Rosário Fernandes suspende chefe das Finanças do INE da Cidade de Maputo
No
encontro com o grupo de grevistas que reivindicavam melhoria das
condições de trabalho, Rosário Fernandes, presidente do INE, reconheceu
as preocupações dos agentes de recenseamento e garantiu que os problemas
estavam resolvidos.
“Fizemos a verificação das reclamações apresentadas pelo grupo e, realmente, eles têm as suas razões. A direcção
de Administração e Finanças já havia descentralizado o valor, mas não
foi para os destinatários. Tomámos providências e tudo está acautelado”,
asseverou Rosário Fernandes, presidente do INE.
Na sequência da reivindicação, que teve o seu desfecho esta sexta-feira, foi criada uma equipa técnica ao nível da cidade de Maputo para monitorar o processo, o que culminou com a suspensão do gestor das finanças do censo.
O documento lido na reunião de concertação entre os recenseadores e o presidente do Instituto Nacional de estatística
continha quatro pontos, nomeadamente, (i) criação de uma comissão de
coordenação do processo censitário do IV Recenseamento Geral da
População e habitação a nível da cidade
de Maputo; (ii) indicação do director da DIC, Cirilo Eduardo Tembe,
para a coordenação da comissão; (iii) indicação da doutora Mabjaia,
directora adjunta da administração dos Recursos humanos do INE para adjunta chefe da comissão; e (iv) suspensão temporária do chefe do Departamento de administração e finanças do INE da cidade de Maputo, doutor Luís Januário Muhate, que respondia como gestor de finanças das matérias do censo 2017.
Os
agentes de recenseamento mostraram-se satisfeitos com as decisões
tomadas e que foram consensuais. “Estamos felizes e agradecemos ao
presidente por ter escutado as nossas reclamações e ter sanado tudo. estamos satisfeitos”, declarou Regina Munguambe, recenseadora.
“Acredito
que a satisfação é de todos nós, porque o presidente trouxe-nos
motivação. Estávamos a trabalhar sem motivação e sem ânimo, mas agora
estamos satisfeitos e agradecemos o gesto do presidente”, acrescentou
Adélia Fernandes, controladora do processo do censo.
“Antes
não tínhamos nada, mas, a partir de agora, teremos o valor diário para a
alimentação e, no fim, teremos o remanescente acordado. Amanhã iremos
retomar o trabalho e assinaremos o contrato”, referiu Maria de Lurdes,
formadora.
À
luz das decisões desta sexta-feira, foram redefinidas e
consensualizadas as remunerações dos formadores, recenseadores e
controladores, medida que colocou fim ao descontentamento dos agentes de
recenseamento do distrito municipal KaMaxakeni.
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