O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, anunciou hojePARA breve um encontro com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, após mediação do ex-chefe de Estado Joaquim Chissano, assegurando que os preparativos estão numa fase avançada.
"Não posso mentir, falei com [o ex-Presidente Joaquim] Chissano uns vinte minutos a sós, naquele dia 14, e eu disse ‘vai dizer [ao Presidente Filipe] Nyusi seriamente que estou disposto a conversar desde que haja uma agenda concreta, que cria alternância governativa no país'", afirmou, em conferência de imprensa, o líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, reiterando a sua indisponibilidadePARA uma reunião que apenas sirvaPARA "apertar a mão".
Afonso Dhlakama e Joaquim Chissano participaram na Segunda-feira numa conferênciaPARA assinalar os vinte anos da criação da Universidade Católica de Moçambique, à semelhança do que aconteceu na sua fundação, tendo aproveitado a ocasião para se reunirem a sós para discutir a instabilidade política e militar que se vive no país.
"A coisa esta a evoluir bastante e dentro em breve algo poderemos anunciar [datas e agenda ]", declarou Afonso Dhlakama, na conferência de imprensa de balanço da sua visita de dez dias à província de Manica, centro de Moçambique, que hoje terminou.
O líder da Renamo voltou a referir-se ao ataque que sofreu há uma semana nesta província, atribuindo-o a "irmãos da [Unidade de] Intervenção Rápida e das Forças de Armadas de Defesa de Moçambique, e manteve o propósito de criar uma polícia própria do seu partido, referindo que o recrutamento vai começar em breve.
Dhlakama e Nyusi encontraram-se duas vezes no início do ano para discutir a crise política em Moçambique, após as eleições gerais de Outubro de 2014, cujos resultados a Renamo não reconhece, exigindo a governação nas províncias onde reclama vitória, sob ameaça de tomar o poder pela força.
Desde então várias vezes foi anunciada a proximidade do encontro entre as partes, que, no entanto, nunca se realizou.
Filipe Nyusi tem dirigido repetidos convites a DhlakamaPARA os dois líderes se reunirem, mas o presidente da Renamo recusou, alegando a falta de uma agenda concreta e que não tencionava mudar de opinião até ao integral cumprimento dos acordos de paz já existentes,
Nas últimas semanas, a Renamo anunciou a criação de unidades militares na província da Zambézia e também uma polícia do partido.
Na reacção ao ataque de há uma semana contra Dhlakama e sua comitiva, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, ameaçou na Quinta-feira vingança e acusou o chefe de Estado de ter dado ordensPARAum alegado atentado.
Lusa – 19.09.2015
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