26.08.2017 às 18h00
Trump disse que não afasta uma intervenção militar no país. Maduro pediu planos aos militares para quatro cenários
Investida
a nova Assembleia Constituinte e acalmadas as ruas, o Presidente da
Venezuela vira-se agora contra o homólogo norte-americano, Donald Trump,
que recentemente não descartou uma intervenção militar dos EUA na
Venezuela. “Pela primeira vez em 200 anos de República, um Presidente
imperialista atreveu-se a ameaçar com um ataque militar”, disse, na
quinta-feira, Nicolás Maduro durante uma reunião com generais do
Exército, a quem pediu planos para quatro cenários possíveis de invasão
norte-americana.
Maduro ordenou também um reforço da segurança junto à fronteira com a Colômbia. “Não podemos permitir uma única provocação, nem criar condições para que eles montem um falso positivo [do inglês “false flag”]”, isto é, um incidente forjado com o intuito, neste caso, de incriminar Caracas. No mesmo dia, pescadores do estado de Sucre (norte) participavam em exercícios militares, simulando um bloqueio ao canal de Guanta num cenário de “invasão imperialista”.
O cerrar fileiras de Caracas intensifica-se dentro de portas. Os sinais das estações colombianas Caracol Televisión e RCN foram eliminados esta semana da maioria dos canais por assinatura na Venezuela. “Enquanto jornalista, lamento muitíssimo o que se passou”, reagiu o Presidente colombiano, Juan Manuel Santos. “É mais uma demonstração por parte de um regime que não gosta de liberdades e que está a restringir as liberdades dos cidadãos.” Para o Nobel da Paz, Caracas “afastou-se do sistema democrático e atua, cada vez mais, como uma ditadura”.
Na Colômbia está refugiada a ex-procuradora Luisa Ortega, afastada por Maduro no início do mês e que diz ter em sua posse documentos que implicam o Presidente e dezenas de aliados em crimes de corrupção relacionados com a construtora brasileira Odebrecht. Esta semana, num encontro com procuradores brasileiros, em Brasília, Ortega entregou parte dos documentos, prometendo fazer o mesmo em Espanha, na Colômbia e nos EUA.
Um dos detidos, entretanto libertado, é Wuilly Arteaga, o violinista famoso por nunca parar de tocar durante os protestos. Em entrevista ao espanhol “El País”, disse que vai continuar a lutar nas ruas. “A Venezuela já não é uma democracia. Começaram a tirá-la de nós há 18 anos, quando Chávez chegou ao poder”.
Maduro ordenou também um reforço da segurança junto à fronteira com a Colômbia. “Não podemos permitir uma única provocação, nem criar condições para que eles montem um falso positivo [do inglês “false flag”]”, isto é, um incidente forjado com o intuito, neste caso, de incriminar Caracas. No mesmo dia, pescadores do estado de Sucre (norte) participavam em exercícios militares, simulando um bloqueio ao canal de Guanta num cenário de “invasão imperialista”.
O cerrar fileiras de Caracas intensifica-se dentro de portas. Os sinais das estações colombianas Caracol Televisión e RCN foram eliminados esta semana da maioria dos canais por assinatura na Venezuela. “Enquanto jornalista, lamento muitíssimo o que se passou”, reagiu o Presidente colombiano, Juan Manuel Santos. “É mais uma demonstração por parte de um regime que não gosta de liberdades e que está a restringir as liberdades dos cidadãos.” Para o Nobel da Paz, Caracas “afastou-se do sistema democrático e atua, cada vez mais, como uma ditadura”.
Na Colômbia está refugiada a ex-procuradora Luisa Ortega, afastada por Maduro no início do mês e que diz ter em sua posse documentos que implicam o Presidente e dezenas de aliados em crimes de corrupção relacionados com a construtora brasileira Odebrecht. Esta semana, num encontro com procuradores brasileiros, em Brasília, Ortega entregou parte dos documentos, prometendo fazer o mesmo em Espanha, na Colômbia e nos EUA.
Os números da repressão
Ontem, a organização Foro Penal Venezolano divulgou um relatório sobre a repressão das manifestações. “De 1 de abril a 31 de julho, morreram 133 pessoas no contexto das manifestações. Destas, 101 foram assassinadas nos protestos. Houve pelo menos 4000 feridos e 5051 prisões arbitrárias.”Um dos detidos, entretanto libertado, é Wuilly Arteaga, o violinista famoso por nunca parar de tocar durante os protestos. Em entrevista ao espanhol “El País”, disse que vai continuar a lutar nas ruas. “A Venezuela já não é uma democracia. Começaram a tirá-la de nós há 18 anos, quando Chávez chegou ao poder”.
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