Era um dos cenários mais improváveis, mas, de acordo com o estudo da Eurosondagem divulgado esta sexta-feira pelo Expresso/SIC, os socialistas conseguem 35,5% das intenções de votos, conseguindo eleger 95 a 101 deputados. O problema vem a seguir: com menos votos, 34%, a coligação teria mais lugares na Assembleia da República, 99 a 102. Com estes resultados todos os cenários ficam em aberto: os dois podem reclamar vitória? Quem formará governo? Qual o papel do Presidente?
Um
cenário “louco” que já antes tinha sido equacionado por Marcelo Rebelo de Sousa em conversa com o Observador. Na altura, o comentador lembrava que PSD e CDS podiam conseguir mais mandatos mas não ter a maioria de votos. Nessa situação, António Costa, sendo o PS o partido mais votado, pode conseguir mostrar uma alternativa mais estável: juntando-se à esquerda (nomeadamente ao PCP) ou até ao CDS no limite, e aí conseguir mais deputados do que sozinho.
E aí, tudo depende do Presidente da República, porque a Constituição é vaga nesse ponto. No artigo 187 está escrito que o “Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”. Cavaco tem de ouvir os partidos por ordem crescente de resultados e só depois empossar governo. Mas que resultados? Com base em mandatos ou votos? Tendo em conta os sucessivos apelos de Cavaco por uma maioria estável, apelará aos partidos mais votados que se entendam e pedir-lhes-á soluções estáveis. Cabe aos dois líderes procurar os necessários acordos.
Também Marques Mendes lembrava na altura ao Observador que esse é um cenário que “acontece de vez em quando na Europa, mas uma situação que nunca tivemos”, com exceção do governo de iniciativa presidencial de Nobre da Costa (sendo que os tempos eram outros e a Constituição também).
Se esta situação se verificar, será necessário esperar algum tempo pelos resultados finais da eleição de 4 de outubro, de forma a contabilizar os resultados da emigração, que podem ser muitos importantes neste contexto. Esses resultados costumam ser somados apenas dois ou três dias depois do dia eleitoral em Portugal.
Historicamente, e olhando para as últimas sete eleições, o PSD tem conseguindo sempre melhores resultados do que o PS, com um score de 3-1. Na prática, se no círculo da Europa, PSD e PS costumam eleger um deputado cada um, no círculo Fora da Europa, o PSD faz (por norma) o pleno com dois deputados eleitos contra zero do PS. Os socialistas só conseguiram equilibrar a contagem nas eleições de 1999, quando José Lello era secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Nesse ano, o PS conseguiu eleger um deputado, tal como o PSD.
Nestas eleições, há, no entanto, um partido que pode baralhar as contas: o Nós Cidadãos pode vir a roubar pelo menos um deputado ao PSD no círculo Fora da Europa. A isto, junta-se um outro dado importante: o aumento do número de recenseados, sobretudo em Macau (quase 40.000 a mais). Ora, muitos desses novos eleitores são apoiantes do Nós Cidadãos – José Maria Pereira Coutinho é um candidato influente em Macau.
Outra incógnita, lembra Marcelo, serão as ilhas: como será a maioria de votos na Madeira para o lado do PSD, que viu crescer outros pequenos partidos como o Juntos Pelo Povo; e como será a maioria nos Açores para o lado do PS.
Voltando à sondagem, destaque também para a subida da CDU. A coligação entre PCP e Verdes conseguiria eleger entre 20 a 22 deputados – um resultado histórico, que não se regista há 30 anos. Já o BE poderia eleger entre seis a nove deputados – tem oito atualmente. Teoricamente, são boas notícias para o PS.
Novidades também para o quartel-general de Marinho e Pinto: o PDR pode conseguir eleger os cabeças de lista de Lisboa e Porto; e o Livre de Rui Tavares e Ana Drago apenas um, por Lisboa. E aqui há um cenário curioso: se o PS ganhar as eleições com estes resultados, a maioria absoluta só seria possível com uma coligação com a CDU – sendo que Jerónimo de Sousa já impôs condições muito improváveis de aceitar por António Costa.
De acordo com o Expresso, esta sondagem foi realizada depois do primeiro debate entre Pedro Passos Coelho e António Costa, transmitido pelas três televisões generalistas. Mas o resultado não reflete o (unânime) bom desempenho de Costa porque o PS desceu 0,5% em relação ao último estudo do jornal. Ainda que estejamos a comparar um barómetro com uma sondagem, que tem métodos diferentes.
A coligação, por sua vez, caiu um ponto percentual, de 35% para 34%. Ou seja a diferença entre Passos e Costa está agora em 1,5%. No último barómetro era de 1%.
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Ajudou a empurrar o 44 para a rua, embora tenha demorado demais a fazê-lo. Tentou promover diálogos entre partidos do poder, o que sempre foi recusado pelo PS que até estava em minoria e em oposição.
Um PR quer-se assim e não um Sóares que fez de oposição enquanto PR, uma espécie de monarca reacionário que passou a vida a combater activamente o Cavaco pensando que estávamos no tempo do PREC.
E é só para o lembrar que ele continua a alertar para o facto de depois das eleições termos que manter o rumo o que até seria desnecessário porque desta vez os credores estão de olhos abertos.
Ele ainda nem tinha afirmado publicamente que era candidato, ainda assim a comunicação social fez o favor de o incluir em todas as sondagens, e sempre como vencedor.
Cavaco e Mário Soares foram as piores coisas que aconteceram a Portugal imediatamente a seguir ao 25 de ABril. Em relação ao Cavaco, o nível de demência é tão elevado, que achou por bem que Portugal deveria estar no mesmo fuso horário que o resto da Europa, para que o mercado de valores fechasse à mesma hora.
Também foi devido à demência, que decidiu que Portugal haveria de ser totalmente dependente do exterior, extinguindo a agricultura, pescas e industria. Quem não se recorda dos anos dourados, em que Felgueiras era a capital mundial do Ferrari?
Mas depois destes 10 anos da sua presidência, qualquer coisa é melhor, até o populista do Marinho Pinto fazia mais que o Cavaco. O tipo que afirmou um dia passar dificuldades financeiras com o seu ordenado anual de 140 mil € por ano(!!!)
O resultado foi o que se viu. Todo o GRUPO IMPRESA e o socialista dono da EUROSONDAGEM andam sempre com o partido socialista ao colo. É UM NOJO
Suponhamos uma resulatdo ainda mais parodoxal
Deputados na AR : Coligação 40% PS 37% CDU 17% BE 5% Livre 1%
O que faz António Costa ?
A- Assume a derrota e encerra vergonhosamente a sua carreira politica indo para o desemprego
B- Diz que há maioria de esquerda na AR. Faz coligação com o PCP e lidera o Governo
Desde 2009 que António Costa tem vindo a preparar a Hipotese B reafirmando de forma repetida que o PCP não deve ser excluindo do arco da Governação. Escolheu para a campanha as bandeiras do PCP.E escolheu para PR o candidato ideal de um governo PS/PCP
Os eleitores precisam de saber que ao votarem no Ps podem estar a votar num Gverno PS PCP
PCP está dentro e até jé disse que sim.
Está lembrado daquela emigrante em Londres à conversa com a Maria Luís?! Sim?!Agora vá multiplicando por muitos milhares!
Apesar de tudo o que Antonio Costa tem dito publicamente para recuperar o PCP
ver
http://oreformista.blogspot.pt/2015/09/sintese-governo-pspcp-o-plano-b-de.html
É isso que procuro incutir nos meus filhos com amor e sem azedume.
É António Costa que recupera o PCP . Não sou eu. Envio os Links
Leia
Coloca de lado em absoluto a possibilidade de o PCP poder fazer parte de um governo liderado por si?
“Da minha parte, nunca pus nenhum obstáculo a um acordo com o PCP. Na Câmara de Lisboa tentei fazê-lo, os comunistas recusaram sempre. Rejeito em absoluto a ideia de arco da governação, a ideia de que o poder apenas pertence ao PS, PSD e CDS.”
http://www.sol.pt/noticia/408694/-Ha-entre-mim-e-Ferreira-Leite-uma-identidade-de-pontos-de-vista-
O PSD é sim um partido dinheirista. Ora vendem aos franceses, ora vendem aos angolanos, ora vendem aos chineses, ora vendem aos alemães. Até a própria mãe vendiam se houvesse compradores interessados.