Se nós fôssemos empreendedores de verdade - como se diz por aí - íamos à FACIM, alugávamos um espaço, montávamos uma tenda e íamos pegar aqueles nossos "Indivíduos" e colocávamos os gajos ali sentados, em ordem alfabética, em exposição para o mundo. Em abono da verdade, fora a seleção feminina de basquetebol, aquela cúpula é a maior relíquia que temos neste momento.
Aqueles bandidos devem valer uma fortuna nalguma esquina qualquer. Vai que aparece um interessado que os compre ou que os alugue. Deve haver um outro Ali Baba que queira aprender algo com eles. É que aquela forma de roubar não se encontra em qualquer compêndio de ciências de roubo. Contrair dívidas sem ninguém saber e imputar a responsabilidade a outros gajos não é uma engenharia fácil.
Deixar os gajos ali explicando aos visitantes as peripécias mirabolantes da quadrilha mais bem sucedida da história da era pós-moderna. Ver o "Indivíduo A" a explicar como foi possível comprar barquinhos de meio metro para pescar atum no alto mar e, ainda por cima, com um dinheiro que não é dele.
Podíamos até aproveitar para fazer um dinheirinho. Por exemplo, quem quisesse esticar-lhes uma bofetada poderia pagar uns 100 meticais; um remate, 150; uma cotovelada, 200 paus. Sempre tendo em consideração que o "Indivíduo A" vale o dobro do preço.
Dizia, estamos a perder tempo. Se fôssemos empreendedores de verdade não gastávamos uma semana expondo malta peixe seco, farelo, soja, etecetera. Não estamos a valorizar o que de melhor temos. Como dizia um visionário cá da Pérola, a nossa pobreza está nas nossas caveiras.
- Co'licença!
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