O advogado pessoal do Presidente norte-americano, Michael Cohen, está a contestar a acusação não provada da atriz porno Stormy Daniels de que alguém ligado a Donald Trump a ameaçou.
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O advogado pessoal do Presidente norte-americano, Michael Cohen, está a contestar a acusação não provada da atriz porno Stormy Daniels que alguém ligado a Donald Trump a ameaçou fisicamente caso revelasse um encontro sexual que terá tido com este.
Em entrevista ao programa televisivo ’60 Minutes’, divulgada no domingo, Stormy Daniels garantiu que um homem a abordou num parque de estacionamento em Las Vegas, em 2011, quando ela estava com a filha, e lhe disse: “Que linda menina. Seria uma pena se alguma coisa acontecesse à sua mãe”. Acrescentou que o homem lhe disse ainda: “Deixe o Trump sossegado. Esqueça a história”.
O advogado de Daniels, Michael Avenatti, reconheceu hoje que não há provas que liguem a ameaça a Trump ou ao advogado deste, mas adiantou que estava de posse de alguns detalhes do alegado encontro, incluindo o conteúdo de um CD ou DVD, do que qual divulgou uma fotografia na passada semana, através da rede social Twitter. “Não faria sentido para nós que mostrássemos os nossos trunfos sobre este assunto e não vamos fazê-lo agora”, afirmou hoje ao programa ‘Today’, da televisão NBC.
O advogado de Cohen, Brent H. Blakely, exigiu que Daniels ou Avenatti pedissem desculpa ao seu cliente, alegando intimidação.
Daniels afirmou ao ’60 Minutes’ que teve uma relação sexual consensual com o então futuro presidente. Ela recebeu 130 mil dólares (104 mil euros) dias antes da eleição presidencial, em troca do seu silêncio. Cohen reconheceu que pagou os 130 mil dólares do seu dinheiro, assegurando que Trump nunca teve qualquer relação sexual com a atriz porno. “Ele sabe que estou a dizer a verdade”, contrapôs Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, referindo-se a Trump.
Antes, Cohen dissera que nem a Trump Organization, a holding dos negócios de Trump, nem a campanha eleitoral de Trump tinha sido parte na transação com Daniels e que não o tinham reembolsado pelo pagamento. Na entrevista, Daniels descreveu o encontro sexual com Trump, que começou com ele a falar de si próprio e a mostrar-lhe uma revista que o tinha colocado na capa.
Mais tarde, quando parou de falar de si, Trump, segundo Daniels, afirmou: “Wow, você é especial. Lembra-me a minha filha”. A entrevista com Anderson Cooper, passada pela CBS, foi divulgada quando Trump se confronta com várias alegações de casos sexuais que manteve antes de ser presidente.
A antiga modelo da Playboy Karen McDougal disse a Cooper, durante uma entrevista divulgada na quinta-feira pela CNN, que o seu caso com Trump começou num ‘bungalow do Hotel Beverly Hills, em 2006. O caso durou até 2007, quando McDougal afirmou que o acabou por ter um sentimento de culpa em relação à esposa de Trump, Melania.
McDougal apresentou uma queixa em Los Angeles para invalidar um acordo de confidencialidade com a American Media Inc., a empresa que possui o tabloide National Enquirer, pelo que recebeu 150 mil dólares durante a campanha presidencial de 2016.
No argumentário da queixa alegou-se que McDougal foi paga pelos direitos da sua história, mas que esta nunca foi publicada. A entrevista de Daniels ao ’60 Minutes’ deu ao programa a maior audiência em uma década, segundo a CBS.
