Parlamento já aprovou a ida de tropas. Um responsável da presidência disse que será uma acção "exclusivamente" contra o Estado Islâmico.
O Presidente sírio, Bashar al-Assad, pediu "ajuda militar" a Moscovo, disse esta quarta-feira o chefe da administração presidencial, Sergueï Ivanov. O anunciou foi feito pouco depois de o Parlamento ter aprovado a intervenção de tropas russas no estrangeiro.
Segundo a agência noticiosa russa, a RIA, foi o pedido de Assad que accionou o mecanismo de aprovação no Parlamento, com o pedido para a intervenção das tropas russas na Síria a ser feito pelo Presidente Vladimir Putin. Em Fevereiro de 2014, quando a Rússia invadiu a Crimeia (que era território ucraniano), foi aprovado pedido idêntico.
"O Presidente sírio dirigiu-se ao Governo do nosso país para que este lhe forneça ajuda militar", disse Ivanov, acrescentando que Moscovo agirá "de acordo com as normas internacionais". Especificou que o objectivo é as forças russas prestarem ajuda a Assad através de bombardeamentos aéreos. "O objectivo militar da operação é, exclusivamente, dar apoio aéreo às forças armadas sírias na sua luta contra o Estado Islâmico", disse Sergei Ivanov.
Putin, um dos poucos aliados que restam a Bashar al-Assad, já tinha admitido a possibilidade de militares russos combaterem na Síria, mas excluíra uma intervenção no terreno.
A Rússia e os Estados Unidos abriram conversações militares sobre a Síria, um país em guerra desde 2011 – há grupos que combatem para derrubar Assad e há combates contra o Estado Islâmico, que já controla uma grande percentagem do território do país –, mas a questão da sua permanência ou não no poder em Damasco dificulta os contactos.
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