A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, informou hoje que nove pessoas morreram e 78 ficaram feridas nos protestos ocorridos após as eleições presidenciais do país, disputadas no último dia 14.
Dentre os feridos, há 67 com lesões ligeiras, nove com lesões graves e dois em estado muito grave de saúde.
A procuradora destacou que as autoridades venezuelanas estão «a sancionar a conduta» das pessoas envolvidas nos protestos, e não a manifestação em si.
«Não vamos criminalizar o protesto, que é o oxigénio da democracia. O protesto de rua saudável e pacífico não tem a finalidade de agredir», disse Ortega, durante uma conferência de imprensa.
As manifestações na Venezuela ocorreram após o anúncio dos resultados das eleições, vencidas pelo candidato governista Nicolás Maduro com uma vantagem de apenas 1,8%.
A maioria dos protestos foi convocada pela oposição, liderada pelo candidato derrotado Henrique Capriles, que exige a recontagem dos votos.
A procuradora-geral afirmou que os chamados da oposição para a realização de actos violentos foram tanto «directos quanto subliminares», e destacou que as autoridades «estão a investigar» tudo.
«Fazemos um pedido para comportarem-se dentro das regras e normas. Ao povo venezuelano pedimos confiança nas instituições para contribuírem, todos, com a manutenção da ordem que merecemos. Como procuradora-geral, garanto que estamos a fazer justiça, com imparcialidade», disse Ortega.
Sem comentários:
Enviar um comentário