Manobras políticas para impingir líderes ao povo moçambicano
O povo não moçambicano precisa de sair da letargia e gerir devidamente o seu poder político soberano. Nos discursos de ocasião que temos estado a ouvir em Moçambique, percebem-se sinais de que há uma agarrar tácita por impingir líderes ao povo moçambicano. Quero aqui dizer aos grupos que estão nesse exercício que a um povo não se deve impinge líderes; estes—os líderes—têm que aparecer por mérito próprio.
Tenho ouvido atentamente o discurso da mamã Graça Machel e deduzo que ela está a fazer um esforço titânico para lançar Samora Machel Jr. na luta pelo poder político. Nesse esforço, ela conta com a assessoria sempre indispensável de José Oscar Monteiro & Companhia. O mesmo esforço fazem Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Alberto Chipande, cada um à sua maneira.
Ora, eu quero dizer, antes de morrer, que esse exercício que estão a fazer estes os nossos históricos não passa despercebido pelo povo e NÃO É BOM PARA A SOBREVIVÊNCIA DA FRELIMO, porque começa a ficar claro que a preocupação dos grupos que nascem em torno das figuras mencionadas acima não é que o povo moçambicano seja bem servido, mas sim proteger interesses económicos de grupos. Isso é MUITO MAU, porque deixa a Frelimo mal vista pelo eleitorado moçambicano.
Para quem quiser saber, eu até chego a pensar que a Luísa Diogo e o Filipe Nyusi estão a ser vítimas políticas dos nossos emblemáticos antigos combatentes, que ontem combatiam pela justiça e liberdade para TODOS os moçambicanos, mas que hoje lutam entre si pelo controlo da potencial riqueza de Moçambique. Todos eles andam metidos em altos negócios de exploração comercial dos recursos naturais de Moçambique em benefício das suas famílias.
Eu até não estou contra o enriquecimento de nenhum moçambicano. Eu quero que Moçambique tenha ricos que sejam referência mundial. Que nasçam ricos nesta terra bem abençoada, mas com critérios! Eu sou é contra a falta desses critérios. Sou contra a garra que têm Graça Machel, Joaquim Chissano, Armando Gueguza, Alberto Chipande, e os seus grupos de "assessores", dos quais se destaca o José Oscar Monteiro, em SEREM ELES A DECIDIR quem é que tem governar Moçambique, sendo da Frelimo. Isso é que está a lixar a Frelimo, que acaba ficando faccionada e fragilizada.
Por favor, peço que pareis com essa vossa atitude, ó meus heróis! O poder político soberano é do povo moçambicano; não de indivíduos ou de grupos. O Estado moçambicano é de TODOS os moçambicano. São os moçambicanos—o povo de Moçambique—que devem decidir quem deve governar este país, quando e como. Não sois vós, ó meus heróis!
Sabeis, eu ainda quero ver Moçambique a ser governado pela Frelimo, porque aí consigo ver o futuro melhor para todos os moçambicanos, sem qualquer tipo de discriminação e sem arruaças. Mas vós, meus emblemáticos heróis, estais a matar esse sonho; estais a contribuir para que a Frelimo seja empurrada para fora do poder por forças políticas sem qualquer sentido de Pátria. Essa vossa garra tem que ser refreada a qualquer preço. Sóis vós que estais a estragar Moçambique.
Em nome de TODOS os moçambicanos, peço-vos encarecidamente para deixardes a política activa. Deixai o Presidente Filipe Nyusi governar Moçambique, pela Constituição; não queirais ser os "DJs" da nossa juventude! Notai que esta juventude é do "Pandza"; não mais da "Marrabenta"! Os vossos interesses económicos serão protegidos pela lei; não pelas pessoas da vossa preferência no controlo do poder soberano do povo moçambicano. Não impinjais líderes a este povo; os líderes têm que aparecer por mérito próprio!
Tendo dito o que disse acima, agora volto-me para juventude moçambicana, para dizer o seguinte:
1. Jovens, sonhai com uma sociedade que distinga pelo ser detentora do lato padrão de nobreza de princípios e valores de humanismo. Vós jovens da Independência de Moçambique de hoje não sóis ainda os cidadãos do futuro que Samora Machel sonhava para Moçambique. No que servir o povo significa, escutai as mensagens de Samora Machel. Samora Machel defendia a construção, em Moçambique, de uma sociedade guiada pelo mais alto padrão de nobreza de princípios e valores humanismo. Esse sonho ainda vive hoje. Resgatai-o.
2. Eu, que não pertenço nem à «geração do 25 de Setembro», nem à «geração de 8 de Março», tampo à «geração da viragem», insto os moçambicanos a amarem a justiça. Tenho comigo que justiça significa cada um viver como quer e pode, sem vedar a outrem a possibilidade de fazer o mesmo por qualquer que seja o método. É quando há justiça que as pessoas podem ser livres. Portanto, a liberdade é consequência da justiça. Quando há indivíduos que se fazem de espertos e açambarcam os recursos que devem estar disponíveis para todos, ai não há justiça. E onde não justiça não pode haver liberdade plena; não pode haver progresso. Os recursos naturais devem estar disponíveis para todos. Para assegurar que assim seja, é preciso que haja uma gestão criteriosa dos mesmos. Só assim é que Moçambique será viável. Então, ó jovens da Independência de Moçambique, abstende de esquemas ilícitos para ganhar a vida. Vida de esquemas não é sustentável, nem mesmo a curto prazo; a vida de esquemas só causa stress e morte precoce.
Por fim, a minha última palavra vai para o Presidente Filipe Nyusi:
Deixa as "brincadeiras" e governa bem Moçambique e a Frelimo. Não abonam as conversas que se ouvem sobre ti no Bairro da Polana Caniço e noutros bairros da cidade de Maputo, onde moram os funcionários que trabalham na tua corte. O povo moçambicano merece um líder exemplar. Tu podes ser esse líder. Não deixa o poder subir-te à cabeça; controla-te! E seja mais aberto à crítica, pois é dela que que todos crescemos mais depressa!
«Co'licença», qual terminaria o meu amigo Juma Aiuba.
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PS: Eu estou fazendo a minha parte pela paz efectiva em Moçambique. Esta terra tem espaço para todos nós. Não precisamos de viver brigando. E tu Renamo, desarma-te incondicionalmente, por favor! A propósito, Renamo, gostei de ouvir a discurso da jovem deputada Ivone Soares, na abertura da presente sessão ordinária da Assembleia da República. E o Mdm continuou a primar pela demagogia. Não vou falar do discurso da minha chefe de bancada, a Bancada Parlementar da Frelimo, porque "o momento e o lugar não são apropriados"!
1 comentário:
Já sabemos bastante que Nyusi foi encomenda da dupla Guebuza/Chipande embora Guebuza torcia pelo Nyusi e pelo Pacheco, mas a FRELIMO quis agradar aos 2 optando pelo Nyusi. Fui camarada, mas já não sou e enquanto as coisas não mudam prefiro não ser propriedade privada de nenhum. O meu conselho ia para o dito professor Cumbane em deixar de nos dizer que é da FRELIMO. O senhor baralha tudo quando nos diz que é da FRELIMO e ao mesmo tempo elogia a FRELIMO, elogia estas mesmas pessoas e pouco depois critica as mesmas pessoas mandando indirectas.
O Senhor é daqueles animais que morde e depois sopra, talvez por saber que qualquer dia esta nossa pátria vai ser governada pela Oposição e vir a ser considerado como aquele que criticava a Frelimo e enquanto isso não acontece diz que é camarada. Claro a esperteza para sobreviver politicamente, mas eu prefiro colocar a FRELIMO no passado e estar neutro em termos partidários ate que haja um partido que poderei considerar serio, porque ate hoje não, eu nao estou a ver um partido serio em Moçambique.
Assim, se um dia a FRELIMO voltar a nutrir confiança, quer dizer deixar de enganar o povo, deixar de ser promotora da corrupção e de matar o seu próprio eleitorado, talvez eu volte para la. Porque o que esta em jogo são os dirigentes dos partidos e não o nome do partido, tenho certeza que todos os partidos como nome não querem matar as pessoas, mas como agem os dirigentes destes partidos esse é que é problema. Para a Renamo, a Frelimo, O MDM e outros tantos ai, como nome não há problema, mas vamos ver os seus dirigentes, outros são patetas como Miguel Mabote, outros são show off como Yagub Sibindy, outros são aprendizes e faz de conta como Nyusi, outros são ditadores como Dlakama, outros mostram trabalho tentando ser bonzinhos como Daviz Simango…
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