Elisio Macamo
Vou fechar o meu ciclo de "masturbação mental" (estou a citar) com o texto que se segue. Afinal, o problema do comprimento dos textos é também um problema técnico. Para quem o lê em telefone celular pode ser uma tortura à vista ou à bolsa. Infelizmente, não consigo breve. quem quiser que lhe envie uma versão PDF tem que me contactar no in-box.
Detesto a neutralidade
Esta não vai ser fácil porque... não há maneira de tirar benefícios políticos pessoais. Mas o assunto é sério. Nos meus últimos três textos fiz algo que na nossa esfera pública não é visto com bons olhos. Isto é, não é visto com bons olhos quando ela é feita por académicos. Com efeito, na nossa esfera pública existe a expectativa de que o académico seja uma pessoa sem preferências políticas. Ele apenas analisa friamente os assuntos, distribui culpas, propõe soluções e depois fica à espera de ver se as coisas correm bem ou mal para de novo distribuir culpas. Enganei-me. Vou ter que re-escrever a frase. Na verdade, a coisa não é bem assim. A expectativa na nossa esfera pública é que o académico seja uma pessoa neutra, a não ser que se trate de criticar o governo e o partido que governa. Aí o académico é engajado, comprometido com a causa do povo, justiça social, etc. Se ele insistir na neutralidade quando devia criticar o governo, é considerado traidor da causa da justiça social. Se não encontra matéria para criticar o governo, então é pior, pois nessas circunstâncias ele é considerado como um oportunista que se cala convenientemente para não comprometer as possibilidades de tirar proveito pessoal do seu conluio com os maus.
Eu detesto a neutralidade, para variar. Mas não a detesto pelas mesmas razões que alguns usam para criticar a postura académica nacional. Detesto-a porque cria confusão desnecessária na mente de pessoas e contamina o debate público de ideias. O problema, na verdade, está numa confusão que se faz entre, por um lado, a neutralidade e, por outro, a objectividade. Usamos estas duas palavras como se fossem sinônimas. Não são. A neutralidade define uma posição que não é a favor de nenhuma de duas alternativas. Mas, logicamente, é uma posição impossível, pois quem não opta, vamos lá, por duas posições morais ou éticas, não o faz por razões morais e éticas. Logo, não pode ser neutro. Não alinha simplesmente com as alternativas que lhe são dadas. A objectividade, por seu turno, define o interesse pelos méritos duma questão. Logicamente, o que o compromisso com a objectividade faz é obrigar os indivíduos a encontrarem formas de abordar um assunto, cuja plausibilidade não dependa do seu posicionamento moral e ético, mas sim, repito, dos próprios méritos da questão. Por exemplo, sou neutro quando não me junto ao côro de vozes que condenam ou apoiam a festa de aniversário do Chefe de Estado, mas objectivo quando perante os argumentos apresentados por uns e outros considero certos critérios mais fortes do que outros exigindo um posicionamento mais claro da minha parte sob pena de, ao não fazê-lo, entrar em contradição comigo próprio.
Porque é que fazemos esta confusão em Moçambique? Como em muitas outras coisas, somos vítimas do legado marxista que colocou todo o compromisso com a objectividade sob suspeita. Como o quadro marxista partia do princípio de que a sua visão do mundo era a única certa, a objectividade ficou refém do discurso político. Pior ainda do que isso foi que algumas pessoas chegaram mesmo a pensar que todo o indivíduo que insistisse na análise fria das coisas estivesse apenas a protelar a revolução. Do ponto de vista prático, esta atitude teve consequências desastrosas para a política, pois criou um ambiente em que as pessoas ignoravam factos que não se coadunassem com o discurso político. Aquelas Ofensivas Políticas e Organizacionais que Samora Machel fazia não tinham outro objectivo senão corrigir erros que tinham a sua origem principalmente na mentira que as pessoas eram obrigadas a praticar em nome dos objectivos da transformação socialista de Moçambique. Para bem dizer, a suspeita em relação à objectividade não se circunscreveu apenas ao campo político delineado pelo marxismo. Mesmo no contexto da discussão sobre teorias do conhecimento na filosofia, houve vários autores – e continua ainda a haver – que eram de opinião que a objectividade era impossível. Só que o debate que é feito nesse campo tem outras bases que não são políticas, mas sim filosóficas no sentido em que se questionam sobre os pressupostos da fala, sua legitimação e validação. A rejeição da objectividade em filosofia da ciência é assunto bem objectivo, ao contrário da rejeição no campo político!
Nos dias de hoje, assistimos de novo a esta confusão, desta feita, porém, promovida principalmente por quem busca na indignação – justificada ou não – a sua razão de ser. Exige-se neutralidade do académico quando se trata de não apontar problemas na crítica que se faz ao poder e desconfia-se de todo o apelo à objectividade com a suspeita segundo a qual seria um apoio implícito aos que fazem mal ao povo. Todo o pronunciamento que não alinhe no diapasão de quem critica o poder fica, deste modo, ferido de parcialidade e convoca o apelo à neutralidade. Nestas circunstâncias, a neutralidade passa a ser uma arma de silenciamento e um instrumento totalitário que desencoraja o pensamento. Não é à toa que muitos pseudo-debates no Facebook, mas também nos jornais, não passam de palmadinhas nas costas sem profundidade intelectual. O Amosse Macamo criticou uma vez a tendência que se tem de comentar quase tudo com a expressão “país do pandza” que, bem vistas as coisas, representa justamente a rejeição e recusa de pensar, a nós mesmos, mas também a todos os outros.
Neste momento corre a história da detenção aparentemente arbitrária pela polícia em Maputo dum jornalista por cinco horas de tempo. Li a história numa reportagem do MediaFax e fiquei estupefacto com a sua baixa qualidade. Está cheia de insinuações sobre as motivações da polícia – silenciar jornalistas “independentes” críticos ao governo e próximos da oposição – mas é muito circunspecta em relação ao que realmente aconteceu. Escreve que as perguntas do “interrogatório” eram de “tortura psicológica”, mas não diz que perguntas foram para o leitor perceber em que sentido a expressão “tortura psicológica” é usada. Tenho a certeza de que um artigo tão pobre como este é suficiente para pôr muita a gente na crença de que a Frelimo está numa perseguição de jornalistas. Pode estar, mas o artigo (pelo menos este artigo) não nos proporciona elementos suficientes para tirarmos essa conclusão. É parasitário na medida em que joga com aquilo que “toda a gente sabe” (sobre este governo malvado) para forçar interpretações tendenciosas (por enquanto e na ausência de mais dados) dum evento que, infelizmente, no nosso país é perfeitamente normal. A nossa polícia, lamentavelmente, não respeita o cidadão. Em Outubro do ano passado também fui detido na companhia de colegas estrangeiros que participavam comigo numa conferência em Maputo e só depois de muito tempo e complicação é que nos deixaram ir. Será que eles não sabiam que tenho o hábito de lamber botas e que, portanto, não havia necessidade de me “silenciarem”?
Enfim. Há muitos anos fui convidado pela escola de jornalismo em Maputo para dar algumas aulas. Uma das coisas que disse aos estudantes foi que não havia incompatibilidade entre ser intelectual – e jornalista é intelectual – e ter preferências políticas. Disse-lhes, para o que me pareceu ser a surpresa de quase todos, que o problema não era ter convicções políticas e torná-las públicas. O problema era ser crítico em relação às próprias convicções, algo que custa muito a muitos intelectuais e académicos. Mas esse é um problema essencialmente de integridade profissional. Se sou jurista e vejo o meu superior hierárquico a violar uma norma não me posso calar só porque essa violação é no interesse do que é bom para a causa que partilhamos. Estas coisas não acontecem apenas no governo. Acontecem também na esfera pública do debate onde muita gente aparece a defender posições indefensáveis só porque defendê-las é bom para a nossa causa. Pouca gente tem consciência de que serve melhor a sua causa primando pela objectividade, isto é pelo tipo de coisas que são plausíveis independentemente do nosso posicionamento político. Não admira, na verdade, que o debate de ideias entre nós seja sempre uma oposição entre branco e preto. Ou está tudo mal, ou está tudo bem. No meio, nesse espaço onde se constitui a nossa cidadania, não há nada, é terreno baldio que nem crianças usam para jogar a bola porque alguém andou propositadamente a partir garrafas de coca-cola (não é publicidade escondida). Está bem, no interesse do “Made in Mozambique”: garrafas de Manica ou 2M.
É por estas razões que detesto a neutralidade, a neutralidade tal e qual ela é entendida por algumas pessoas na nossa esfera pública. Sou fã de Guebuza. Admiro Dhlakama. Não tenho paciência com relatórios de estudos mal feitos sobre a nossa madeira, ainda que reconheça que temos um problema sério nessa área. Não vejo nenhuma incompatibilidade entre essas preferências e o meu papel de intelectual. Antes pelo contrário, expondo as razões que me levam a ter essas preferências é ensejo para que alguém me apresente outras razões que me deviam dissuadir e levar a rever as minhas preferências. As preferências em si não são nada. As razões que tenho para as ter, sim. São essas razões que devem constituir tema de debate, é isso que temos de discutir e não se estou bem de cabeça (até porque isto pode ser discutido, embora possa desde já adiantar que nem eu próprio tenho certeza disso...), nem se fui comprado ou espero ser recompensado pela Frelimo (que na sua enorme magnamidade vai me recompensar). É discutindo essas coisas que introduzimos mais sentido e mais razão no debate público de ideias. Na verdade, até é minha convicção que o principal problema deste país não é o governo que temos. É, sim, a qualidade da crítica que é deplorável e de muito péssima qualidade, sobretudo quando vem de alguns jornais que se consideram “independentes” fazendo confusão entre serem privados e não gostarem da Frelimo, por um lado, e simplesmente não terem nenhum alinhamento político concreto. Essa crítica é que faz mal ao país. Prontos, desabafei.
Resumindo: a minha tese é de que este país precisa de melhor qualidade na crítica. A minha principal premissa é de que existe confusão entre neutralidade e objectividade que impede o desenvolvimento dum raciocínio isento e íntegro. É resumo de resumo. Se alguém quiser criticar isto vai ter que reconstruir o argumento melhor do que o fiz agora. Só depois disso é que pode criticar. Objectividade é isso também!See more
Detesto a neutralidade
Esta não vai ser fácil porque... não há maneira de tirar benefícios políticos pessoais. Mas o assunto é sério. Nos meus últimos três textos fiz algo que na nossa esfera pública não é visto com bons olhos. Isto é, não é visto com bons olhos quando ela é feita por académicos. Com efeito, na nossa esfera pública existe a expectativa de que o académico seja uma pessoa sem preferências políticas. Ele apenas analisa friamente os assuntos, distribui culpas, propõe soluções e depois fica à espera de ver se as coisas correm bem ou mal para de novo distribuir culpas. Enganei-me. Vou ter que re-escrever a frase. Na verdade, a coisa não é bem assim. A expectativa na nossa esfera pública é que o académico seja uma pessoa neutra, a não ser que se trate de criticar o governo e o partido que governa. Aí o académico é engajado, comprometido com a causa do povo, justiça social, etc. Se ele insistir na neutralidade quando devia criticar o governo, é considerado traidor da causa da justiça social. Se não encontra matéria para criticar o governo, então é pior, pois nessas circunstâncias ele é considerado como um oportunista que se cala convenientemente para não comprometer as possibilidades de tirar proveito pessoal do seu conluio com os maus.
Eu detesto a neutralidade, para variar. Mas não a detesto pelas mesmas razões que alguns usam para criticar a postura académica nacional. Detesto-a porque cria confusão desnecessária na mente de pessoas e contamina o debate público de ideias. O problema, na verdade, está numa confusão que se faz entre, por um lado, a neutralidade e, por outro, a objectividade. Usamos estas duas palavras como se fossem sinônimas. Não são. A neutralidade define uma posição que não é a favor de nenhuma de duas alternativas. Mas, logicamente, é uma posição impossível, pois quem não opta, vamos lá, por duas posições morais ou éticas, não o faz por razões morais e éticas. Logo, não pode ser neutro. Não alinha simplesmente com as alternativas que lhe são dadas. A objectividade, por seu turno, define o interesse pelos méritos duma questão. Logicamente, o que o compromisso com a objectividade faz é obrigar os indivíduos a encontrarem formas de abordar um assunto, cuja plausibilidade não dependa do seu posicionamento moral e ético, mas sim, repito, dos próprios méritos da questão. Por exemplo, sou neutro quando não me junto ao côro de vozes que condenam ou apoiam a festa de aniversário do Chefe de Estado, mas objectivo quando perante os argumentos apresentados por uns e outros considero certos critérios mais fortes do que outros exigindo um posicionamento mais claro da minha parte sob pena de, ao não fazê-lo, entrar em contradição comigo próprio.
Porque é que fazemos esta confusão em Moçambique? Como em muitas outras coisas, somos vítimas do legado marxista que colocou todo o compromisso com a objectividade sob suspeita. Como o quadro marxista partia do princípio de que a sua visão do mundo era a única certa, a objectividade ficou refém do discurso político. Pior ainda do que isso foi que algumas pessoas chegaram mesmo a pensar que todo o indivíduo que insistisse na análise fria das coisas estivesse apenas a protelar a revolução. Do ponto de vista prático, esta atitude teve consequências desastrosas para a política, pois criou um ambiente em que as pessoas ignoravam factos que não se coadunassem com o discurso político. Aquelas Ofensivas Políticas e Organizacionais que Samora Machel fazia não tinham outro objectivo senão corrigir erros que tinham a sua origem principalmente na mentira que as pessoas eram obrigadas a praticar em nome dos objectivos da transformação socialista de Moçambique. Para bem dizer, a suspeita em relação à objectividade não se circunscreveu apenas ao campo político delineado pelo marxismo. Mesmo no contexto da discussão sobre teorias do conhecimento na filosofia, houve vários autores – e continua ainda a haver – que eram de opinião que a objectividade era impossível. Só que o debate que é feito nesse campo tem outras bases que não são políticas, mas sim filosóficas no sentido em que se questionam sobre os pressupostos da fala, sua legitimação e validação. A rejeição da objectividade em filosofia da ciência é assunto bem objectivo, ao contrário da rejeição no campo político!
Nos dias de hoje, assistimos de novo a esta confusão, desta feita, porém, promovida principalmente por quem busca na indignação – justificada ou não – a sua razão de ser. Exige-se neutralidade do académico quando se trata de não apontar problemas na crítica que se faz ao poder e desconfia-se de todo o apelo à objectividade com a suspeita segundo a qual seria um apoio implícito aos que fazem mal ao povo. Todo o pronunciamento que não alinhe no diapasão de quem critica o poder fica, deste modo, ferido de parcialidade e convoca o apelo à neutralidade. Nestas circunstâncias, a neutralidade passa a ser uma arma de silenciamento e um instrumento totalitário que desencoraja o pensamento. Não é à toa que muitos pseudo-debates no Facebook, mas também nos jornais, não passam de palmadinhas nas costas sem profundidade intelectual. O Amosse Macamo criticou uma vez a tendência que se tem de comentar quase tudo com a expressão “país do pandza” que, bem vistas as coisas, representa justamente a rejeição e recusa de pensar, a nós mesmos, mas também a todos os outros.
Neste momento corre a história da detenção aparentemente arbitrária pela polícia em Maputo dum jornalista por cinco horas de tempo. Li a história numa reportagem do MediaFax e fiquei estupefacto com a sua baixa qualidade. Está cheia de insinuações sobre as motivações da polícia – silenciar jornalistas “independentes” críticos ao governo e próximos da oposição – mas é muito circunspecta em relação ao que realmente aconteceu. Escreve que as perguntas do “interrogatório” eram de “tortura psicológica”, mas não diz que perguntas foram para o leitor perceber em que sentido a expressão “tortura psicológica” é usada. Tenho a certeza de que um artigo tão pobre como este é suficiente para pôr muita a gente na crença de que a Frelimo está numa perseguição de jornalistas. Pode estar, mas o artigo (pelo menos este artigo) não nos proporciona elementos suficientes para tirarmos essa conclusão. É parasitário na medida em que joga com aquilo que “toda a gente sabe” (sobre este governo malvado) para forçar interpretações tendenciosas (por enquanto e na ausência de mais dados) dum evento que, infelizmente, no nosso país é perfeitamente normal. A nossa polícia, lamentavelmente, não respeita o cidadão. Em Outubro do ano passado também fui detido na companhia de colegas estrangeiros que participavam comigo numa conferência em Maputo e só depois de muito tempo e complicação é que nos deixaram ir. Será que eles não sabiam que tenho o hábito de lamber botas e que, portanto, não havia necessidade de me “silenciarem”?
Enfim. Há muitos anos fui convidado pela escola de jornalismo em Maputo para dar algumas aulas. Uma das coisas que disse aos estudantes foi que não havia incompatibilidade entre ser intelectual – e jornalista é intelectual – e ter preferências políticas. Disse-lhes, para o que me pareceu ser a surpresa de quase todos, que o problema não era ter convicções políticas e torná-las públicas. O problema era ser crítico em relação às próprias convicções, algo que custa muito a muitos intelectuais e académicos. Mas esse é um problema essencialmente de integridade profissional. Se sou jurista e vejo o meu superior hierárquico a violar uma norma não me posso calar só porque essa violação é no interesse do que é bom para a causa que partilhamos. Estas coisas não acontecem apenas no governo. Acontecem também na esfera pública do debate onde muita gente aparece a defender posições indefensáveis só porque defendê-las é bom para a nossa causa. Pouca gente tem consciência de que serve melhor a sua causa primando pela objectividade, isto é pelo tipo de coisas que são plausíveis independentemente do nosso posicionamento político. Não admira, na verdade, que o debate de ideias entre nós seja sempre uma oposição entre branco e preto. Ou está tudo mal, ou está tudo bem. No meio, nesse espaço onde se constitui a nossa cidadania, não há nada, é terreno baldio que nem crianças usam para jogar a bola porque alguém andou propositadamente a partir garrafas de coca-cola (não é publicidade escondida). Está bem, no interesse do “Made in Mozambique”: garrafas de Manica ou 2M.
É por estas razões que detesto a neutralidade, a neutralidade tal e qual ela é entendida por algumas pessoas na nossa esfera pública. Sou fã de Guebuza. Admiro Dhlakama. Não tenho paciência com relatórios de estudos mal feitos sobre a nossa madeira, ainda que reconheça que temos um problema sério nessa área. Não vejo nenhuma incompatibilidade entre essas preferências e o meu papel de intelectual. Antes pelo contrário, expondo as razões que me levam a ter essas preferências é ensejo para que alguém me apresente outras razões que me deviam dissuadir e levar a rever as minhas preferências. As preferências em si não são nada. As razões que tenho para as ter, sim. São essas razões que devem constituir tema de debate, é isso que temos de discutir e não se estou bem de cabeça (até porque isto pode ser discutido, embora possa desde já adiantar que nem eu próprio tenho certeza disso...), nem se fui comprado ou espero ser recompensado pela Frelimo (que na sua enorme magnamidade vai me recompensar). É discutindo essas coisas que introduzimos mais sentido e mais razão no debate público de ideias. Na verdade, até é minha convicção que o principal problema deste país não é o governo que temos. É, sim, a qualidade da crítica que é deplorável e de muito péssima qualidade, sobretudo quando vem de alguns jornais que se consideram “independentes” fazendo confusão entre serem privados e não gostarem da Frelimo, por um lado, e simplesmente não terem nenhum alinhamento político concreto. Essa crítica é que faz mal ao país. Prontos, desabafei.
Resumindo: a minha tese é de que este país precisa de melhor qualidade na crítica. A minha principal premissa é de que existe confusão entre neutralidade e objectividade que impede o desenvolvimento dum raciocínio isento e íntegro. É resumo de resumo. Se alguém quiser criticar isto vai ter que reconstruir o argumento melhor do que o fiz agora. Só depois disso é que pode criticar. Objectividade é isso também!See more
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