O novo atentado contra o Presidente
Afonso Dhlakama, por sinal o terceiro,
ocorrido na última sexta-feira, 25 de
Setembro, no troço Amatongas-Gondola,
na província de Manica e resultou na morte
de sete membros da RENAMO, dentre os
quais três militares e quatro civis, veio mais
uma vez provar o plano de Filipe Nyusi e
Frelimo de acabar com a oposição no País.
E falar da oposição em Moçambique, seria
o mesmo que falar da RENAMO.
O crime não deixa margens de dúvidas das
reais intenções da Frelimo, para assassinar
o Presidente da RENAMO. Daí a pressa de
Damião José como porta-voz do partido em
desmentir, ao invés de ser o governo ou
polícia a desempenhar esse papel. Também
denuncia a falta de espaço para qualquer
negociação, pelo menos se for entre a
Frelimo e a RENAMO.
Pode-se perceber claramente porque
é que a Frelimo dispensou a Equipa de
Observadores Militares da EMOCHM
com alegações de que encontraria uma
fórmula moçambicana para a resolução
do diferendo. E na verdade referia-se a
fórmula da Frelimo e não moçambicana,
porque o nosso povo não é assassino.
Apelamos a Comunidade Internacional
apesar de não deixarmos de suspeitá-
la como cúmplice da actual crise, para
que leve em consideração o rumo que os
acontecimentos estão a tomar.
A RENAMO está sendo empurrada para
uma guerra com Frelimo. Uma guerra que
ameaça dividir o país inevitavelmente. A
RENAMO considera seriamente a intenção
que se tem em matar Afonso Dhlakama. Mas
adverte que não será o fim do problema.
A RENAMO está preparada para qualquer
eventualidade continuar com a luta. Está
comprometida em dar a vitória a razão.
Não havendo mais dúvidas para os que
ainda tinham, resta à RENAMO e o povo
tomarem a sério as ameaças da Frelimo.
A RENAMO não pode continuar a tolerar
com abusos. Já foram feitas denúncias
por diversas ocasiões que a Frelimo é um
partido de assassinos cujo objectivo é matar
a democracia. A RENAMO apela os jovens,
membros, simpatizantes e apoiantes a se
prepararem para novos tempos. Novos
tempos que Afonso Dhlakama e a RENAMO
prometem dar energia sem medo. A
promessa é sobreviver a essas ameaças e
garantir a democracia.
Para já a RENAMO afirma ter vontade,
embora não tenha condições para voltar
a sentar-se a mesma mesa com quem o
objectivo é apenas por conveniência.
O Presidente Dhlakama deixa claro que
não está interessado em alimentar a
ganância belicista da Frelimo e seus líderes
corruptos.
FORÇAS DE DEFESA E SEGURANÇA TENTAM
ASSASSINAR AFONSO DHLAKAMA
Do lugar incerto o Presidente
Dhlakama falou a nossa reportagem
na manha desta segunda-feira, dia
28 de Setembro, para esclarecer
que está vivo, saudável e seguro.
Assegurou que é contra a guerra
que a Frelimo tenta mover contra si,
contra o partido RENAMO e contra
o povo moçambicano.
“ Não quero legitimar os roubos
de dinheiro público e das riquezas
de Moçambique protagonizados
pela Frelimo e pelos seus dirigentes
corruptos” disse o Presidente
Dhlakama, assegurando que o
propósito da Frelimo é calar as
vozes críticas que começaram a
subir de tom como resultado do seu
trabalho.
Segundo o Presidente Afonso
Dhlakama, a Frelimo pensa que
com a sua morte a democracia
será silenciada. E diz que já que
falharam atingi-lo nas duas últimas
emboscadas, pretendem atirar o
país para a guerra como forma de
justificar com a economia de guerra
os dinheiros públicos roubados.
“Eu não quero ser responsabilizado
pela sociedade moçambicana como
quem compactua com a Frelimo,
levando o país para o caos. Sei que a
Frelimo quer destruir Moçambique
com a guerra para não responder
pelos seus actos” sentenciou o
Presidente Dhlakama.
O líder da RENAMO Afonso
Dhlakama saiu ileso e encontra-se
bem de saúde algures na província de
Manica, porém 7 pessoas que faziam
parte da comitiva, sendo 4 civis e 3
militares perderam a vida no local.
A caravana do presidente Afonso
Dhlakama que saia de Chimoio para
Nampula foi atacada no fim da manhã
do passado dia 25 de Setembro na
localidade de Zipinga, distrito de
Gondola.
Trata- se do segundo ataque levado
a cabo pelas Forcas de Defesa e
Segurança de Moçambique FDS em
menos de duas semanas. Tendo
o primeiro, ocorrido também na
província de Manica há cereca de 15
quilómetros da cidade de Chimoio, na
região de Chibata junto a ponte
sobre o rio Boamalanga.
António Muchanga, porta-voz da
RENAMO, falando à imprensa no
pretérito Sábado dia 26 de Setembro,
na sede da Perdiz, disse que além das
sete vítimas mortais da comitiva de
Afonso Dhlakama, há relatos de ter
havido mais de 3 dezenas de mortes
do lado dos atacantes, no caso as FDS
e mais de 7 viaturas queimadas pelas
Forças de Defesa e segurança. Segundo
relatos, o troço Inchope- Chimoio
ficou interrompido durante toda a
tarde de sexta-feira, dia do incidente.
Testemunhas oculares no terreno,
afirmaram categoricamente que os
ataques foram protagonizados pelas
FDS na sua maioria a paisana a partir
de uma montanha próxima contra a
caravana de Afonso Dhlakama.
“ Estávamos no chapa a tentar
fazer ultrapassagem à caravana
da RENAMO, quando de repente
ouvimos tiros em nossa direcção a
partir da montanha, algumas pessoas
foram alvejadas no carro, quando o
carro parou saímos em debandada
para as matas a procura de refúgio,
conseguimos ajuda e boleia até
Inchope” contou um sobrevivente à
imprensa.
MENTIRAS DA POLÍCIA EM MANICA
O porta-voz da Polícia da República
de Moçambique em Manica, falando
numa conferência de imprensa
convocada pela corporação daquele
ponto do país para reagir ao
sucedido, atribuiu a responsabilidade
dos ataques à segurança do líder
da RENAMO contrariando várias
testemunhas presentes no local do
incidente. A polícia em Manica, chegou
mesmo a dizer que foi a segurança da
RENAMO que disparou contra uma
viatura de transporte semi-coletivo de
passageiros alvejando mortalmente o
motorista do mesmo. Porém os factos
no terreno dizem o contrário, sendo
que as mortes havidas do lado da
segurança presidencial da RENAMO
não podiam ter sido causados pelos
Civis.
QUE ESTAVA PREVISTA PRÓXIMA SEMANA E
NAMPULA: Adiada Conferência Nacional da Juventude devido ao ataque ao Dhlakama
O partido RENAMO decidiu pelo
adiamento da Conferência Nacional
da Liga da Juventude que estava
prevista para Nampula, por considerar
que não existem condições para tal.
Ivone Soares, presidente da Liga
Juvenil da RENAMO confirmou o
adiamento do evento por questões
morais, mas também pelo facto do
líder do partido que iria
proceder à abertura do
evento ter sido atacado e
agora estar em parte incerta.
Em conferência de
Imprensa, a RENAMO
deu a conhecer na tarde
de sábado passado que
continua firme, apesar dos
atentados contra Dhlakama
e consequentemente contra
todo o povo.
Também em manifestação
de repúdio e condenação
dos atentados contra o Presidente
Afonso Dhlakama e sua comitiva
a chefe da Bancada Parlamentar
da RENAMO, repudiou os ataques
sofridos pelo Presidente Afonso
Dhlakama e comitiva a 12 e 25 de
Setembro de 2015.
“Ambos ataques foram
protagonizados durante a circulação
rodoviária da comitiva presidencial
da RENAMO na província de Manica,
demonstrando claramente o intuito
de assassinar o Presidente, assim
como infligir baixas à sua segurança
pessoal. Os ataques sofridos são
do género emboscada, excluindo
como tal qualquer iniciativa de fogo
por parte da RENAMO, limitando-se
esta exclusivamente
a se defender, em
respeito ao direito a vida”
refere o comunicado.
C o n s e q u e n t e m e n t e
segundo a mesma fonte, as
emboscadas protagonizadas
pelas Forças de Defesa e
Segurança resultaram na
morte de sete membros
da Comitiva do presidente
Afonso Dhlakama, dos
quais quatro civis e três
seguranças.
BANCADA DA RENAMO REPUDIA
ATENTADO DAS FDS CONTRA PRESIDENTE
A bancada parlamentar da
RENAMO manifestou a sua
indignação com os ataques
protagonizados pelas forças de
Defesa e Segurança de Moçambique
contra a comitiva do Presidente da
RENAMO. Segundo o comunicado,
as forças governamentais teriam
matado sete homens que integravam
a comitiva dentre eles quatro
civis e três homens da segurança
presidencial.
Passamos a apresentar na íntegra
o comunicado do manifesto de
repúdio:
MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO E
CONDENAÇÃO DOS ATENTADOS
CONTRA SUA EXCIA AFONSO
MACACHO MARCETA DHLAKAMA,
PRESIDENTE DA RENAMO E COMITIVA
Como Chefe da Bancada
Parlamentar da RENAMO, em meu
nome pessoal, dos Deputados e de
todos os funcionários publicamente
repudiamos os ataques sofridos
pelo Senhor Presidente Afonso
Dhlakama e comitiva a 12 e ontem,
25 de Setembro de 2015. Ambos
ataques foram protagonizados
durante a circulação rodoviária da
comitiva presidencial da RENAMO na
Província de Manica, demonstrando
claramente o intuito de assassinar
o Senhor Presidente, assim como
infligir baixas à sua segurança
pessoal. Os ataques sofridos são
do género emboscada, excluindo
como tal qualquer iniciativa de fogo
por parte da RENAMO, limitando-se
esta exclusivamente a se defender,
em respeito ao direito a vida.
Consequentemente, as emboscadas
protagonizadas pelas Forças de
Defesa e Segurança resultaram no
óbito de sete membros da Comitiva
Presidencial, dos quais quatro civis e
três seguranças.
Aquando do primeiro ataque
foram recolhidos e divulgados vários
testemunhos, incluindo jornalistas
que acompanhavam a comitiva do
Sr. Presidente Afonso Dhlakama,
como sendo a autoria do mesmo
da responsabilidade das Forças
de Defesa e Segurança através do
reconhecimento do seu fardamento
assim como a movimentação de
viaturas militares dos mesmos no
local.
A RENAMO não pode aceitar que na
sua maior gravidade não esteja uma
vez mais a ser cumprido o Acordo
Geral de Paz, assinado em 1992,
onde dá total liberdade de comícios
e manifestações aos partidos, assim
como a livre circulação na rodoviária
do País. O Governo está a pôr em
causa este acordo assinado em
Roma perante altas identidades
representativas de muitos Países e
Organizações: Zimbabwe, Botswana,
Quénia, Africa do Sul, Malawi, OUA,
Itália, Igreja Católica, Comunidade de
Santo Egídio, Nações unidas, Estados
Unidos, França,
Portugal, Reino Unido e não esteja
a ser cumprido o Acordo de Cessação
de Hostilidades Militares assinado a
5 de Setembro de 2014.
A Bancada da Resistência Nacional
Moçambicana não consegue
perceber quais são os motivos
que levam o Governo da Frelimo,
nos últimos anos, a não responder
conclusivamente aos sucessivos
assassinatos de jornalistas,
Professor Cistac e dos militantes ou
simpatizantes da RENAMO, assim
como as sucessivas perseguições e
prisões efectuadas com torturas aos
militantes da oposição com maior
destaque aos da RENAMO.
Moçambique após 16 anos de
guerra civil optou por uma democracia
representativa. Tendo por base a
Constituição, nós e o governo da
Frelimo temos a obrigação de a
cumprir, assim como os países que
estiveram presentes na assinatura
dos vários acordos de paz têm o
dever de se manifestar e pressionar
perante o não cumprimento de todos
os entendimentos alcançados. A
democracia não pode ser considerada
sinónimo de submissão da RENAMO
ao primado da Lei, nem do Governo
da Frelimo estar acima da Lei.
Não foi com o monopartidarismo
outrora praticado pela Frelimo e
que parece ser o caminho que este
governo pretende presentemente
reinstalar, que Moçambique
evoluiu ou irá evoluir criando as
oportunidades tão desejadas pelo
martirizado povo moçambicano.
O nosso caminho, assim como os
nossos propósitos de representação
e defesa do povo moçambicano
ao abrigo de uma democracia
efectiva irão continuar, disso não
abdicaremos.
Dra. Maria Ivone Soares
(Chefe da Bancada Parlamentar da RENAMO)
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