O Fundo Monetário Internacional (FMI) insiste que não vai disponibilizar ajuda a Moçambique sem que dívida pública esteja estável e que seja concluída a auditoria independente e internacional
A posição já era conhecida, mas foi reiterada por um alto responsável do departamento de comunicação do FMI, no último final de semana, numa conferência de imprensa.
“Sim. Na linha das políticas do fundo (FMI), não podemos desembolsar fundos numa situação onde achamos que a dívida não é sustentável. Emitimos, recentemente, um comunicado em relação a esta questão. Posso repetir se quiserem, mas a resposta para a sua pergunta é sim. Tal como em qualquer país, para que sejam desembolsados fundos, temos que saber que a dívida é sustentável”, disse Gerry Rice, em conferência de imprensa, na capital norte-americana, Washington.
Rice voltou a destacar a importância de uma auditoria forense e disse que as conversações sobre o novo programa de ajuda, só avançam no final do processo.
“Este foi um assunto em curso durante algum tempo. Eu penso, novamente, que a posição do FMI é bem conhecida acerca da auditoria e foi discutida em Washington, durante a visita do Presidente moçambicano. Foi discutida com a Senhora Lagarde, onde, novamente, emitimos um comunicado. Saudamos a vontade de Moçambique, de realizar a auditoria, e foi acordado que esta auditoria deve ser conduzida de forma independente, por uma reputada empresa de auditoria internacional. Deste modo, o meu entendimento é de que os trabalhos, neste sentido, continuem e nós esperamos pela conclusão, o mais breve dos Termos de Referência. E, novamente, a resposta para a sua pergunta é de que este será um passo importante para a continuidade do nosso apoio a Moçambique” realçou.
Na semana passada, Adriano Maleiane esteve em Londres, onde apresentou uma proposta de renegociação da dívida pública aos credores.
O PAÍS – 01.11.2016
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