Lichinga é a capital da província de Niassa, no Norte do país.
O
edifício da Sé Catedral é dos poucos bem conservados numa das zonas
nobres da urbe, para além do edifício onde funciona o Governo
Provincial.
A
Praça da Liberdade é, se calhar, o único sítio público mais atraente,
onde jovens e adultos sentam-se para estudar ou mesmo passar alguns
momentos de lazer, numa cidade que evolui a um rítmo muito lento.
Em
Lichinga, as estradas são a principal preocupação. Em quase toda a zona
cimento existem buracos que tiram o conforto de quem passa por lá, para
além das consequências que causam aos veículos que circulam por estas
avenidas e ruas.
A
pouco mais de um ano para o fim do mandato, o actual elenco do Conselho
Municipal da Cidade de Lichinga conseguiu apenas construir duas
estradas de pavês que não totalizam dois quilómetros de extensão. Aliás,
uma delas terminou a meio do trajecto definido.
O
vereador para a área de Urbanização e Infra-Estruturas, Pius Obcello,
reconhece os problemas e aponta o dedo à crise financeira.
Para
além de dificuldades nas vias de acesso, o Município de Lichinga não
tem transporte público ou semi-colectivo de passageiros em
funcionamento. Um pouco por todos os lados encontra-se praças de
moto-taxistas que garantem a circulação de pessoas e bens na urbe.
Da
parte do Município, a explicação que encontramos foi que por estas
bandas as pessoas não sobem os autocarros, por isso os que o Governo
disponibilizou estão parqueados. Outros, estão avariados.
Na
área de salubridade, a cidade de Lichinga não tem carro para a recolha
de lixo porque em 2013 lançou um concurso para a compra de três
viaturas, sendo que duas era precisamente para a recolha de lixo e outra
para a casa mortuária do Hospital Provincial de Lichinga.
Entretanto,
a empresa que foi seleccionada recebeu 5.7 milhões de meticais e até
hoje não entregou os veículos e desapareceu sem deixar rastos.
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