sexta-feira, 15 de novembro de 2013

PR moçambicano diz que é "homem de palavra" e vai deixar cargo no fim do mandato

 

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O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, defendeu hoje que é um "homem de palavra" e vai abandonar o cargo no final do mandato, afastando a ideia de aproveitar a crise política e militar para prolongar a permanência no poder.
Algumas correntes de opinião consideram que a crise política e militar que Moçambique atravessa, principalmente no centro do país, pode ser aproveitada por Armando Guebuza para ficar no cargo além do limite constitucional de dois mandatos consecutivos, que termina em 2014.
"Eu disse noutras ocasiões que sou um homem de palavra e ser homem de palavra significa que eu jurei a Constituição e eu respeito essa mesma Constituição. Portanto, eu trabalho para resolver os problemas que existem no país, hoje, completamente ciente de que terminarei com o meu mandato e depois os outros vão continuar a fazer correr ainda mais Moçambique para a frente", afirmou Armando Guebuza, em entrevista ao canal público Televisão de Moçambique (TVM).

O chefe de Estado moçambicano qualificou como "mal-intencionadas" as pessoas que afirmam que a atual situação do país poder levar ao adiamento das próximas eleições gerais (legislativas e presidenciais) em 2014 e justificar o alegado interesse de Armando Guebuza em continuar no cargo.
Ao abrigo da atual lei fundamental, o atual Presidente moçambicano não se pode recandidatar a mais um mandato, uma vez que cumpre em 2014 dois mandatos consecutivos, após ganhar em 2005 e 2009.
Na entrevista à TVM, Armando Guebuza exigiu que a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, cesse os alegados ataques contra alvos civis e militares no centro do país, apontando o diálogo como a via para a resolução da crise política no país.
"Quem tem de parar com as hostilidades é a Renamo", afirmou Guebuza, adiantando que a ação do exército moçambicano é em resposta às alegadas incursões dos homens armados do principal partido da oposição.
O chefe de Estado moçambicano reiterou a sua disponibilidade para se encontrar com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, visando a solução da tensão política e militar no país, referindo-se a um apelo aos dois líderes feito pela Igreja Católica moçambicana.
"Apelam também a mim e eu penso, por via disso, que estou no caminho correto quando quero o diálogo. Mas dá-me a impressão que eles devem ter outras ideias que podem ser úteis neste processo de diálogo e solução dos problemas", afirmou o chefe de Estado moçambicano.
Afonso Dhlakama não é visto em público desde o dia 21 de outubro, quando fugiu para paradeiro incerto, após o acampamento onde vivia, no centro do país, ser atacado pelo exército moçambicano.
Lusa  – 14.11.2013
NOTA:
Talvez lhe suceda José Pacheco…
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

Comments

1
Francisco moises said...
Armando Guebuza é um fascista e foi sempre um fascista embora se tenha identificado e camuflado o seu fascismo sob a capa de comunista da tendencia maoista. Mas comunistas sao fascistas e fascistas sao comunistas. Sao todos caras da mesma moeda pelas razoes que seguem.
No modus operandi dos fascistas e comunistas, nao existem diferenças. Fascistas e comunistas sao totalitarios, intolerantes e socialistas as vezes de nome ou as vezes de conviçao como os Nazistas cujo proprio nome de Nazi provem das palavras national socialista. Os Nazistas queriam o socialismo somente para pessoas da sua chamada raça superior ariana tal como o Guebuza e a sua camarilha acreditam no empreendimento social so para a camada da liderança da Frelimo. Os recursos de Moçambique estao somente para ele, a sua familia e os seus mais aconchegados da raça de ladroes da cupula da Frelimo. E foi assim nos tempos de Samora Machel e do Chissano.
Os comunistas e os fascisitas nao gostam da religiao e os comunistas e fascistas podem tolera-la quando esta serve os seus interesses e se nao podem suprima-la como aconteceu na Alemanha nazista com a Igreja Catolica e na Uniao soviética do Staline com a Igreja ortodoxa russa e na Polonia com a igreja catolica.
O fascista Guebuza nunca podera deixar o poder de bom grado. Se o fizer é porque sera forçado e se os seus planos de distrair as pessoas com a situaçao de guerra que agora provoca nao militar a seu favor ou tudo correr mal para ele.
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Benedito Marime said...
Há muitas formas de se sair do lugar e, ainda assim, se permanecer nele. Algumas das ensaiadas noutras partes do mundo e que, por certo, não repugnariam a Armando Emílio Guebuza, na sua postura de Caudilho fascista (mesmo que digam o contrário é o que ele, na sua governação mostra ser!), seriam: 1) fazer-se substituir pela sua Mulher (à moda de Nestor Kitcher, da Argentina); 2) pôr no lugar um delfim seu que o nomeasse a ele Primeiro-Ministro, para, na verdade e a partir da sombra, continuar a decidir soberanamente, por cinco anos, findos os quais regressaria como PR para mais dez anos, à luz da Constituição (à moda de Vladimir Putin); 3)manter o cargo de Presidente do seu Partido e, dessa forma, impor-se ao Governo e, por arrastamento, às demais instituições nacionais (estilo bicéfalo soviético dos anos 60-70 do Século XX) que, como se sabe, andam a reboque desse Partido. E em tudo isto, estaria a ser homem de palavra, a cumprir a Constituição, claro está!... Que de AEG ninguém espere coisa diferente de uma destas, pelo menos provinda da sua livre vontade.
3
Sabio said...
Nao existe nenhuma arte para saber as construccoes na mente escrita na cara de alguem. Essas sao apenas palavras. Nao sabemos o que o PR esteja pensando no intimo. Ca por me, se ele sair, eh por conta de forca maior, ponto final!

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