quinta-feira, 8 de março de 2018

Os amigos hostis da democracia

AULA DE SAPIÊNCIA OU... DE PACIÊNCIA? 🤔
(* Para todos aqueles que, como eu, não tem acesso ao mural do prof. Elisio Macamo, partilho aqui um dos seus últimos posts...)
«Os amigos hostis da democracia
O que eu, por ingenuidade, julgava inconcebível, tornou-se realidade esta semana. Depois de festejarem a interrupção do apoio directo orçamental em reacção às “dívidas ocultas”, algumas das ONGs nacionais envolvidas nesse ritual masoquista vieram a público apelar aos doadores para que levantem a suspensão, só que desta feita, à margem do orçamento do Estado e em benefício das ONGs que terão a responsabilidade de acudir aos mais necessitados no seio da população.
Não é para rir, nem chorar. No caso do CIP é apenas para confirmar a implacável coerência do oportunismo profissional; nos casos do MASP e do Observatório do Meio Rural é para constatar os efeitos nefastos de quem confunde uma agenda institucional com os verdadeiros anseios do povo; do IESE, para mim a maior decepção neste caso, admira-me a traição dos valores científicos por conveniência política mal avisada. Qualquer que seja o caso, noto uma linha histórica de continuidade que ainda explica a colonização em África. Não foi apenas a vantagem tecnológica e militar dos europeus; foi também a existência de gente entre nós que acreditou que aliando-se aos invasores – porque mais esclarecida e comprometida com os mais altos valores de não sei o quê – seria capaz de manter a integridade das nossas sociedades. A História, essa grande professora, deu-nos outra aula como se sabe.
O mais fácil neste momento singularmente triste, seria de perder mais fôlego lançando diatribes contra os “traidores da pátria”, os “oportunistas”, os “infiltrados”, etc. Não é que me falte vontade para fazer isso, mas como se trata de pessoas aparentemente sem consciência, tal seria água em cima de pato, portanto, inútil. Um exercício que, no entanto, urge é o de reflectir sobre a natureza do político de modo a tentar tornar claro porque ao contrário do que gente de bem pensa, as nossas premissas analíticas são parte do problema que estamos com ele, para usar dicção dos nossos irmãos do Atlântico. O problema de Moçambique não é a existência dum Estado tomado por “criminosos” e que gente valente e íntegra na sociedade civil tenta salvar. O nosso problema é que existe uma acção concertada, ainda que inconsciente, dos actores políticos – que incluem os verdadeiros políticos que militam em partidos e os falsos políticos da sociedade civil que se consideram “independentes” – dirigida contra a integridade do político. O nosso problema é que somos contra a política, ou melhor, fazemos tudo ao nosso alcance para erradicar a política do nosso seio.
Esta postura é, curiosamente, mais vincada no seio dos falsos políticos. São, na sua essência, milenaristas. Trazem dentro de si a profunda convicção na ideia de que um mundo perfeito é possível e que esse mundo se confunde com o que eles são, nomeadamente pessoas comprometidas com o bem estar dos menos afortunados da nossa terra. Dessa convicção eles extraiem a ideia de que uma imperfeição básica no nosso seio impede-nos de viabilizarmos esse mundo perfeito pelo qual eles dão o melhor de si. Essa imperfeição é representada pelo eixo do mal entre nós, nomeadamente a política institucionalizada, mas também todos aqueles que não são eles, a qual urge purificar. Eles têm também o remédio: eles próprios. O que eles sabem é o que o país precisa para se libertar do mal.
Quem estiver a ler isto com atenção vai descobrir nesta postura algo que não é novo entre nós. A Frelimo gloriosa foi assim. A sua aposta no “homem novo” alimentava-se do mesmo tipo de milenarismo que se traduziu no totalitarismo político que ainda hoje nos cria problemas. Um país moldado à imagem do CIP, um dos expoentes máximos desta postura milenarista, seria um país autoritário e totalitário radicado na ideia de que existem eleitos que sabem o que é bom para o povo e que a prossecução do que é bom estaria acima de tudo, mesmo das leis. No fundo, o CIP não é diferente do que ataca.
Como em todo o milenarismo, o que importa é a vinda do reino do Senhor. Intelectualmente, isto tem o efeito de promover uma postura analítica preocupada em confirmar o que se sabe. Por exemplo, mais um estudo que mostra que existe corrupção em mais um sector é mais confortante do que um estudo que mostra pessoas que resistem à corrupção. Mais um escândalo que “prova” a perfídia do Governo é mais interessante do que perceber as circunstâncias que produziram o escândalo.
Politicamente, o milenarismo promove uma hostilidade visceral ao que dá substância à vida em comunidade, nomeadamente a crítica. A insistência doentia na exposição, denúncia e punição dos prevaricadores é típica duma moral absoluta que se crê auto-suficiente e capaz de prescindir da política. Lembra regimes totalitários como o Nazismo ou o Estalinismo. O bem só vem do fim da política, não do seu reforço. Assim, algumas das nossas ONGs acreditam sinceramente – não há necessariamente maldade nisso – na ideia de que o melhor seria uma aliança com os doadores para acabar com o Estado de modo a reconstrui-lo sobre novos alicerces morais dos quais os seus funcionários (das ONGs) seriam dignos portadores. Foi assim que pensaram alguns régulos que venderam o continente africano...
Portanto, o apelo lançando pelas OSC a favor do levantamento das sanções contra o Estado, mas em benefício próprio, não deve ser interpretado como falta de patriotismo. Não é isso. É, por um lado, ingenuidade, mas por outro, o efeito nefasto da ausência de capacidade de introspecção. A ingenuidade consiste na aparente dificuldade que estes oportunistas têm de saber apreciar que a sua existência, no fundo, é incompatível com a continuidade e viabilidade do país como entidade política. Eles não têm noção do ridículo da sua situação: a sua reprodução social depende do enfraquecimento deliberado da nação política. A ausência de capacidade de introspecção é função da sua moral absoluta. De tão convencidos que estão do seu açambarcamento da razão, eles nunca têm dúvidas. Não existe pior postura intelectual do que uma crença desmedida na qualidade das próprias soluções que não permite sequer uma dúvida sobre essas mesmas soluções. E, o que é ainda pior, mas fica para uma outra reflexão, nas condições de países como Moçambique é preciso ter um desprezo profundo pelo país para se ser dum certo tipo de sociedade civil.
A democracia está cada vez mais órfã no país vítima dos seus próprios amigos.
Os amigos hostis da democracia – notas de leitura
Eis uma pequena ajuda a ver se discutimos melhor. Numerei os parágrafos e resumi a ideia central de cada um deles para destacar a substância do texto. Você acha que pode discutir isso?
1. O que eu, por ingenuidade, julgava inconcebível, tornou-se realidade esta semana. Depois de festejarem a interrupção do apoio directo orçamental em reacção às “dívidas ocultas”, algumas das ONGs nacionais envolvidas nesse ritual masoquista vieram a público apelar aos doadores para que levantem a suspensão, só que desta feita, à margem do orçamento do Estado e em benefício das ONGs que terão a responsabilidade de acudir aos mais necessitados no seio da população. [exposição do assunto: comunicado de alguns ONGs nacionais]
2. Não é para rir, nem chorar. No caso do CIP é apenas para confirmar a implacável coerência do oportunismo profissional; nos casos do MASP e do Observatório do Meio Rural é para constatar os efeitos nefastos de quem confunde uma agenda institucional com os verdadeiros anseios do povo; do IESE, para mim a maior decepção neste caso, admira-me a traição dos valores científicos por conveniência política mal avisada. Qualquer que seja o caso, noto uma linha histórica de continuidade que ainda explica a colonização em África. Não foi apenas a vantagem tecnológica e militar dos europeus; foi também a existência de gente entre nós que acreditou que aliando-se aos invasores – porque mais esclarecida e comprometida com os mais altos valores de não sei o quê – seria capaz de manter a integridade das nossas sociedades. A História, essa grande professora, deu-nos outra aula como se sabe. [opinião – negativa – do autor sobre a “coerência” do posicionamento dessas ONGs]
3. O mais fácil neste momento singularmente triste, seria de perder mais fôlego lançando diatribes contra os “traidores da pátria”, os “oportunistas”, os “infiltrados”, etc. Não é que me falte vontade para fazer isso, mas como se trata de pessoas aparentemente sem consciência, tal seria água em cima de pato, portanto, inútil. Um exercício que, no entanto, urge é o de reflectir sobre a natureza do político de modo a tentar tornar claro porque ao contrário do que gente de bem pensa, as nossas premissas analíticas são parte do problema que estamos com ele, para usar dicção dos nossos irmãos do Atlântico. O problema de Moçambique não é a existência dum Estado tomado por “criminosos” e que gente valente e íntegra na sociedade civil tenta salvar. O nosso problema é que existe uma acção concertada, ainda que inconsciente, dos actores políticos – que incluem os verdadeiros políticos que militam em partidos e os falsos políticos da sociedade civil que se consideram “independentes” – dirigida contra a integridade do político. O nosso problema é que somos contra a política, ou melhor, fazemos tudo ao nosso alcance para erradicar a política do nosso seio. [o que na óptica do autor precisa de ser reflectido: o que significa este comunicado em relação à nossa postura para com a democracia/político?]
4. Esta postura é, curiosamente, mais vincada no seio dos falsos políticos. São, na sua essência, milenaristas. Trazem dentro de si a profunda convicção na ideia de que um mundo perfeito é possível e que esse mundo se confunde com o que eles são, nomeadamente pessoas comprometidas com o bem estar dos menos afortunados da nossa terra. Dessa convicção eles extraiem a ideia de que uma imperfeição básica no nosso seio impede-nos de viabilizarmos esse mundo perfeito pelo qual eles dão o melhor de si. Essa imperfeição é representada pelo eixo do mal entre nós, nomeadamente a política institucionalizada, mas também todos aqueles que não são eles, a qual urge purificar. Eles têm também o remédio: eles próprios. O que eles sabem é o que o país precisa para se libertar do mal. [resposta: postura milenarista; elaboração dessa postura]
5. Quem estiver a ler isto com atenção vai descobrir nesta postura algo que não é novo entre nós. A Frelimo gloriosa foi assim. A sua aposta no “homem novo” alimentava-se do mesmo tipo de milenarismo que se traduziu no totalitarismo político que ainda hoje nos cria problemas. Um país moldado à imagem do CIP, um dos expoentes máximos desta postura milenarista, seria um país autoritário e totalitário radicado na ideia de que existem eleitos que sabem o que é bom para o povo e que a prossecução do que é bom estaria acima de tudo, mesmo das leis. No fundo, o CIP não é diferente do que ataca. [estabelecimento de paralelos com a história recente do país; será que o CIP é mesmo democrático?]
6. Como em todo o milenarismo, o que importa é a vinda do reino do Senhor. Intelectualmente, isto tem o efeito de promover uma postura analítica preocupada em confirmar o que se sabe. Por exemplo, mais um estudo que mostra que existe corrupção em mais um sector é mais confortante do que um estudo que mostra pessoas que resistem à corrupção. Mais um escândalo que “prova” a perfídia do Governo é mais interessante do que perceber as circunstâncias que produziram o escândalo. [implicações intelectuais da postura]
7. Politicamente, o milenarismo promove uma hostilidade visceral ao que dá substância à vida em comunidade, nomeadamente a crítica. A insistência doentia na exposição, denúncia e punição dos prevaricadores é típica duma moral absoluta que se crê auto-suficiente e capaz de prescindir da política. Lembra regimes totalitários como o Nazismo ou o Estalinismo. O bem só vem do fim da política, não do seu reforço. Assim, algumas das nossas ONGs acreditam sinceramente – não há necessariamente maldade nisso – na ideia de que o melhor seria uma aliança com os doadores para acabar com o Estado de modo a reconstrui-lo sobre novos alicerces morais dos quais os seus funcionários (das ONGs) seriam dignos portadores. Foi assim que pensaram alguns régulos que venderam o continente africano... [implicações políticas da postura]
8. Portanto, o apelo lançando pelas OSC a favor do levantamento das sanções contra o Estado, mas em benefício próprio, não deve ser interpretado como falta de patriotismo. Não é isso. É, por um lado, ingenuidade, mas por outro, o efeito nefasto da ausência de capacidade de introspecção. A ingenuidade consiste na aparente dificuldade que estes oportunistas têm de saber apreciar que a sua existência, no fundo, é incompatível com a continuidade e viabilidade do país como entidade política. Eles não têm noção do ridículo da sua situação: a sua reprodução social depende do enfraquecimento deliberado da nação política. A ausência de capacidade de introspecção é função da sua moral absoluta. De tão convencidos que estão do seu açambarcamento da razão, eles nunca têm dúvidas. Não existe pior postura intelectual do que uma crença desmedida na qualidade das próprias soluções que não permite sequer uma dúvida sobre essas mesmas soluções. E, o que é ainda pior, mas fica para uma outra reflexão, nas condições de países como Moçambique é preciso ter um desprezo profundo pelo país para se ser dum certo tipo de sociedade civil. [conclusão: as ONGs não são anti-patrióticas; são ingênuas e incapazes de introspecção]
9. A democracia está cada vez mais órfã no país vítima dos seus próprios amigos. [achega: a nossa democracia é minada por quem se considera democrata].
Agora, (a) há quem foi encontrar aqui uma campanha pessoal contra as ONGs nacionais. Mentira. Só critico estas quatro e faço questão de destacar isso quando me refiro a um certo tipo de ONGs. Há (b) outros que foram encontrar aqui uma discussão sobre se ONGs podem ou não assumir funções do Estado. Mentira. A minha questão é o que este comunicado significa para a nossa ideia de política. Outros ainda (c) encontraram aqui uma negação do papel da sociedade civil. Outra mentira. Não concordar com a actuação dum certo tipo de ONGs não é pôr em causa o direito de existência da sociedade civil. Outros viram acusações de anti-patriotismo. Isto é imbecil. No texto escrevo claramente que esse assunto não é importante e ainda concluo dessa maneira dizendo que o assunto é outro.
Vamos debater ou não?
Comentários

Professor, as pessoas leem os teus textos já com veredictos. Sempre vão apanhar o que procuram para se encaixar na descrição que tem de ti. As pessoas vão ler seis vezes o texto se necessário, até gritar um eureka. Mesmo neste texto explicativo, alguma coisa vai ser descoberta. Escreva o que estou a dizer.»
Juntando uma reflexão a um pensamento partilhado...

A seguir partilho uma reflexão de Elísio Macamo. Partilho-a porque concordo parcialmente com ela. Concordo, por exemplo, com a ideia de que a persistência em denunciar só o que se considera ser mau sem reconhecer o bem que se faz entre nós em Moçambique é reflexo da crise de identidade política da nossa sociedade. Também concordo que em Moçambique há cada vez mais pessoas instruídas, incluindo o autor da reflexão que a seguir partilho, que pensam e acreditam que o melhor que há é o que os outros fazem noutras latitudes e longitudes. Sem explicação alguma de mérito, essas pessoas não consideram que os moçambicanos têm o direito de ter, e podem conceber e desenvolver, o seu próprio modelo de sociedade política. Para essas pessoas, o melhor a fazer é copiar e aplicar modelos de sociedade política dentre os que já existem e são aplicados nos países do velho continente ou na da América que em Deus confia o seu destino. E depois fica uma discussão que eu considero tremendamente imbecil, que é aquela sobre qual modelo de sociedade política temos copiar e aplicar: se o alemão, se o suíço, se o português, se o americano, se o chinês, se o australiano, etc. Esta discussão é para mim imbecil porque não visa a busca de referência(s) para orientar um decisão soberana sobre o que queremos e como queremos ser, mas sim a cópia fiel do estilo de vida de outrem em detrimento de tudo o que nos distingue como Nação.

Assim, ao contrário do que pensa e crê o autor da reflexão que aqui partilho, eu não acho que o problema maior que temos em Moçambique seja ter inimigos hostis da demoracia ou pessoas que combatem contra a política que se faz para a substituirem outra que eles se julgam a melhor. Eu acho que o maior problema que enfrentamos em Moçambique é que não temos, tampouco nos permitimos desenvolver, a nossa própria sociedade política. Querem(os) aquela sociedade política (que nos é) sugerida pela Europa Ocidental, pela América que em Deus confia, pela China, pela Rússia, por Portugal ou pela Suíça não-alinhada, em detrimento dos nossos próprios usos e costumes, da nossa própria cultura.
Numa palavra, um vazio intelectual muito profundo, quando se trata de pensar e construir Moçambique. Não há um discurso intelectual, científico, cultural, patriótico de apelo à unidade em torno de uma causa. As opiniões expressas pelos que se consideram qualificados para opinar são, amiúde, insultuosas ao pensamento diferente (até pelos que se consideram democratas ou reconhecem a crítica como a razão de ser de uma sociedade humana, a exemplo do autor da reflexão que aqui partilho) ou de auto-flagelação. (...)
Enfim, precisamos não só de críticos que apontam as causas dos problemas, mas também de críticos que sugerem/sugiram propostas fundamentadas de solução. O autor da reflexão que aqui partilho já nos habituou à crítica vazia de propostas de solução dos males que critica. Ele é um teórico de sociologia de desenvolvimento sem sugestões de experiências para testar as suasbteorias. Nada mau, pois mesmo aqui pode haver algo de bom. Porém, precisamos também, urgententemente, de sociólogos experimentalistas. Tenho comigo que os políticos são esses sociólogos experimentalistas, salvo melhor opinião. E o trabalho de um experimentalista em qualquer domínio é validar ou invalidar teorias dos teóricos da sua área. Quem quererá validar ou invalidar as teorias do nosso sociólogo teórico do desenvolvimento, Elísio Macamo? Filipe Nyusi ou os políticos amigos hostis da democracia? Vale aqui dizer aque Armando Guebuza tentou provar as teorias do Elísio Macamo, sem sucesso. Mas tal não significa que Elísio Macamo esteja errado. É que provar uma teoria acarreta custos, amiúde muito altos...!
Eis o que Elísio Macamo diz sobre os "amigos hostis da democracia"...

--- INÍCIO ---


"Os amigos hostis da democracia

O que eu, por ingenuidade, julgava inconcebível, tornou-se realidade esta semana. Depois de festejarem a interrupção do apoio directo orçamental em reacção às “dívidas ocultas”, algumas das ONGs nacionais envolvidas nesse ritual masoquista vieram a público apelar aos doadores para que levantem a suspensão, só que desta feita, à margem do orçamento do Estado e em benefício das ONGs que terão a responsabilidade de acudir aos mais necessitados no seio da população.
Não é para rir, nem chorar. No caso do CIP é apenas para confirmar a implacável coerência do oportunismo profissional; nos casos do MASP e do Observatório do Meio Rural é para constatar os efeitos nefastos de quem confunde uma agenda institucional com os verdadeiros anseios do povo; do IESE, para mim a maior decepção neste caso, admira-me a traição dos valores científicos por conveniência política mal avisada. Qualquer que seja o caso, noto uma linha histórica de continuidade que ainda explica a colonização em África. Não foi apenas a vantagem tecnológica e militar dos europeus; foi também a existência de gente entre nós que acreditou que aliando-se aos invasores – porque mais esclarecida e comprometida com os mais altos valores de não sei o quê – seria capaz de manter a integridade das nossas sociedades. A História, essa grande professora, deu-nos outra aula como se sabe.
O mais fácil neste momento singularmente triste, seria de perder mais fôlego lançando diatribes contra os “traidores da pátria”, os “oportunistas”, os “infiltrados”, etc. Não é que me falte vontade para fazer isso, mas como se trata de pessoas aparentemente sem consciência, tal seria água em cima de pato, portanto, inútil. Um exercício que, no entanto, urge é o de reflectir sobre a natureza do político de modo a tentar tornar claro porque ao contrário do que gente de bem pensa, as nossas premissas analíticas são parte do problema que estamos com ele, para usar dicção dos nossos irmãos do Atlântico. O problema de Moçambique não é a existência dum Estado tomado por “criminosos” e que gente valente e íntegra na sociedade civil tenta salvar. O nosso problema é que existe uma acção concertada, ainda que inconsciente, dos actores políticos – que incluem os verdadeiros políticos que militam em partidos e os falsos políticos da sociedade civil que se consideram “independentes” – dirigida contra a integridade do político. O nosso problema é que somos contra a política, ou melhor, fazemos tudo ao nosso alcance para erradicar a política do nosso seio.
Esta postura é, curiosamente, mais vincada no seio dos falsos políticos. São, na sua essência, milenaristas. Trazem dentro de si a profunda convicção na ideia de que um mundo perfeito é possível e que esse mundo se confunde com o que eles são, nomeadamente pessoas comprometidas com o bem estar dos menos afortunados da nossa terra. Dessa convicção eles extraiem a ideia de que uma imperfeição básica no nosso seio impede-nos de viabilizarmos esse mundo perfeito pelo qual eles dão o melhor de si. Essa imperfeição é representada pelo eixo do mal entre nós, nomeadamente a política institucionalizada, mas também todos aqueles que não são eles, a qual urge purificar. Eles têm também o remédio: eles próprios. O que eles sabem é o que o país precisa para se libertar do mal.
Quem estiver a ler isto com atenção vai descobrir nesta postura algo que não é novo entre nós. A Frelimo gloriosa foi assim. A sua aposta no “homem novo” alimentava-se do mesmo tipo de milenarismo que se traduziu no totalitarismo político que ainda hoje nos cria problemas. Um país moldado à imagem do CIP, um dos expoentes máximos desta postura milenarista, seria um país autoritário e totalitário radicado na ideia de que existem eleitos que sabem o que é bom para o povo e que a prossecução do que é bom estaria acima de tudo, mesmo das leis. No fundo, o CIP não é diferente do que ataca.
Como em todo o milenarismo, o que importa é a vinda do reino do Senhor. Intelectualmente, isto tem o efeito de promover uma postura analítica preocupada em confirmar o que se sabe. Por exemplo, mais um estudo que mostra que existe corrupção em mais um sector é mais confortante do que um estudo que mostra pessoas que resistem à corrupção. Mais um escândalo que “prova” a perfídia do Governo é mais interessante do que perceber as circunstâncias que produziram o escândalo.
Politicamente, o milenarismo promove uma hostilidade visceral ao que dá substância à vida em comunidade, nomeadamente a crítica. A insistência doentia na exposição, denúncia e punição dos prevaricadores é típica duma moral absoluta que se crê auto-suficiente e capaz de prescindir da política. Lembra regimes totalitários como o Nazismo ou o Estalinismo. O bem só vem do fim da política, não do seu reforço. Assim, algumas das nossas ONGs acreditam sinceramente – não há necessariamente maldade nisso – na ideia de que o melhor seria uma aliança com os doadores para acabar com o Estado de modo a reconstrui-lo sobre novos alicerces morais dos quais os seus funcionários (das ONGs) seriam dignos portadores. Foi assim que pensaram alguns régulos que venderam o continente africano...
Portanto, o apelo lançando pelas OSC a favor do levantamento das sanções contra o Estado, mas em benefício próprio, não deve ser interpretado como falta de patriotismo. Não é isso. É, por um lado, ingenuidade, mas por outro, o efeito nefasto da ausência de capacidade de introspecção. A ingenuidade consiste na aparente dificuldade que estes oportunistas têm de saber apreciar que a sua existência, no fundo, é incompatível com a continuidade e viabilidade do país como entidade política. Eles não têm noção do ridículo da sua situação: a sua reprodução social depende do enfraquecimento deliberado da nação política. A ausência de capacidade de introspecção é função da sua moral absoluta. De tão convencidos que estão do seu açambarcamento da razão, eles nunca têm dúvidas. Não existe pior postura intelectual do que uma crença desmedida na qualidade das próprias soluções que não permite sequer uma dúvida sobre essas mesmas soluções. E, o que é ainda pior, mas fica para uma outra reflexão, nas condições de países como Moçambique é preciso ter um desprezo profundo pelo país para se ser dum certo tipo de sociedade civil.
A democracia está cada vez mais órfã no país vítima dos seus próprios amigos."

--- FIM ---
Homer Wolf
20 h · 
AULA DE SAPIÊNCIA OU... DE PACIÊNCIA? 🤔

(* Para todos aqueles que, como eu, não tem acesso ao mural do prof. Elisio Macamo, partilho aqui um dos seus últimos posts...)

«Os amigos hostis da democracia...Continuar a ler
Comentários
Ariel Sonto Não se perde oportunidade para atacar o CIP e afins. Enfim, quando se apresentam “criminosos”, entre esses sinais de pontuação, o escarrapachado aqui só vale mesmo o que vale.
Cal Barroso E depois de escrever este texto, sentou-se num restaurante lá no COLONO onde está a viver, comeu e arrotou em “EUROPÊS”...mais tarde vai dormir tranquilo enquanto nós saímos do job as 15 e ainda não chegamos a casa lá em NKOBE por causa da chuva. Calado é um poeta.
Ariel Sonto E a trabalhar para o colono...
Gosto · 20 h
Sic Spirou Kakakaka
Gosto · 20 h
Gosto · 20 h
Homer Wolf Eu insinuei justamente isso lá no mural do respeitado Gabriel Muthisse (de onde aliás roubei este post, com a devida vénia), mas ele fez-me ver que... hoje em dia, com a revolução das TICs, uma pessoa pode falar a partir da Groenlândia que a mensagem chega ao Alto-Maé... Calei-me 😷
Gosto · 20 h · Editado
Gabriel Muthisse Insinuou humildemente, esqueceu-se de frisar, Homer Wolf...

Mas também, quem é Elisio Macamo para ousar criticar as OSC?! Esses são dos mais puros, entre nós, e só querem o nosso bem.

E, ainda por cima, a viver na Europa! Isto, quando muito, devia ter sido dito por alguém que vive em Madzukane, que sofre das opções desse Estado que, justamente, deve ser destruído e substituído pelas nobres OSC.
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Cal Barroso Sinceramente...
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Gabriel Muthisse çinseramente!
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Homer Wolf Há-de convir que vindo de um Madzukanense esse discurso – no mínimo – teria mais impacto...
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Sic Spirou Mudzu...é Mutisse !? Kakakaak
Gosto · 19 h
Ariel Sonto Madzukanense, Homer. 
Gosto · 19 h
Gabriel Muthisse Não é que concordo, ilustre Homer Wolf... Não viu o meu extenso comentário neste post, que apoia efusivamente as ideias aqui tão inteligentemente expostas?
Gosto · 19 h
Cal Barroso Boaventura venha ver os comentários aqui. Assim que eu chegar a casa vou tirar a minha cama e venho dormir aqui, meu quarto deve estar cheio de água, mesmo...
Gosto · 19 h · Editado
Buene Boaventura Paulo Quando se tem um bom anjo de guarda, com argumentos 'inteligentemente' fortes como as que vejo aqui, quem pode ousar parar o maior cérebro que Moçambique viu nascer, mesmo que este passe a vida a rotular os seus compatriotas?
Gosto · 19 h
Gabriel Muthisse Pelo menos esse tal "anjo de guarda" não tenta calar ninguém, sob qualquer pretexto. Já o mesmo não se diria de alguns democratas aqui, que sugerem que, porque Elisio vive longe, não deveria falar
Gosto · 19 h
Homer Wolf Mas, uma vez mais, há-de convir, caro Gabriel Muthisse que - particulramente para quem "vive longe" - é preciso ter muita lata para, assim de ânimo leve, dizer coisas como, 

«...noto uma linha histórica de continuidade que ainda explica a colonização em África. Não foi apenas a vantagem tecnológica e militar dos europeus; foi também a existência de gente entre nós que acreditou que aliando-se aos invasores – porque mais esclarecida e comprometida com os mais altos valores de não sei o quê – seria capaz de manter a integridade das nossas sociedades. A História, essa grande professora, deu-nos outra aula como se sabe.»
Gosto · 18 h
Gabriel Muthisse É falso o que Elisio Macamo disse (e tu citaste)? Ou cai mal isso ser dito por alguém que não vive em Moçambique?
Continuas a acreditar, Homer Wolf, como nas décadas 70 e 80, que quem decide viver fora do país é menos patriota que nós que ficamos cá?
Gosto · 18 h
Homer Wolf Mais patriota é que não é de certeza!... Para tb chamar de antipatriota a quem quer que seja...
PS: quanto a essa de eu (logo eu!...) acreditar na ideologia dos anos 70 e 80... não me faça rir 😊
Gosto · 17 h · Editado
Elisio Macamo admiro a tua resiliência no meio da nata intelectual nacional, Gabriel. eu tremo de respeito por tanta erudição não reconhecida. era só distribuir a tanta sumidade os títulos acadêmicos a que tem direito e este país andava!
Gosto · 17 h
Gabriel Muthisse Não chamou antipatriota ninguém. Mas, convenhamos, fazer um comunicado a sugerir o regresso aos finais da década 80, em que as ONG eram mais relevantes que o Estado! Sugerir que a acção do Estado na educação, na saúde, na assistência social e em outras áreas deve ser substituída por OSC, nacionais e estrangeiras! E Homer Wolf julga isso bom e sensato! Podemos não gostar de Elisio (ou mesmo de mim), mas desejar que o Estado, de novo, fique substituído por ONG's!Gerir
Gosto · 17 h
Homer Wolf "Traidores da pátria, infiltrados, oportunistas"...
Gosto · 17 h
Cal Barroso Está justificada a defesa do Gabriel. Os beijinhos no comentário do Elisio dizem tudo 👆👆👆👆
Gosto · 17 h
Homer Wolf Essa predisposição para "relativizar" o valor das ideias (das pessoas) em função de títulos académicos assusta-me...3Gerir
Gosto · 17 h
Elisio Macamo nem ler sabem os intelectuais da naçāo, mas estão cheios de certezas daquilo que não perceberam. é culpa dos governos corruptos que proporcionam maus serviços de educação. ainda bem que o facebook é mais justo na atribuição de mérito intelectual...
Gosto · 17 h
Gabriel Muthisse Homer Wolf, julgo conhecer-te melhor que os outros teus amigos aqui (alguns deles nem constam da minha lista de amizades). Espanta-me, por isso, que neste texto, te furtes a debater o essencial.

Diz-me sem subterfúgios. Concordas com o apelo das OSC? Tens noção das implicações?

Esquece o Elisio, e a eventual animosidade ou simpatia que vos ligam. Avalia os factos que ele trazGerir
Gosto · 17 h
Cal Barroso Sicário, tens dinheiro de chapa para vires a esta paragem?
Gosto · 17 h
Homer Wolf Eu não tenho a mesma leitura (radical) sobre o desiderato das OSCs. Não acho – longe de mim – que as OSCs queiram fazer "a vez" do Estado. 
Parece-me (I said "parece-me") sim que o postante arranjou um motivo para exteriorizar um mal-estar que tinha em relação a essas orgs...
Esse é o meu ponto de partida. Logo, daí para frente discordo do raciocinio e dos argumentos do postante, com relação a este assunto...
Gosto · 17 h · Editado
Elisio Macamo para avaliar factos precisa de saber ler, ter abertura de espírito e não confundir a capacidade de escrever uma frase gramaticalmente correcta com erudição não reconhecida. avaliar factos é muito mais do que encontrar conforto numa visão maniqueísta da política. é estar preparado para abandonar crenças mal construídas quando a razão exige isso. é, no limite, ter a humildade de reconhecer que alguém que tem mais obra do que toda a sumidade reunida aqui sabe o que é sapiência quando a vê. mas reconheço ser mais fácil brilhar no facebook do que no banco da escola.
Gosto · 17 h
Gabriel Muthisse Leste o Comunicado? Não viste que eles pretendem substituir-se na relação com parceiros estatais? Não viste que eles pretendem que os milhões de dólares que, antes, iam para o OGE, passem a estar sob a gestão deles? Não percebeste, Homer Wolf, que controlando esses recursos todos, a saúde, a educação, a assistência social, os furos de água... tudo isso passa a ser providenciado pelas ONG? Para ti, tudo isso é bom?
Se pensas que isso é bom, podemos parar por aqui. Simplesmente não terás alcançado a gravidade do que se sugere. E nem vais a tempo ..
Gosto · 16 h · Editado
Elisio Macamo é típico da intelectualidade facebookiana achar que aquilo que penso ser a intenção do autor é também o que o seu texto defende. avaliar factos é ler o que se escreveu e depurar o argumento, não o autor. a formação no facebook tem destas armadilhas. chove, mas como o meteorologista é também dono do poço, não chove...
Gosto · 16 h
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Rafael Cal, ainda estou a alugar um barco para chegar a casa...
Gosto · 16 h
Paula Martins Senhores desculpem a intromissão nos vossos assuntos. Claro que não é bom a intromissão das ONG nos assuntos prioritários e essenciais da nação mas penso do que tenho lido que o problema é a falta de confiança que foi despoletada na estrutura do Estado e na correcta direcção dos dinheiros envolvidos. Sim, concordo que é uma bola de neve, sabe-se onde começou e não se sabe onde vai parar. Nimguém quer guardar dinheiro numa algibeira rota.
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Elisio Macamo eu proponho o seguinte. a erudição agregada neste mural faz a relação das suas publicações (incluindo teses de licenciatura, mestrado e doutoramento mais relatórios de consultorias e comentários no facebook) e eu faço só das minhas publicações científicas aprovadas em revistas com revisão de pares. se a intelectualidade aqui tiver publicado mais, vou reconhecer a sua capacidade de julgar qualidade argumentativa. se não tiver, vão estudar, por favor.
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Sic Spirou Falhei a paragem e fui parar em Malema... até já...mais chapa com condutor burro que não sabe ler as chapas dos locais que os my love devem parar!!!
Paula quem tem algibeira rota?! Eu já ando de roupa sem bolsos !! Bolso pra que !?
Gosto · 15 h
Paula Martins Prof Elisio Macamo, isso eu não possa fazer só posso adiantar que embora nas fotos pareça uma menina sou uma mulher bem madura, com muita experiência empresarial desde muito nova e habituada a superar dificuldades e sim com muita conversa com gente de negócios e activa nos nucleos decisores. Já vi muita coisa acontecer infelizmente noutros Países e não páro de dizer que aqui parece que a história repete-se infelizmente para mim e para vós. Podia concordar com Vocês sim se houvessem meios para tomar outro rumo mas ao que me parece são piores. Estudei, fiz, vivi e vi e muito infelizmente, até demais
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Sic Spirou Paula também vou exigir que me trates por algum título acadêmico !! É kanganhissa isso!!! 
Aceito ser Doutor Honoris Causa de qualquer coisa !!!!
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Paula Martins Eu trato-vos a todos até por Exas se quiserem só peço para não me fazerem passar outra vez o mesmo tormento que eu já passei. Crises em Países sem dinheiro é o caos em todos os aspectos.
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Sic Spirou Aqui há dinheiro. Dinheiro da dívida monumental que vai acumulando, dinheiro pra a defesa, dinheiro pra os novos ricos da lixeira de Hulene, dinheiro futuro do gás. 
Ora, não precisamos de dinheiro de doadores nao!!
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Homer Wolf Sicqueeê, a família Barroso (Cal e Edgar), Rafaele demais constituintes da "erudição agregada" neste post, são desafiados a apresentar aqui as vossa credenciais académicas...😁
Gosto · 15 h
Sic Spirou Pra que se nosso empregado já nos representa a mais alto nível nesse quesito !? 
Bom agora estou a lembrar que "coincidenteme " o nosso empregado foi buscar nos Alpes!! Kkkk vamos lá fazer fila!!


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Rafael 1. É preciso estudar e publicar: estudar para saber que merecemos melhor que o my LOVE? E que este é um grande indicador do amor governamental?... é preciso estudar e publicar para saber que o custo de vida é insuportável?

2. O professor fala com tamanha convicção que me assusta. Não acredita que pode estar errado? E que, o título que carrega não o torna deus da sabedoria? É que quando diz para irmos a escola, está em outras palavras a dizer que quem não estudou não pode falar do seu país. Esta convicção é exactamente igual a colonial: onde se dizia que africano não estudou e não pode se governar. É preciso que estude a vida ocidental, porque a sua, não presta. Ou seja, o senhor professor está tentar colonizar os que não estudaram. 
Da mesma forma que os africanos que nao tinham ido estudar entenderam que precisavam se libertar do colono, mesmo sem educação ocidental, eu entendo as minhas necessidades enquanto cidadão. E não preciso ser licenciado para tal.
Gosto · 15 h · Editado
Rafael Aquela universidade onde o nosso empregado foi buscar Doutor Honoris Causa em paz (mesmo com esquadrões de morte) não tem um professor sequer. São todos honorários. Pior: Não tem instalações próprias. Politécnica é melhor nesses quesitos.
Gosto · 15 h
Homer Wolf Quer dizer: as "ongues" preparam-se para (literalmente) encetar um GOLPE DE ESTADO, e o Estado está nem aí!... Continua impávido e sereno.
Sexa na Beira/Dondo a preparar reunião partidária; Carlos A. Do Rosário e os Ministros a zanzarem por aí, e enfim... ninguem notou que o Estado está prestes a cair em mãos erradas... 
Isto é gravíssimo!!!
Gosto · 14 h
Sic Spirou Mas é sério que são tipo Mussa bin bique?! Não tem casa de banho própria !?
Gosto · 14 h
Moniz S. Walunga Ariel Sonto, nem mais! Este tipo não sei se não tem espelho para se “checkar” sua cara! N’tlah
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Moniz S. Walunga Gabriel Muthisse, da’ no mesmo! O “Estado” de que o Gabriel fala faz o qu^e pelo seu Pais?!? Permitir a destruicao das nossas florestas, entregar de bandeja nossos recursos a estrangeiros sem nenhum beneficio ao Pais, causar dividas e empobrecer ainda mais o Pais, etc, etc, e’ isso melhor daquilo que as OSC fariam?!?
Em suma, o tal “Estado” e’ mais NOCIVO ao seu próprio Pais e ao seu Povo do que as OSC! Minha forte convicção!


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Moniz S. Walunga Homer Wolf, não tenho títulos acadêmicos que so’ servem para fanfarronices e não produzem nenhuma riqueza! Mas, posso mostrar o produto do meu trabalho que ate’ beneficia esses tais Doutores!
Gosto · 12 h
Moniz S. Walunga Rafael, com este andar do professor ele vai exigir que so’ tem direito a urinar nos sanitários convencionais quem tiver “estudado”, so’ pode entrar nas cidades aquele que tiver publicado livros reconhecidos, etc, etc! Teoria de Apartheid recuperadas por um negro!!
Gosto · 12 h
Juma Aiuba Caro Gabriel Muthisse, não entendo porquê fincar o pé de que é perigoso que as ONGs comecem a gerir a saúde, educação, etc, e comecem a dirigir o país. Não sei porquê fica nervoso com essa possibilidade. Aliás, com essa realidade. É hoje tudo está nas mãos dessas ONGs que tanto tememos que tomem de assalto o Estado. Quem financia a saúde em Moçambique? A educação? Quem desenha os planos estratégicos desses sectores? Não são as mesmas ONGs? Não nos enganemos. O país está a ser gerido pelas ONGs, mesmo que informalmente. Dão dinheiro e mandam.
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Cal Barroso Maria João, aproxima aqui se faz favor...venha ler o que determinados académicos - na verdade, são só dois - escreveram.
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Ariel Sonto Vão à escola, publiquem em revistas científicas de renome, e voltem aqui para conversarmos. Nhanisse!
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Cal Barroso Ele é um DEUS, não fala convosco...
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Edgar Barroso Eu irei à escola. Vou trazer um PhD brevemente. Quero conversar "de igual para igual" sobre a razão de não haver água da FIPAG em Tsalala há 3 semanas e haver todos os dias na Presidência. Quero discutir "em pé de igualdade" sobre as razões de o pessoal daqui da Matola ter de se deslocar à Maputo pendurado nos comboios mas nunca faltar combustível para as viaturas dos dirigentes superiores do Estado (actuais e passados, como o "amigo de aldeia do professor"). Se, para discutir os nossos problemas com maior propriedade e legitimidade, tenho de ir buscar mais um certificado no Ocidente, assim o farei. Wait.
Gosto · 7 h
Gabriel Muthisse Sim, Juma Aiuba, vão fazendo como tu dizes. Mas o que o Comunicado e apelo sugerem tornaria o país gerido unicamente pelas ONG. O Estado pagaria, apenas, os salários aos seus funcionários. Abraço a todosGerir
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Homer Wolf Mas - só para eu perceber - caro Gabriel Muthisse: o que impede o Estado de continuar a fazer o seu próprio (e natural) caminho? Que eu saiba as OSC não nasceram no dia em que esse "famigerado" comunicado foi redigido! Elas já cá estão há bué, e sempre "conviveram" com o Estado, cada um fazendo a sua parte... Porque é que o Estado deve(ria) agora sentir-se ameaçado?


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Juma Aiuba Caro Gabriel Muthisse, esta é uma realidade que vamos ter que conviver com ela mais dia menos dia. E não será por pressão das ONGs, mas pela imaturidade do próprio Estado. Ou seja, porque o Estado assim quer. Hoje estamos de rastos pedindo favores as mesmas ONGs para nos ajudarem no orçamento. Até para investigar as nossas próprias dívidas tivemos que precisar de uma ONG para o fazer. Parece que até para prendermos os larápios que nos endividaram estamos a espera que essas ONGs tragam os seus próprios policias, juízes e prisões. Até para salvarmos os nossos irmãos da lixeira estamos a estender a mão às mesmas ONGs. E parece que elas têm competência mesmo. Até o governador do banco central é um indivíduo forjado numa dessas ONGs e pelos vistos tem estado a operar milagres. Mais dia menos dia o governo vai ter que entregar isso.
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Homer Wolf Exactamente!... O Estado até devia dar graças ao facto de existirem "ongues" com reputação imaculada aos olhos doadores...
O povo, e quem está cá, entende perfeitamente o que se está a passar na realidade...
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Gabriel Muthisse Aparentemente Juma Aiuba entende que é um risco "que vamos ter de conviver com (ele) mais dia menos dia"

Homer Wolf nem isso entende!!!

Para mim basta, pelo menos neste espaço. Atingi o meu limite
Gosto · 6 h
Paula Martins Juma Aiuba, não te distraiste do foco e infelizmente disseste tudo aquilo que eu não posso dizer. Pede-me amizade pfv, gosto de te ler, és objectivo eu não consigo porque tens o limite de amigos alcançado. Touché Juma.........Inevitável, é a questão!!!!
Gosto · 6 h
Homer Wolf Por acaso até entendo (assim) sim. É triste, mas é a realidade. 
E se chegamos a este ponto, das ONGs é que a culpa não é...
Gosto · 6 h
Carlos Edvandro Assis A US-AID uma organizão americana, que tem estado a ajudar os esforços do governo em vários campos, desde saúde, educação e por ai em diante, optou já faz alguns anos atrás, por financiar directamente as ONG's, para levaram a cabo as suas actividades, esquivando-se de financiar a estas através do estado. Isso deixa de ser uma coisa nova. Não percebo o porque de se achar isso um assambarcamento aos poderes do estado hoje se é que este mecanismo funciona faz algum tempo. A não ser que seja desconhecimento.l!
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Issufo Issufo Parece me que se sugere que " só se enxerga através de um canudo " importado e com textos sagrados em idioma estrangeiro. Gostaria de saber se perto do mencionado restaurante e arredores, um ou alguns Dirigentes do Estado tivessem cometido um crime de Alta Traição ao Estado e à Soberania da Nação, o que lhes teria acontecido? Se o professor fosse um dos Doadores empenhados no desenvolvimento de uma nação e de um povo, e fosse confrontado com a um Roubo de tamanha dimensão, qual seria a sua reacção e posição? Poderia continuar e enumerar uma série de intempéries premeditadas dos nossos governantes algumas citadas em alguns dos comentários, reservo o espaço para que outros os enumerem. Será que o Povo Mocambicano, com plenos sentidos divinamente doados necessitam de "canudos sagrados" para enxergarem e terem conciencia do que lhes pertence, e Os Direitos de Propriedade sobre os seus pertences? e com que direito e justiça, submetem o Pagamento das Dividas Ocultas ao Povo que não as contraiu, e muito menos as outorizou? para terminar e relativamente a que questão das ONG s, será que não " puseram O País a jeito" para que os tais invasores se atrevam a sugerir tamanha intromissão a uma Soberania?
Gosto · 5 h
Cal Barroso Rafael você está a dizer que a tal universidade onde SEXA foi buscar o tal de HONORIS, não tem instalações? Nem muro pelo menos? Lá na Suíça não há blocos? Depois da visita de SEXA vão lhes dar DUAT.Gerir
Gosto · 4 h
Moniz S. Walunga Juma Aiuba, ele (Estado) quer meter colherada na gestao desses dinheiros das ONG’s para poder desviar tudo e comprar dubaizinhos, tissagens e unhas artificiais para amantes e sogras, etc, etc! E’ esta a dor dessa gente!!
Gosto · 4 h
Sura Rebelo de Oliveira Homer Wolf Estado que o Bolo a calda do Bolo cortar o Bolo comer o bolo e não justificar o dono do bolo. Ver o bolo e não ter poder de fazer isso tudo da raivaGerir
Gosto · 2 h
Sic Spirou Intragável. Desisti ao meio.
Gosto · 20 h

Homer Wolf Então para ti a lição não é de sapiência, mas sim de (im)paciência...
Gosto · 20 h
Sic Spirou É que não entendi nada. Defende as dívidas ocultas ? Quer atrapalhar o trabalho das ONGS? Difícil perceber o que ele está mesmo a defender.
Gosto · 20 h
Cal Barroso Lição ou LIXÃO? Não tem X no teu teclado? Posso te mandar, Homer...
Gosto · 20 h
Ariel Sonto A ideia é atacar o CIP, sua vítima predilecta.
Gosto · 19 h
Sic Spirou Yah mas desta vez sem bases claras e até meteu o MASP pra fingir. 
E eu já vi que escola malta Djone Lenon e Jah e cia andam a beber esse POLONYio
Gosto · 19 h
Cal Barroso Sicário 😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂. Estou a rir muito aqui no MAILOVE....
Gosto · 19 h
Germano Milagre Resumido : quem não estiver de acordo com “a linha” não tem razão... a Frelimo com todos is erros no passado é a única maneira de se avançar e quem não concordar está a pensar q é o dono da verdade e a ser prepotente... basicamente e resumidamente o extenso bla bla deu-me essa ideia. Isto sem se conprometer a apoiar directamente alguém ou algo e sem criticar directamente ninguém específico ou algo ..,
Gosto · 19 h
Germano Milagre Aliás ataca a CIP e o q a CIP representa e tudo o q for oposição está laçado no mesmo pacote 😂
Gosto · 19 h
Sic Spirou Um bla Bla que podia ser feito em duas linhas...Mas quer atrapalhar os incautos.
Gosto · 19 h
Germano Milagre Exactly
Maria João Marques O recurso ao insulto é do mais vil e degradante que já vi nos últimos tempos .Que falta de carácter, que vergonha! !! Se isto é um acadêmico prefiro as #gajas da avenida ,têm mais carácter num dedo , que este indivíduo no corpo todo .... triste ....
Gosto · 13 h
Cal Barroso Maria João eu so não escrevi isso porque apanhei sono ontem. Vou marca-lá num sítio...venha ler.Gerir
Gosto · 9 h
Rafael TSC. NUM É PUSSYVE
Leitura tóxica...
Gosto · 20 h
Melissa Gonçalo Hulene😪😓Gerir
Gosto · 19 h
Homer Wolf Vá lá ó Rafa, insista!... Use uma daquelas "máscaras cirúrgicas" 😷, mas insista.. Leia k vale a penaGerir
Gosto · 19 h
Rafael Homer Wolf, eu li todo o texto. Comentei porque li.
Máscara é o que ele usa ao dizer "criminosos".
Se calhar não leu o relatório em que o seu ídolo é implicado...
Gosto · 19 h
Homer Wolf Qual relatório já?😨Gerir
Gosto · 19 h
Rafael Aquele onde estão os indivíduos...
Gosto · 19 h
Homer Wolf Ahh esse... Leu leu. E até se pronunciouGerir
Gosto · 19 h
Watson Postmortem Ainda bem que não tenho acesso aos devaneios desse académico...
Gosto · 19 h
Buene Boaventura Paulo Hoje gostaria de virar - me poeta (de boca calada), mas não consigo... vou abreviar POXA não sei em que satélite este gajo (Este Professor Doutor) vê o seu País... num dia descobre 'narcotraficante - Escobar" e noutro descobre "régulos com mente colonizada". Haja honestidade devolver o BI deste País pois os papéis de Doutor, estes sim são sagrados para sempre...
Gosto · 19 h
Homer Wolf E Sexa, que andou lá por terras helvéticas, perdeu uma oportunidade soberena de ser assessorado...
Gosto · 19 h
Sic Spirou Jkkkk não estava com o Prof Nuclear pra isso !?kkk
Gosto · 19 h
Homer Wolf Assessorar em matérias ligadas às "ciências sociais" – coisa que aliás o Profe detesta...😂
Gosto · 19 h
Chil Emerson David Ok pelo menos teremos como ficar acordados toda noite. Vai ver há mais uma sessão do descarrego .. .
Gosto · 19 h
Zulficar Mahomed 9 parágrafos de verborreia ingrata própria de lavagem cerebral bem sucedida. 
Haja pachorra.
Gosto · 19 h
M-du Dulomite Este texto é longo demais😃😃😃
Gosto · 19 h
Calisto Meque Meque Não terminei, mas é verídico está tudo dito nesse texto,mesmo assim é água em cima do pato, nisso país não está ser governado mas sim desgovernado por um grupo de macacos engravatadosGerir
Gosto · 19 h
Adelino Branquinho Denso, denso demais, para o meu gosto. Em apenas dois parágrafos, comecei a sentir, o quanto enfadonho é.
Gosto · 19 h
Afonso Dete Rendo com esse prof. ocidentalizado num aspecto: escreve textos longos pra dizer nada. Chi
Gosto · 19 h
Aurelio Munguambe Trouxe parte dos problemas e esqueceu se da corrupção que enferma o nosso país, esta, pelo menos ainda não foi detectada a nível destas ONGs mencionadas no texto mas sim na organização que me parece o autor do "post" pertencer.
Gosto · 18 h · Editado
M-du Dulomite Este longo e enfadonho texto deixa a nú a incapacidade de síntese na escrita por parte deste persona intelectual.
Aqui só vejo desfile de gramatica na maior parte do texto. Falou muito e disse pouco.
Gosto · 18 h
Moniz S. Walunga M-du Dulomite, voce leu o livro “Mestre Tamoda”? Afinal nasceu aqui em Gaza!
Gosto · 12 h
M-du Dulomite Hehehehehehe sr Moniz S. Walunga, nao nunca li o livro a que se refere.
Tem algum link da versao eletronica do mesmo?
Gosto · 2 h
Moniz S. Walunga M-du Dulomite, nao sei. Mas li nos anos 90 quando na Escola Secundaria. So’sei que o Escritor e’ angolano (Uanhenga Xitu ou coisa assim). Muito interessante esse livro. O que este professor-fanfarrão anda a escrever fica não longe do Mestre Tamoda!Gerir
Gosto · 1 h
Moniz S. Walungahttp://periodicos.ufpb.br/.../article/download/9322/5003 m- e’ o link que encontrei. Me parece que podes ler em PDF pela net..Gerir
Gosto · 1 h
Moniz S. Walunga M-du Dulomite, aqui vai uma nota introdutória do livro, encontrada na net: 

PDF] “Mestre” Tamoda, de Uanhenga Xitu: Uma Caricatura da Assimilação do Colonizado Angolano
AA de Pina, JC de Pina - Revista Graphos, 2006 - periodicos.ufpb.br
RESUMO Este artigo pretende analisar o conto “Mestre” Tamoda, do escritor angolano Uanhenga Xitu, dando especial atenção às condições sociais e psicológicas que subjazem o processo de assimilação do Negro, à aquisição do português (a língua do opressor) e sua......Gerir
Gosto · 1 h
Aurelio Munguambe Ele é um acadêmico capturado pelo sistema
Gosto · 18 h
Mauro Manhica Não consegui ler ate o fim. Alguém conseguiu?
Gosto · 18 h
Nelio Raul Joao Nem eu, bastava ele resumir que o CIP é o cavalo de troia...
Gosto · 16 h
Antonio A. S. Kawaria Hoje só quero ler.
Gosto · 18 h
Edgar Barroso Alguém tem de começar a situar esse senhor.
Gosto · 18 h
Homer Wolf So you gotta be starin´somethin´... eh eh eh


Homer Wolf So you gotta be starin´somethin´... eh eh ehGerir
Edgar Barroso Tenho de fazer o PhD antes, ahahahahahah....
Gosto · 18 h
Chil Emerson David Xipoco está a querer sair(?)...
Gosto · 18 h
Edgar Barroso Ele diz, nesse texto, que os outros da nossa sociedade civil se acham maningue (do tipo sabem só eles o que é o melhor para o país). Curiosamente, ele também faz o mesmo! Ele é que nunca se equivoca, nunca falha, nunca se engana... nas suas análises sobre os outros. Sofre de "complexo de Deus", coitado.
osto · 18 h
Ariel Sonto Não sabem ler, vocês...e só brilham aqui no face e, na carteira, nheto. ntsém
Gosto · 16 h · Editado
Moniz S. Walunga Ariel Sonto, quando se ensina macaco a usar arma de fogo ele começa a disparar indiscriminadamente ate’ se atingir a si próprio! Kkkkkkkk
Gosto · 12 h
Maria João Marques Tudo isto de alguém que o fim de semana passado , foi em jeito de "memória passada " disse o que disse tem agora a pouca vergonha a distinta lata de falar de "implacável coerencia do oportunismo professional ...." devia ter vergonha na cara . Há gente que pensa que os "outros" comem gelados com a testa .Este triste texto é vergonhoso , deviam ser proibido estes atentados à sanidade mental . Que vergonha! Que vergonha!
Gosto · 16 h · Editado
Sic Spirou Nós é que somos loucos em ler isto.
Gosto · 15 h
Sura Rebelo de Oliveira Vocês eu não 😁😁😁 só leio vossos comentários
Gosto · 2 h
Mondlane Calane Dzovo Kito Hiiiiiii. Sinceramente. Vao estudar, por favor? Doctor tambem nao é assim.
Gosto · 15 h
Homer Wolf Num outro mural, e a proposito deste mesmo artigo (e de alguns comments subsequentes), Joao Cabrita escreveu o seguinte:

« Estou confuso. Há dois Elísios Macamo ou apenas um? É que, neste local, há um Macamo que se assume como não democrata. Referindo-se a quem rebate os seus argumentos ou contesta os seus pontos de vista, ele é claro: “eu que não sou democrata mando-os passear do meu mural."

Mas lá fora, parece haver um outro Macamo a defender valores que aqui rejeita. Em entrevista ao semanário «Angolense» (11.09.2017), este presumível Macamo No. 2 ensina como devem funcionar os processos eleitorais em sistemas democráticos:

“Os partidos que participam nas eleições devem ter a possibilidade de controlar o processo. Deve haver também mecanismos independentes nacionais a fazerem esse trabalho.”

Em artigo publicado no jornal português «Público» no mês seguinte (11.10.2017), Macamo No. 2 é explícito quanto à sua opção por um sistema a que Macamo No. 1 se opõe:

“Rejeito a simpatia de Locke pela escravatura, mas defendo o ideal de liberdade que ele inscreve no conjunto de bens que a democracia deve defender.” E salienta Macamo No. 2: “Eu continuarei a defender esse ideal.”

E se neste local Macamo No. 1 insurge-se contra as OSC, acusando-as de “ingenuidade”, de “oportunismo” e de serem “ridículas”, em entrevista à DW (29.09. 2016), Macamo No. 2, voltando a defender os valores democráticos, fala do papel das OSC em moldes diferentes, exigindo até a sua participação activa no processo negocial então em curso entre o governo e a Renamo, e assim discutir-se – democraticamente – como “Moçambique deve ser estruturado politicamente” :

“On the other hand, this process should include more people: the other political parties and civil society organisations. Everyone should be at the negotiating table to discuss how Mozambique should be structured politically so that we can solve these problems.”

Por obséquio, o verdadeiro Elísio Macamo poderia identificar-se ? »
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Rafael Toma!😂😂😂
Gosto · 15 h
Maria João Marques Isto é um caso de emergência médica, o homem é bipolar e ainda não identificaram para pudrr medicar 😂😂😂😂
Gosto · 13 h
El Patriota Rebate de mestre! Tufaaaa
Gosto · 9 h
😎Gerir
Gosto · 7 h
M-du Dulomite Qual é a necessidade de se convidar o "pipol" a apresentar suas credenciais academicas oh Wolf?

A ideia verificar a legitimidade intelectual dos comentadores??😃😃😃Gerir
Gosto · 14 h
Isac Manjate É preciso que se esteja muito sóbrio para puder o entender... 
É uma reflexão (aula) a ser considerado e sobretudo uma aula de despertar aos Moçambicanos. 
Como Sociólogo que é, foi ao encontro dos nossos problemas . Entendam a essência deste texticuloGerir
Gosto · 12 h
Homer Wolf ;Mas para dizer essa (tal) essência, o sociólogo náo precisa de ir colocando rótulos maledicentes (às OSCs, neste caso) a cada parágrafo do texto...
Voce pode simplesmente dizer: «Estou doente, com gripe!», ao invés de «A pu... da gripe fo...-me a mer... do dia!»
Gosto · 6 h
Maria João Marques De sociologia isto não tem nada, é mais um arroto de quem come postas de pescada, demagogia de feira rasca .Era bom que alguém impedisse e esclarecesse o indivíduo de uma vez , que vinho rasca produz pensamentos de merd@
Gosto · 4 h
Arnaldo Soares Mendes Nenhuma OSC tem capacidade de substituir o EstadoGerir
Gosto · 10 h
Homer Wolf Há uma frase, na parte final deste texto de Elisio Macamo, que não deixa de surpreender:
«Não existe pior postura intelectual do que uma crença desmedida na qualidade das próprias soluções que não permite sequer uma dúvida sobre essas mesmas soluções.»
Funny 😂Gerir
Gosto · 6 h · Editado
Sura Rebelo de Oliveira Nem dou o trabalho de ler até ao fim queimar minha placa não muito obrigado.
Gosto · 6 h
Emildo Manhengue Eduardo António Intsamuele estão a dizer que voces são anti-patriotas.
E que vão "bolar" moz. Concorda?
Gosto · 6 h
Nito Ivo Quanto lixo pode sair do cérebro de um ser (supostamente) humano.


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