A reunião informal dos ministros das Finanças da zona euro em Riga correu particularmente mal a Yanis Varoufakis. Foi criticado por quase todos e ficou isolado. Dijsselbloem percebeu que o ambiente tinha ficado demasiado hostil, e sentiu mesmo a necessidade de telefonar de imediato a Alexis Tsipras para tentar amenizar as relações. O impasse terá chegado a um ponto em que o ministro da Eslovénia terá mesmo sugerido que se avançasse para o plano B (saída do euro?), sendo que o plano A já não é grande coisa.
Já depois da reunião, Varoufakis escreveu uma mensagem no Twitter onde se comparava com Roosevelt: "Eles são unânimes no seu ódio contra mim. E eu dou as boas-vindas a esse ódio". Varoufakis não inventou um New Deal, mas apostou todas as fichas num plano de recuperação económica que passasse por reduzir a austeridade ao mínimo. Não está a conseguir. E o relógio para a Grécia não pára de contar. A 12 de Maio tem de devolver 700 milhões ao FMI e tem os cofres vazios.
Como tal, não é de estranhar a decisão de Tsipras que, de uma forma bastante diplomática, afastou Varoufakis do palco das negociações, tendo remodelado a equipa que negoceia com a troika. Euclides Tsakalotos é o homem que se segue, sendo que o seu perfil discreto contrasta com o perfil hipermediático do actual ministro das Finanças. Resta saber se a mudança de estilo será suficiente, já que não se sabe se Tsakalotos terá um mandato que seja muito diferente. A questão de fundo – que é o facto de a Grécia continuar a não aceitar determinadas medidas, como a liberalização dos despedimentos ou o corte das pensões – continua por resolver. Berlim veio esta segunda-feira falar em "falta de substância" das propostas gregas. E não há maneira de as duas partes encontrarem um meio termo entre o plano A que não desanda e o plano B que seria catastrófico para a Grécia.
Já depois da reunião, Varoufakis escreveu uma mensagem no Twitter onde se comparava com Roosevelt: "Eles são unânimes no seu ódio contra mim. E eu dou as boas-vindas a esse ódio". Varoufakis não inventou um New Deal, mas apostou todas as fichas num plano de recuperação económica que passasse por reduzir a austeridade ao mínimo. Não está a conseguir. E o relógio para a Grécia não pára de contar. A 12 de Maio tem de devolver 700 milhões ao FMI e tem os cofres vazios.
Como tal, não é de estranhar a decisão de Tsipras que, de uma forma bastante diplomática, afastou Varoufakis do palco das negociações, tendo remodelado a equipa que negoceia com a troika. Euclides Tsakalotos é o homem que se segue, sendo que o seu perfil discreto contrasta com o perfil hipermediático do actual ministro das Finanças. Resta saber se a mudança de estilo será suficiente, já que não se sabe se Tsakalotos terá um mandato que seja muito diferente. A questão de fundo – que é o facto de a Grécia continuar a não aceitar determinadas medidas, como a liberalização dos despedimentos ou o corte das pensões – continua por resolver. Berlim veio esta segunda-feira falar em "falta de substância" das propostas gregas. E não há maneira de as duas partes encontrarem um meio termo entre o plano A que não desanda e o plano B que seria catastrófico para a Grécia.
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