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Morreram 224 pessoas neste alegado ataque a um avião russo que se despenhou no Monte de Sinai, no Egipto. Mais de 100 corpos foram retirados dos escombros.
"Os soldados do Califado conseguiram abater com sucesso um avião russo na província do Sinai transportando 220 cruzados que foram mortos", escreveu o grupo extremista numa mensagem na rede social Twitter. A imprensa internacional refere que a mensagem sinaliza que este ataque se trata de uma "represália" à intervenção russa na Síria.
O ministro russo dos transportes foi o primeiro a reagir e diz que "até ao momento não existe qualquer prova de que este acidente tenha sido um atentado".
Já o porta-voz do exército do Egipto, Mohamed Samir, afirmou ao Guardian: "Eles podem escrever o que quiserem, mas até agora não há nada que indique que os terroristas foram responsáveis por este desastre de avião. Vamos conhecer as verdadeiras razões quando a autoridade civil, em coordenação com as autoridades russas terminarem as investigações".
A mesma fonte revela que as autoridade egipcias aceitaram a participação da policia russa nas investigações.
Poucas horas depois do acidente a BBC noticiou a existência de especulações sobre possível envolvimento de radicais islâmicos no acidente, já que a região do Sinai conta com uma rede activa de militantes aliados ao grupo extremista autodenominado "Estado Islâmico", mas as autoridades descartaram esse possibilidade.
O Monte Sinai (também conhecido como Monte de Moisés”) está situado no sul da península do Sinai, no Egipto. Esta região é considerada sagrada por três religiões: cristianismo, judaísmo e islamismo.
Já foram resgatados mais de 100 corpos
A embaixada da Rússia no Cairo confirmou ao início da tarde que todos os 224 passageiros a bordo do avião russo que caiu hoje no Monte do Sinai, no Egipto, morreram. Eram 217 passageiros - entre os quais 17 crianças - e 7 membros da tripulação.
"Infelizmente, todos os passageiros do voo 9268 da Kogalymavia, entre Sharm-el-Sheikh e São Petersburgo, morreram. Enviamos as condolências às famílias e amigos", referiu uma mensagem na página do Facebook da embaixada russa, citado pela agência de notícias AFP.
O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, comentou também no Facebook que está “profundamente abalado” com o acidente. Enquanto, o presidente russo Vladimir Putin anunciou para amanhã um dia de luto nacional pelas vítimas do voo.
A CNN avança que já foram retirados cerca de uma centena de corpos do local do acidente. A mesma fonte revela que o piloto tentou fazer uma aterragem de emergência, mas não conseguiu chegar ao aeroporto mais próximo e que a caixa negra do avião já foi encontrada.
O avião, que tinha como destino São Petersburgo, caiu ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da província do Norte de Sinai, pouco depois de levantar voo de Sharm-el-Sheik, com 224 pessoas a bordo.
A Reuters chegou a avançar que as equipas de resgate ouviam vozes nos escombros, o que criou a esperança de haver sobreviventes, mas o governo do Egipto confirmou perto das 12horas (em Portugal Continental) que não há sobreviventes.
O avião partiu da localidade turística de Sharm El Sheikhtinha e tinha como São Petersburgo. De acordo com a imprensa internacional, a maioria dos passageiros eram turistas do resort egípcio de Sharm el-Sheikh, no mar vermelho.
O avião da companhia Kogalymavia informou que o voo saiu de Sharm el-Sheikh às 6h51, hora de Moscovo (3h51em Lisboa) e estava previsto aterrar no aeroporto Pulkovo em São Petersburgo às 12h10.
Alegadamente o avião deixou perdeu o contacto com terra 23 minutos depois da descolagem.
Notícia actualizada às 15h20
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