Tuesday, August 20, 2019

O ASSUNTO NYONGO JÁ É DE ÂMBITO NACIONAL

O ASSUNTO NYONGO JÁ É DE ÂMBITO NACIONAL
Ontem tive aulas de diplomacia dadas pelo ex-Estadista moçambicano, Joaquim Chissano, que considerou as fricções na Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), como assunto de relevo nacional e não partidário, pois, mexe com a paz e harmonia social.
Chissano afirma que se ele fosse actualmente o presidente ouviria de perto as sensibilidades de cada combatente da perdiz, considerando que cada um tem as suas pretensões.
A explicação do Joaquim veio reforçar a minha tese de que o acordo definitivo de cessação de hostilidades assinado a 6 de Agosto, que contou com a presença de altos quadros do continente, violou sem dúvidas as sensibidades dos homens que por quase meio século vivem nas matas a mercê do destino....depois do consenso entre os implicados no processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR), este deveria ser levado as bases para a sua análise, para posterior votação, podendo ser chumbado ou não consoante as espetactivas dos interessados.
O pecado do DDR foi por este ter sido guiado por engravatados, que não quiseram ouvir o parecer dos demais vassalos (Rangers), o que plantou um cenário de contestação para com a figura do seu líder.
A renamo engravatada precipitou-se em ter eleito a velocidade da luz, um novo substituto de Afonso Dhlakama, sem colher os pareceres daqueles que conviveram com o finado até ao seu último minuto e segundo de vida.
Quando o senhor Ossufo Momad chegou a liderança da perdiz, não se preocupou em unificar ainda mais o partido, mas afincou-se em desmontar o comando do Estado-Maior General, dispersando os confessionários do Dhlakama em várias bases, o que também foi motivo de contestações por parte da ala militar, que acusou Momad, de ter confinado e torturado o genaral Mariano de Sousa por 121 dias sem acesso ao fraterno abraço dos seus familiares e companheiros de guerrilha.
O governo tem a SISE para investigar assuntos de género, portanto, também precipitou-se em ter assinado um dossier de extrema importância com alguém chamado por JUDAS ESCARIOTES, por pessoas que têm as armas que devem ser recuperadas pelo Estado, portanto, aquando da primeira contestação este devia ter procurado se encontrar com os contestários para ouví-los de perto.
A ala militar nunca recusou negociar com o governo, mas sim contestava ser conduzido a assinatura do acordo encabeçados pelo contestado senhor Ossufo Momad, pois, como eu vinha dizendo este é chamado de traidor, das memórias de Dhlakama e da Renamo.
A verdade embora neguemos, é visível, a renamo é um movimento armado que depois se transformou em partido graças a assinatura do Acordo Geral de Paz, assinado a 4 de Outubro de 1992 em Roma pelos presidentes Joaquim Chissano e Afonso Macacho Marceta Dhlakama Muvhambo, portanto, é lógico que quem tem o pleno e conjugado direito de decisão não são os engravatados, mas sim, aqueles que com os pés descalços e sem camuflagem trouxeram a democracia.
É visível o esgotamento que se instalou no seio da ala militar depois da morte do seu líder, pois, estes tinham um presidente não materialista que era o reflexo de todos que conviviam com ele nas verdejantes e ricas matas de Gorongosa....
Com o desaparecimento do Dhlakama, estes notaram que a renamo virou um partido de "monhés" interessados com o dinheiro acima do bem estar social, uma bolada de 71.3 milhões já recusada pelo DHL.
A renamo engravatada perdeu o controlo da ala militar, portanto, toda a sociedade moçambicana é chamada a reflectir sobre este problema que mexe com a PAZ, DEMOCRACIA, HARMONIA E O BEM ESTAR SOCIAL.
Gosto
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Comentários
  • Aderito Nuvunga Chissano de merda o qui ele fez em todos 18 anos qui esteve no poder PORQ desermar a RENAMO e RENTEGRAR os homens da RENAMO nas FDM ,SISE e na POLICIA isso era parte do acordo de PAZ ,da ROMA assinada por ele e AFONSO DLHAKAMA e hoje nao nos venha aqui de um academico para desvalorizar o trabalho qui outros tam afazer a menos de 5 anos CHISSANO CONA DA SUA MAE
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  • Arnaldo Mendes Quem criou esta situação a partir de Roma, foi esse cínico, diplomata mafioso
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  • Joaquim António Zandamela Guilherme Manuel Chauque, não nos confunda com quem não viveu a guerra dos 16 anos até ao AGP. Chissano é bom por se reinventar sempre que está diante de microfones. Mas, em abono da verdade, este é sim problema do meu ídolo político Joaquim Chissano. Podia ter resolvido de forma clara e definitiva o assunto das armas em Moçambique, e não conseguiu, daí que esses pronunciamentos, a serem do Chissano, foi uma aula infeliz para ele como teu professor e para tí como tendo sido aluno da aludida aula.

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