Destaques - Nacional |
Escrito por Emildo Sambo em 23 Novembro 2016 |
De acordo com a administração marítima em Gaza, o acidente, resultante da superlotação e do mau tempo, envolveu uma pequena embarcação a remo, que transportava 23 ocupantes, incluindo o marinheiro. Francisco Candina, comandante provincial do Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP) em Gaza, disse ao @Verdade, telefonicamente, que “dois corpos foram encontrados” na terça-feira (22), totalizando oito com os seis resgatados no dia anterior. Presume-se que, das 10 pessoas desaparecidas, duas pessoas continuam por localizar, pois nenhum parente apareceu a reclamá-las. Todavia, as equipas não cessaram as buscas, pese embora as dúvidas que pairam sobre a existência ou não desses náufragos ainda por achar. “Duas pessoas não estão a ser encontradas, mas os familiares não reclamam. isso deixa-nos preocupados porque os miúdos e os familiares residem perto ou do outro e conhecem-se”, disse Francisco Candina. Na óptica do nosso interlocutor, é possível que o tripulante tenha se enganado na contagem das pessoas que transportava. “Era noite. Ele pode falhado na contabilização e as buscas continuam, mas já não são activas”, mas, sim, “passivas porque devemos considerar que pode haver alguém ainda desaparecido”. As autoridades marítimas queixam-se, de maneira recorrente, da inobservância das normas de segurança por parte dos tripulantes mas a problema persiste sem soluções à vista no sentido de evitar a desgraça. Sobre este assunto, em Gaza, Francisco Candina não quis se alongar. Entretanto, o seu tom de voz sugeria que a situação no terreno não é das melhores. “A regra diz que qualquer pessoa” que se faça transportar numa embarcação “deve possuir um colete salva-vidas”. Num outro desenvolvimento, o nosso entrevistado recomendou que a nossa Reportagem devia questionar à administração marítima em que condições, por exemplo, se faz a travessia entre Mahelane e o posto administrativo de Zonguene. “Senão eu estaria a responder a uma pergunta que eles podem não gostar”. Para Francisco Candina, é tarefa da administração marítima fiscalizar em que condições as pessoas são transportadas. O dono da embarcação naufragada não é um operador de transporte marítimo. “É um pescador artesanal e sem colete salva-vidas. O barco tem capacidade para nove pessoas mas levou 23. E este número é elevadíssimo” para a capacidade da sua embarcação. Segundo o comandante provincial do SENSAP em Gaza, o acidente aconteceu numa altura em que se sabe que “não se faz nenhuma travessia. Usa-se canoa a remo e não há iluminação”. Cláudio Langa, porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), disse a jornalistas, na terça-feira (22), que logo após o naufrágio, o tripulante colocou-se em fuga, deixando as vítimas à sua própria sorte, mas não demorou ser detido. A semana finda foi marcada por naufrágios mortíferos. Cláudio Langa disse ainda que uma pessoa morreu e outra foi regatada com vida, a 14 de Novembro em curso, em resultado de uma embarcação de pesca, transportando igual número de náufragos, ter afundado no bairro dos Pescadores, em Maputo. O acidente deveu-se também ao mau tempo e ocorreu por volta das 15h30. Em relação ao naufrágio ocorrido em Inhambane, na semana passada, a Polícia avançou que as vítimas, com idades compreendidas entre 17 e 19 anos, continuam desparecidas. O acidente resultou do mau tempo e as buscas prosseguem. |
Direcção dos Transportes e Comunicações de Sofala protege funcionários envolvidos na atribuição de matrículas a viaturas ilegais
Destaques - Nacional |
Escrito por Redação em 23 Novembro 2016 |
Os carros em questão pertencem à empresa Portocargas, Lda e chegaram à cidade da Beira no início deste ano, e eram usados no ramo da construção civil e noutras actividades. Os mesmos encontram-se parqueados no Porto da Beira, a partir de onde serão devolvidos ao país de origem, segundo Hélcio Cânda, director provincial dos Transportes e Comunicações de Sofala. Entretanto, apesar de estar ciente de que a importação das referidas viaturas violou o Decreto-Lei no. 01/2011, de 23 de Março, que proíbe a importação de viaturas com volante à esquerda, o dirigente não divulgou os nomes dos funcionários envolvidos na atribuição das respectivas matrículas, de acordo com o Diário de Moçambique. Segundo Hélcio Cânda, a tramoia para a importação dos veículos em causa, bem como a atribuição ilegal das chapas de matrícula, só foi descoberta depois de uma trabalho aturado levado a cabo pelo Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC), pelo INATTER, pela Alfândegas de Moçambique e pelo Tribunal Aduaneiro. Para além de proteger os funcionários implicados no caso, O director provincial dos Transportes e Comunicações de Sofala não disse que tipo de sanções foram aplicadas aos prevaricadores. |
Polícia sem resultados da autópsia da australiana morta numa praia no sul de Moçambique
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