Diz o ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega
Realizou-se na segunda-feira, em Maputo, o Fórum Empresarial Noruega-Moçambique, organizado em parceira pela Embaixada da Noruega em Moçambique e a Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique, no âmbito da visita que o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino da Noruega, Børge Brende, efectua a Moçambique.
Nesta sua visita, Børge Brende encabeça uma delegação empresarial de quarenta agentes económicos, maioritariamente das áreas de energia, petróleo e gás e indústria alimentar.
Intervindo no fórum, o ministro norueguês disse que o Governo de Moçambique precisa de trabalhar arduamente para adaptar a economia do país à situação económica mundial.
“E terá de virar cada pedra para encontrar uma solução política duradoura para o conflito interno. Posso assegurar-vos que podem contar com o apoio contínuo da Noruega nos vossos esforços para construir uma sociedade inclusiva, estável e pacífica”, disse Børge Brende, “porque paz e estabilidade não são apenas metas, em si mesmas”, são fundamentais para o “desenvolvimento contínuo e sustentável”.
Børge Brende afirmou que o crescimento económico e a criação de emprego são essenciais para o país alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Realizou-se na segunda-feira, em Maputo, o Fórum Empresarial Noruega-Moçambique, organizado em parceira pela Embaixada da Noruega em Moçambique e a Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique, no âmbito da visita que o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino da Noruega, Børge Brende, efectua a Moçambique.
Nesta sua visita, Børge Brende encabeça uma delegação empresarial de quarenta agentes económicos, maioritariamente das áreas de energia, petróleo e gás e indústria alimentar.
Intervindo no fórum, o ministro norueguês disse que o Governo de Moçambique precisa de trabalhar arduamente para adaptar a economia do país à situação económica mundial.
“E terá de virar cada pedra para encontrar uma solução política duradoura para o conflito interno. Posso assegurar-vos que podem contar com o apoio contínuo da Noruega nos vossos esforços para construir uma sociedade inclusiva, estável e pacífica”, disse Børge Brende, “porque paz e estabilidade não são apenas metas, em si mesmas”, são fundamentais para o “desenvolvimento contínuo e sustentável”.
Børge Brende afirmou que o crescimento económico e a criação de emprego são essenciais para o país alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Afirmou
também que, quando olha para os belos cenários e quando pensa em todas
as oportunidades que Moçambique tem para oferecer, está convencido “de
que não é o fim”.
Lembrou que a Noruega e Moçambique são parceiros desde a Independência de Moçambique, em 1975, estando a trabalhar para combater a pobreza, promover a boa governação e garantir uma gestão sustentável dos recursos naturais.
“Um elemento essencial no nosso relacionamento tem sido a cooperação para o desenvolvimento.
Isso continuará. Mas também precisamos fazer muito mais” disse, acrescentando que “o facto é que, hoje, a ajuda ao desenvolvimento tradicional é muito menos importante do que costumava ser”.
“Há 20 anos, mais de 60% do Orçamento do Estado de Moçambique era a ajuda ao desenvolvimento.
Hoje, está bem abaixo de 30%. Não me interpretem mal – esta é uma boa notícia. Isso significa que a sua economia é mais diversificada e que vocês estão atraindo maiores investimentos de outras fontes, criando crescimento e empregos para a população”, disse Børge Brende.
Segundo o ministro norueguês, esta é uma tendência que a Noruega quer apoiar, porque, segundo as suas palavras, o crescimento económico e a criação de empregos são essenciais para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
“É por isso que a minha principal mensagem aqui, hoje, é que precisamos de trabalhar juntos para criar mais empregos. E, para criar empregos, precisamos de um sector privado vibrante. Precisamos de facilitar maiores investimentos e precisamos de desenvolver sólidas parcerias público-privadas para promover o crescimento sustentável a longo prazo”, afirmou Børge Brende.
Disse também que, como o resto do continente africano, Moçambique sofre com a estagnação do crescimento global e a queda dos preços das mercadorias, esperando-se que, nos próximos anos, a economia cresça a um ritmo mais lento do que tem acontecido durante a década mais recente.
“Apesar destes tempos difíceis, muitos anos de forte crescimento demonstraram o grande potencial económico de Moçambique. Vocês fizeram alguns investimentos importantes em infra-estruturas e em serviços públicos”, afirmou Børge Brende.
Cooperar com a auditoria internacional
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega congratulou-se com o facto de o Governo moçambicano estar a cooperar estreitamente com o FMI na questão da auditoria internacional, porque, segundo diz, “a transparência na gestão das finanças públicas é vital para atrair investimentos estrangeiros de longo prazo.
Além disso, condições-quadro estáveis e previsíveis para o investimento são cruciais para atrair empresas estrangeiras para Moçambique”.
Informou que, se há que fazer parcerias com as empresas norueguesas, essas têm elevados padrões de transparência, anticorrupção e defesa do ambiente. “Um quadro previsível para a relação entre as empresas e o Governo é do interesse de todos. Estou optimista de que este será cada vez mais o caso também em Moçambique”, acrescentou o ministro Børge Brende.
Referiu que, tal como Moçambique, a Noruega tem recursos substanciais de petróleo, experiência na produção de energias renováveis e áreas marítimas com longas costas.
“Hoje, os investimentos noruegueses em Moçambique totalizam cerca de um bilião de dólares. O meu objectivo é que esse número aumente significativamente nos próximos anos”, declarou.
No fórum de segunda-feira, participaram várias empresas norueguesas. Børge Brende disse que a Noruega está pronta para continuar a partilhar a sua experiência na gestão de petróleo. “E as empresas norueguesas de petróleo e gás são conhecidas por estarem entre as mais competentes e competitivas do mundo”, disse.
Børge Brende afirma que alcançar os Objectivos de Desenvolvimento
Sustentável é um objectivo comum para Moçambique e a Noruega.
“Para alcançá-lo, temos que afiar as ferramentas que funcionam melhor. Sabemos que o comércio e os investimentos privados são cruciais para o crescimento, a criação de riqueza e a redução da pobreza. E sabemos que, para lidar com desafios globais como as mudanças climáticas, devemos envolver o sector privado. Permitam-me, portanto, repetir aqui a minha mensagem principal: os Governos e o sector privado devem unir forças. Uma nova realidade exige novas ferramentas e parcerias mais fortes”, concluiu o ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, tendo convidado Moçambique a cooperar com a Noruega, para impulsionar o crescimento e criar mais empregos e oportunidades para o povo de Moçambique.
Consolidar associativismo empresarial forte
Por sua vez, Rogério Manuel, presidente CTA, o sector privado em Moçambique há mais de 20 anos é parceiro privilegiado do Governo, com quem, ao longo desse tempo, vem trabalhando arduamente no âmbito do diálogo público-privado, para promover reformas económicas e regulamentares.
Segundo Rogério Manuel, nesta parceira tem sido consolidado um movimento associativo forte e participativo, socialmente responsável, capaz de criar um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e competitivo em Moçambique.
“As pequenas e médias empresas em Moçambique estão prontas para se estruturarem de modo a responderem aos requisitos de ‘procurement’ das grandes empresas, mais especificamente no que respeita às boas práticas”, disse o presidente da CTA.
Rogério Manuel afirmou que a economia moçambicana está a viver um momento desfavorável, obrigando as empresas a criarem novas e maiores oportunidades de negócios e a buscarem constantemente soluções para se manterem operacionais, garantir a contribuição no nível de emprego e no fluxo de recursos financeiros para o erário público.
“Embora Moçambique tenha conseguido identificar, nos últimos dez anos, mais de 20 mil milhões de toneladas de carvão e mais de 200 biliões de pés cúbicos de gás, contamos com o ‘know how’ e experiência norueguesa para permitir que o país assegure que os ganhos gerados com a produção destes recursos sejam canalizados para a diversificação da economia”, afirmou Rogério Manuel. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 03.11.2016
Lembrou que a Noruega e Moçambique são parceiros desde a Independência de Moçambique, em 1975, estando a trabalhar para combater a pobreza, promover a boa governação e garantir uma gestão sustentável dos recursos naturais.
“Um elemento essencial no nosso relacionamento tem sido a cooperação para o desenvolvimento.
Isso continuará. Mas também precisamos fazer muito mais” disse, acrescentando que “o facto é que, hoje, a ajuda ao desenvolvimento tradicional é muito menos importante do que costumava ser”.
“Há 20 anos, mais de 60% do Orçamento do Estado de Moçambique era a ajuda ao desenvolvimento.
Hoje, está bem abaixo de 30%. Não me interpretem mal – esta é uma boa notícia. Isso significa que a sua economia é mais diversificada e que vocês estão atraindo maiores investimentos de outras fontes, criando crescimento e empregos para a população”, disse Børge Brende.
Segundo o ministro norueguês, esta é uma tendência que a Noruega quer apoiar, porque, segundo as suas palavras, o crescimento económico e a criação de empregos são essenciais para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
“É por isso que a minha principal mensagem aqui, hoje, é que precisamos de trabalhar juntos para criar mais empregos. E, para criar empregos, precisamos de um sector privado vibrante. Precisamos de facilitar maiores investimentos e precisamos de desenvolver sólidas parcerias público-privadas para promover o crescimento sustentável a longo prazo”, afirmou Børge Brende.
Disse também que, como o resto do continente africano, Moçambique sofre com a estagnação do crescimento global e a queda dos preços das mercadorias, esperando-se que, nos próximos anos, a economia cresça a um ritmo mais lento do que tem acontecido durante a década mais recente.
“Apesar destes tempos difíceis, muitos anos de forte crescimento demonstraram o grande potencial económico de Moçambique. Vocês fizeram alguns investimentos importantes em infra-estruturas e em serviços públicos”, afirmou Børge Brende.
Cooperar com a auditoria internacional
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega congratulou-se com o facto de o Governo moçambicano estar a cooperar estreitamente com o FMI na questão da auditoria internacional, porque, segundo diz, “a transparência na gestão das finanças públicas é vital para atrair investimentos estrangeiros de longo prazo.
Além disso, condições-quadro estáveis e previsíveis para o investimento são cruciais para atrair empresas estrangeiras para Moçambique”.
Informou que, se há que fazer parcerias com as empresas norueguesas, essas têm elevados padrões de transparência, anticorrupção e defesa do ambiente. “Um quadro previsível para a relação entre as empresas e o Governo é do interesse de todos. Estou optimista de que este será cada vez mais o caso também em Moçambique”, acrescentou o ministro Børge Brende.
Referiu que, tal como Moçambique, a Noruega tem recursos substanciais de petróleo, experiência na produção de energias renováveis e áreas marítimas com longas costas.
“Hoje, os investimentos noruegueses em Moçambique totalizam cerca de um bilião de dólares. O meu objectivo é que esse número aumente significativamente nos próximos anos”, declarou.
No fórum de segunda-feira, participaram várias empresas norueguesas. Børge Brende disse que a Noruega está pronta para continuar a partilhar a sua experiência na gestão de petróleo. “E as empresas norueguesas de petróleo e gás são conhecidas por estarem entre as mais competentes e competitivas do mundo”, disse.
Børge Brende afirma que alcançar os Objectivos de Desenvolvimento
Sustentável é um objectivo comum para Moçambique e a Noruega.
“Para alcançá-lo, temos que afiar as ferramentas que funcionam melhor. Sabemos que o comércio e os investimentos privados são cruciais para o crescimento, a criação de riqueza e a redução da pobreza. E sabemos que, para lidar com desafios globais como as mudanças climáticas, devemos envolver o sector privado. Permitam-me, portanto, repetir aqui a minha mensagem principal: os Governos e o sector privado devem unir forças. Uma nova realidade exige novas ferramentas e parcerias mais fortes”, concluiu o ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, tendo convidado Moçambique a cooperar com a Noruega, para impulsionar o crescimento e criar mais empregos e oportunidades para o povo de Moçambique.
Consolidar associativismo empresarial forte
Por sua vez, Rogério Manuel, presidente CTA, o sector privado em Moçambique há mais de 20 anos é parceiro privilegiado do Governo, com quem, ao longo desse tempo, vem trabalhando arduamente no âmbito do diálogo público-privado, para promover reformas económicas e regulamentares.
Segundo Rogério Manuel, nesta parceira tem sido consolidado um movimento associativo forte e participativo, socialmente responsável, capaz de criar um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e competitivo em Moçambique.
“As pequenas e médias empresas em Moçambique estão prontas para se estruturarem de modo a responderem aos requisitos de ‘procurement’ das grandes empresas, mais especificamente no que respeita às boas práticas”, disse o presidente da CTA.
Rogério Manuel afirmou que a economia moçambicana está a viver um momento desfavorável, obrigando as empresas a criarem novas e maiores oportunidades de negócios e a buscarem constantemente soluções para se manterem operacionais, garantir a contribuição no nível de emprego e no fluxo de recursos financeiros para o erário público.
“Embora Moçambique tenha conseguido identificar, nos últimos dez anos, mais de 20 mil milhões de toneladas de carvão e mais de 200 biliões de pés cúbicos de gás, contamos com o ‘know how’ e experiência norueguesa para permitir que o país assegure que os ganhos gerados com a produção destes recursos sejam canalizados para a diversificação da economia”, afirmou Rogério Manuel. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 03.11.2016
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