Angola: Dos Santos desviou mais de $75 bilhões de dólares, suspeita a elite da secreta angolana!
Por Prof.N’gola Kiluange
Washington D.C – José Eduardo dos Santos tera açambarcado do nosso erário público mais de $75 mil milhões dólares nos últimos 15 anos, receam funcionários seniores da nossa contrainteligência!
A sua maior apetência pelo enriquecimento ilícito começa precisamente quando Lev Avnerovich Leviev (magnata uzbeque-israelense) lhe propôs a criação da Ascrop em 1996…
Nesse período de tempo, Leviev investiu cerca de $60 milhões, “enxotou” a De Beers de Angola (em plena guerra civil!), monopolizou a extracção e comercialização dos nossos diamantes brutos dentro e fora do país.
Assim, Eduardo dos Santos aproveitou a oportunidade e usou os nossos lucrativos poços de petróleo para (em parceria de Arcadi Gaydamak, Lev Leviev e Pierre Falcone) contrabandear armas e desalojar a UNITA das minas de diamantes sob seu controle.
Como recompensa, o Presidente da República brindou 16% dessas minas a Leviev, que ,na ocasião, se vangloriou da seguinte maneira: “Dos Santos disse que fui eu o único que ajudou o seu país”, de acordo com a Forbes.
É curioso saber que o líder do MPLA já tinha muito antes de Leviev aparecer em Luanda uma “equipa secreta” que traficava diamantes em seu nome para Lisboa, Londres, Bruxelas, Paris,etc– composta essencialmente por José Leitão (ex-conselheiro presidencial), general António “Zé” Maria e certos antigos “meninos do Futungo de Belas”, que hoje ocupam cargos de embaixadores de Angola em vários países europeus, etc…
Presume-se que essas transações ilícitas decorrentes entre 1983 e 2002 tenham granjeando lucros fabulosos (estimados em mais de 9 bilhões de dólares) para as contas bancárias de Eduardo dos Santos no estrangeiro sob nomes de seus familiares e comparsas mais directos.
Entretanto, o desfalque do nosso cofre nacional e recursos minerais foi tal que os criminosos de colarinho branco chefiados pelo Presidente da República estabeleceram “companhias-fantasma” para legitimarem os seus negócios ilícitos e rentáveis dentro e fora de Angola.
Por além do referido tráfico de diamantes que lhe outorgou mais de 9 mil milhões de dólares durante 19 anos, suspeita-se que José Eduardo dos Santos tenha mais de 66 bilhões em nomes de terceiros invertidos nas seguintes empresas criadas com fundos provenientes do nosso erário público: China Sonangol Internacional,Sonangol Sinopec International, Endiama China International Holding Limited ,China Sonangol Finance International Ltd.,China Sonangol Gas International Ltd.,China Sonangol Natural Resources International Ltd., China Sonangol International Investment Ltd., China Endiama International Limited, China Sonangol Singapore, China Sonangol Shanghai Petroleum co ltd, China Sonangol Wall Street, China Sonangol International Airlines, Endiama China International Holding Ltd,etc.
É imperioso notarmos também aqui que Manuel Domingos Vicente, Xu Jinghua (Sam Pa) e Hélder Bataglia dos Santos abriram em 2004 a China Sonangol Internacional Holding em Hong Kong.
Segundo a Financial Times (FT), quando a Sonangol Sinopec International ( conglomerado de empresas petrolíferas estatais angolana e chinesa, Sonangol e Sinopec, respectivamente) compraram a participação da Shell em 2004 no Bloco 18 – “o interesse de Angola não foi retido diretamente pela empresa estatal de petróleo , mas pela China Sonangol, que é uma companhia mista da rede de Queensway de Pa”.
Ainda de acordo com a FT, os interesses do Queensway Group no Bloco 18 em 2010 eram estimados em mais de $960m.Hoje, esse projecto produz mais 180,000 mil barris de petróleo por dia.
Contudo, numa carta endereçada a FT, a China Sonangol confirmou que o Presidente da Companhia era o então Chefe da Sonangol (Manuel Vicente), informação essa que também foi mais tarde corroborada pela Maka Angola depois deste ter sido nomeado Vice-Presidente da República em 2012.
Mas, o grande risco que a nossa estrutura económico-financeira corre é que as supracitas “companhias-fantasma” formadas maioritariamente com nossos fundos públicos constituem não só uma ameaça aos empresários nacionais mas também compremetem a transparência do nosso mercado nominal.
A China Sonangol Intenacional , por exemplo, com uma “suposta” participação de 30% do Estado Angolano nunca divulgou os seus lucros no nosso país ou no estrangeiro, nem tão pouco partilhou jamais publicamente esses ganhos com o Governo central (?).
Como a China Sonangol, operam no nosso mercado várias empresas fantasmas (pertencentes ao Presidente da República e seus comparsas mais directos ,dirigidas em geral por estrangeiros)… muitas das quais estão envolvidas na fuga ilegal ao fisco.
Entretanto, o economista Alves da Rocha, Director do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola, afirmou recentemente que entre 2002 e 2014 a nossa receita de exportação de petróleo alcançou $461,8 mil milhões e os fundos fiscais provenientes do petróleo somaram cerca de $285 bilhões, enquanto que os investimentos públicos só totalizaram 93,5 bilhões de dólares…
O que significa a dizer que num período de 12 anos o regime de José Eduardo dos Santos arrecadou cerca de 746.8 mil milhões de dólares da nossa comercialização petrolífera, investindo apenas 93,5 bilhões desse montante na coisa pública.
Onde estão o restante desse dinheiro e de outros provenientes das vendas dos recursos mineiras como diamantes, ferro, fosfatos, feldspato, bauxita, urânio e ouro, incluindo taxas aduaneiras, madeira, peixe, café, algodão e sisal,etc.?
A comprovar as suspeitas dos funcionários seniores da nossa contrainteligência sobre os $75 mil milhões desviados por José Eduardo dos Santos ficamos muito aflitos ao sabermos das suas intenções de contrair dívida mais séria com a Rússia…
Aliás, as possibilidades de ajustes de contas entre os pros e contras reforma dentro do MPLA tornam-se cada mais inevitáveis à medida que a crise económica se agudizam.
A realização de uma conferência nacional com a participação de todas as forças vivas desta nação poderá dissuadir quaisquer pretensões a esses “supostos” ajustes de contas e criar mecanismos para a transição pacífica de poder – baseando-se no princípio de irmanidade, respeito mútuo , discussão franca e aberta!?
A escolha é nossa!
Bibliografia:
China in Africa: how Sam Pa became the middleman
Vice-Presidente de Angola é Director na China-Sonangol
Crescer mais para distribuir melhor não é plano para Angola, diz economista
Prof. N’gola Kiluange
Prof.Kiluangenyc@yahoo.com
Washington D.C
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