SEIS anos após interrupção por avançado estado de degradação, a ligação ferroviária entre as cidades de Cuamba e Lichinga, foi reatada ontem 1 de Novembro. Segundo fontes ligadas ao Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN), ao todo foram investidos cerca de 100 milhões de dólares na iniciativa, que contemplou a reabilitação de cerca de 240 quilómetros de ferrovia, que já não oferecia segurança para circulação de comboios.
Muitos residentes da cidade de Lichinga são unânimes que o regresso do comboio vai trazer benefícios para a urbe. “Já era sem tempo, Lichinga precisa de estar ligado ao país. Não fazia sentido o que estava a acontecer”, disse Paulino Sanudia, residente de chuaula arredores de Lichinga.
Quem também está feliz com o apitar do comboio é Saugineta Yassine, residente do bairro cerâmica, para quem a linha férrea já deveria ter sido reabilitada há muito tempo. “O comboio já vem tarde, mas é bem vindo. Resta apenas a reabilitação da estrada Cuamba-Lichinga, para a vida melhorar na nossa cidade, disse Yassine.
A reabilitação da Linha-Férrea Lichinga-Cuamba foi feita por uma empresa portuguesa e consistiu na colocação de travessas metálicas em alguns troços. Incluiu também trabalhos de construção de novas pontes, desminagem, mitigação dos efeitos da erosão e desmatamento, porquanto nos cerca de seis anos em que a ferrovia esteve fora de uso foi tomada pela vegetação, propiciando o surgimento de vários tipos de obstáculos.
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