Margarida Davim |
28/10/2015 12:39
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A estratégia da coligação era trazer o debate para o Parlamento obrigando a uma discussão sobre o Tratado Orçamental e o euro
TIAGO PETINGA/LUSA
A conferência de líderes foi "dura" e acabou com PSD e CDS a acusar PS, PCP e BE de bloquearem o arranque dos plenários na Assembleia da República.
Montenegro apelou à esquerda para trazer a público os resultados das reuniões que decorrem à esquerda
A estratégia da coligação era trazer o debate para o Parlamento obrigando a uma discussão sobre o Tratado Orçamental e o euro.
PSD e CDS queriam assim expor eventuais divergências na coligação que se está a formar à esquerda, mas cujas reuniões ainda decorrem para chegar a um acordo.
A estratégia foi, porém, barrada por essa mesma maioria de esquerda que recusou agendar o debate de um texto que não tinha sequer dado entrada na Assembleia e quando até agora o normal é que os trabalhos se iniciem com o debate do programa do Governo.
Razão suficiente para Pedro Filipe Soares, do BE, acusar a coligação de direita de "chicana política".
Luís Montenegro do PSD considerou, por seu lado, "curioso que alguns destes partidos invocassem a tradição". Montenegro defende que "o país não pode ficar na incerteza" e apelou à esquerda para trazer a público os resultados das reuniões que decorrem entre PS, BE e PCP.
"Deviam era dizer ao país exatamente o que pensam", desafiou, lembrando que "ainda hoje no Parlamento Europeu o PCP e o BE sustentam a rejeição do Tratado Orçamental".
"Nada é debatido nem nada se sabe", atacou o líder centrista, Nuno Magalhães, ao mesmo tempo que PS, PCP e BE defendem que "não há nenhum bloqueio".
Já Ana Catarina Mendes acha que PSD e CDS queriam "inverter" as regras do Parlamento e debater "o programa do próximo governo" em vez do programa do Governo que foi indigitado pelo Presidente da República.
margarida.davim@sol.pt
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