Com
setenta e seis anos, o deputado da Assembleia da República (AR) pela
Frelimo desde 2004 até à presente legislatura, Sebastião Dengo, faleceu,
última quinta-feira, em Inhambane, vítima de doença.
Falando,
sábado, no cemitério municipal da cidade de Inhambane, província do
mesmo nome, durante o velório do malogrado, o primeiro vice-presidente
da Assembleia da República, António Amélia, disse que o legado que o
deputado Sebastião Dengo deixa no Parlamento, além da sua forma de ser e
estar, está na sua reserva ética e moral. Amélia afirmou ainda que o
legado de Dengo transmite conforto e ensinamentos.
“Sentíamo-nos
reforçados no nosso mandato parlamentar, uma vez que a sua experiência
ao longo de mais de uma década na ‘casa do povo’ deixava conforto e era
reserva moral incontornável para os mais novos na nossa magna casa”,
disse o primeiro vice-presidente da AR, citado num comunicado da
imprensa parlamentar.
O
primeiro vice-presidente da AR acrescentou que, em memória do deputado
Dengo, “os seus efeitos não nos deixam resignados, contudo, perante o
fatídico acontecimento, consternados e com eterna saudade, apenas
podemos dizer-te, caro colega: obrigado por tudo o que fizeste e deste a
esta nação, nos variados momentos da vida social e política, com
destaque para a função de representante do povo moçambicano no mais alto
órgão legislativo do país, na sua qualidade de deputado da Assembleia
da República”.
Por
seu turno, o vice-chefe da bancada parlamentar da Frelimo, Sérgio
Pantie, disse que a bancada tinha a esperança de que Dengo sobrevivesse,
para poder dar continuidade à sua contribuição no desenvolvimento do
país. Pantie afirmou que o malogrado soube responder ao chamamento da
“geração 25 de Setembro”, integrando-se no processo da luta de
libertação nacional. “Depois caiu nas garras do governo colonial
português, nas prisões de Mabalane (distrito da província de Gaza) e
Machava (posto administrativo da província de Maputo)”, referiu Pantie.
Na VII legislatura,
Dengo foi membro da Comissão Permanente da AR, órgão que prepara toda a
actividade do processo legislativo e supervisiona a administração na
AR.
A
nível de Inhambane, Dengo desempenhou cargos de primeiro-secretário do
comité provincial da Frelimo, chefe da comissão provincial de reinserção
social, director da comissão provincial das aldeias comunais, director
provincial da Agricultura e primeiro administrador negro no distrito de
Govuro. Foi prisioneiro político durante a luta armada de libertação
nacional.
Dengo nasceu a 01 de Abril, no posto administrativo de Chidenguele, distrito de Manjakaze, em Gaza.
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