sábado, 14 de maio de 2016

Cidade subterrânea revela segredos do Estado Islâmico

A mesma tática foi usada pelo Estado Islâmico em outras cidades ocupadas. Em dezembro, os curdos peshmerga descobriram mais de 70 túneis na cidade de Sinjar no norte do Iraque
Por Redação, com agências internacionais – de Beirute/Moscou:
Um grupo de jornalistas russos descobriu uma cidade subterrânea cheia de trincheiras e túneis, usados pelo Estado Islâmico para esconder armas e pessoas. Jornalistas russos do canal televisivo RT descobriram o local, que serve para guardar armas, se esconder de ataques aéreos e transportar petróleo da cidade síria de Al Shaddali,  tomada mais de dois anos atrás e liberada em fevereiro.
A cidade de Al Shaddali é muito importante estrategicamente
A cidade de Al Shaddali é muito importante estrategicamente
Os jornalistas encontraram as estruturas fortificadas subterrâneas em cada casa visitada. Conforme a sua posição na hierarquia do grupo extremista, militantes tinham acesso a diferentes fortificações. Então, os integrantes experientes se escondiam em abrigos bem protegidos, enquanto os mais novos permaneciam em lugares menos seguros.
A mesma tática foi usada pelo Estado Islâmico em outras cidades ocupadas. Em dezembro, os curdos peshmerga descobriram mais de 70 túneis na cidade de Sinjar no norte do Iraque.
A cidade de Al Shaddali é muito importante estrategicamente, pois é localizada em uma  área rica em óleo e gás. Mais de 40% das receitas do grupo foram ganhas com vendas ilegais de petróleo. Além disso, a cidade ligou os terroristas com Raqqa, de fato capital do Estado Islâmico, e com Mossul, segunda cidade maior no Iraque que ficou sob o controle dos militantes desde junho de 2014.
Em fevereiro, o Estado Islâmico abandonou Al Shaddali, deixando o tesouro de uma coletânea de documentos, que incluem faturas detalhadas que podem esclarecer os negócios e a vida cotidiana dos terroristas.
Então, os arquivos confirmaram que a Turquia tinha comprado o petróleo do Estado Islâmico e que os militantes entraram na Síria do território da Turquia.

Tratamento a terroristas do EI

Um dos médicos do hospital, sob condição de anonimato, disse ao correspondente da agência russa de notícias Sputnik que no dia 5 de maio, quatro jihadistas feridos na fronteira síria foram levados ao hospital. Segundo medico o fato da hospitalização e o tratamento dos militantes do Estado Islâmico não foi fixado na documentação.
Como foi revelado, mais cedo os guarda-fronteiras turcos abriram fogo contra os militantes estrangeiros do EI, que tinham tentado ultrapassar a fronteira ilegalmente no bairro Oguzeli, na província de Gaziantep. Durante o tiroteio três militantes foram mortos, 11 receberam ferimentos, quatro deles foram levados ao hospital.
O medico diz o seguinte: “Foram levados ao nosso hospital quatro militantes do EI, um deles, Bagur Ferhad, oriundo de Afeganistão, ano de nascimento 1993. Examinei os militantes. Eles tinham ferimentos a bala. Não há ameaça a vida.
Os jihadistas feridas não foram registradas na lista de pacientes. Acho que a direção do hospital não quer que a sociedade saiba que estes pessoas foram curados aqui. Os médicos e enfermeiros não querem tratar os militantes do Estado Islâmico, porque alguns médicos são de Kilis, que fica afetado diariamente por bombardeios do lado sírio, controlado pelo EI.

Militantes do Estado Islâmico entregam armas na Síria

O acordo foi assinado pelo ancião da aldeia, Omar Hassan Halaf, o governador da província de Hama e o general Muaffak Asaad, presidente da comissão de segurança em Hama
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Beirute/Genebra:
Um grupo de militantes do Estado Islâmico (organização terrorista proibida na Rússia) que controlam a área da aldeia de Samra, na província de Hama, aceitaram as condições do acordo de trégua e entregaram as armas aos representantes do governo, informou o coronel Sergei Ivanov, representante do Centro russo para a Reconciliação da Síria, nesta quarta-feira.
Um grupo de militantes do Estado Islâmico aceitaram as condições do acordo de trégua
Um grupo de militantes do Estado Islâmico aceitaram as condições do acordo de trégua
O acordo foi assinado pelo ancião da aldeia, Omar Hassan Halaf, o governador da província de Hama e o general Muaffak Asaad, presidente da comissão de segurança em Hama.
Segundo o documento, os representantes da aldeia são obrigados a terminar todas as atividades militares e a colaborar com as agências governamentais e policiais. Além disso, todas as pessoas que participaram dos combates poderão retornar à vida pacífica.
Antes de assinar o documento, Sergei Ivanov afirmou que a Rússia vê os esforços do governo sírio para estabelecer a paz no país. Segundo ele, Moscou apoia este processo, usando todos os meios possíveis.
O general Muaffak Asaad, por sua vez, destacou o papel dos intermediários russos nos avanços do processo de reconciliação na Síria e assegurou aos moradores da aldeia que o Exército sírio vai garantir a sua segurança e protegê-los de ataques terroristas.
– Apelamos a todos os cidadãos e residentes da aldeia a voltarem às suas casas, às suas terras e ao seu trabalho. Enquanto nós, por parte do governo, faremos todo o possível para garantir a vida normal na aldeia – disse Muaffak.
Maner Hussein al-Hasan, um dos militantes que entregou as armas, disse que foi militante do grupo Ahrar al-Sham durante dois anos. De acordo com ele, chegou uma altura em que percebeu que tinha escolhido o caminho errado e decidiu voltar para a sua família.
– No que se refere aos militantes dos outros grupos, eu acho que eles também vão seguir o nosso exemplo. Eles já estão mostrando sinais de prontidão de voltar a uma vida pacífica – acrescentou o ex-militante.
Durante a trégua na Síria muitos representantes dos grupos militares entregaram as armas ao governo. A trégua não se aplica às ações antiterroristas em relação aos grupos que não concordaram com o cessar-fogo.

Crimes de guerra da Síria

Os Estados que apóiam o processo de paz da Síria precisam impedir que as partes em conflito ataquem alvos ilegais, como hospitais e outras instalações civis, disseram investigadores de crimes de guerra da Organização das Nações Unidas (ONU) em um comunicado nesta quarta-feira.
Ataques aéreos, bombardeios e disparos de foguete foram usados com frequência em ataques recentes a áreas civis, disse a Comissão de Inquérito da ONU sobre a Síria em sua comunicação.
– O desrespeito às leis de guerra precisa ter consequências para os perpetradores – afirmou seu presidente, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.
– Até que a cultura de impunidade seja extirpada, os civis continuarão sendo alvejados, vitimados e brutalmente assassinados.
A legislação internacional determina que todos os lados do conflito distingam entre alvos legais e ilegais, mas essa distinção vem sendo ignorada, e alguns ataques recentes foram crimes de guerra, afirma o documento.
O comunicado citou um ataque ao hospital Al-Quds, em Aleppo, no dia 27 de abril e outros que visaram instalações médicas próximas, e ataques aéreos contra mercados, padarias e uma estação de tratamento de água, assim como um ataque a um campo de refugiados de Idlib em 5 de maio.
Todas essas ações aconteceram depois que um cessar-fogo de dois meses mediado por Estados Unidos e Rússia fracassou e forças do governo sírio dizerem que iriam lançar uma ofensiva para retomar áreas de Aleppo em mãos dos rebeldes.
O documento não culpa ninguém explicitamente por ataques contra civis, mas só Damasco e seus aliados russos estão usando aeronaves no conflito.
Na semana passada, o comissário de Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra’ad al-Hussein, disse que relatos iniciais levam a crer que o governo da Síria é o responsável pelo ataque ao campo de refugiados no governorado de Idlib, que matou cerca de 30 pessoas. Os militares sírios afirmaram não terem alvejado o local.

Militantes sírios estão ameaçando vidas de cidadãos

Mais de 100 terroristas da frente chegaram à aldeia de Kafr Hamrah, que fica nos arredores do noroeste de Aleppo
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Beirute:
Vários caminhões com armas químicas passaram para Aleppo da província Idlib, informou o Ministério da Defesa da Rússia. A parte norte da cidade de Aleppo está controlada pelos militantes da Frente al-Nusra.
Segundo o ministério russo, as armas contêm “toxinas à base de cloro”.
Segundo o ministério russo, as armas contêm "toxinas à base de cloro"
Segundo o ministério russo, as armas contêm “toxinas à base de cloro”
A Frente al-Nusra (a divisão de Al-Qaeda na Síria) parece estar acumulando suas forças na região. Mais de 100 terroristas da frente chegaram à aldeia de Kafr Hamrah, que fica nos arredores do noroeste de Aleppo, afirmou o ministério, citando civis locais.
No início deste ano, militantes realizaram um ataque químico em Aleppo. Unidades de proteção popular (YPG) curdos afirmaram à RIA Novosti que militantes islâmicos, responsáveis pelo ataque, “agem com a proteção da Turquia”.
– O grupo Jaysh al-Islam já usou cloro em Aleppo, e parece que não tenta de  escondê-lo. A Rússia condena nos termos mais fortes o uso de armas químicas em operações militares por qualquer pessoa, incluindo as entidades não governamentais – disse a representante do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.

Istambul

Um carro-bomba explodiu em Istambul deixando cinco feridos. Segundo os dados preliminares, pelo menos cinco pessoas foram feridas. A explosão ocorreu na parte asiática da capital turca, no bairro de Samandar.
De acordo com a mídia local, um carro-bomba explodiu perto da caserna. O local de acidente está cerrado, as ambulâncias estão chegando para o local. Segundo os dados da televisão turca, uma das vitimas tem ferimentos graves.
A Turquia já sofreu ataques terroristas várias vezes neste ano. Em janeiro mais de 10 turistas foram mortos no atentado em Istanbul. Em março 37 pessoas morreram e mais de 125 foram feridas durante o atentado no ponto de ônibus perto da praça centra de Ankara. Menos de uma semana depois, cinco pessoas foram mortas e pelo menos 36 ficaram feridas em uma explosão em uma das principais ruas turistas de Istambul.
No dia 9 de abril uma explosão ocorreu no ponto de ônibus no centro de Istambul.
Em 2 de maio, uma militares foram mortos e 23 pessoas ficaram feridas pela explosão perto da gendarmaria em Ancara.
No dia 10 de maio, pelo menos três pessoas morreram e 45 receberam ferimentos em explosão de carro-bomba na cidade turca de Diyarbakir.

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