Monday, August 26, 2019

Sectores Militares dos Estados Unidos Apostam no Regime da Frelimo


Um artigo de opinião assinado pelo Almirante Gary Roughead deixa transparecer que círculos militares norte-americanos apostam no regime da Frelimo e em sectores empresariais a braços com um processo judicial nos Estados Unidos, mormente a Privinvest. O autor refere-se à Privinvest, cujo director executivo, Jean Boustani, encontra-se detido em Nova Iorque a aguardar julgamento por fraude, como "um modelo para África".
Não obstante o suposto "modelo para África", em Fevereiro a Procuradoria-Geral da República, agindo por instruções do governo moçambicano, instaurou um processo contra a Privinvest junto de tribunal britânico. No mês seguinte, a Privinvest moveu uma acção perante tribunal suíço contra o Estado moçambicano e três empresas sob tutela da polícia política do regime da Frelimo.
O Almirante Gary Roughead, que foi quem comandou as frotas da Marinha de Guerra dos Estados Unidos no Atlântico e Pacífico, para além de ter desempenhado o cargo de Chefe de Operações Navais de 2007 a 2011, enaltece o papel desempenhado pela Privinvest no escândalo financeiro conhecido por «dívidas ilegais» ao qual está directamente ligada a família Guebuza e outros sectores do regime da Frelimo, incluindo o actual presidente da República.
Publicado na «Maritime Global News», o artigo defende a viabilidade do projecto Ematum, quer na vertente pesqueira, quer na da segurança, não obstante os factos comprovarem que se tratou de mais um fiasco empresarial do regime da Frelimo. Revelando desconhecer as condições específicas do Canal de Moçambique, o Almirante Roughead alega que a frota da Ematum tem capacidade para operar em operações de defesa e de pesca longe da costa.
Em declarações perante uma comissão da Assembleia da República, o ministro da defesa do regime da Frelimo admitiu que as lanchas da Ematum não eram viáveis para fins militares. As embarcações da Ematum não foram concebidas para operar como frota atuneira – embora tivesse sido esse o objecto comercial do projecto – dada a sua falta de autonomia, pormenor ignorado quer pelos dirigentes do sector pesqueiro moçambicano, quer pela Privinvest.
De referir que o Admiral Gary Roughead, na reforma desde 2011, passou a integrar no ano seguinte o Conselho de Administração da Northrop Grumman, uma das principais firmas fornecedoras de material bélico ao Departamento de Defesa norte-americano. Em 2012, o Pentágono adjudicou contratos à Northrop Grumman num montante aproximado de $3 biliões.
Desde que integrou o Conselho de Administração da Northrop Grumman em 2012, o Almirante Gary Roughead arrecadou $1.6 milhões.
A Blackwater Security Company, fundada por Erik Prince que se tornou accionista das empresas criadas pelo regime da Frelimo no âmbito do processo «dívidas ocultas», foi outra empreiteira que beneficiou de avultados contratos adjudicados pelos sectores militares e de segurança dos Estados Unidos.
O artigo assinado pelo Almirante Gary Roughead disponível em:
Foto: Almirante Gary Roughead
Munguambe Nietzsche, Lourenco Jose e 34 outras pessoas
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Comentários
  • Laisse Zangui Maluquices
  • Chico Francisco O Almirante Gary Roughead é um comerciante sanguinário. Está ávido por ter dinheiro sem olhar a meios. Mas fique claro que as opiniões do Almirante não reflectem a posição oficial do Governo Americano que é muito sensível aos direitos humanos, respeito pela lei, liberdade, transparência, ética, boa governação e livre concorrência.
    • Joao Cabrita Chico Francisco, podem as opiniões do Almirante não reflectir a posição oficial do governo americano, mas que este "é muito sensível aos direitos humanos, respeito pela lei, liberdade, transparência, ética, boa governação e livre concorrência" é algo que não corresponde à prática de sucessivos governos dos Estados Unidos desde a independência de Moçambique. 

      O governo dos Estados Unidos começou por reconhecer o regime de ditadura instaurado em 1975, não obstante ter conhecimento das graves violações dos direitos humanos que vinham sendo perpretradas desde o governo de transição. Na luta pela democracia colocou-se-se ao lado de quem a combatia, e na fase democrática do nosso país tem vindo a avalizar sistematicamente as burlas eleitorais engendradas pelo regime da Frelimo. 
      Até ao presente momento o governo dos Estados Unidos não adoptou nenhuma posição coerente face à burla pré-eleitoral orquestrada pela CNE a mando do regime dos Filhos Da Frelimo, prontamente denunciada pelo INE, facto que levou Nyusi a ameaçar o director dessa instituição, tratando-o como se fosse erva daninha, no melhor estilo do quero, posso e mando.
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    • Chico Francisco João Cabrita nos EUA faz-se muito uso da figura do lobby para fazer chegar a sua opinião a centros de decisão. No caso da luta dos moçambicanos pela democracia muito lobby foi feito para desmascarar aos que queriam esvaziar a verdadeira motivação da guerra.Se estiver lembrado até as escalas nos aeroportos em alguns hostis países eram vedadas aos combatentes pela liberdade.. O Quénia e o Malawi foram sempre coerentes. Assim como Strausse em Baviera na Alemanha Federal.Mesmo em Portugal houve posições diferenciados no tratamento das forças da Liberdade. Enquanto isso o clube socialista batia-se em defesa do seu menino atraves da Internacional Socialista, o Movimento dos Não Alinhados e outros grupos fanáticos de esquerda e comunistas na Região Austral de África. em outras regiões do mundo.
Posted by Moçambique at

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