Jogo de nervos até ao fim
Na recta final da campanha, o intervalo que separa os dois
candidatos presidenciais nas sondagens encurtou. A democrata mantém o
favoritismo, mas a vitória do republicano não é impossível.
A
expectativa da campanha democrata é que, através do voto antecipado,
Hillary Clinton possa arrecadar uma vantagem impossível de suplantar
pelo seu adversário republicano Donald Trump na terça-feira – em estados como Nevada, Carolina do Norte e Florida, essa vantagem poderá ser a chave da eleição. Se não vencer na Florida, o republicano não tem maneira de chegar aos 270 votos do Colégio Eleitoral que são necessários para a vitória.
Nos dez estados “oscilantes”, onde o voto não está fixo num determinado partido e varia a cada ciclo eleitoral, o quadro eleitoral é complexo, já que a distância que separa Clinton e Trump inscreve-se dentro da margem de erro das sondagens. Numa campanha presidencial convencional, bastaria olhar para a tendência para tirar conclusões (Clinton seria a favorita, uma vez que lidera os inquéritos em mais estados ditos competitivos). Mas neste ano, que está a ser tudo menos ortodoxo, é preciso temperar todas as análises com uma dose q.b. de incerteza: recomenda a prudência que se espere pelos dados da participação na terça-feira para perceber quem está com a vantagem.
A volatilidade expressa nas sondagens faz crescer a angústia
dos comentadores políticos, e deixa os eleitores, e não só, à beira de
um ataque de nervos – nesta sexta-feira, os mercados voltaram a reagir
em baixa ao movimento das sondagens, assustados com a perspectiva de uma
vitória de Donald Trump que, não sendo impossível, ainda é o desfecho mais improvável.
Vários factores explicam o actual grau de incerteza. Apesar de todos os estudos sugerirem que aqueles que votaram (ou tencionam votar) já escolheram o seu candidato e não mudarão de ideias, a parcela de americanos que ainda se manifestam nas sondagens como “indecisos” é maior em 2016 do que nas anteriores eleições: para que lado cairá o seu voto? Além disso, este ano a “ascensão” de candidaturas de partidos mais pequenos (Gary Johnson, pelos libertários, e Jill Stein, dos Verdes) torna mais imprevisíveis os cálculos sobre a concentração ou dispersão de votos.
Depois, também tem havido uma maior flutuação nas sondagens do que em anos anteriores. Convém explicar que os números que são divulgados diariamente (tracking polls) são muito reactivos – o principal interesse desta ferramenta é identificar tendências, recorrendo às médias calculadas por agregadores como o FiveThirtyEight, Upshot, RealClearPolitics ou Pollster.
As linhas revelam uma tendência de aproximação entre os dois candidatos, que era de esperar à medida que os indecisos fecham o seu apoio. Porém, a posição de Clinton e Trump não se inverteu nos últimos dias: a democrata, que desde Julho está à frente do republicano nas intenções de voto a nível nacional, mantém-se como a favorita, ainda que a margem que separa os dois cresça ou diminua conforme o modelo utilizado, entre 1,7% e 5,5%.
Nos dez estados “oscilantes”, onde o voto não está fixo num determinado partido e varia a cada ciclo eleitoral, o quadro eleitoral é complexo, já que a distância que separa Clinton e Trump inscreve-se dentro da margem de erro das sondagens. Numa campanha presidencial convencional, bastaria olhar para a tendência para tirar conclusões (Clinton seria a favorita, uma vez que lidera os inquéritos em mais estados ditos competitivos). Mas neste ano, que está a ser tudo menos ortodoxo, é preciso temperar todas as análises com uma dose q.b. de incerteza: recomenda a prudência que se espere pelos dados da participação na terça-feira para perceber quem está com a vantagem.
Vários factores explicam o actual grau de incerteza. Apesar de todos os estudos sugerirem que aqueles que votaram (ou tencionam votar) já escolheram o seu candidato e não mudarão de ideias, a parcela de americanos que ainda se manifestam nas sondagens como “indecisos” é maior em 2016 do que nas anteriores eleições: para que lado cairá o seu voto? Além disso, este ano a “ascensão” de candidaturas de partidos mais pequenos (Gary Johnson, pelos libertários, e Jill Stein, dos Verdes) torna mais imprevisíveis os cálculos sobre a concentração ou dispersão de votos.
Depois, também tem havido uma maior flutuação nas sondagens do que em anos anteriores. Convém explicar que os números que são divulgados diariamente (tracking polls) são muito reactivos – o principal interesse desta ferramenta é identificar tendências, recorrendo às médias calculadas por agregadores como o FiveThirtyEight, Upshot, RealClearPolitics ou Pollster.
As linhas revelam uma tendência de aproximação entre os dois candidatos, que era de esperar à medida que os indecisos fecham o seu apoio. Porém, a posição de Clinton e Trump não se inverteu nos últimos dias: a democrata, que desde Julho está à frente do republicano nas intenções de voto a nível nacional, mantém-se como a favorita, ainda que a margem que separa os dois cresça ou diminua conforme o modelo utilizado, entre 1,7% e 5,5%.
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