria pôr em causa os compromissos económicos correntes, para lançar uma ofensiva em grande escala, sem antes sentar e negociar.Negociar para a Renamo significaria o governo fazer concessões.
Mais uma vez ele decidiu colocar a fasquia bem alta ao fugir para Sandjundira, na sua pressão ao governo, para este negociar.Mas negociar o quê?
Em primeiro de tudo ,o estado não dialoga com terroristas, e não creio numa harmonia nacional, enquanto a Renamo não desarmar de forma efectiva.
A Renamo tem os seus deputados saídos das últimas eleições presidenciais, sentados faz tempo na Assembleia da República.Tanto quanto se sabe o vitalício presidente da Renamo, mais os deputados, conhecem a Constituição da República, assim sendo o capital político adquirido aquando da últimas presidenciais, em momento algum deveria servir de pedra de arremesso, com exigências inexiquíveis contra a integridade do estado moçambicano.
Até quando a Nação moçambicana ficará sujeita aos jogos de guerra, narrativas neo-tribalistas, com assinatura do mesmo indivíduo?
Uma análise objectiva da acção política de Dlhakama nesta fase, permite concluir o seguinte:pretende pôr em causa a democracia, desgastar e descredibilizar a governação do partido Frelimo, virar a população contra o governo, por incapacidade de contornar a situação político militar, até serem criadas condições consideradas propícias a uma revisão constitucional, que permitisse o acesso ao podêr nas ditas províncias, ficando dessa forma consumada a separação da Nação mocambiçana.
Ao que tudo indica a Renamo foi-lhe passado um cheque em branco, como contrapoder, alicerçada à custa de mentiras do seu líder, sempre a bramir a bandeira do anticomunismo primário, como forma de garantir apoio financeiro de organização sinistra ultraconservadora no ocidente.
Quando se respeita a constituição, a democracia fica a ganhar.Lembre-se de que Dlhakama com a narrativa neo-tribalista que o caracteriza, vem batalhando contra a constituição da república desde 1994, aquando das primeiras eleições democráticas, exigindo uma partilha de poder, com a variante, governo de unidade, mudança de regime,revisão da lei eleitoral, e assim paulatinamente até à era das autarquias provinciais, etc,...Num pacote de ataques a civís com mortes e feridos, como parte do jogo político psicológico cruelmente elaborado.
Não capitularemos perante o representante do colonialismo, súbditos de Orlando Cristina, e da antiga polícia secreta portuguesa (PIDE-DGS).Derrotámos o colonialismo, e iremos derrotar os seus representantes e seus apoiantes ultracolonialistas.É indispensável que se respeite a ordem constitucional, sendo também indispensável respeitar o Estado de Direito.E o estado sem rodeios deve ser firme em fazer-se respeitar.
O presidente da República não vai ceder a pressões de ninguém.Se somos irmãos e a Renamo deseja de forma efectiva participar na democracia, deve rever o seu papel no contexto político e económico actual, em que o primeiro passo, dado aos anticorpos criados, permitir uma saída imediata de Afonso Dlhakama do cenário.
Dlhakama anda equivocado.A constituição foi escrita por homens, para ser respeitada, e não para ser subvertida pela força das armas, conforme é seu parecer.Uma revisão da Lei mãe não será jamais realizada, para acomodar as intenções inconfessáveis de um neo-tribalista, como Afonso Dlhakama.Que país seria esse?Dlhakama é uma caricatura de animal como os outros, e para sobreviver usa as técnicas naturais, ao seu dispôr;pretende que o sistema se ajuste a ele, e ao seu desiderato, que é governar à força,cabendo aos outros usarem as suas, para não se porem a jeito.O estado moçambicano é suficiente forte, para neutralizar os seus adversários.
O momento exige o manifesto patriotismo de todos os nacionais, como forma a precavermo-nos , cerrar a vigilância, e reforçar a unidade.Na relação com a Renamo e o seu líder,os preceitos legais foram há muito esgotados,apesar desta organização ter assento parlamentar.Na democracia moçambicana e por mais paradoxal que pareça, a Renamo sem a violência que a caracteriza seria irrelevante, e essa não é o tipo de parceria desejável.
A política devia ser jogada dentro das quatro linhas, mas para o vitalício lider da Renamo a ética não existe, e nem sabe o que isso significa.Se para a Renamo democracia significa desconfiança e recusa de uma parceria política genuina, e por isso anda frustrada e insatisfeita, o problema está na sua liderança. Somos pobres e nalguns casos mesmo muito pobres, em termos de desenvolvimento humano, e a ideologia neo-tribalista de Afonso Dlhakama constitui-se em elemento redutor, tal como a pobreza que queremos ver erradicada.
As armas que a Renamo usa ferem a paisagem política, não dão de comer a ninguém, e constituem uma ameaça à paz e ao desenvolvimento.A intenção do vitalício líder, seria banalizar as leis e o regime.Não o permitiremos, nem ficaremos de braços cruzados!
Temos um estado de que nos orgulhamos.Março vai chegar, e com ele o dissipar das ameaças à paz , que a todos inquieta.
Em 1992 acordou-se que iriamos adotar a democracia, e 1994 tivemos as primeiras eleições democráticas,e 24 anos passados, após se perfazerem cinco eleições presidenciais, continuamos empenhados na sua consolidação.Não nos iremos distrair com as provocações da Renamo do objectivo primordial,a luta contra a pobreza.
Governar 6 províncias onde diz que ganhou, não passa de trêta de Dlhakama,assim como uma partilha de poder, não passa de trêta. Afonso Dlhakama, ultrapassou o limite do delírio, e não anda escondido para fugir da morte, mas certamente deliciado por andar a desafiá-la.A líder parlamentar da Renamo continua igual a si própria, isto é,uma vergonha para a mulher emancipada, ao tentar esconder as evidências,defender a ideologia neo-tribalista do seu chefe, bater palmas ao assassinato de moçambicanos,...Tapar o sol com a peneira.É tudo farinha do mesmo saco.
Democracia , unidade nacional, paz e desenvolvimento
Viva as FDS de Moçambique!
Inacio Natividade
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