quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Rússia fez primeiros bombardeamentos na Síria

Hoje às 15:24

O Ministério da Defesa russo anunciou, esta quarta-feira, ter efetuado os primeiros ataques aéreos na Síria, destruindo "equipamentos militares" e "armas e munições" do Estado Islâmico.
 
KHALIL ASHAWI/REUTERS/ARQUIVO
A Presidência síria confirmou esta quarta-feira que Al-Assad tinha pedido à Rússia ajuda militar "no âmbito da iniciativa do Presidente Putin de luta contra o terrorismo"
"Em conformidade com a decisão do comandante em chefe das forças armadas Vladimir Putin, realizámos uma operação aérea e bombardeamentos de precisão contra alvos no solo dos terroristas do grupo EI na Síria", declarou o general Igor Konachenkov, porta-voz do Ministério da Defesa, citado pelas agências noticiosas russas.
Putin obteve hoje "luz verde" do Senado russo para realizar bombardeamentos, pedidos pelo aliado, o presidente da Síria, Bashar al-Assad.
A Presidência síria confirmou esta quarta-feira que Al-Assad tinha pedido à Rússia ajuda militar "no âmbito da iniciativa do Presidente Putin de luta contra o terrorismo".
De acordo com um responsável da Defesa norte-americano, a embaixada russa em Bagdad avisou a representação diplomática de Washington que os russos iam "começar missões aéreas contra o EI".
A embaixada russa "pediu também que os aviões norte-americanos evitem o espaço aéreo sírio durante estas missões", acrescentou.
Os Estados Unidos lideram uma coligação que há mais de um ano bombardeia as posições do EI na Síria e no Iraque.
O chefe da administração presidencial russa, Serguei Ivanov, precisou que o dispositivo limitava-se apenas a bombardeamentos, excluindo por enquanto quaisquer ações de tropas no solo.
Vladimir Putin justificou os bombardeamentos aéreos russos na Síria, afirmando tratar-se de ganhar rapidez e atacar os jiadistas em territórios sob o seu controlo antes de chegarem a outros países.
"O único meio de lutar eficazmente contra o terrorismo internacional - na Síria e nos territórios vizinhos - (...) é ganhar velocidade, lutar e destruir os combatentes e os terroristas nos territórios que controlam e não esperar que cheguem aos nossos", declarou.
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