O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, pediu hoje às forças armadas para estarem atentas à evolução da situação política e de segurança no país e no estrangeiro e que apostem na formação e no tratamento de informações.
"O setor da defesa deve estar atento à evolução da situação política e de segurança nacional, regional e internacional, para o qual deve continuar a investir na formação, estruturação e apetrechamento do serviço responsável pelo tratamento de informações", declarou Filipe Nyusi, na abertura do 16.º Conselho Coordenador do Ministério da Defesa Nacional.
No seu discurso de abertura da reunião de quatro dias, nos arredores de Maputo, o Presidente moçambicano apelou também ao setor de defesa que assuma "medidas preventivas e dissuasivas face às atuais e novas ameaças".
Filipe Nyusi, que foi ministro da Defesa antes de se candidatar à Presidência da República, em 2014, não se referiu à crise política com a oposição da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), apenas exemplificando como ameaças à segurança interna aquelas que ocorrem no domínio marítimo.
"Moçambique deve estar livre de pirataria marítima, da pesca ilegal, de poluição e de outros crimes que ocorrem no mar e nas águas interiores", declarou.
O chefe de Estado lembrou ainda o papel das forças armadas no apoio humanitário às populações, bem como nas missões de paz sob égide de organismos multilaterais, como a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, União Africana e Nações Unidas, e ainda a sua importância face a desastres naturais.
"Queremos deixar o alerta para a preparação do período que se avizinha, que tem sido ciclicamente de desastres naturais: seca, chuvas, ciclones ou mesmo sismos", avisou Filipe Nyusi.
O Conselho Coordenador do Ministério da Defesa prolonga-se até 31 de outubro sob o lema "priorizando a formação, firme na consolidação da unidade nacional, paz e segurança".
HB // VM
Lusa – 28.10.2015
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