Lisboa – A Imprensa estatal angolana anunciou recentemente que o réu Adilson Indeleny Kaynda Monteiro “Ady Py” esta a ser julgado a revelia no mediático caso Jorge Valério por ter se supostamente se metido em fuga. Porém, personalidades que acompanham o caso suspeitam que as próprias autoridades judiciais angolanas facilitaram a suposta fuga com o fito de distanciarem-lhe no processo de esclarecimento do desaparecimento físico do também conhecido “Tucho”.
Fonte: Club-k.net
Família enviou-o de castigo para Suiça
Adilson Monteiro “Ady”, 21 anos de idade, é neto do deputado do MPLA, general Roberto Leal Monteiro “Ngongo”. O jovem esteve detido por 80 dias devido a este problema tendo depois saído em liberdade junto com os seus amigos. Logo apos a soltura, a família enviou-o de “castigo” para estudar na Suíça, e em Portugal. Fez o trajecto Luanda- Windhoek – Europa.
A tese das autoridades (Ministério Público) de que esta a ser julgado a revelia, é visto como “diversão” uma vez que não ira responder pelo desaparecimento de Jorge Valério “Tucho” mas por posse ilegal de liamba, segundo consta no processo que o Club-K teve acesso. No dia em que a DNIC vasculhou a sua casa foi encontrado a referida planta no bolso das suas calças.
A família de Jorge Valério desde sempre acreditou que Adilson Monteiro “Ady” é peça fundamental no esclarecimento deste processo por terem encontrado no seu telemóvel mensagens que o mesmo enviou a um primo na Inglaterra a relatar que os seus amigos não mataram o “Tucho” mas que o teriam “apenas partido o queixo”.
As autoridades judiciais angolanas retiraram do processo, a parte destas mensagens, o que causou irritação por parte da família do malogrado, na pessoa de Cristo Cruz, o pai de “Tucho”.
O Caso Jorge Valério, tornou-se num caso mediático pela forma bárbara que o jovem perdeu a vida. Em Janeiro de 2013, o director da DNIC, Eugénio Alexandre disse a imprensa que o caso estava esclarecido porque o crime teria sido premeditado a mando da suposta namorada do falecido, Jéssica Coelho no sentido de resgatar o telefone de Jorge por conter imagens suas consideradas como comprometedoras.
Jéssica Coelho foi detida acabando depois por sair em liberdade condicional por excesso de prisão preventiva após um pedido de “habbes corpus”.
O assunto tornou-se “confuso” depois de terem surgido suspeitas de que a DNIC teria arrumado falsos bandidos apresentados como autores do crime. As desconfianças alastraram-se ainda mais depois da circulação de um vídeo, em posse do Tribunal de Luanda, dando conta que um dos supostos assassino “Teodoro” estava a ser preparado e instruído pela DNIC, sobre como ocorreu o crime.
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