OS desafios da actualidade no país necessitam da parte do partido no poder mais maturidade, coragem e responsabilidade no seu tratamento.
O país está a atravessar uma situação política particularmente muito difícil, caracterizada por ameaças a paz. Ameaças a unidade e coesão dos moçambicanos. Ameaças a unicidade e indivisibilidade do país.
O país está a atravessar uma situação social particularmente grave, caracterizada por calamidades naturais. Um mal que desmembra famílias, provoca danos pessoais e materiais avultados e atrasa o desenvolvimento.
Menciono apenas estes dois factores que são os que mais preocupam a sociedade. O seu tratamento, como digo no meu título, requer do partido governamental, uma resposta verdadeiramente adequada, concertada e atempada.
Tanto para um quanto para o outro factor, a Frelimo deverá tê-los como questões de interesse nacional. Até porque o são na verdade porque, quando mal tratados, causam luto e dor no seio da família moçambicana. A ausência da paz, a falta de unidade e coesão, a divisão do país ou simplesmente a guerra, mata, destrói, e corrói o tecido social.
As calamidades naturais matam, destroem e corroem o tecido social. Então tanto a ameaça a paz quanto as calamidades devem ter o mesmo tratamento, tratando-se de questões de interesse nacional.
E uma das respostas adequadas, concertadas e atempadas que o partido no poder deve dar tanto para um quanto para o outro caso é o apelo a união de todos os moçambicanos pelo mesmo ideal: a defesa dos interesses supremos do povo. Uma defesa que deve ser feita com modéstia e humildade para que o barco da paz e do desenvolvimento atraque em bom porto.
Não se trata de nenhuma receita para a Frelimo. Até porque a Frelimo – partido de grandes tradições – sobre encontrar respostas adequadas, concertadas e atempadas para cada situação. É, talvez, um alerta para que a geração que agora assume a liderança quer do país como do próprio partido saiba, aliás não duvido que saberá, conservar as grandes e nobres tradições da cinquentenária Frelimo. E quais são essas tradições? A unidade nacional, a paz e a democracia, verdadeiros alicerces para o desenvolvimento sócio económico do país.
A Frelimo Sim esteve reunida há dias, em IV sessão ordinária destinada fundamentalmente a debater a situação política e social prevalecente no país. Esta sessão porém, acabou sendo caracterizada pela eleição do novo presidente do partido – Filipe Nyusi – em substituição de Armando Emílio Guebuza, por renúncia, acto que marca o início da mudança geracional dos combatentes da luta de libertação nacional para a geração 8 de Marco.
Filipe Nyusi, como se sabe, apesar de ter vivido com os pais em bases da Frelimo na Tanzânia, não chegou a pegar em armas para combater o colonialismo português. É a ele que cabe de ora em diante a espinhosa missão de procurar respostas adequadas, concertadas e atempadas para cada questão de interesse nacional. Aliás, do próprio presidente que lidera a mudança de geração, há sinais positivos nesse sentido. No seu discurso de encerramento da IV sessão ordinária do Comite Central Da Frelimo, Filipe Nyusi reiterou, tal como o fez no seu discurso de tomada de posse a 15 de Janeiro, como Presidente da República, o seu compromisso de dialogar com os diversos sectores e segmentos da sociedade para que Moçambique continue a ser admirado como nação pacífica, em crescimento e um destino seguro do investimento.
Comprometeu-se ainda no discurso de encerramento, aliás, o primeiro nas suas funções de presidente do partido, a concertar esforços na mobilização dos membros e militantes da Frelimo para que continuem a trabalhar no fortalecimento do papel do partido na edificação de uma sociedade de justiça social, de inclusão, tolerância e harmonia. Tudo isto direcionado na busca da paz efectiva e duradoira para os moçambicanos.
Filipe Jacinto Nyusi exortou a todos os membros do Comite Central Da Frelimo, aos militantes e a todos os moçambicanos em geral para que concentrem esforços na implementação do Programa Quinquenal do Governo 2015-2019 e dos planos anuais subsequentes como forma de melhorar a qualidade de vida e do bem estar de todos os moçambicanos.
Com esta conduta, julgo eu, o Presidente Filipe Nyusi, que lidera o novo ciclo de governação do país pretende aglutinar todas as forcas vivas da sociedade para em conjunto procurar respostas adequadas, concertadas e atempadas aos múltiplos desafios que o país enfrenta.
Acredito pois, que esta mudança geracional vai imprimir nova dinâmica no desenvolvimento político, económico e social do país e mesmo aqueles que teimam em conduzir o país à divisão, a desunião, a ingovernabilidade, a desobediência civil etc, acabarão compreendendo a causa desta nova geração liderada por Filipe Nyusi.
Uphiwa Uphinda
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