04 de Março 10h34 - 63 Visitas
A nova tarifa de transportes de passageiros entra em vigor a partir desta segunda-feira. O preço do transporte passa a custar três meticais mais caro. A nossa equipa de reportagem saiu a rua e ouviu alguns passageiros, estes exigiram que a edilidade aumentasse o número de transportes de passageiros.
Ângela Buque mora no bairro T3 no município da Matola. Ela trabalha na cidade de Maputo. Gasta diariamente 36 meticais, a contar com as ligações que deve fazer para conseguir transporte. Com a subida das tarifas deverá adicionar mais 12 meticais ao valor que gasta actualmente.
‘’Acho que deviam pensar em aumentar o salário também, porque assim fica difícil. Eu sou mãe de quatro filhos. Todos dependem de mim para ter dinheiro de chapa. Para além disso, mais do que subir os ‘’chapas’’ deviam aumentar o número de autocarros’’, disse.
A semelhança da senhora Ângela estão outros milhares de munícipes, que para além de reclamar dos preços, falam também de escassez de transporte e enchentes nas paragens. Longas filas e poucos autocarros é o que caracteriza algumas paragens da cidade de Maputo, o que leva as pessoas a recorrerem as carrinhas de caixa aberta, vulgo ‘’My Love’’.
Encontramos também David Chapo, de 57 anos de idade, na paragem de Xipamanine. Estava a cerca de duas horas a espera de transporte para ir a casa. Comentou que, depara-se com uma realidade que não sabe explicar, porque a mesma medida que querem subir os preços é da mesma forma que se intensifica a crise de transporte.
‘’Eu não tenho muito por dizer, porque não vai mudar nada, o que pedíamos era que melhorassem o acesso aos próprios transportes’’, disse.
Há sensivelmente um mês, o governo moçambicano entregou 38 autocarros a Federação Moçambicana de Transportadores Rodoviários (FEMATRO), que atribuiu aos operadores de transporte semi-colectivo de passageiros interurbanos nos municípios de Maputo e Matola, na região sul.
A revisão da tarifa de transportes, há muito vinha sendo exigida pelos automobilistas, entretanto, alguns dizem que com a nova tarifa não vai mudar muita coisa.
Soares Mimbire é automobilista e faz a rota Museu Zimpeto. Para ele, os novos preços vão ajudar em certa medida, mas com as constates alterações dos preços de combustível ainda será um dilema.
As novas tarifas foram aprovadas através de uma resolução da Assembleia Municipal, de 20 de Setembro do ano passado, e desde então ficaram congeladas, sob o argumento de que era necessário encontrar um momento adequado para a sua implementação.
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