Gleichstellung
Em menos de uma semana já são mais de 3 membros seniores da RENAMO baleados pelos chamados “Esquadrões da Morte”. A estes acontecimentos, juntaram-se dois baleamentos fatais de secretários de bairro da FRELIMO e muitos actos premeditados ou não de intimidação colectiva por parte dos detentores do poder das armas.
Tudo isto acontece quando decorrem conversações que devem pôr fim às contradições políticas neste país.
Um exercício inútil como se vê, porque está claro que a FRELIMO se radicaliza mais para se manter no poder. E a RENAMO se militariza para sobreviver.
É um estranho colete de forças em que cada um tenta mostrar o poder que pensa ter. Mas há um facto indesmentível, a este ritmo, a RENAMO estará politicamente decapitada em vésperas do próximo pleito eleitoral. E a FRELIMO legitimada por mais uma “comissão da verdade” dos doadores, poderá então servir-se da principal arma política da RENAMO, a descentralização, como iniciativa da sua “sábia governação” sem contraditório.
Com o líder da RENAMO cercado na Gorongosa. A sua nata política fortemente vigiada por aparato policial em Maputo e sob ameaça das balas assassinas dos securocratas de Estado, a solução queniana, inspiração israelita, começa a ter os seus efeitos perniciosos na oposição política em Moçambique.
E por incrível que pareça, à RENAMO, só lhe restam agora duas vias capitais. Ou capitula vergonhosamente perante o seu inimigo secular e vai para o exílio além-fronteiras. Ou abandona o diálogo e declara oficialmente a luta armada, contra um governo que já se preparou para uma economia de guerra de curta duração encavalitada em promessas das "mais-valias".
Fim de estrada.
Speaking exclusively to Al Jazeera’s Investigative Unit, officers from four units of Kenya’s counter-terrorism apparatus admitted the police assassinate suspects on government orders.
aljazeera.com
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