Estas foram
palavras
pronunciadas
pelo
secretáriogeral
da
RENAMO
Manuel Zeca
Bissopo, em
Conferência
de Imprensa
realizada na
manhã desta
quinta-feira, 17
de Setembro,
nas instalações
da Sede
Nacional
do partido.
A seguir,
deixamos
a transcrição
integral
do momento:
Convocamos esta conferência de
imprensa para dar a conhecer a todo o
povo moçambicano, aos estrangeiros
residentes em Moçambique, bem
como aos parceiros de cooperação
o posicionamento da RENAMO face
ao atentado protagonizado a mando
do Governo da Frelimo, no dia 12
de Setembro de 2015, no distrito
de Vanduzi, que visava assassinar
Sua Excia Afonso Macacho Marceta
Dhlakama, Presidente da RENAMO e
candidato mais votado nas eleições de
15 de Outubro de 2014. A RENAMO
repudia e condena veementemente o
atentado protagonizado às 19 horas
do referido dia, pelas Forças de Defesa
e Segurança na zona de Chibata, a
2Km do cruzamento de Vanduzi, na
Província de Manica.
Apuramos que o Comandante
do Exército, General Mussa, que se
deslocara a Chimoio para participar
no dia 12.09.2015 na cerimónia de
encerramento do curso básico de
treinamento de recrutas, planificou,
organizou e mandou executar o plano de
assassinato do Presidente da RENAMO
cumprindo orientações superiores que
levava de Maputo.
Para o efeito, um grupo de Polícias da
República de Moçambique juntou-se
a 20 militares alinhados pelo General
Mussa. Os 20 militares pertencentes
as Forças Armadas de Defesa de
Moçambique todos provenientes do
lado das FPLM (braço armado do Partido
Frelimo que combatia contra a RENAMO
durante a Luta pela Democracia),
foram comandados pelo Capitão
de Artilharia de anti-aérea, Francisco
Semo Conde, pertencente ao
Batalhão de Chimoio, coadjuvado
pelo Sargento Felizardo da
especialidade de artilharia anti-aérea,
bem como Sargento Ngonhamo
do Reconhecimento. Os três
oficiais envolveram-se igualmente
no combate travado aquando
da emboscada e somente eles
regressaram ao Quartel com vida,
dado que 12 dos restantes militares
foram abatidos pelos comandos da
RENAMO afectos a protecção da
Comitiva Presidencial, tendo outros 5
contraído ferimentos.
A confirmação da participação da
PRM no atentado contra a vida do
Presidente da RENAMO também
foi dada pelo Deputado Saimone
Muhambi Macuiana e pelo Membro
da Assembleia Provincial de Manica
e Delegado Político Distrital da
RENAMO em Macossa, Ferrão
Bongisse, que durante a emboscada
estavam na Comitiva Presidencial.
Dados os disparos, em busca de
protecção, ambos refugiaram-se no
Posto de Controlo do Cruzamento de
Vanduzi onde foram recebidos por
dois agentes da polícia de trânsito
em serviço, sendo um homem e uma
mulher e dois agentes das Alfandegas
ambos do sexo masculino. No
entanto, os agentes da Polícia de
Transito procuraram saber o que
se passava e eles explicaram que
saindo do trabalho parlamentar
de fiscalização, juntaram-se a
Comitiva do Presidente Dhlakama
e caíram numa emboscada tendo
abandonado (dados os disparos) no
local as suas viaturas com as portas
abertas. Estranhamente, enquanto
apresentavam esta preocupação
aos agentes acima referidos, que
estudavam como socorrer ao
Deputado e Membro da Assembleia
Provincial de Manica, eis que aparece
um homem armado com uma
AK47, mas a paisana, carregando
cartucheiras no peito que ao se
aproximar dos agentes que falavam
com o Deputado, precipitou-se em
esclarecer que era um agente da
PRM, e exibiu o seu crachá. O homem
que transpirava e se declarou muito
cansado disse que tinha imobilizado
três viaturas naquela emboscada
e pedia um sítio para descansar.
E de facto três carros da Comitiva
do Presidente Dhlakama foram
imobilizados.
Os agentes em referência,
embaraçados porque aquele agente
estava a falar muito, enquanto ali
estavam membros da RENAMO,
saíram dali com o agente e nunca
mais voltaram. Duas horas de tempo
depois, o Deputado Macuiana
e o Membro da AP de Manica
conseguiram uma boleia e rumaram
para Chimoio. Em Manica, não havia
naquela ocasião do ataque outro
oficial hierarquicamente superior
ao General Mussa que depois de
frustrada a tentativa de assassinato
do Presidente da RENAMO seguiu
viagem para o Posto de Comando
Operacional localizado no Distrito
de Gorongosa, em Sofala. Este, fora
acompanhado para Gorongosa pelo
Comandante de Batalhão de Chimoio,
Coronel Agostinho Micheque
Matusse e outro agente da Brigada de
Tete, Coronel Boavida André Meque.
A RENAMO acredita que o General
Mussa, natural de Nampula em
frente da operação que visava
matar o Líder da RENAMO tenha
recebido ordens directas do Senhor
Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da
Frelimo e seu superior hierárquico.
Acreditamos que o Ministro da
Defesa e o Chefe do Estado Maior
General sejam coniventes nessa
tentativa de assassinato do nosso
Presidente. Quem mais poderia dar
a voz de comando, autorizando ao
assassinato do Presidente Dhlakama
para além do próprio auto intitulado
Comandante em Chefe das FADM?
Uma vez que as autoridades têm
estado a desmentir a autoria do
atentado, exigimos que haja uma
investigação séria, imparcial e que
haja responsabilização do Chefe
de Estado Maior General, Sr. Graça
Chongo, bem como do Comandante
do Exército General Mussa, pois
os militares fazem uso abusivo de
armas ligeiras e pesadas como RPG7,
vulgo Bazucas supostamente sem
autorização superior, o que se afigura
terrorismo de Estado.
Com todos estes factos arrolados,
fica confirmado que o Governo
da Frelimo por sentir-se despido
de apoio da maioria do povo
moçambicano, da sociedade civil
moçambicana, bem como dos
parceiros que os criticam pela má
gestão da coisa pública e por não ter
argumentos políticos para debater
as diferenças existentes, pauta pelo
assassinato do seu maior adversário
político. Ao mandar atacar a comitiva
do Presidente do Partido RENAMO e
da maioria do povo moçambicano,
General Afonso Macacho Marceta
Dhlakama com objectivo de
assassiná-lo a Frelimo revela estar
desesperada e disposta a matar com
o fito de continuar a escravizar as
populações que apoiam a RENAMO
e o seu Presidente. Perante estas
barbaridades que violam os princípios
do Estado Democrático consagrados
na Constituição da República de
Moçambique, a RENAMO vem hoje
dizer que vai reagir. O povo vai vingarse
para acabar de uma vez para
sempre com a escravatura imposta
pelo governo da Frelimo. Uma vez que
não é de hoje que a Frelimo promove
atentados contra a RENAMO e depois
nega responsabilidades; Aconteceu
em Agosto de 2004, quando Joaquim
Alberto Chissano mandou atacar
os guardas da RENAMO na Vila de
Inhaminga; aconteceu em 8 de Marco
de 2012, quando Armando Emílio
Guebuza mandou atacar a delegação
política da RENAMO na Cidade de
Nampula, ocupando-a até hoje;
aconteceu a 21 de Outubro de 2013,
quando Guebuza então Presidente da
República mandou atacar Sandjunjira,
residência de Sua Excia Presidente
Dhlakama, acto antecedido de
envenenamento da principal fonte de
abastecimento da água que também
era consumida pelo Presidente
Dhlakama;Recorde-se que na altura
Filipe Jacinto Nyusi, era Ministro da
Defesa, precipitou-se ao local para
confirmar os estragos protagonizados
pelos seus subordinados; aconteceu
agora como acima r e l a t a m o s .
Numa altura
em que Filipe Nyusi responde como
Presidente da República, fruto dos
votos roubados a RENAMO e a Afonso
Dhlakama.
Quero reafirmar categoricamente
em nome da máquina Administrativa
da RENAMO que iremos reagir, pois
não se pode tolerar este tipo de
terrorismo de Estado. A RENAMO vai
usar tudo o que estiver ao seu alcance
para se vingar desta tentativa directa
para assassinar a pessoa mais querida
pelos moçambicanos e que dedicou a
sua vida para devolver a dignidade ao
povo moçambicano. O povo vai reagir
para repor a justiça.
Isto não e uma declaração de
guerra, mas que fique claro que
iremos reagir política e sabiamente.
NÃO BAIXAREMOS OS BRAÇOS
A pressão política que a RENAMO vem fazendo
à Frelimo nos últimos tempos e a recente
submissão de uma nova proposta sobre os
procedimentos da escolha dos governadores
provinciais, colocam a Frelimo em nervos a
ponto de estar a procura de soluções radicais
para ver se empurra a RENAMO à uma guerra
e deste modo inviabilizar o projecto.
O atentado do final da semana passada na
província de Manica contra o Presidente da
RENAMO, Afonso Dhlakama, veio mais uma
vez demonstrar a fraqueza da Frelimo que
quando perde no debate político e de ideias,
recorre a agressão física, no caso eliminação,
dos seus principais adversários. Tal como
disse o Presidente Afonso Dhlakama no
discurso que proferiu na última segunda-feira
na Universidade Católica de Moçambique
na cidade da Beira, a Frelimo que se sente
ameaçada pelo peso político do Presidente
Dhlakama, está empenhada em eliminar
fisicamente ou empurrar para o mato o
dirigente da RENAMO a pretexto de que
ele é uma ameaça ao Estado de Direito
Democrático.
Na verdade, tanto Afonso Dhlakama como
a RENAMO nunca foram ameaças ao Estado
de Direito Democrático, pelo contrário,
construtores e defensores do mesmo Estado.
Constituem sim uma ameaça ao castelo de
hegemonia da Frelimo que começa a ruir
que nem um castelo de areia. Uma Frelimo
dirigida por espertalhões do tipo Damião
José caracterizada por debilidade psíquica
para jogos democráticos que caracterizam
um Estado de Direito Democrático é que pode
estar ameaçada.
A Frelimo continua a acreditar na equação
de eliminar os adversários políticos, no caso
particular a Afonso Dhlakama, achando
estar a resolver o principal seu obstáculo.
Tal como por diversas vezes sobreviveu em
muitos atentados em diferentes fases da luta
contínua pela democracia, tanto o presidente
Dhlakama como a RENAMO sobreviverão na
sua luta apesar destas investidas da Frelimo.
Os falsos argumentos que a Frelimo procura
para tentar se afastar da responsabilidade
de tentativa de assassinato à Afonso
Dhlakama, revela sim a malandragem de
gente sem escrúpulos e com falta de cultura
democrática e de tolerância de partido que
tem a responsabilidade de Estado.
Apesar de falsamente andarem a pregar
o sermão da paz, a Frelimo e Filipe Nyusi, o
mesmo que em 2013 atentou contra a vida
do Presidente Dhlakama a quem prometeu
“coçar a sarna” continuam a não se mostrarem
disponíveis a dar os passos necessários para
a prática efectiva de políticas de Paz, que
implicaria uma partilha democrática de Poder.
O presidente da RENAMO disse e muito
bem que eles enaltecem a Democracia
nas suas palavras, mas, pelos seus actos,
tornam irrelevante essa mesma Democracia,
quando não respeitam os seus pressupostos e
recorrem a soluções conveniência para matar
a RENAMO. Não é nem será Democracia
apenas realizar eleições ciclicamente, sem
transparência, onde os resultados são
manipulados milimetricamente para que um
determinado partido «vença» e conquiste
os lugares de efectivo poder, mantendo os
instrumentos de gestão e de segurança do
Estado, incluindo os judiciais, sob o controlo
dos seus militantes e dirigentes.
A mensagem ficou clara a partir da Beira
de que não baixaremos os braços, que “não
deixaremos de lutar”!
O povo moçambicano, homens e mulheres
de boa vontade, amantes da paz, liberdade e
democracia podem continuar a contar com a
energia, com a determinação e com a coragem
do Presidente Dhlakama e da RENAMO,
até que chegue o dia em que Moçambique
deixará de viver sob a capa de um regime de
multipartidarismo parlamentar quando na
verdade vive-se num Estado de partido único.
A RENAMO não deixará de responder às
perseguições a que tem sido vítima.
“A PONTE TREMEU, EU SOBREVIVI E AQUI ESTOU,
PRONTO UMA VEZ MAIS PARA O DIÁLOGO”
Palavras do Presidente Afonso Dhlakama por ocasião do 20º aniversário da criação
da Universidade Católica de Moçambique, proferidas a 14 de Setembro de 2015 na
cidade da Beira. Transcrevemos integralmente o discurso.
Sua Excelência Magnífico Reitor
da Universidade Católica de
Moçambique.
Distintos Membros do Corpo
Docente e Discentes
Distintos Titulares e Representantes
de Órgãos de Autoridades
Administrativas, Académicas e
Religiosas,
Senhores Membros da Comunicação
Social,
Prezados Convidados,
Minhas irmãs e Meus Irmãos,
Excelências,
Estamos hoje aqui para celebrar 20
anos de vida de uma instituição que
tem contribuído, e deve continuar
a contribuir, para a reconciliação
nacional e para o desenvolvimento da
sociedade em Moçambique.
A Universidade Católica promove
valores civilizacionais e pratica a
disseminação de conhecimentos
científicos que são indispensáveis,
uns e outros, à consolidação de uma
cultura de Paz e Democracia em
Moçambique. Não haverá Paz que
não se funde em valores democráticos
enraizados nos cidadãos e nas
instituições do Estado. Nem haverá
verdadeira Democracia sem a
promoção concreta dos princípios
fundadores da Declaração Universal
dos Direitos do Homem, consagrados
no seu Artigo Primeiro:
«Todos os seres humanos nascem
livres e iguais em dignidade e em
direitos. Dotados de razão e de
consciência, devem agir uns para
com os outros em espírito de
fraternidade.»
Porque estamos numa instituição
de inspiração cristã, e porque a Paz
é um bem a que os Moçambicanos
aspiram mas que tem estado permanentemente
em risco, permitam-me
recordar um pensamento do «legislador,
doutor e mestre supremo» de
toda a Igreja Católica Romana, o Papa
Francisco:
«A paz é um bem que supera
qualquer barreira, porque é um bem
de toda a humanidade.»Nada mais
verdadeiro, não é?
Então, porque
deixar que interesses particulares
ou sectários, fundamentalismos
religiosos ou ideológicos, ou apenas
o inefável, mas criminoso apego ao
Poder de um homem ou de um grupo
de homens levem nações inteiras para
o pântano da guerra e da violência?
Sabemos como é fácil entrar nesse
pântano, mas não sabemos nunca
como e quando vamos sair dele!
A nossa pátria tem uma história
marcada pelo desencontro dos
interesses privados com o interesse
público.
A Paz é um bem para todos nós.
Mas alguns entre nós não se
mostram disponíveis a dar os passos
necessários para a prática efectiva de
políticas de Paz, já que tal implicaria
uma partilha democrática de Poder.
Enaltecem a Democracia nas suas
palavras, mas, pelos seus actos,
tornam irrelevante essa mesma
Democracia.
Regresso uma vez mais às palavras
do Papa Francisco:
«Apenas os que dialogam podem
construir pontes e vínculos.»
Em Moçambique, ao longo de mais
de duas décadas, mais portanto do
que os 20 anos da Universidade
Católica de Moçambique que aqui
celebramos — construímos pontes
através do diálogo entre irmãos que
se enfrentaram pelas armas. Mas
infelizmente não criámos os vínculos
que garantem a Paz e a convivência
democrática entre irmãos. Este
diálogo tem sido como o encontro
estéril da semente com uma terra
seca. Bem podemos esperar que a
semente concretize a sua vocação
de planta, de flor, de fruto. Se não
lhe dermos a água e as chuvas não
vierem, nada acontecerá...
As pontes que construímos
precisam de gente que as atravesse
com vontade efectiva, sincera e
empenhada de estabelecer vínculos
duradouros para o entendimento
entre os irmãos.
Foi também para aqui convidado
o meu irmão Joaquim Chissano, que
estreitei nos braços em 1992, com
o sonho de estar sólida e segura a
ponte que construíramos para a paz,
depois de um período longo e difícil
de diálogo. Mas tantos anos depois,
digo a todos... eis que ainda há dois
dias, uma vez mais, me tentaram
matar.
A ponte tremeu, eu sobrevivi e aqui
estou, pronto uma vez mais para o
diálogo.
Mas é necessário mais do que
palavras. São precisos actos. É
preciso que, no Estado, se pratique a
alternância e a partilha de Poder que
são os filhos naturais da Democracia.
Também no caso de Moçambique,
como em qualquer outro Estado de
Direito do Mundo, só assim se criarão
os vínculos de que nos falou o Papa
Francisco, os compromissos e os
mecanismos de consolidação da Paz!
Neste processo, o papel da
Universidade é fundamental. A
Universidade não é apenas um
sistema escolar, com professores e
alunos. A Universidade é um centro
vital de renovação e vivificação de
valores e conhecimentos. No processo
de pacificação, democratização e
desenvolvimento da sociedade, a
Universidade desempenha um papel
essencial.
Moçambique além de um grande
país... é um país grande! Temos
muito território e populações muito
espalhadas por esse território.
Infelizmente, esta diversidade
étnica e territorial é o cenário de
graves desequilíbrios sociais, bem
evidenciados no mapa das infraestruturas
educativas.
Até à criação da UCM, o ensino
superior estava concentrado na
capital.
Graças às novas condições criadas
pelo Acordo Geral de Paz de 1992, a
Universidade Católica de Moçambique
pode instalar-se no Centro e Norte
de Moçambique, de alguma forma
começando a dar substância a um
dos objectivos da nossa luta: dar aos
jovens moçambicanos oportunidades
iguais de acesso ao ensino superior,
independentemente da sua origem
étnica ou geográfica. Hoje, existem
mais de 50 instituições de ensino
superior (públicas e privadas) em
Moçambique. Mas grande parte
delas continua inacessível aos filhos
do povo. Os custos associados à
frequência de um curso superior
são inacessíveis para a esmagadora
maioria das famílias moçambicanas.
Há que enaltecer o esforço da UCM
em facilitar a vida a muitos estudantes,
pois abre as suas portas para que
estudem independentemente das
suas posses. Mas ainda é uma gota
no oceano, diante das necessidades
em quadros do nosso país e face às
justas aspirações da nossa juventude.
Seria para mim motivo de
muita alegria que a Universidade
Católica de Moçambique abrisse
mais faculdades, novos pólos
desconcentrados e continuasse a sua
expansão territorial.
Moçambique precisa de uma nova
geração de quadros qualificados,
quer no sector público quer no
sector privado. Esta é a exigência
fundadora de uma nova ecologia
social, económica e política. Terão
de ser jovens formados com rigor e
competência, num quadro de valores
sólidos sem cedências no plano
da defesa e promoção do Estado
de Direito, da Democracia e da
Igualdade.
Competências técnicas e científicas
devem acompanhar as competências
sociais e emocionais que levem
Moçambique para um novo patamar
de Desenvolvimento e de Cidadania.
Precisamos de juristas que
produzam leis correctas, adaptadas
à nossa realidade e estruturantes de
um regime democrático de relações
sociais e económicas equilibradas.
Precisamos de juízes e magistrados
judiciais competentes no
conhecimento das leis, mas também
independentes de interesses
particulares, libertos de pressões ou
sujeições partidárias.
Precisamos de médicos e
enfermeiros cujo saber não seja
apenas a técnica do diagnóstico ou da
cura, mas também um humanismo
que os capacite para interagir de
forma preventiva e pedagógica com
as populações carenciadas.
Precisamos de economistas que
saibam fazer contas e projectar
cenários, mas que não sejam escravos
do dinheiro ou dos senhores do
dinheiro, qualquer que seja a cor da sua
pele ou a sua doutrina financeira.
Precisamos de professores dedicados,
apaixonados pela missão de ensinar,
sensíveis às condições de vida das crianças
e dos jovens para cuja promoção social
estão a contribuir.
Precisamos de militares e de agentes
policiais exímios no manejo das armas e
no domínio de estratégia e táctica, tanto
quanto na protecção e segurança das
populações, com um bom conhecimento
das leis da República, educados no
respeito pelos princípios dos Direitos
Humanos, dos preceitos da Constituição
e do primado da Lei sobre a força bruta.
Precisamos de engenheiros civis e
agrários, químicos e informáticos, que
dominem o estado da arte das suas
áreas de conhecimento, mas que não
percam nunca de vista que os esforços
de modernização não podem ser actos
isolados e dispersos.
Só um plano concertado e sustentado
de desenvolvimento, com uma estratégia
bem desenhada, num quadro de
redistribuição das nossas riquezas, nos
levará a recuperar do atraso global que
nos amarra à pobreza.
Não falo de outros profissionais que a
Universidade também forma, para não
abusar do tempo que generosamente
me deram para expor as minhas ideias.
Direi apenas que, mais do que técnicos
e profissionais, deve a Universidade
formar Homens e Mulheres, cidadãos
plenamente conscientes dos seus direitos
e dos seus deveres, súbditos de uma
Nação Democrática que espera que eles
sejam a força transformadora rumo a um
futuro melhor para o povo Moçambicano.
Excelências,
Com a abertura das suas portas a jovens
carenciados, a Universidade Católica
de Moçambique contribui para que
esses jovens possam, terminado o curso
superior, trabalhar para a ascensão social
das suas famílias, das suas comunidades e
do país em geral. São eles que chamarão
a atenção dos agentes do Estado para as
injustiças e para as más práticas, levandoos
a mudanças na sua forma de actuar.
Haverá mais cidadãos, competentes
e bem formados, exigindo uma boa
governação e uma democracia verdadeira.
Se esta Universidade Católica é fruto
da Paz que começámos a construir em
Moçambique com o Acordo Geral de Paz
de 1992, esse acordo também é fruto do
esforço de intermediação da Igreja Católica,
que graças a esse acordo passou a ver
respeitadas em todo o território nacional
a sua missão e existência. É lamentável
que aqueles que comprometeram a sua
palavra em Roma, e mais recentemente
no Maputo, com promessas de respeito
pelas regras da Democracia, apenas
levem esse compromisso até ao limite
da partilha e alternância no Poder. Não é
Democracia realizar eleições ciclicamente,
sem transparência, onde os resultados
são manipulados milimetricamente para
que um determinado partido «vença» e
conquiste os lugares de efectivo poder,
mantendo os instrumentos de gestão
e de segurança do Estado, incluindo os
judiciais, sob o controlo dos militantes e
dirigentes desse partido.
Sob a capa de um regime de
multipartidarismo parlamentar, vivemos
num Estado de partido único.
Não é uma originalidade de
Moçambique, como infelizmente todos
sabemos, sobretudo em África. Mas
assume aqui contornos especialmente
perversos, porque as eleições são ganhas
manipulando os processos, através da
instrumentalização de um aparelho
de Estado que se confunde com o
aparelho partidário da Frelimo, perante a
passividade frustrante dos observadores
internacionais. Observadores que
constatam e denunciam as irregularidades,
mas no final sancionam os resultados!
Minhas irmãs e meus irmãos,
Como já referi, fui alvo há dois dias
de um atentado testemunhado pela
imprensa, perpetrado por agentes
policiais com a farda de uma força de
segurança do Estado. Num Estado de
Direito, seria suposto que esses agentes
velassem pela minha segurança enquanto
simples cidadão.
Sabendo quem sou e o lugar que
ocupo no sistema político moçambicano,
seria suposto que essa protecção
fosse reforçada, como acontece em
qualquer regime democrático. Mas em
Moçambique não é assim.
Quando vemos aproximar-se um agente
das forças de segurança, não esperamos
protecção. A grande maioria sente-se
ameaçada. Esses agentes, pagos pelos
impostos do Povo Moçambicano estão ao
serviço de quem?
Não estão ao serviço do Estado de
Direito, porque também eu, enquanto
líder, sou parte desse Estado que é
suposto servirem.
Eu não represento uma ameaça para o
Estado de Direito. Mas represento uma
ameaça para a Frelimo.
É fácil concluir que aqueles agentes
agiram em obediência a instruções da
Frelimo. Não são agentes de um Estado
de Direito. São agentes da Frelimo, são
agentes do Estado da Frelimo, o Estado
de partido único que foi instalado pela
Frelimo e é mantido por força da constante
violação das regras mais elementares da
vivência e convivência democrática!
Lamento que estas reflexões venham
ensombrar o discurso que eu vinha aqui
fazer, e que era sobretudo um discurso de
esperança, inspirado no grande exemplo
de Cidadania que nos foi dado neste
últimos 20 anos pela Universidade Católica
de Moçambique. Mas não é iludindo os
problemas que os resolvemos.
Se uma Universidade é um foco de luz
que ilumina os caminhos que trilhamos,
sobretudo quando as trevas teimam em
persistir para lá da hora da prometida
alvorada, peço à UCM que continue o seu
trabalho, que expanda os seus horizontes
e leve o ensino superior a mais cidades
e cidadãos deste nosso martirizado país.
Até que o ciclo natural da vida se cumpra
em Moçambique, sem violência nem
sobressaltos. As sementes serão árvores e
as árvores darão frutos.
Os moçambicanos viverão em Paz e
escolherão livremente quem os governe,
ora de um partido, ora de um outro. As
crianças irão à escola a far-se-ão homens
e mulheres, cidadãos e cidadãs de corpo
inteiro, no uso de todos os seus direitos,
conscientes de todos os seus deveres para
com a sua Pátria e o seu Povo.
Todos circularemos em segurança,
nas ruas e nas estradas, sem medo de
emboscadas. E teremos um Estado
que nos assegura Saúde, Educação,
Justiça, trabalho digno, igualdade de
oportunidades para todos.
Eu sei que não é para amanhã. Mas é o
nosso amanhã. O amanhã de Moçambique
e dos Moçambicanos.
Saibam que não baixaremos os braços,
que não deixaremos de lutar!
Contem com a nossa energia, com
a nossa determinação e com a nossa
coragem, até esse dia chegar!
“EU EXIGE INVESTIGAÇÃO CÉLERE E COMPLETA DO
ATENTADO CONTRA PRESIDENTE DHLAKAMA”
A Delegação da União Europeia
emitiu uma declaração protestando
o atentado contra a vida do
Presidente da RENAMO Afonso
Dhlakama.
De acordo com os Chefes de
Missão dos países da União Europeia
acreditados em Moçambique, “o
ataque à caravana de viaturas do
líder da RENAMO, Afonso Dhlakama,
ocorrido no fim da tarde de Sábado,
na província de Manica prejudica
os esforços para alcançar a paz e a
estabilidade em Moçambique.” É
sua opinião que “o agravamento de
tensões e da violência afecta não só
a população e o desenvolvimento
do país como tem também impacto
no comércio e investimento em
Moçambique.”
O grupo composto pelos Chefes de
Missão dos países da União Europeia
acreditados em Moçambique,
são peremptórios que “o povo de
Moçambique merece ser informado
com total clareza sobre o ocorrido.
Por isso, é importante que seja
levada a cabo uma investigação
célere e completa do incidente.”
Encorajam a RENAMO e a Frelimo
à contenção e a encontrarem neste
momento vias para a criação de um
clima de confiança.
Fazem um apelo à paz sugerindo:
“As divergências de natureza
política devem ser abordadas
por meios pacíficos. O diálogo
construtivo entre os partidos
políticos constitui o único caminho
a seguir.” No seu comunicado a EU
reafirma a importância do respeito
pelos princípios fundamentais do
Estado de Direito democrático e
de governação inclusiva na procura
de soluções duradoiras para as
diferenças políticas. E terminam
manifestando sua disponibilidade
no seguinte: “A União Europeia
reafirma o seu apoio à paz,
estabilidade e prosperidade do povo
moçambicano.”
OPINIÃO
“NWA MPFUNDLHANE DO ESCRITÓRIO
QUE USAM THAYI”
Certamente que todos na
vida já ouviram uma história do
Nwampfundlhane (coelho) e da
tartaruga, existem várias histórias
que narram as artimanhas do
nwampfundlhane para sobreviver na
selva, afinal o coelho é o animal que
simboliza a esperteza e as artimanhas
em várias obras mas a história destes
nwampfundlhas que eu vou contar
certamente alguém vai se identificar
com ela, por uma vez já ter estado
em situação igual ao ponto de ser a
nossa grande personagem o coelho,
ou porque já viu um dos mpfundlhas
fazer algo que seja digno de merecer
esse nome. Na literatura Brasileira
Chico Buarque chamaria estes tipos
de malandros, e no passado em
Moçambique chamaríamos eles de
Xiconhocas do sistema mas eu os
chamo de Mpfundlhas do escritório
que usam thayi (coelhos do escritório
que usam gravata.)
Estes coelhos são os senhores
doutores, senhores directores, senhor
governador, camarada presidente,
senhor chefe do departamento, as
secretárias, os recepcionistas, os
senhores ministros, os senhores
Professores doutores e um conjunto
deles que até exigem salamalequices
para serem cumprimentados na selva
dos coelhos.
Os senhores nwampfundlhana
chegam nos escritórios as 10 horas,
logo em seguida já encomendam
um café e as 12 saem para almoçar
e voltam as 14 horas, não produzem,
ficam nos computadores a jogar
cartas, no facebook, a ver filmes e
a pensar em mais uma forma de
oprimir o povo. E quando dá a hora
desejada abandonam os escritórios
e logo de seguida vão correndo
para um bar ou pastelaria repartir o
mussuruco (dinheiro) do orçamento
diário.
Quando lhes cai a máscara da
vergonha inventam regulamentos
absurdos que humilham e oprimem
o povo como os que já vi em vários
cantos da selva como é o caso do
“aviso indumentária” inventada pela
nwampfudlhane camarada secretária
permanente proibindo entrar
com calções na selva dos coelhos,
proibindo o uso de chinelos, blusas,
calças jeans, camisetes, sapatilhas
saias curtas, proibindo o uso de
óculos na sua jurisdição.
Fomentam exclusão nos
serviços públicos, privados escolas
universidades em nome da
aparência, afinal para eles a vida é
só um conjunto de aparências que
constroem diariamente para distrair
os menos espertos da selva, estes
escondem sua ignorância atrás dos
fatos, das gravatas, dos vincos afiados
das camisas, dos grandes cortes
de cabelo e de óculos. Lutam em
mostrar que para merecer respeito
deve se vestir bem e vestir bem para
os coelhos é tornar-se cabrito com
uma corda no pescoço e uma calça
capaz de cortar tomate com vinco.
Estes sim são os senhores chefes,
senhores directores não pensam
roubam dinheiro das tartarugas
para comprar indumentária, usam
transporte de graça, mal conseguem
elaborar um raciocínio lógico estes
sim são os senhores ministros da
selva dos coelhos.
Justificam o que não tem
(conhecimento) com as roupas.
Esquecem que o que eles fazem com
as roupas, conquistar respeito pelas
aparências, as tartarugas conquistam
com conhecimento.
Enquanto os coelhos desenham
estratégias de oprimir as tartarugas
que põem chinelos, machos com
tranças, mulheres de saias curtas
elas estão preocupadas em produzir
conhecimento.
Em quanto eles ficam nos
escritórios nos ares condicionados
as tartarugas estão nas bibliotecas
condicionando a sua mente.
Os nwampfundlanas a que me
refiro têm fobia ao “my love” têm
fobia ao caloroso cheiro do sovaco do
chapa. Os filhos vão a escola usando
carros do Estado e inclusivamente
têm direito a motorista. Eles não
fazem compras porque o camarada
das finanças e da logística vão dar um
jeito no rancho do nwampfundlhane.
Não se preocupam com a oscilação
do combustível afinal há sempre
uma senha de cortesia no DAF
(Departamento das finanças).
O mais gritante dos
nwampfundlhanes é nem se quer
pararem para pensar em que
sociedade estamos agora. Aliás eles
não pensam, respondem a estímulos
da aparência, nem se quer lhes
ocorre que aquela pobre tartaruga
que foi excluída de ter um tratamento
no hospital por calções, pode perder
a vida ainda atrás de juntar um valor
para ter uma calça de modo que
possa ser atendido em um hospital.
Estes coelhos têm um grande
número de seguidores, afinal basta
lembrar da linguagem popular “diz me
com quem andas e eu saberei quem
és” instalou-se na função pública
um espírito de nwampfundlhisse
(coelhice) agudo. Já não se trabalha,
fica-se na internet ou confinados na
copa a espera de ver o camarada
director a sair do gabinete para
abandonarem os postos de trabalho
e cada um fazer do edifício uma
cidade de coelhos.
Estes são os senhores doutores que
não sabem escrever, não sabem ler
mas sabem engomar e pôr um bom
vinco na calça e um bom perfume
para enganar os desatentos.
Comments
1
Francisco Moises said...
Caro irmao e compatriota Muzai,
Quando se vive num pais como Mocambique e muito dificil para as pessoas saberem a verdade quando elas nao verificam os acontecimentos e tentam saber algo. Como e que se pode saber a verdade enquanto os mestres da Academia de Mentiras instituida por Sergio Vieira, Oscar Monteiro, Jorge Rebelo, um individuo que se tinha enlouquecido na Tanzania por passar noites e noites sem dormir a ler, estudar e decorar os escritos do Lenine; pelo taciturno e agora velhaco Marcelino dos Santos que mesmo na sua idade avancadissima ainda gostas das quatorzinhas, filhas de pessoas que ele chama pretos ordinarios, e que em principio ele devia tratar como as suas netas ou bisnetas ou trisnetas ou mesmo como as suas quadrisnetas.
Depois de nos termos sabido que ele e cabo verdeano ou mesmo madagascarino infiltrado na Frelimo, vem agora uma outra informacao de que ele e da origem goesa -- informacao esta que jura pela alma da sua mae como o grande lider da Renamo, bandido armado-mor e Generalissimo Afonso Dhlakama, que depois de ter sido falhado por bazucadas e metralhadoradas dos TERRORISTAS DA FRELIMO apressou-se para encontros com o carecudo e barbudo terrorista que nao estilisa mais a sua barba a Lenine como o fazia no passado quando a doidice do marxismo-leninismo lhe corria no seu corpo e na sua alma de nome Joaquim Chissano, homem que, apesar de tudo que me horrorisa, e chara da minha malograda mae que se chamava Joaquina. Triste que o antigo turra tenha o nome na sua versao masculina da minha maezinha que era uma santa mulher e que nunca jamais a ninguem fez o mal durante a sua vida.
Sera que o barbudo-carecudo exprimiu a sua tristeza, a sua dor e a sua magoa, se que e capaz de se sentir como um ser humano, ao seu irmao Afonso Dhlakama pelo ataque que a sua Frelimo lancou contra ele? o bandido armado-mor em vez de ir se encontrar com os seus homens e generais para lhes assegurar e galvanisar que ele esta firme na luta pela democracia a sua maneira, ele correu para a esta tal reuniao da Beira para ter encontros com o Chissano que lhe disse para dialogar com o Filipe Nyusi que ate hoje, a esta hora, como se sabe, ainda nao lhe exprimiu a sua preocupacao pelo atentado terrorista contra ele, o bandido armado-mor portanto -- o que cabalmente parece provar que o atentado terrorista partiu do chefe da Frelimo ou com o consentimento deste, sea ideia nao saiu dele.
Como de costume com os ex-BAs, como e o seu habito lendario, calam-se, nao dizem algo, quando os antigos terroristas inventam algo de mau sabor contra eles como esta coisa de sequestro a mando do Dhlakama, terminando a invencao, no fim e ao cabo, por se tornar numa falsa verdade. Dhlakama pode ser voluvel, inconstante e tudo mais, mas vejo mal como e que ele pode se meter em comportamentos que poderao o qualificar de terrorista. Ele nunca foi, nunca e e nunca jamais sera terrorista, uma qualidade que e tipicamente o monopolio da Frelimo incarnada na pessoa do Sergio Vieira, um dos mais qualificados no mundo inteiro em actos de raptos e sequestros.
Os antigos terroristas estao a inventar esta estoria de sequestro a mando do Dhlakama para amortecelem o crime que eles cometeram contra o Dhlakama e o seu pessoal em deambulacao e fazer com que as pessoas se esquecam do crime, uma manobra que e favoricida pelo comportamento senil e inconstante e um pouco imbecil do Generalissimo da Renamo.
2
Khanga Hanha Muzai said...
Quem fala a verdade n esta terra de heróis?
Hoje cedo era um facto de que o administrador de Tambara fora sequestrado pela RENAMO
Agora a Frelimo diz houve uma tentativa de sequestro do Administrador e do Chefe das operações do comando distrital.
Quando se espalha muito barulho, e porque existe sempre algo no fundo desse barulho, como diz o povo nunca a fumo sem fogo, algures alguém engendrou algo e nos servem meias verdade.
Depois aparecemos nós a dizer também nossas verdades e somos renomados terroristas ou algo parecido, eu me canso com estas asneiras.
Alguém conhece a verdade do que aconteceu nos possa dizer?
Abraços moçambicanos
Não se esquecem este país não é da FRELIMO nem da RENAMO merecem ser tratados com mais respeito.
Bom fim-de-semana para aqueles que apesar da desgraça ainda curtem os bons fins-de-semana, regra geral gente4 da FRELIMO, mas mantenham a respiração em suspense pois não sabeis que a segunda-feira os traz, esse terror o que nos povo vivemos, agora certamente não sabem quem será a próxima vitima.
De qualquer das maneira estamos atentos.
Aquele que cala consente, o fala esta consciente e não deposita o seu pensar nas mãos dos outros, e que outros meu povo.
Khanga Hanha Muzai