Erdogan afirma que Alemanha é 'refúgio de terroristas'
Presidente da Turquia diz que Berlim será lembrada por ter apoiado terrorismo, o qual voltará ao país como um "bumerangue". Ancara pediu ao governo alemão extradição de supostos envolvidos em golpe.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou nesta quinta-feira (3) a Alemanha de apoiar o terrorismo, afirmando que o país se tornou um "importante refúgio para terroristas".
"Alemanha, saiba que essa praga do terrorismo vai voltar para você como um bumerangue. Você será lembrada por ter apoiado o terrorismo", disse Erdogan em discurso no palácio presidencial em Ancara.
Berlim não respondeu a pedidos da Turquia para a extradição de suspeitos de participação na tentativa de golpe de Estado no país, disse Erdogan. Ele afirma ter entregado à chanceler federal alemã, Angela Merkel, cerca de 4 mil dossiês sobre suspeitos na Alemanha, sem receber resposta.
Erdogan não mencionou quem seriam os suspeitos cuja extradição é aguardada por Ancara em conexão com a tentativa de golpe. Acredita-se que muitos turcos, principalmente do setor jurídico, tenham fugido para a Alemanha.
O governo turco acusa o clérigo muçulmano Fethullah Güllen de estar por trás da tentativa de golpe no país, afirmando que ele encabeça um grupo chamado Organização de Terror Fethullah (Feto). O clérigo nega as acusações.
"Nos preocupa o fato de a Alemanha estar se tornando o quintal do Feto", disse o presidente turco, acusando o país de também abrigar membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) – considerado um grupo terrorista pela Turquia – e do ultraesquerdista Partido/Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C).
Piora nas relações Alemanha-Turquia
Após Merkel criticar nesta quarta-feira a repressão do governo turco à imprensa, Erdogan disse que a Alemanha está demasiadamente interessada em expressar sua preocupação com jornais que "apoiam grupos terroristas". "Nossos assuntos internos não dizem respeito a ninguém", afirmou.
Desde a tentativa de golpe, em 15 de julho, as relações entre Alemanha e Turquia vêm se deteriorando. Em diversas ocasiões, Berlim manifestou preocupação com a repressão pós-golpe, que resultou na prisão de cerca de 37 mil pessoas e na demissão ou suspensão de mais de 100 mil funcionários do governo.
Merkel afirmou ser "extremamente alarmante que as liberdades de imprensa e de expressão sejam reprimidas repetidamente", após as autoridades turcas prenderem 13 funcionários do jornal de oposição Cumhuriyet, incluindo o editor-chefe, Murat Sabuncu.
O ex-editor chefe do Cumhuriyet, Can Dundar, que também foi condenado à prisão, vive atualmente na Alemanha. A agência estatal de noticias da Turquia Analodu afirmou nesta quarta-feira que Berlim concedeu um documento de viagem a Dundar, após seu passaporte turco ser cancelado.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou nesta quinta-feira (3) a Alemanha de apoiar o terrorismo, afirmando que o país se tornou um "importante refúgio para terroristas".
"Alemanha, saiba que essa praga do terrorismo vai voltar para você como um bumerangue. Você será lembrada por ter apoiado o terrorismo", disse Erdogan em discurso no palácio presidencial em Ancara.
Berlim não respondeu a pedidos da Turquia para a extradição de suspeitos de participação na tentativa de golpe de Estado no país, disse Erdogan. Ele afirma ter entregado à chanceler federal alemã, Angela Merkel, cerca de 4 mil dossiês sobre suspeitos na Alemanha, sem receber resposta.
Erdogan não mencionou quem seriam os suspeitos cuja extradição é aguardada por Ancara em conexão com a tentativa de golpe. Acredita-se que muitos turcos, principalmente do setor jurídico, tenham fugido para a Alemanha.
O governo turco acusa o clérigo muçulmano Fethullah Güllen de estar por trás da tentativa de golpe no país, afirmando que ele encabeça um grupo chamado Organização de Terror Fethullah (Feto). O clérigo nega as acusações.
"Nos preocupa o fato de a Alemanha estar se tornando o quintal do Feto", disse o presidente turco, acusando o país de também abrigar membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) – considerado um grupo terrorista pela Turquia – e do ultraesquerdista Partido/Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C).
Piora nas relações Alemanha-Turquia
Após Merkel criticar nesta quarta-feira a repressão do governo turco à imprensa, Erdogan disse que a Alemanha está demasiadamente interessada em expressar sua preocupação com jornais que "apoiam grupos terroristas". "Nossos assuntos internos não dizem respeito a ninguém", afirmou.
Após Merkel criticar nesta quarta-feira a repressão do governo turco à imprensa, Erdogan disse que a Alemanha está demasiadamente interessada em expressar sua preocupação com jornais que "apoiam grupos terroristas". "Nossos assuntos internos não dizem respeito a ninguém", afirmou.
Desde a tentativa de golpe, em 15 de julho, as relações entre Alemanha e Turquia vêm se deteriorando. Em diversas ocasiões, Berlim manifestou preocupação com a repressão pós-golpe, que resultou na prisão de cerca de 37 mil pessoas e na demissão ou suspensão de mais de 100 mil funcionários do governo.
Merkel afirmou ser "extremamente alarmante que as liberdades de imprensa e de expressão sejam reprimidas repetidamente", após as autoridades turcas prenderem 13 funcionários do jornal de oposição Cumhuriyet, incluindo o editor-chefe, Murat Sabuncu.
O ex-editor chefe do Cumhuriyet, Can Dundar, que também foi condenado à prisão, vive atualmente na Alemanha. A agência estatal de noticias da Turquia Analodu afirmou nesta quarta-feira que Berlim concedeu um documento de viagem a Dundar, após seu passaporte turco ser cancelado.
Combates aconteceram durante operações de tropas em Daglica e Hisan.
Militares dizem que 463 militantes já foram mortos na província de Hakkari.
Três soldados da Turquia e 13 militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) morreram nesta segunda-feira (31) em confrontos no sudeste turco de maioria curda, disseram fontes de segurança.
As tropas turcas realizavam uma operação no distrito de Daglica, situado na província de Hakkari, que faz fronteira com o Iraque, quando os combates irromperam, deixando três soldados e quatro militantes mortos, relataram as fontes, acrescentando que um soldado também ficou ferido.
Nove outros militantes do PKK morreram e quatro ficaram gravemente feridos em uma operação em Hisar, uma região de Hakkari, disseram as fontes de segurança.
Mais cedo neste mês, os militares turcos afirmaram que um total de 463 militantes foram mortos em operações militares na província de Hakkari.
Uma operação está sendo realizada na região para extirpar os insurgentes com apoio aéreo e da gendarmaria, segundo as fontes.
O sudeste da Turquia vem sendo assolado pela violência desde o colapso de um cessar-fogo de dois anos e meio entre o Estado e o PKK em julho do ano passado. Durante as operações de segurança da semana passada, 28 militantes do PKK foram "neutralizados", informou o Ministério do Interior nesta segunda-feira.
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